quarta-feira, 23 de junho de 2021

COMENTANDO O TRAILER DE O ESQUADRÃO SUICIDA(2021)

  


Olá Grandes Super-Heróis, nesse vídeo vou comentar sobre o mais novo trailer de O Esquadrão Suicida, versão de James Gunn.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

EXISTE MESMO O SCHUMACHERCUT?

  

Existe mesmo a possibilidade de vermos a versão do corte do diretor Joel Schumacher(1939-2020), deixado para Batman Eternamente(Batman Forever, EUA,1995). E o que comento nesse vídeo.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

BALANÇOS DA FASE 3 DO MCU: VINGADORES- GUERRA INFINITA(2018)

   


Olá Grandes Super-heróis, nesse vídeo vou mostrar minha análise de Vingadores: Guerra Infinita(Avengers, Infinity Wars, EUA, 2018) dando continuidade aos balanços da Fase 3 do MCU.

quinta-feira, 3 de junho de 2021

VINTE ANOS DE SHREK

DUAS DÉCADAS DO FEIO E DIVERTIDO OGRO VERDE

 

 

Imagine um desenho representado por um  sujeito feio, deselegante, grosseiro e anárquico terminava sendo o herói que conquistava o coração da princesa, a donzela em perigo e também do público divertindo bastante.




Sim isto aconteceu quando há exatos vinte anos era lançado a animação de Shrek(EUA,2001).

Naquele Verão Americano de 2001 representou um momento muito importante para a  história da DreamWorks. Porque ela conseguiu naquele momento firmar  o seu nome na  indústria do cinema de animação, chegando ao mesmo patamar da Disney graças ao filme cujo protagonista era um sujeito feio, mal-educado,  sujo, asqueroso, grotesco,  irritado  e individualista, que representou naquela época um marco importante para tornar a Dreamworks uma grande marca para conquistar o nicho do público infantil, que até então era uma característica exclusiva da Disney.  A mesma Disney ao ver surgir sua grande concorrente abriu os olhos para o sinal de alerta a ponto deles gerarem uma enorme dor de cabeça para eles. Lançado nos EUA no dia 18 de Maio, no Brasil estreou em 22 de Junho, portanto se completou vinte anos.  É irônico pensar que a DreamWorks, na época era ainda uma criança de sete anos, tinha sido originada por causa  de uma dissidência da Disney.  Fundado em 1994, por Steven Spielberg, grande diretor e produtor de cinema, em parceira com o produtor musical David Geffen e com Jeffrey Katzenberg, um egresso  da Disney que se desvinculou da empresa após viver em constantes conflitos criativos e de gestão com o seu então sócio Michael Eisner.  Bem antes de Shrek, a Dreamworks já tinha lançado outras animações razoáveis, como Formiguinaz e O Príncipe do Egito, ambos em 1998, este inclusive eu assistir nas telonas na época que foi lançado quando eu tinha uns 13 anos na antiga sala de cinema do Natal Shopping e o  revi há pouco na Netflix e fiquei bastante impressionado ainda com  a sua qualidade técnica e com a qualidade do roteiro.   Em seguida veio O Caminho para El Dourado e A Fuga das Galinhas ambos em 2000.




Foi justamente no ano de 2001 que a DreamWorks daria realmente um tremenda preocupação para a Disney quando lançou Shrek, que foi a sua quinta produção, mas foi a primeira a criar mais visibilidade ao nome do estúdio, tendo tanto conquistado as bilheterias, quanto a crítica, recebendo 88% de aprovação do Rotten Tomatoes  e principalmente conseguiu ser o pioneiro em cativar o público a ponto de  despertar um  forte apelo de marketing, algo que os longas-animados antecedentes da mesma DreawWorks não tinham conseguido, principalmente por ousar trabalhar na técnica da computação gráfica que até então  inovadora computação gráfica que a Disney em parceria com a Pixar tinha utilizado antes em Toy Story( EUA, 1995), ou seja, Shrek simbolizou um grande divisor de águas para fincar o nome da  Dreamworks como uma marca. Com roteiro baseado e livremente inspirado no livro do escritor, ilustrador e cartunista americano William Steig(1907-2003) que o publicou  em 1990, um fato curioso é que ele batizou o personagem com um nome extraído das línguas alemãs e ídiche que significam literalmente   medo, terror,  bem condizente  com o que a essência do personagem  representou na premissa do filme.   Enquanto que a Disney amargava  quando lançou naquele mesmo ano Atlantis-O Reino Perdido, que veio encostado a Shrek, mas passou batido, não conseguiu conquistar critica, foi um fiasco de bilheteria e de marketing e como consequência disso a Disney entrava no começo da primeira década do século 21  num difícil período de sua história que é conhecido como a Segunda Era Sombria.




Para aumentar ainda mais a dor de cabeça, que Shrek causou para a Disney na época, a Dreamworks também conseguiu a façanha de desbancar a Disney na edição do Oscar de 2002, quando  Shrek concorreu na categoria de melhor animação junto a Monstros S.A, e Shrek venceu  aquela importante premiação.  Fazendo a Disney abrir os olhos a partir daquele momento. Pode-se dizer que se não fosse Shrek não existiria, A Era do Gelo, Rio,  Hotel Transilvânia, Madagascar,   Meu Malvado Favorito, Minions, Angry Birds entre outros  longas de animações de outros estúdios como Blue Sky, que infelizmente fechou suas portas agora em 2021 depois que a Disney havia se apropriado da Fox,  Sony Pictures e Universal Pictures  com histórias tão legais para conquistar o nicho infantil quanto os da Disney, que neste ramo era imbatível.





Alguns fatos curiosos  sobre a adaptação do livro para o cinema,  envolve que  ele já  despertava, o interesse de Steven Spielberg  de produzir  o filme bem antes  da existência da DreamWorks.   Spielberg comprou os direitos de adaptação da obra em 1991, e logo depois que se juntou a Geffey e Katzenberg para fundarem a DreamWorks  e estes lhe deram carta branca para poder concretizar a realização do projeto, foi então  que deu início a longa jornada do desenvolvimento do enredo que  começou em 1995. Foram muitas etapas, com diversos esboços, até chegar ao acabamento final, antes eles tinham em fazerem na forma tradicional de animação em 2D, mais depois que viram a Pixar revolucionar com Toy Story com o 3D, decidiram apostar nesse formato. Na elaboração do roteiro, foram adicionados elementos que não tinham no livro de Steig,  como a presença de clássicos personagens de contos de fadas virando amigos e também inimigos de Shrek para servirem como um bom tom de sátira ao universo dos contos de fadas, uma provocação direta a Disney. O próprio Shrek carregava uma aparência física  diferente nos livros em relação aos filmes. Nos livros ele era bastante horrendo e quase medonho, já nos filmes teve a sua aparência mais amenizada quando se inspiraram numa pessoa real, nesse  caso, a inspiração para suas feições foram  no francês Maurice Tilet(1903-1954), um célebre lutador de Boxe.  Já o   Lord Faquaard  simbolizando a típica figura do vilão maquiavélico cujo interesse principal ao querer casar com a Princesa Fiona do Reino de Tão, Tão Distante é apenas com o intuito ambicioso de tomar o trono, também foi um elemento adicional no filme, dizem que muita característica dele foi inspirado no então presidente CEO da Disney Michael Eisner, um antigo desafeto de Katzenberg na época em que ele trabalhava na Disney entre os anos 1980 e começos dos anos 1990. No livro, aparece a Fiona, mas nunca tinha sido humana, sempre foi ogra. No filme eles deram muita importância para o Burro se tornar a figura do inseparável companheiro chato do Shrek nas suas aventuras. Coisa que  no livro mesmo isto não acontece. Além das influencias modernas da cultura pop americana terem sido incluídas no filme, a mais evidente a cena de Fiona na forma humana após ser libertada por Shrek fazendo uma impressionante coreografia de luta na floresta contra o bando de Robin Hood inspirada em Matrix(EUA,1999). Ou mesmo o Espelho Mágico mostrar  um informativo da vida  rotineira de Tão, Tão Distante  em formas de tele jornais como se fosse  um moderno aparelho de televisão num filme cujo cenário é uma típica fantasia escapista com muitos toques fabulares, carregado de liberdades poéticas.  A Dreamworks investiu muito pesado no marketing do  filme,  escalando o elenco para dublar os personagens principais, grandes estrelas em  evidencia de Hollywood  que em comum eram famosos por estrelarem comédias. Mike Myers conhecido  da franquia cômica  Austin Powers,  foi quem dublou o protagonista  Shrek,  personagem que Spielberg tinha pensado inicialmente em escalar Bill Murray, outro celebre comediante. Assim como a bonitona da Cameron Diaz foi responsável por fazer a voz da Fiona, a amada de Shrek e o careteiro Eddie Murphy, astro da franquia Um Tira da Pesada foi quem fez a voz do tagarela Burro, personagem que inicialmente foi pensado para ser dublado por Steve Martin, outro também comediante. Que ainda contaria depois que quando este primeiro foi um sucesso e a Dreamworks fez uma franquia com três filmes posteriores que formam uma quadrilogia tivemos então Antônio Banderas que com sua característica sensualidade  hispânica fez a voz do Gato de Botas a partir de Shrek 2(EUA, 2004), também em Shrek 2 contou com a presença  de Julie Andrews,  uma veterana estrela dos musicais fazendo a voz  da Rainha Lilian, mãe de Fiona e do ex-N´Sync   Justin Timberlake que fez a voz do Rei Arthur garotinho  em Shrek Terceiro (2007). Aqui no Brasil, a gente para não ficar para trás colocamos para dublar o Shrek, o então celebre comediante da antiga trupe do Casseta & Planeta Bussunda(1962-2006).

Mais abaixo coloco minhas impressões de cada um dos quatro filmes da franquia de Shrek lançados ao longo de uma década, entre os anos de 2001-2010. Após dar uma revisitada na franquia por meio da minha Smart TV e da Netflix durante o período desta Pandemia de Covid-19.

 

 

 

SHREK(EUA,2001)



O primeiro  filme da franquia Shrek já surpreende pela premissa    começar bem introduzindo ao público  qual é a essência dele.  Somos então apresentado a ele vivendo uma vida solitária no pântano, com suas características bem típicas de ogro que amedronta o povoado local. Com a sua horrível aparência verde, gigante, gorducho,  careca e com orelhas pontudas  cujos  formatos lembram  alienígena. Era ali que ele vivia sua vida confortável, até o momento que ocorre uma reviravolta quando aparece a guarda real mandando prender alguns seres fantásticos. Entre os prisioneiros estava o Burro.  É a partir dali  que ele começa a sua aventura seguindo o esquema teórico formulaico  da Jornada do Herói, elaborado pelo mitólogo americano Joseph Campbell(1904-1987).  O Burro passa a assumir a importante função neste filme de ser o inseparável companheiro de Shrek, sendo o tipo boa praça, mas muito insuportável a ponto de ser irritante.  Simbolizando o típico alivio cômico da obra. Principalmente depois que Shrek aceitar participar da missão de salvar a Princesa Fiona de um castelo onde está sendo mantida refém por um dragão, melhor dizendo uma dragoa, que bizarramente irá despertar o amor pelo Burro.  A partir do momento que ele salva Fiona que vemos o  escopo dele  sendo todo moldado  no começo relacionamento amoroso dos opostos, um ser feio como ogro  despertar o coração de uma bela mulher como uma princesa. Até aparecer o Lord Faarquard para estragar tudo e virar o obstáculo para os dois. Mesmo tendo este elemento clichê, o filme ainda conseguiu bem carregar  um brilho de uma cativante história, em um cenário bem escapista, com vários elementos fabulares, que o tornam um bom filme de fantasia mas que transgredi tudo o que havia sido estabelecido pela concorrente por décadas numa estética cômica em forma de sátira com piadas adultas cheias de duplo sentido, mas bastante sutis, ao mesmo que trabalhou a parte mais dramática, principalmente na essência anárquica do ogro com direitos a piadas escatologicas. Além do mais conseguiu de forma sutil transmitir mensagens muito adultas,  que as crianças não percebiam. Usando do lado reverso das histórias dos contos de fadas. Aqui a Fiona mostra-se ser uma princesa que ao contrário da frágil e desprotegida donzelas a ser salvas das animações Disney, sabe se defender e é muito boa de briga. Ou mesmo o Shrek um ser visto como amedrontador, e que todo evita, mostra que pode amável e carinhoso, provando que não é a feiura e nem a beleza  que define o nosso bom ou mau caráter e ele exemplifica os conceitos de camadas ao explicar para o Burro quando descasca uma cebola. No Balanço Geral,  o primeiro Shrek resultou num ótimo filme, tanto no  aspecto da história, quanto na apurada qualidade técnica que  o fez tornar um marco para a Dreamworks. Eu não cheguei a ver o filme nas telonas na época que foi lançado, porque como naquele momento eu já era um  adolescente com 16 e tava em outra vibe, numa época em que havia o preconceito de que animação era coisa feita só para crianças, então, eu acabei demorando um pouco para abrir a ver, mas depois que assistir quando passou na TV, passei então a gostar muito.  Ao dar umas   revisitadas na obra pela Netflix e na minha Smartv, onde tanto no áudio original legendado quanto na versão dublada em português do Brasil, os caros leitores vão me desculpar os que reclamam da dublagem brasileira e não assistem de jeito nenhum, por acharem que elas estragam a interpretação dos atores em cena,  mas  a  interpretação do  saudoso Bussunda fazendo a voz do Shrek,  conseguiu se mostrar   um bom encaixe e dar mais personalidade  na essência anárquica que o personagem bem apresentou no filme do que em relação a representação do Mike Myers fazendo a voz original, cuja representação com toques do seu sotaque canadense terminando criando um tom que se não encaixou direito a essência anárquica do personagem.

 

SHREK 2(2004)

 


No segundo filme da franquia apresentou uma trama melhor explorada, onde a Dreamworks mostrou todos o gás e boa forma para explorar comercialmente.  A história deste segundo filme gira em torno dos acontecimentos posteriores ao primeiro filme. Depois que Shrek conseguiu impedir Fiona de se casar com o Lord Faaquard e ela finalmente mostrou-se sua face de ogra para muita gente do Reino de Tão, Tão Distante, e puderam  terminar vivendo “Felizes para sempre”. Depois daquele evento vemos o filme começar mostrando  Shrek e Fiona juntos no pântano. A morada dele. Até o momento que eles precisam retornar para Tão, Tão Distante e lá os pais de Fiona precisam ter uma conversa franca sobre o futuro dela, e o futuro do seu reinado.  É a partir do momento do retorno do casal a Tão, Tão Distante que ocorre a situação do seu pai, o  Rei Harold se submetendo as chantagens da Fada Madrinha e do seu filho Príncipe Encantado, contrata o serviço de um importante mercenário que é o Gato de Botas. Outro importante personagem clássico do universo de conto de fadas a figurar nas sagas do ogro no cinema. Criado pelo francês Charles Perrault(1628-1703), cuja primeira publicação data de 1697.  Representado no filme de uma forma que em nada lembra o clássico personagem dos contos de fadas,  como um mercenário que usava do sedutor charme  de olhar para enganar  o inimigo e carregado  com  um sotaque  hispânico, muito por causa dele ter sido dublado por Antonio Banderas, ator espanhol famoso mundialmente e que já estrelou muitas produções em Hollywood na versão original americana. Aliás, aproveito e dou meus sincero  parabéns  ao brilhante trabalho desenvolvido na versão brasileira pelo Alexandre Moreno, (responsável por fazer a voz do Jason, primeiro Ranger Vermelho em Power Rangers dos anos 1990). Cujo timbre de voz que ele usou para representar este personagem conseguiu transmitir bem a essência do Gato de Botas como um sujeito bem canastrão, e bem malandrão no estilo espadachim Zorro e com toques bastante galanteadores de um Don Juan. A maneira como o Gato de Botas foi apresentado no arco da história se utilizando do olhar de coitado para dar o bote fez ele cativar tanto o público que se tornou presença frequente nos filmes seguintes e em 2011 ganharia um filme próprio que se passa antes dos eventos de Shrek. Representou mais um acerto da Dreamworks. Na trilha desse filme ele contou com algumas revitalizações  bem interessantes, como a música Funkytown da banda Lipps Inc. sucesso da fase dourada da era disco no final dos anos 1970. Conseguiu se sair melhor do que o primeiro, recebendo inclusive no Rotten Tomatoes uma aprovação de 88%.  No Balanço Geral, Shrek 2 saiu melhor do que encomenda.

 

 

SHREK TERCEIRO( Shrek The Third, EUA,2007)



 

Após o primeiro e o segundo fazerem sucesso, veio então o grande desafio da DreamWorks com  Shrek Terceiro.  Antes de comentar sobre o filme, começo descrevendo que ele contou com uma mudança importante na dublagem brasileira. Já que foi a partir deste que Mauro Ramos( dublador do Pumba do Rei Leão, entre outros personagens de desenhos e atores em filmes) assumiu a função de dublar o ogro  que tinha sido dublado anteriormente por Bussunda, que havia falecido em 17 de Junho de 2006,  vítima de um ataque cardíaco, quando estava na Alemanha, cobrindo a Copa do Mundo junto com a trupe do Casseta & Planeta. Já na versão original, continuou contando com Mike Myers fazendo a voz do protagonista. Mauro Ramos foi uma boa escolha para trabalhar o personagem que a partir deste filme, a Dreamworks começaria a perder completamente a mão  a ponto de não agradar a crítica. Principalmente na maneira como a trama girou em torno do momento em que o pai de Fiona, o Rei Harold  de Tão, Tão Distante morre e a sucessão termina caindo na responsabilidade de Shrek. É neste clima que aparece novamente o arco do Príncipe Encantado, revoltado pela morte da sua mãe Fada Madrinha como ocorreu no final do filme anterior. Que ao saber deste acontecimento planeja um grande golpe para assumir o trono de Tão, Tão Distante. E é no ínterim dessa nova jornada que acontece de Fiona revelar para Shrek que estava grávida e ele então corre para proteger sua família. Ou seja, esperando os herdeiros. Um dos momentos mais curioso do filme é quando na cena do enterro do Rei Harold é tocado um trecho  da canção “Live and  Let Die”, música de Paul McCartney ao lado da banda  Wings que foi tema de abertura do filme Com 007 Viva e deixe morrer(Live and Let Die, Reino Unido,1973), que marcou  o primeiro da franquia James Bond estrelado pelo saudoso Roger Moore(1927-2017). Como já descrito neste filme, a gente pode sentir o quanto a Dreamworks começou a perder a mão ao modificar um pouco da essência anárquica que ele tinha nos outros filmes e fora algumas tomadas decisões bastante arriscadas para poder fugir um pouco do mais do mesmo na franquia. É tanto que no Rotten Tomatoes a aprovação foi bem menor, de 41%,ainda assim, isto não atrapalhou  a bilheteria.  No balanço geral, Shrek Terceiro já demonstrava um bom sinal de início de  saturação do público em relação a Shrek.

 

SHREK PARA SEMPRE(Shrek Forever After, EUA,2010)




 com Shrek para sempre representou toda a conclusão do ciclo do ogro verde nas telonas. Nele podia-se notar o quanto que a Dreamworks tinha perdido totalmente o freio ao modificar completamente a essência do personagem. Nem mesmo a formula escapista fabular conseguia atrair o público já bastante saturado. Neste último filme da franquia que recebeu uma aprovação menor do Rotten Tomatoes com 58%, pode se dizer assim que ele foi o mais fraco de toda a saga. Mesmo assim, neste filme a gente pode conhecer a importante presença de um personagem que fechou completamente todo o arco que o ligava ao passado  que era a presença do mágico de nome estranho Rumpelstiltskin, que simboliza um acerto de contas das consequências ocorridas ainda no primeiro filme.  Na abertura do filme, é apresentado que enquanto Shrek e Burro estavam resgatando Fiona do Castelo mantida refém pela dragoa, os pais dela Rei Harold e Rainha Lilian tinham ido atrás deste feiticeiro para que este pudesse tirar a maldição ogra dela. Rumpelstilskin, aceita ajuda-los na condição deles assinarem um  acordo, onde dava-lhe o direito de passar o trono de Tão, Tão Distante. Ou seja, uma tentativa de golpe. Eles assinam, mas quando descobrem que Shrek a havia libertado, eles rasgam o papel. Isto termina o  irritando e assim conhecemos qual a motivação dele para passados muitos anos após aquele acontecimento resolver arquitetar um novo plano maquiavélico para desta vez poder assumir o trono de Tão, Tão Distante.  Rumpelstilskin ao observar os dilemas que o ogro vive sobre a vida atual que leva sendo pai, em alguns momentos sente nostalgias dos tempos antigos em que vivia no Pântano.  É a partir do momento em que Shrek ao se dirigir a Rumpelstilskin desejando não querer mais existir e assinar o acordo. É a partir dali que o mundo dele passa a virar do avesso.  Pois ao fazer isso vê uma Tão, Tão Distante governada a mãos de ferro pelo ganancioso  Rumpelstilskin, vê sua amada Fiona ser a líder da resistência ogra e não o reconhece-lo, Burro também não o reconhece e somos apresentados a um  Gato de Botas gordo que  tinha perdido completamente a vontade de lutar. É nesse momento que ele se depara na grande mancada que fez e para consertar terá o grande desafio de convencê-los a encará-los. Enquanto que Rumpelstilskin no trono chama para seu reforço o flautista mágico, outro personagem conhecido do universo das fábulas europeias que entrou para compor  o universo de Shrek.  Para o contra-ataque. Rumpelstilskin como o vilão também tem inspiração num personagem de conto de fada que no caso é o Rumpelstichen criado pelos alemães Jacob(1785-1863) e William Grimm(1786-1859),  ou como muitos se referem de Irmãos  Grimm, cuja primeira publicação data de 1812 na coletânea Contos de Grimm. No balanço geral, este foi o filme que concluiu a saga de Shrek. Apesar de não apresentar o mesmo vigor em relação aos filmes anteriores. Ainda assim, fechou bem com chave de ouro todos os pontos do ciclo que os ligavam aos filmes antecedentes. Onde já dava para sentir que a partir dali acabou, não tinha mais do que ser trabalhado. Bom andam rolando por noticias de que irão rebotar Shrek, que cara confesso que estou um pouco com medo do pode vim.

 


domingo, 30 de maio de 2021

Os heróis DC dos filmes de antigamente! Filmes do Batman e... Liga da Ju...

  


"Muito antes dos heróis do cinema atual, bonitões, bem vestidos e com dinheiro sobrando, a gente teve uma galera que salvava o mundo com poucos recursos, vestidos com roupas de baile de carnaval e muita boa vontade Então vamos relembrar mais desses grandes heróis dos filmes da DC Comics do passado!"

segunda-feira, 24 de maio de 2021

ANALISANDO A SÉRIE DA NETFLIX O LEGADO DE JÚPITER

  


Olá Grandes Super-Heróis, nesse vídeo irei comentar sobre a nova série da Netflix que é O Legado de Júpiter(Jupiter´s Legacy, EUA,2021). Série de super-heróis inspirado no quadrinho de Mark Millar e Frank Quintely.

quarta-feira, 12 de maio de 2021

MINHA MÃE É UMA PEÇA E OUTROS FILMES DO PAULO GUSTAVO.

 

MAIS UM ARTISTA VÍTIMA DA COVID-19



A notícia do falecimento do comediante Paulo Gustavo, aos 42 anos, sendo  mais uma vítima dessa desgraça de Covid-19, na terça-feira, 04 de Maio, durante semana de comemoração do Dia das Mães, comoveu o Brasil inteiro e existe uma razão para isso.  

Ele era um tipo de artista que sabia fazer um tipo de humor popular que se comunicava bastante com diferentes camadas sociais, em especial as femininas e aos  LGBTQ+.

Gay assumido, foi casado com Tales Bretas com quem deixou dois filhos adotados por meio de duas  mães de aluguel no exterior.

É triste ver que ele é mais um  entre os  brasileiros a entrar nas estatísticas  das vítimas mortas  da COVID-19. Que vitimou também muitos outros  artistas brasileiros como no ano passado em que perdemos a atriz Nicette Bruno, o cantor Paulinho do conjunto Roupa Nova, o ator Eduardo Galvão, o também ator Gésio Amadeu e este ano perdemos também outros talentosos artistas vitimados pela COVID-19 como os cantores Genival Lacerda, Zezinho Correa e Agnaldo Timóteo.

Eu não lembro  de já ter visto outros trabalhos que Paulo Gustavo fez na TV, como em novelas, por exemplo, ou mesmo em humorísticos de tv.

Pode-se dizer que foi através do cinema que conheci o ótimo trabalho dele em especial com a série de filmes Minha Mãe é uma Peça.

Alguns dos filmes que pude ter a oportunidade de conferir  durante a triste semana que ele faleceu por meio do serviço de streaming do TelecinePlay que eu comecei a assinar fazia poucos dias,  onde lá eles até dedicaram um espaço em homenagem a ele com os catálogos dos filmes onde ele participou.

Aproveito e faço aqui minhas rápidas descrições e análises  de cada um desses  que assisti no serviço por uma ordem bem aleatória, sem ser top 10 de melhor ou pior,  ou mesmo por ordem cronológica. Como vocês podem conferir abaixo:




1)TRILOGIA MINHA MÃE É UMA PEÇA





Começo obviamente pela trilogia de Minha Mãe é uma peça que é composto por Minha Mãe é Uma Peça-O Filme(Brasil, 2013), Minha Mãe é Uma Peça 2(Brasil, 2016) e Minha Mãe  é Uma Peça 3(Brasil, 2019), filme que foi inspirado na peça teatral de autoria do próprio Paulo Gustavo, onde ele foi quem adaptou o roteiro e foi  onde ele criou um dos tipos mais famosos de sua carreira que é a Dona Hermínia, representando a popular   classe média de sua terra natal Niterói/RJ,  uma mulher de  perfil um tanto temperamental,  explosivo e irascível, principalmente ao lidar com os três filhos Garib(Bruno Bebbiano), Juliano(Rodrigo Pandolfo) e Marcelina(Mariana Xavier) e do seu ex-marido Carlos Alberto(Herson Capri), e soltava o bordão do “Eu, hein”  que simbolizava um retrato bastante intimista dele que se inspirou na sua  própria mãe Dona Déa Lúcia, mas que mesmo assim  sabia ser amorosa. Este lado intimista  fica bastante evidente quando a gente  observa muito isso na maneira como ela se relacionava com um de seus três  filhos Juliano que era gay e mostrando em momentos da infância do menino dela aceitar isso, um retrato bem próximo do que ele deve ter passado na sua infância, principalmente nos flashback de Hermínia com Juliano pequeno bem exemplificaram com ele já demonstrando interesse por brincar de boneca em vez de futebol, por exemplo, dentre outras coisas. Cada um desses três filmes foi dirigido por um diretor diferente: André Pellenz foi quem dirigiu o primeiro da série, o segundo foi dirigido por César Rodrigues e o último da série por Susana Garcia. A maneira como Paulo Gustavo representou em cena a personagem com aquela caracterização que o ajudava a compor e a incorporar de forma magistral e impecável, fazia ele realmente convencer que era mesmo uma mulher. O que a primeira vista, poderia gerar uma forte estranheza no espectador a ponto de ficar muito  ridículo como uma representação caricata de um estereótipo de travesti ou mesmo de drag queen, em compensação, a forma como ele representou o papel em cena com muita naturalidade nos fazia esquecer que ele era um homem e deu  bem  voz a causa dos LGBTQ+. Mesmo que o intuito não parecesse panfletário.

 

 


2)DIVÃ




Na obra Divã (Brasil,2009), Paulo Gustavo representou René, personagem que faz uma participação bastante pontual, já que ele era o cabelereiro da protagonista Mercedes(Lilia Cabral), sua aparição na cena onde ela vai ao salão  acompanhado de sua inseparável amiga Mônica(Alexandra Richter).  Nessa obra que contou com a direção de José Alvarenga Jr. inspirado numa obra homônima de Martha Medeiros onde a protagonista Mercedes relata tudo sobre sua vida numa consulta terapêutica, daí de onde vem o título. Eu já tinha assistido antes essa obra muito tempo atrás em DVD e lembro de ter curtido bastante e  após rever esta obra no streaming do TelecinePlay continuei achando ótima e bastante atemporal. Mesmo a participação de Paulo Gustavo sendo curta nesta obra, pelo menos foi nessa participação  que ele conheceu e contracenou pela primeira vez com uma atriz que seria futuramente presença recorrente na série de filmes Minha Mãe é uma Peça, que no caso é Alexandra Richter, a interprete da coadjuvante  Mônica em Divã, na série Minha Mãe é uma Peça representou a Iesa, irmã da Dona Hermínia.   Na obra também contou com outras participações saudosas, além  de Paulo Gustavo, que são de  feras veteranas que não podem deixarem de serem mencionadas como Elias Gleizer(1934-2015) que fez uma representação brilhante  no papel do Agenor, pai da protagonista e de Lupe Gigliotti(1926-2010), a irmã do mestre do humor Chico Anysio(1931-2012) numa participação pontual na pele de costureira ajeitando o vestido de casamento da Mercedes. Num dos seus últimos registros de trabalho.




3)VAI QUE COLA-O FILME




Nesse filme inspirado na famosa sitcom do canal pago Multishow criada por Leandro Soares e teve a direção de César Rodrigues, pertencente ao Grupo Globo. Em Vai que Cola-O Filme(Brasil,2015), Paulo Gustavo demonstrou um talento incrível em fazer um estilo de humor bastante popular como já tinha demonstrado antes em Minha Mãe é Uma Peça,  ao representar o Valdomiro, um sujeito malandrão  que da vida de luxo de grã-fino ostentava com seu apartamento no Lebron, quando de repente, foi pego caindo numa arapuca que o tornou um foragido da policia por ser o arquiteto do esquema de roubo praticado por sua empresa. O que o fez se mudar para o ambiente suburbano do Meier e lá vive numa casa de pensão que está prestes  para cair aos pedaços depois de uma forte  chuva e resolve levar os seus companheiros de pensão para o apartamento de luxo do Leblon, por causa de um acordo que ele fez com seus ex-sócios. E a confusão vai rolar é solta. A maneira como Paulo Gustavo  desempenhou o papel do Valdomiro que é responsável por conduzir a história ao espectador, tanto que é ele quem faz a  quebra da quarta parede ao interagir com o espectador é algo incrível, fascinante nessa obra cuja estética cômica vai mesmo na pegada popular de mostrar o estilo kitsch dos suburbanos do Meier em contraste ao luxuoso apartamento do Leblon, simbolizando bem um  retrato das crônicas do   cotidiano carioca.





4)OS HOMENS SÃO DE MARTE...É PRA LÁ QUE EU VOU E MINHA VIDA EM MARTE.






Para fechar a lista,  comento aqui sobre dois filmes que são sequências um do outro, onde aqui Paulo Gustavo mostrou ser bastante versátil em trabalhar na estética do humor mais refinado, mais elitizado e com características que abordam bastante os dilemas mais femininos que são em Os Homens são marte...é pra lá que eu vou (Brasil, 2014) e Minha vida em Marte(Brasil, 2018). Inspirados nos monólogos teatrais da atriz Mônica Martelli que nos filmes protagoniza Fernanda e que teve a participação dele no roteiro. Nesses dois filmes que contou o primeiro com a direção de Marcos Baldini e o segundo de Susana Garcia, Paulo Gustavo representou magistralmente o Aníbal,   sócio da protagonista  Fernanda(Mônica Martelli)  numa agência que promove casamentos, ele aqui representou bem a figura do inseparável amigo e companheiro dela, um gay um tanto enrustido, mas que se torna um conselheiros em seus dilemas sobre o relacionamento amoroso e complexidade em entender os homens e o sonho de achar um homem para se casar.  

Depois disso, posso concluir que é bastante lamentável a perda de mais um talentoso artista brasileiro  para a COVID-19.

Descanse em paz.

Paulo Gustavo.

(1978-2021).