quarta-feira, 29 de agosto de 2018

MINHAS 10 ANIMAÇÕES FAVORITAS DA DC COMICS.


Parece que no começo desse segundo semestre de 2018, muita gente  ficou muito empolgada com a DC Comics, depois que eles divulgaram na San Diego Comic Con os trailers de Aquaman e Shazam. Duas versões em live-action do seu universo cinematográfico cujos filmes anteriores, muito sérios, sombrios, crus andaram dividindo as opiniões e mostraram-se decepcionantes. Mas que pelo que foi mostrado  estes dois vão ser bem diferentes nos tons, enquanto Aquaman vai ser sério mas trazendo uma bela fotografia mais colorida do fundo do mar no panorama de Atlântida e Shazam promete ser uma comédia  zoeira com uma pegada bem infantil para assim podermos sentir um enorme frescor. Enquanto estes dois  filmes não chegam aos cinemas, podemos já sentir isso com relação  a DC  com o lançamento da animação dos Jovens Titãs em Ação  nos cinemas que traz uma pegada de humor bem zoeiro inspirado na nova série animada da Warner cujo traço adotado bem no estilo chamado de CalArts, bem caricato e tem feito muito sucesso entre as crianças. É aproveitando este clima que mencionarei alguns   exemplos de filmes animados da DC de minha preferência   cujas histórias são bem melhores contadas e desenvolvidas do que nos filmes em live-action.  Separei aqui minhas 10 favoritas, inclui na maior parte animações do Batman, porque eram as únicas referencias que eu tinha então. Portanto não estranhem o monopólio do Morcego na lista. Dito isso, vamos então para a lista. 




10)LEGO-BATMAN-O FILME(2017)



Começando a lista comentando  sobre Lego-Batman, uma excelente animação do Batman estrelado e animado pelos brinquedos montados da famosa marca dinamarquesa Lego. Contando com a direção de Chris McKay.  Ela é a minha favorita pela história contar com uma pegada de humor bem zoeiro e bastante referencial, cheio de metalinguagem, como  não faz parte do cânone dos quadrinhos  e nem dos filmes, ele pode ser assistido a vontade sem precisar compreender alguma ligação.  Apresentando um frescor em relação a imagem sombria e crua do Batman dos cinemas mesmo que em comparação a outros filmes animados do Morcego apresentem uma estética mais madura, este aqui é bem infantilizado. Por ser uma animação bem colorida estrelado pelos brinquedos Lego, deve ter gerado um imenso trabalho para animar o frame de cada cena, ele se permite a mostrar situações  que talvez num filme live action  seria muito improvável de acontecer ou mesmo inviável  como o plano mirabolante do Coringa de ir para a Zona Fantasma e trazer de outras dimensões ameaças  de outros universos cinematográficos que não são da DC, mas  da Warner como o Voldemort de Harry Potter, o Sauron de O Senhor dos Anéis, A Bruxa Má do Oeste de O Mágico de OZ além de apresentar uma vasta galeria de vilões do Batman, inclusive os da série clássica dos anos 1960 e fazer uma  provocação a Marvel. Um filme muito divertido.





9)BATMAN-A MÁSCARA DO FANTASMA(1993)






Dando sequência a minha lista de animações preferidas da DC menciono outra também do Batman que é muito foda, especialmente para quem assim como eu  foi da geração dos anos 1990 cujo primeiro contato com o herói foi com a série animada Batman-Animated Series.  Batman-A Máscara do Fantasma foi um  filme que contou com a direção de Eric Radomski e Bruce Timm, o mesmo produtor responsável pela série animada e teve entre seus roteiristas Paul Dini, também um dos cabeças responsável pela incrível série animada que representou um marco para a história do herói e também dos desenhos animados, especialmente pela abordagem muito adulta com um Batman sério agindo de uma forma mais detetivesca e sempre acima do bem e do mal do mesmo jeito como nas suas primeiras HQs e cujo traço e os frames  carregavam toda uma atmosfera pesada e fria ao som de Danny Elfman tocando na abertura. Neste filme o seu enredo gira em torno do misterioso assassinato de membros da máfia de Gotham City por um ser mascarado e, que ocorre justamente no momento em que aparece Andrea Belmonte, uma antiga namorada de Bruce Wayne com quem ele chegou a noivar. Este ser sombrio denominado de o Fantasma vai gerar enormes crimes que vão se interligar ao passado de Andrea onde também no plot twist apresenta o Coringa  que não vou contar do que se trata para não dar spoilers. Quem quiser saber confira na Netflix. O primeiro dessa leva de filmes animados do Batman representou um marco importante também para a animação por apresentar o mesmo modelo da série com um enredo mostrando uma pegada bem adulta com uma atmosfera e  uma trilha sonora assinada por Shirley Walker(1945-2006) muito tensa e com um ótimo desenvolvimento de personagens. Um dos maiores destaques que posso colocar sobre este filme está no elenco de vozes da versão brasileira da época. Dentre  estes destaco o Marcio Seixas fazendo a voz do Batman numa interpretação magnifica, onde imprimiu muitas nuances das camadas mais humanas ao herói, tanto na parte  dramática que envolve os seus dilemas entre continuar sendo o vigilante noturno e tentar viver uma vida normal ao lado de um amor como foi com a Andrea e também em alguns momentos cômicos dele agindo como um sedutor com toques de elegância que bem rementiam ao agente secreto 007 nos filmes de James Bond no qual Marcio Seixas costumava dublar e o saudoso Darcy Pedrosa(1930-1999) como Coringa esteve fantástico neste super filme incrível animado do Batman com uma pegada mais barra pesada que nunca tinha sido mostrado nos desenhos de então, ele que já tinha dublado o personagem antes no filme de Tim Burton vivido por Jack Nicholson  onde eternizou a sua memorável frase “Você já dançou com o Diabo a luz do luar” o tornou bastante inesquecível. 




8)BATMAN DO FUTURO-O RETORNO DO CORINGA(2000)









Seguindo, outro filme animado da lista da DC Comics que é o meu favorito é Batman do Futuro-O Retorno do Coringa.  Inspirado na série de tv animada “Batman do Futuro”(1999-2001), contando com a mesma equipe de produção e com direção de Curt Geda, mostrando uma Gotham City numa pegada futurista com Bruce Wayne já velho resolvendo se aposentar do manto do Morcego Vigilante e o passando para o jovem colegial  Terry McGnnis assumir esta função. Na trama deste filme, somos apresentados a aparição do  Coringa gerar uma grande intriga com Bruce, principalmente por estar atrelado ao que aconteceu 20 anos atrás quando numa operação ele e a Arlequina mantiveram o Robin como refém e fizeram uma grande lavagem cerebral que o deixou bastante traumatizado. Um filme sensacional. Utilizando-se de um recurso narrativo muito envolvente, instigante e apresentando um bom conceito nos traços mais modernos da época.




7) BATMAN-O MISTÉRIO DA MULHER-MORCEGO(2003)



O próximo da lista que é minha animação da DC Comics favorita  e também é do Batman é Batman-O Mistério da Mulher-Morcego. Neste filme é mostrado o nosso herói  envolvido numa operação de impedir um carregamento ilegal de armas chefiada pelo Pinguim. É durante o combate que ele fica intrigado ao saber da existência de uma mulher utilizando um uniforme idêntico ao seu.  Ainda por cima sabendo que não podia ser a sua pupila Batgirl pois estava viajando. É no momento em que desvenda ligações criminosas do Pinguim com outros chefões e com Bane envolvido na parada, também tentará desvendar quem é a mulher por trás daquele uniforme. E que para surpresa dele, vai descobrir que não é só uma que a utiliza, mas há três que também não vou contar para não dar spoiler. O filme tem um ótimo enredo que consegue prender o espectador em decifrar principalmente no que diz respeito ao enigma de qual será a verdadeira identidade dessa Batwoman. Seria por acaso a Batgirl crescida? Ou a Mulher-Gato?  O longa contou  com a direção de Curt Geda  e apesar de ser um desenho ele apresenta um teor muito adulto.




6)BATMAN-O CAVALEIRO DE GOTHAM(2008)




Dando seguimento a lista menciono mais um filme do Batman que é meu favorito:  Batman-O Cavaleiro de Gotham. Trata-se de um filme animado dividido em seis diferentes histórias do Batman, por óticas narrativas diferentes com recursos ilustrativos bem contrastantes, o que se pode aplicar as variedades de paletas de cores mostrada na obra, cada uma dessas histórias contidas no filme foram escritas por diferentes roteiristas com desenhos de diferentes artistas. Com direção de Bruce Timm e Toshi Hiruma. E com roteiros escritos por Brian Azzarello,  David S.Goyer, Josh Oslon, Greg Rucka, Jordan Goldenberg e Alan Burnett. Já as criações dos desenhos ficaram sob a responsabilidade de quatro diferentes estúdios japoneses: 4º C Studio, Productions I.G, Been Train e Madhouse. O que pode ser notado no  tom cartunesco e no estilo dos frames   que cada um apresenta bem  remeter aos animes. Cada uma delas traz um compilado das sagas originais em que foram inspirados.  O enredo que abre é “Tenho uma história para você”,  com uma pegada bem de aventura juvenil onde a história se foca em quatro adolescentes andando de skate e cada um  conta sua versão de como conheceu o Batman. Em seguida temos “Fogo Cruzado” que se foca em dois policiais  discutindo no carro a caminho do Arkham as atitudes do chefe deles Gordon com relação ao Batman. O quarto enredo  deste filme é  “Teste de campo” que mostra o acidente com o novo satélite da WayneCom que inspira Lucius Fox a criar um defletor de magnetismo enquanto que o nosso Morcego está na investigação de Ronald Marshall no assassinato da ativista Teresa Williams. Em seguida temos na “Escuridão que habita” onde mostra Batman indo até o esgoto para investigar o sumiço de várias de pessoas, onde os principais suspeitos são o Crocodilo e o Espantalho envolvidos numa seita muito misteriosa.  Na penúltima trama, intitulada “Lidando com a dor” mostra as consequências  da trama anterior apresentando Bruce Wayne com as feridas abertas relembrando diferentes momentos do seu passado como quando foi a Índia pedir conselho a uma Faquir. Por fim, temos a trama do “Pistoleiro”, um atirador e assassino de aluguel que após cumprir com sucesso sua tarefa de assassinar, foi escalado para outra tarefa a mando do mafioso Russo,  para assassinar o Comissário  Gordon. E o Batman após se recuperar do último acontecimento vive atormentado pelas lembranças do assassinato de seus pais. Cada uma das seis histórias aqui apresentadas são surpreendentes valem a pena de verem.


5) BATMAN-ATAQUE AO ARKHAM(2014)








O último de Batman da lista que na verdade ele não  é o grande foco aqui desta história. Nesta animação, o foco está em   todos os integrantes formados pelos  vilões menos conhecidos do grande público  da galeria do Batman mesmo para os leitores mais assíduos, como Pistoleiro, Tubarão-Rei, Capitão Bumerangue, Aranha-Negra, Nevasca, KgBesta  e Arlequina se juntando para criar o Esquadrão Suicida.  Impressionou-me bastante a boa qualidade do  traço da animação, que carrega um tom bem adulto com as ilustrações tendo um ar mais escuro como bem apresentado nas paletas de cores. Carrega uma trama bastante envolvente, sensacional, bem  instigante e cheio de surpresas,  dirigida por  Jay Oliva & Ethan Spaulding, com roteiro escrito por Heath Courson.  A trama dessa versão em desenho animado nos apresenta a origem da formação do esquadrão, a partir do momento em que Amanda Waller tenta matar o Charada após este hackear informações sigilosas sobre o Esquadrão Suicida e ameaçar expor publicamente suas operações. É neste momento que o Batman aparece para ferrar os planos, e ocasiona na prisão do Charada no Asilo Arkham.  E será por este motivo que ela resolve recrutar os criminosos mais perigosos para um  serviço sujo  na surdinha, que se eles não entrarem na linha, poderão morrer a qualquer momento com uma bomba implantada na cabeça de cada um.  É neste Asilo Arkham que iremos ver outros vilões clássicos lá aprisionados, com destaque para o Coringa fazendo umas curiosas e até insanas declarações de amor a Arlequina, com uns efeitos cômicos involuntários até ao referir-se carinhosamente a ela de meu pudimzinho. Vou logo alertando que apesar de ser um desenho, ele não é muito recomendo para crianças assistirem, principalmente por conter umas cenas violências bem  barra pesadas como as cabeças do Kgbesta, do Crocodilo e do Aranha-Negra sendo degolado pela explosão da bomba implantada na cabeça deles, o que  por si só já coloca um tom bem insano no filme. Fora que também há uma cena do Pistoleiro  e a Arlequina fazendo sexo na cama, e a própria tem um momento que fica despida, só por isso dá para se deduzir que esta animação é feita para o público adulto, e não para crianças. 




4)LIGA DA JUSTIÇA: A NOVA FRONTEIRA(2008)



Depois que mencionei muito Batman como meus favoritos nesta lista, a próxima animação da DC Comics que é a minha favorita  é Liga da Justiça: A Nova Fronteira. Com direção de Dave Bullock, o enredo de  Liga da Justiça: A Nova Fronteira teve como base no arco dos quadrinhos de Darwyn Cooke(1962-2016). Conta a história da origem da formação da equipe em plena década de 1950 no período tenso  de Guerra Fria, com os americanos perseguindo os comunistas dentro do território americano  com a sua  política de caça às bruxas adotado pelo macarthismo, e nem mesmo nossos heróis escapam de serem os alvos dos políticos que os vem como inimigos do Estado  e também vivendo o começo  da Corrida Espacial. Trata-se de uma excelente animação com uma arte impecável cuja técnica do traço usado para os frames desse filme fizeram uma excelente recriação da caracterização dos personagens exatamente como foram publicados  em pleno período  da transição do fim da Era de Ouro para o começo da  Era de Prata dos Quadrinhos de Super-Heróis. Fora o roteiro adaptado pelo próprio autor  junto com  Stan Berkowitz,  com uma história cheia de emoção e tensão, com muitas situações  e diálogos referenciais que tornam bem plausível a verossimilhança com aquele contexto representado no filme como o fato dele serem vistos como supostos inimigos do Estado sendo acusados de comunistas pela política macarthista em plena Guerra Fria naquele clima de paranoia da época, que bem remete a época em que o psiquiatra Fredric Wertham(1895-1981) publicava o seu polemico livro A sedução dos inocentes onde acusava os super-heróis de transgredir, desvirtuar e aumentar os índices de delinquência juvenil dando origem ao temido selo  do Comics Code Autorithy. Fora também a brincadeira onde aparece o Caçador de Marte ao ver a TV se transformar de acordo no que vê como o Pernalonga por exemplo. Vale a pena a conferida neste filme. E por este motivo ele é meu favorito.




3)LIGA DA JUSTIÇA: GUERRA (2014)







Outra animação da DC Comics que  também está listado como  o meu favorito é Liga da Justiça: Guerra.  Com direção de Jay Oliva com base na versão da linha editorial dos Novos 52.  Trata-se de um filme muito bem desenvolvido onde apresenta a Liga encarando  a grande ameaça espacial vindo a Terra  que é o Darkseid onde temos muitos bons arcos narrativos que bem desenvolvem a construção de cada personagem. Com destaque para a introdução do Cyborg, que ao contrário da versão animada e também da Liga da Justiça de Zack Snider e Joss Whedon teve aqui a personalidade dramática muito bem construída ao longo da trama, especialmente a sua origem de como virou o Cyborg.  A introdução do Shazam também foi incrível, apesar deles o incrementarem com dois alívios cômicos que são o Flash e o Lanterna Verde. E um gancho no final com a surpreendente aparição do Aquaman. Recomendo.




2) GRANDES ASTROS:SUPERMAN(2011)



A penúltima animação da DC da minha lista de favoritos é Grandes Astros: Superman. Adaptado de um arco homônimo do quadrinhos de Grant Morrison. Com direção de Sam Liu, a trama desse filme apresenta o nosso querido Homem de Aço, último filho de Kripton  estando entre a vida e a morte após ser envenenado por uma radiação solar, e vai ser este momento que ele resolve aproveitar para revelar a intrépida jornalista  Lois Lane a sua real identidade e encarar o grande desafio definitivo  contra seu grande inimigo Lex Luthor. Um desenho com uma trama bem desenvolvida, cheia de ação, e com uma atmosfera melodramática do inicio ao fim. Os momentos finais são até de derramar lágrimas. Aliás, dramático é constatar que um dos envolvidos na produção deste filme, o roteirista Dwyane McDuff faleceu um dia antes do filme ser lançado no mercado de Home Video.




1)MULHER-MARAVILHA(2009)



Para encerrar a minha lista de animações favoritas da DC Comics, coloco aqui a menção a icônica Mulher-Maravilha. Nesta animação que dessa minha  lista carrega   como diferencial  o fato de ser dirigida por uma mulher  Lauren Montgomery. Com base numa publicação dos anos 1980, Pós-Crise das Infinitas Terras, um importante arco das HQs da DC neste período sendo reformulada por George Perez cujo roteiro foi adaptado por Michael Selenic.  Esta  incrível história de origem da querida amazona apresenta uma ótima introdução do universo da heroína para o público em geral. Desde o seu nascimento na Ilha Grega de Themyscera de onde ela nasceu como a Princesa Diana, filha da Rainha Hipólita.  Lá é mostrado todo um cenário épico escapista das batalhas entre as grandes divindades do Panteão Grego. A grande batalha dela contra Ares até chegar a uma batalha dela contra a Mulher-Leopardo, que não por acaso vai ser a vilã de Mulher-Maravilha 1984. Uma direção de arte impecável, com um roteiro incrível e muito envolvente. Vale a pena conferir. Recomendo.




terça-feira, 14 de agosto de 2018

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

AMNÉSIA- FILME DE CHRISTOPHER NOLAN PRÉ-BATMAN BEGINS.

Ontem conferi na Netflix, o filme Amnésia(Memento, EUA,2000). Filme do britânico  Christopher Nolan em sua fase Pré-Batman Begins, sendo o  segundo longa-metragem de sua carreira. Ele antes havia dirigido Following(1998) e quatro curtas-metragens. Neste filme a trama gira em torno de Lenny(Guy Pearce) um sujeito que sofre de perda de memória recente  que em toda situação que lhe ocorre ele sempre procura registra para nunca esquecer e assim montar o quebra-cabeça das situações bizarras que lhe ocorrem. Onde a todo aparece muitas reviravoltas onde o que aparentava ser uma verdade óbvia, muitas vezes pode se revelar uma grande surpresa. Principalmente quando ele faz a investigação das pessoas que se envolveram com ele, onde a cada momento temos muitas surpresas. 




Nolan sendo  um diretor que divide as opiniões pelo seu estilo muito didático-explicativo também soube como conduzir bem a trama aqui apresentada com uma estética  não-linear onde aborda de forma bem original a complexidade do existencialismo com Lenny onde para ficar fresca sempre grava tirando fotos onde escreve a mão ou mesmo manda tatuar no corpo os nomes e os códigos para não esquecer.  E por ele este problema, o filme vai mostrando situações que muitas vezes distorcem do que realmente aconteceu.  O título original Memento se refere a palavra latina cujo significado é lembra-te, junção das palavras memor que "é aquele se lembra" e mem que é "pensar".  O que faz todo o sentido para o mote da trama envolver o protagonista Lenny com suas investigações dos crimes onde ele estava envolvido e não se lembrava.  Assim como a própria escolha do título em português no Brasil  bem refletia sobre todos  estes acontecimentos retratados no filme. 








Por ser uma trama com uma estrutura narrativa pouco convencional e não-linear bem característico do diretor, ele pode tender a não agradar todo  mundo, ainda mais que a trama carrega um ritmo muito lento e a todo tempo temos muitas repetições das mesmo situações para ele explicar ao público a situação para não deixar pontas soltas  o que pode até ficar bastante chato e tedioso. Este modelo muito explicativo e cheio de didatismo que o diretor costuma colocar em seus filmes, para poder trazer um pouco de lógica ao seu universo. Mesmo acabando  não explicando nada e deixando mais dúvidas. 






De todo jeito, se você ficou interessado uma obra de Christopher Nolan antes dele ficar mundialmente conhecido por Batman Begins e querer conhecer um pouco do seu estilo autoral muito explicativo e principalmente para apreciar a interpretação de Guy Pearce como protagonista que consegue segurar as pontas com as complexidades, as nuances e as camadas que seu personagem Lenny demonstra a cada reviravolta que ocorrer nessa não-linear. Vale a pena assistir tem na Netflix. 




domingo, 29 de julho de 2018

OITO ATORES/ATRIZES EM MAIS UM FILME DE SUPER HERÓI

 





Olá Grandes Super-Heróis, no vídeo de hoje vou compartilhar uma sensação muito curiosa que me ocorreu quando fui assistir a Homem-Formiga e a Vespa. Eu senti um certo deja vu ao ver a Janet Van Dyne, a Vespa original me lembrar a bela gatuna da Mulher-Gato de Batman-O Retorno e não só senti isso com relação a ela, mas também ao Billy Foster, que no passado foi o Golias me remeteu a figura do Perry White, o chefão do Planeta Diário dos filmes Homem de Aço e Batman Versus Superman-A Origem da Justiça. A provável explicação pode estar relacionado ao fato de que respectivamente, os interpretes desses personagens no filme são os mesmos, ou seja, Michelle Pfeiffer e Laurence Fishburne. Mas eles não são os únicos exemplos de atores a estarem presentes em mais de um filme de super-herói. Separei aqui oito atores divididos entre quatro homens e quatro mulheres que já estiveram presente em mais de um filme desse gênero tão amado pela cultura pop.

RESENHA DO FILME HOMEM-FORMIGA E A VESPA

https://www.youtube.com/watch?v=3TNLs...


LISTA DOS ATORES POR ORDEM DE APRESENTAÇÃO:
JOSH BROLIN
RYAN REYNOLDS
BEN AFFLECK
MICHAEL KEATON
HALLE BERRY
NATALIE PORTMAN
TILDA SWITON
NICOLE KIDMAN

FANPAGE DO CINEMA COM SUPER-HERÓI:
https://www.facebook.com/cinemacomsup...
BRENO CINÉFILO ARAÚJO:

https://www.facebook.com/breno.araujo.39
TWITTER:
https://twitter.com/BrenoCmara
FLICKER:

https://www.flickr.com/photos/1509570...
INSTAGRAM:

https://www.instagram.com/brenocinefilo/

BRENO RODRIGUES:
https://www.facebook.com/profile.php?
...

quarta-feira, 18 de julho de 2018

1999: Quando o Cinema Quebrou a Realidade

 







"1999 é tido como um dos melhores anos da história do cinema. Mas vários lançamentos daquele ano tinham uma temática em comum surpreendentemente específica."
via Entre Planos.




quinta-feira, 12 de julho de 2018

O CASTELO DE CAGLIOSTRO(1979)-O PRIMEIRO FILME DE MIYAZAKI PRÉ-STÚDIO GHIBLI.

Todo otaku que se preze deve conhecer ou mesmo ouvido falar das obras de Hayao Miyazaki. Com certeza muitos devem associar o seu nome referente aos Studio Ghibli, obviamente pelo fato dele ser o seu filhote criado por ele em meados dos anos 1980. Mas muito antes dele criar os Studio Ghibli junto com Isao Takahara que faleceu recentemente onde fez grandes obras-primas da animação japonesa, Miyazaki havia dirigido esta obra chamada de O Castelo de Cagliostro(Rupan Sensei: Kariosuturo no Giro, Japão, 1979).






Uma produção da Tokyo Movie Shinisha, com distribuição da Toho. O mote do enredo apresenta uma impressionante história do ladrão chamado Lupin que acompanhado de seu parceiro de assalto após praticar um furto num cassino em Mônaco, vai se dirigir até um lugar, que é o Ducado de Cagliosto que é governado por um prepotente conde que pretende se casar com a Princesa Clarice para se apoderar do anel que acredita terem poderes míticos para assim poder usurpar do trono. É nisso que por mera casualidade, Lupin acaba virando de ladrão a herói, especialmente quando sente uma enorme atração pela princesa.





Esse anime que o Miyazaki produziu em sua fase pré-Stúdio Ghibli apresenta um trabalho impecável tanto na parte técnica de animação, quanto no quesito da estética do roteiro. Tecnicamente, o roteiro apresenta uma história bem fascinante que remete as tradicionais histórias de contos de fadas, especialmente por envolver castelo, com princesa simbolizando a donzela em perigo entre outros elementos de escapismo apresentados e essa parte muita romântica, até novelesca do ladrão bancar o herói protetor da princesa por estar apaixonado é bem uma formula de licença poética. A construção dos personagens no arco narrativo é também algo que torna o filme impecável, o protagonista Lupin cativa bem o público com seu jeito imperfeito como pessoa agindo como um larapio, malandro, bem canastrão, mulherengo e mesmo assim ele consegue criar empatia, mesmo tendo valores distorcidos. O prepotente Conde de Cagliosto também é um personagem com uma personalidade maquiavélica bem construída, e suas motivações para dominar o Castelo de Cagliostro, forjando um casamento com a Princesa Clarisse pensando em usurpar o trono é simplesmente esplendido. Também destaco para o Inspetor Zenigata que vive numa constante perseguição de gato e rato com Lupin, ao mesmo tempo que descobre um esconderijo secreto do Conde que falsificava notas de outras nações do mundo e isso acaba meio resultando em ele se aliar a Lupin para impedir o plano maléfico do Conde e destaco também para a Rosário, que para mim mostrou-se uma grande surpresa, pois em boa parte da trama ela é apresentada em poucos momentos agindo como uma simples Governanta do Castelo, até que da metade em diante temos uma grande reviravolta onde se revela que ela é uma espécie de espiã infiltrada e passa a ser um reforço a mais Lupin que além de contar com seu parceiro Jigen e de um samurai ronin para salvar a Princesa Clarisse contra o plano do maquiavélico Conde. Além de apresentar uma excelente história, O Castelo de Cagliostro também apresenta um excelente trabalho de Miyazaki na qualidade técnica de animação, tanto na maneira como ele traço o desenhou de cada, como os quadros dos frames de movimento são impecáveis naquela época em que os recursos de produção não eram lá muito sofisticados, pelo menos nisso para a época o trabalho foi excelente. Como é bem característico de anime, O Castelo de Cagliosto traz umas pitadas cômicas trazendo elementos bem característicos do humor físico, com os personagens fazendo muitas caretas. As cenas de ação são deslumbrantes, a pancadaria, tiroteio e muito sangue o tornam um tipo bem inapropriado para criança, fora o protagonista Lupin apresentar um caráter dúbio. De todo jeito, para quem aprecia o trabalho do Miyazaki, vale a pena conhecer esta excelente animação de sua fase pré-Studio Ghibli que está disponível na Netflix.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

RETROSPECTIVA DOS FILMES DA MARVEL FASE 1 (2008-2012)

  











FASE 1
HOMEM DE FERRO(2008)
Quando a Marvel lançou este primeiro filme do Vingador
Dourado há exatos 10 anos. Ela se encontrava em um contexto bem diferente do
que é agora. Naquele momento, ela estava começando a sair do buraco que se
encontrava depois do grave momento critico que passava ao longo dos anos 1990.
Inclusive em 1996 ela publicamente decretou falência. Foi naquele período em
que para se salvar, eles tiveram de vender muitos dos seus catálogos de heróis
para grandes empresas de cinema. A Fox comprou X-men e Quarteto Fantástico, a
Sony comprou o Homem-Aranha dentre outros exemplos. Foi neste contexto que bem
antes da Marvel formar uma empresa de cinema e criar o seu universo
compartilhado ou como os marvetes gostam de chamar pela sigla de UCM, que
surgiram uma grande safra de filmes de heróis produzida por outros estúdios
entre o final dos anos 1990 e ao longo dos anos 2000. Em 1998, portanto, dez
anos antes de Homem de Ferro tivemos Blade, um anti-herói com uma pegada creepy
por ser um vampiro que representava a linha classe C, D, E da editora que foi
produzida pela New Line Cinema. Contou com Wesley Snipes como protagonista que
na época já era bem famoso por fazer papeis de policiais ou mesmo bandidos
cascas grossas em filmes de ação. Fez um relativo sucesso talvez por contar de
ter Snipes como estrela que não chegou a virar fenômeno, no entanto, ganhou
sequencias posteriores como Blade II e Blade: Trinity. Em seguida, a Fox
lançava em 2000, o primeiro X-men, inspirado em uma equipe mutante que
enfrentava uma rotineira luta contra o preconceito  da sociedade em uma pegada que mexia com
ficção cientifica e contou com a direção de Bryan Singer e mesmo o elenco não
sendo formado por grandes stars talents mesmo assim brilham em cena. Fez um
grande sucesso ponto de formar uma grande franquia. Em 2002, a Sony lançava o
primeiro Homem-Aranha, que contou com a direção do Sam Raimi, um diretor que
vinha de um currículo em filmes menores, produções de terror antes de se
aventurar em dirigir esta produção de alto orçamento e contou com Tobey Maguire
como protagonista, um ator praticamente desconhecido do grande público. O
famoso Cabeça de Teia que era o símbolo da classe A da Casa das Ideias ganhou
uma brilhante adaptação e que virou um imenso fenômeno na época e formou sua
franquia. Em 2003, tivemos Demolidor-O Homem sem Medo lançado pela Fox, com Ben
Afleck, o atual Batman da DC Comics cuja história não agradou muito a critica e
ao público, provavelmente pelo fato dela não parecer entender a essência mais
urbana do herói. Também em 2003, a Universal lançava Hulk.  Este filme dirigido por Ang Lee, famoso
diretor de O tigre e o dragão e que contou com Eric Bana no papel principal. A
repercussão desse filme do Gigante Esmeralda também das melhores para a época,
com um enredo muito fraco e os efeitos especiais também muito horríveis. Em
2005, a Fox lançou Elektra com Jennifer Garner no papel principal, a mesma que
fez o papel em Demolidor. O filme também não foi um sucesso, com uma trama
muito fraca, tirando o fato de Jennifer Garner mostrar uma boa desenvoltura,
ainda assim não foi o suficiente para sustentarem a história. Foi também no ano
de 2005 que a Fox lançava Quarteto Fantástico, filme inspirado na primeira
equipe da Casa das Ideias. Contou com a direção de Tim Story e teve Chris
Evans, o futuro Capitão América do UCM como o Tocha Humana, que simbolizava o
alivio cômico do grupo. A repercussão foi bem mediana, muito por conta  do estilo de humor que ele imprimiu com tom
muito infantiloide. Mesmo assim motivou a Fox a fazer sequencia intitulada de
Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado lançado em 2007, que foi um tremendo
fiasco, especialmente pela maneira destoante como eles apresentaram
Galactus.  Tudo isso foi o que motivou a
Marvel a fazer seu próprio universo de cinema. Porque mesmo depois de ver
alguns terem ido bem, a Marvel não conseguia obter os royalties das bilheterias
que só ficavam com os estúdios, foi então que ela decidiu formar o seu próprio
estúdio. Começar pelo Vingador Dourado era a única opção possível para a Marvel
começar a apostar no seu universo cinematográfico. Como não podia ainda começar
com o Cabeça de Teia que representa o herói do mais alto escalão da editora,
por ele estar de propriedade da Sony. Terminaram escolhendo começar com Homem
de Ferro. Que nos quadrinhos representava um herói tipo classe B. Boas partes
dos marvetes não se identificavam com ele, por diversos fatores, primeiro por
ele ser um milionário, playboy, garanhão, festeiro, egocêntrico, galanteador,
arrogante  e por ser representado na
figura de um sujeito barbudo, com uma vida de luxo. Com esta característica já
o tornava difícil para um leitor marvete criar uma forte identificação com ele.
Isto por si só já tornava um grande desafio para a Marvel ao fazer este filme, fazê-lo
mais palatável ao público em geral. Contando com a direção de Jon Favreau, que
antes de se aventurar em dirigir este primeiro filme do Vingador Dourado, ele
só tinha dirigido apenas três filmes pouco conhecidos. Ele também participou
como ator na pele  Happy Hogan, o segurança
que faz o alivio cômico do filme. Outro grande desafio para a Marvel ao começar
pelo Vingador Dourado, foi qual ator escolher? Diversos foram os nomes
cogitados que se recusaram ao papel até chegar a Robert Downey Jr, cuja escolha
gerou uma enorme dúvida, em vista de que na época o ator estava com sua
carreira em declínio por causa das drogas, das bebidas que levaram a várias
internações e muitas idas e vindas para a cadeia. Downey Jr. conseguiu superar
as expectativas ao desempenhar em um filme sem roteiro, completamente
improvisado ele imprimiu toda a sua essência debochada no personagem,
basicamente o Vingador Dourado surgiu como uma fênix na vida dele. Um fato
curioso a se comentar sobre este primeiro Homem de Ferro é que ele contou com a
parceria da Paramount.  De ponto positivo
a destacar está no bom desempenho de Robert Downey Jr. que imprimiu bem no
personagem suas características que o tornaram bastante cativante para o
público em geral. E apresentar uma cena pós-crédito com Nick Fury mencionando a
Iniciativa Vingadores foi um passo importante para o filme dos Vingadores. Já o
grande ponto negativo desse filme é o fato do primeiro vilão que ele enfrentou
neste filme Obadiah Stane, não foi o suficiente para dar uma grande sustentação
na trama. Jeff Bridges até que mostra um bom desempenho no papel, o problema
está na maneira como ele foi construído é bastante falho. Ainda assim ele
cumpriu bem a função de servir de escada para o surgimento do Homem de Ferro.


 O INCRÍVEL HULK(2008)
Este esquecido filme solo do Gigante Esmeralda, mesmo
pertencendo a Fase 1 do UCM, ainda assim é bastante esquecível. Podendo até
entrar numa galeria dos filmes de super-heróis esquecidos? Caso você conhece
algum exemplo de filme de super-herói filme esquecido, sugiro que comente aqui
embaixo na barra de comentários. Pois quem sabe eu faça um vídeo listando os
filmes de super-heróis esquecidos. Em muitos aspectos ele se torna bastante
esquecível, a começar pelo fato do ator que protagoniza o papel não ser Mark
Ruffalo, mas Edward Norton. Um ator considerado de excelente qualidade de
atuação, mas com um temperamento difícil de lidar. Especialmente quando resolve
se intrometer demais no roteiro. Contando com a direção do francês Louis
Leterrier, e com a parceria da Universal, estúdio que havia comprado o Gigante
Esmeralda e lançou cinco anos antes um filme capenga. Ele é não só esquecível
por conta da mudança de ator, mas também por apresentar um vilão como
Abominável bastante genérico, a figura da Betty Ross na pele da Liv Tyler
também não contribui muito para a narrativa. A única coisa desse filme que foi
mesmo reaproveitado no UCM foi o General Ross na pele de William Hurt, o
perseguidor do Hulk que passou a ser importante em Capitão América: Guerra Civil.
De ponto positivo que posso destacar desse filme, cujas falhas são enormes é o fato
dele ter locações no Brasil. As cenas de intensas de perseguição de Bruce
Banner pelo Morro do Rio de Janeiro é de tirar o fôlego, pura adrenalina e uma
cena pós-crédito com o General Ross conversando com Tony Stark em um bar sobre a
Iniciativa Vingadores. Já quanto aos pontos negativos, de todas as falhas que o
filme apresenta em sua estrutura narrativa, está no Abominável como um vilão
muito genérico, cuja captura de movimento em CGI da caracterização dele é
horroroso de péssima qualidade, muito porco, mesmo para a época em que os
recursos eram de melhor qualidade. O filme obteve um relativo sucesso de
bilheteria, que de certa forma o torna esquecível. Depois disso, Norton brigou
com a Marvel e nunca mais voltou ao papel. Que a partir dos Vingadores passou a
ser de Mark Ruffalo.

HOMEM DE FERRO 2(2010)
Neste segundo filme solo do Vingador Dourado, a história já
apresentou umas evidentes pistas e ganchos para atrair o público para o filme
dos Vingadores. Como a presença maior da SHIELD com Coulson e Nick Fury fazendo
ali suas articulações com o Homem de Ferro e fazer uma importante revelação que
seu pai Howard Stark foi o fundador da SHIELD. Os easter eggs  como o escudo do Capitão América e a presença
do Mjornir, o martelo do Thor em um deserto do Novo México como apresentado na
cena pós-crédito, deixava isto mais evidente e quando teve a participação da
Viúva Negra no meio se infiltrando nas Indústrias Stark a mando de sua missão
já como uma agente da SHIELD. As evidencias deixavam  bem claras que o filme servia como uma
vitrine para atrair o público para os Vingadores. Um dos fatos curiosos que
posso destacar   sobre a primeira aparição da Viúva no UCM  neste filme é que inicialmente o papel dela
foi destinado a Emily Blunt que por conflito de agenda, recusou e acabou
ficando com Scarlett Johansson. Outro também fato  curioso envolve que a primeira aparição  da Viúva no Universo dos quadrinhos foi numa
revista do Homem de Ferro publicada em 1964. De fato, a Marvel ter escolhido
introduzi-la no UCM no segundo filme solo do Vingador Dourado nos primórdios da
Fase 1 fazia total sentido.  Neste filme
ele teve o grande desafio de encarar dois vilões: o Ivan Vanko e Justin Hammer.
 Que apareceram justo num momento em que
ele estava entre a vida e a morte, já que o reator arc que o mantinha vivo no
peito consumia muito de sua energia. Este meio que divide opiniões, há quem o
ache muito inferior ao primeiro e há quem o ache melhor explorado que contou
novamente com a direção de Jon Favreau. 
De pontos positivos que eu poderia destacar sobre deste filme está em Don
Cheadler que assumiu o papel do Coronel Rhodes, que no filme anterior tinha
sido de Terence Howard, que resolveu sair de fora do Universo Cinematográfico Marvel
após ter brigado com a empresa por não concordar com a sua proporção salarial
ser menor do que em relação a de Robert Downey Jr. Ao assumir este papel a
partir deste filme  ele conseguiu
imprimir  um caráter de mais seriedade ao
personagem  especialmente na importante
reviravolta que ocorre na trama quando ele resolve usar a armadura do Máquina
de Combate após ver Tony Stark se afundando na birita. Muita dessa
característica foi tirada do clássico arco dos quadrinhos O Demônio na Garrafa
publicado em 1979. Um bom contraponto ao estilo debochado, fanfarrão e
egocêntrico do Tony Stark. Outro ponto positivo que destaco é para Scarlett
Johansson como a Viúva Negra, apesar da participação dela no filme servir
apenas como uma grande vitrine ou mesmo um intermédio para atrair o público ao
filme dos Vingadores, ainda assim ela consegue mostrar uma boa desenvoltura ao
papel.  Antes de ficar mundialmente
famosa por esta personagem, ela antes já vinha colecionando um extenso
currículo  onde começou ainda bem pequena
com apenas 10 anos. Mas foi graças a este que papel que simbolizou um divisor
de águas na sua carreira. A maneira como ela conseguiu se preparar para encarar
fisicamente a personagem, inclusive fazendo muitas aulas de artes maciais não
foi brincadeira, especialmente na impressionante cena onde ao invadir as Indústrias
Hammer bota sozinha todos os seguranças no chão que a tornou bem badass. Além
de incluir com o seu charme no olhar para imprimir na personagem uns toques de
sex appeal que fazia ela roubar muito a cena. Mickey Rourke como o antagonista
Ivan Vanko é também um ponto positivo que destaco do filme, a maneira como ele
representou toda a carga dramática do personagem mostrada na premissa se
passando em sua xexelenta casa localizada na periferia da Rússia nevada onde
ali ao ver seu pai Anton Vanko no leito da morte  já estava arquitetando o seu plano de vingança
contra Tony Stark. O recurso de personagem com perfil vingativo trata-se de um
elemento bem batido, mas que nesse filme serviu para criar a motivação mais
dramática do personagem para destruir Tony Stark, gerando também um peso no
lado familiar dele. Para encerrar os pontos positivos do filme, também destaco
para Sam Rockwell como o Justin Hammer. O tom cômico que ele representou o  personagem que era um concorrente invejoso do
Tony Stark serviu para balancear com Ivan Vanko especialmente quando ele
resolve forjar a morte dele, para usar da sua  inteligência dele na construção  das armaduras de metal de sua empresa. A quem
Vanko se aproveitou para criar uma inteligência artificial que faz as armaduras
terem vida própria. Já quanto ao ponto negativo está em algumas conveniências
narrativas para poder dá mais ritmo ao filme, especialmente na piada fora de
tom que já é algo a ser sentido neste filme como na cena em que Rhodes dispara
um míssil Hammer que não dá certo, aquilo estava completamente fora do timing
cômico do personagem.
THOR(2011)
Já quanto a este primeiro filme solo do Deus do Trovão  que foi lançado em 2011. Contou com a direção
do britânico Kenneth Branagh, que além de diretor, também é ator e dentre seu
extenso currículo de filme, destaco para Harry
Potter e a Câmara Secreta
(2002) onde
fez o papel do picareta professor de Hogwarts
Gilderoy Lockehart. A Marvel fazer um filme inspirado num herói que simbolizava
uma importante divindade dos povos vikings representou um tremendo desafio,
especialmente porque naquela sua iniciante Fase 1 ela estava apostando em
histórias mais pé no chão como no caso dos dois Homens de Ferro. Para
solucionar isso, as alternativas foram as seguintes. Primeiro Kenneth Brannagh
usando de sua formação teatral shakespeariana e isso ele imprimiu bem no filme
ao explorar o clima de intriga palaciana promovida por Loki para prejudicar
Thor e o tirá-lo da sucessão, para poder assim praticar um golpe no trono. Outro
também importante elemento que pudesse tornar o filme mais palatável é o fato
de através deles colocarem embasamento cientifico representado  na figura dos cientistas Jane Foster e Erik
Selvig  para tornar possível a existência
da Asgard dentro daquele universo. Ao mencionarem os conceitos das Pontes
de  Einstein-Ronsen também conhecido como
Buraco de Minhoca, a Jane Foster em uma cena mencionar uma frase de Arthur C.
Clark para criar um embasamento da existência de Asgard e de outros reinos e o
próprio Thor contribuir em uma  cena onde
pega o caderno dela para exemplificar, uma forma ainda que muito didática, mas
que precisava tornar palatável ao público em geral que jamais se identificaria
com ele representando a essência dele como uma divindade de um mundo acima da
Terra. Dos pontos positivos que posso destacar deste filme está em Chris Hemsworth
como Thor está perfeito, um ator completamente desconhecido do público, antes
dele assumir este papel ele tinha feito algumas produções menores na Austrália,
sua terra natal. Ele mostra um bom desempenho dramático ao mostra-lo agindo de
forma irresponsável que termina lhe custando uma punição severa, ou seja, ele
colocou elementos mais humanos na figura do Deus do Trovão. Também destaco como
ponto positivo o desempenho do britânico Tom Hiddleston como Loki, é curioso
pensar que inicialmente ele havia feito o teste para ser o Thor. Ainda bem que
ele acabou ficando com o Loki. Com um currículo em produções menores de cinema
e televisão Hiddleston imprimiu no personagem um carisma que o tornou bem
cativante ao público. A popularidade dele no cinema foi algo estrondoso, coisas
que nos quadrinhos mesmo ele não tinha tanto desse brilho, figurava apenas como
o Deus da Trapaça, tipo bem secundário. 
E colocou também no personagem uns toques de fineza britânica para criar
um ar invejoso  que o deixaram bem
estiloso, no filme ele termina forjando a própria morte para estar no filme dos
Vingadores para ser a grande ameaça, também destacar a rápida ponta de Jeremy
Renner como o Gavião Arqueiro servindo como um bom gancho para o filme dos
Vingadores. O veterano Antony Hopkins como Odin, o Rei de Asgard, pai do Thor. Ele
ficou magistralmente perfeito no papel ao encarnar bem o elemento
shakespeariano que o diretor Kenneth Branagh imprimiu na trama e para encerrar
os pontos positivos do filme foi ele apresentar na cena pós-crédito Loki
observando o objeto do Tessaract em um esconderijo da SHIELD que seria fruto de
sua cobiça em Vingadores. Já quanto ao ponto negativo está na ideia de colocar
a figura irritante da Darcy Lewis, a ajudante da Doutora Foster como o alivio
cômico que não funcionou. Cara ela é completamente chata, uma inútil. O seu timming
cômico foi muito forçado.
CAPITÃO AMÉRICA-O PRIMEIRO VINGADOR(2011)
Fazer este primeiro filme solo do Sentinela da Liberdade no
ano em que ele  completava 70 anos de sua
primeira publicação não deve ter sido das tarefas mais fáceis. Ainda mais pelo
fato dele ser o herói que foi construído como símbolo do patriotismo americano
durante a Segunda Guerra Mundial na década de 1940. O personagem tinha surgido
em outra linha editorial a Timely Comics. Outro também grande receio que havia
sobre este filme estava ligado ao fato dele ser protagonizado por Chris Evans
que tinha sido o Tocha Humana em dois filmes fracassados do Quarteto
Fantástico. E para mostra-lo de forma franzina e baixinha, bem o contraste da
sua forma física real. Eles então usaram de um dublê de corpo que na computação
gráfica criava  um efeito bem
convincente. Neste filme que contou com a direção do Joe Johnston, cujo  currículo cinematográfico inclui Querida, Encolhi as crianças, Jumanji e
Jurassic Park III
.  Nos apresentou em
seu mote, além da introdução do herói no contexto logicamente ambientado da
Segunda Guerra Mundial, onde somos apresentados ao surgimento da HIDRA. Uma
organização que surgiu nos porões do regime nazista da Alemanha. Comandado por
Johan Schmidt(Hugo Weaving). Que aparece em um local da Noruega com o
Tessaract, um objeto cósmico que vai futuramente servir  de gancho para atrair Loki no primeiro
Vingadores que foi lançado no ano seguinte. Foi neste filme que houve a
introdução do Buck Barnes, o melhor amigo do Steve Rogers. O futuro Soldado
Invernal. De pontos positivos que posso destacar desse filme está na brilhante
trilha musical do Alan Silvestri que consegui transmitir bem ao espectador o
clima de patriotismo americano, de história militar de guerra dentre outras
definições e na brilhante interpretação de Hugo Weaving como o Johan
Schimdt/Caveira Vermelha representando bem a figura de um ser tão megalomaníaco
ao se apoderar do objeto cósmico que acaba abrindo um portal que o leva para
outra dimensão. Já quanto ao ponto negativo deste filme posso definir que
envolve algumas convenções de roteiro que tornassem o filme palatável ao
público em geral, como a ideia de trata-lo em forma de piada virando uma figura
circense, que ninguém o levava a sério. No final o filme mostrou Steve Rogers
acordando em nosso presente e nele temos uma cena pós-crédito que mostra ali um
teaser para Vingadores.  
 VINGADORES(2012)
Para encerrar a Fase 1 do UCM, comento sobre o tão aguardado Vingadores.
Este filme mostrou-se uma aposta muito grandiosa e arriscada para a Marvel. Com
uma produção bastante faraônica como bem pode descrever, especialmente por
apresentar um crossover dos membros da maior esquipe de super-heróis cujos
principais componentes já haviam sido apresentados em filmes solos. Cada com
suas habilidades, e suas peculiaridades. Todos os seis heróis que integraram a
primeira formação da equipe neste filme eram protagonizados em sua maioria por
star talents: Robert Downey Jr como Homem de Ferro, Samuel L. Jackson como Nick
Fruy, Scarlett Johansson como a Viúva Negra, Chris Evans como Capitão América,
Chris Hemsworth como Thor, Jeremy Renner como Gavião Arqueiro e Mark Ruffalo,
então conhecido por alguns papeis em comédias românticas foi quem passou a
assumir o papel do Hulk a partir deste filme no lugar de Edward Norton. Isto
também gerava um enorme fator de risco, especialmente pela cobrança alta do
cachê em conjunto com o mega investimentos em grandes efeitos especiais que
iria exigir para a história ao apresentar Loki com o Tessaract trazendo a
ameaça da raça alienígena dos Chitauris para a Terra em um evento bastante
cataclísmico fruto do seu plano megalomaníaco e mirabolante de dominar o
Planeta Terra e toda a humanidade.  Este
megafilme contou com a direção do Joss Whedon, que antes de dirigir este
fantástico filme, que representou um marco 
importante para a história do cinema ele já tinha um longo currículo
cinematográfico, mas apenas como roteirista. Além de cinema, ele também foi
roteirista de televisão e de quadrinhos da Marvel. Portanto, Whedon já era bem
familiarizado com este universo de super-herói quando assumiu a grande
responsabilidade de virar o diretor titular e também o roteirista. Antes de
Vingadores, Whedon só tinha dirigido Serenity. Já como roteirista de cinema e
tv a lista é bem longa. De ponto positivo que posso destacar está na bela
música do Alan Silvestri, cujos arranjos que ele criou é magnifico, esplendido,
criou uma espécie ode aos vingadores. Cada personagem está bem representado em
cena, que rouba completamente graças ao carisma de Tom Hiddleston. Outro ponto
positivo também do filme é numa cena onde quando o Capitão América que entendeu
a referencia isto se tornando um grande meme nas redes sociais, a ponto dele no
UCM ficar caracterizado como o homem das referências. Vê o Capitão América e o
Homem de Ferro discutindo já criou o clima pro que seria sentido em Guerra
Civil,  Mark Rufallo incorporando o Hulk
está demais. E a primeira aparição de Thanos na cena pós-crédito já mostrando
ali o terreno para o que seria mostrado no recente Guerra Infinita.  O grande ponto negativo que posso destacar no
filme deles incluírem outra cena pós-crédito dos Vingadores numa lanchonete
após encarar os chitauris. À toa, em silencio só comendo. Uma cena bem
divertida, mas que não agrega em nada para a estrutura narrativa.

Bom aqui foi então minha lista de retrospectiva dos 10 anos
do Universo Cinematográfico Marvel com os filmes que formam Fase 1.  Nos vídeos eu comentarei sobre os filmes da
fase 2 e da fase 3 até Guerra Infinita. Se você ainda não é inscrito no canal,
se inscreva, se gostou do vídeo deixa o seu like pois este feedback ajuda
bastante ao Youtube saber que você está gostando desse vídeo. Me siga sociais
aqui embaixo na descrição. Para o alto e avante e sempre vigilantes.