sábado, 22 de novembro de 2025

30 ANOS DO FILME TOY STORY

 

No dia 22 de Novembro de 1995, estreava nos cinemas a revolucionaria animação de Toy Story, a primeira que apresentou ao mundo o selo da então desconhecida Pixar que havia surgido em 1986 e teve entre seus fundadores, o gênio da tecnologia Steve Jobs(1955-2011).




Ela também contou entre seus fundadores com: Edwin Catmull, Alvy Ray Smith, John Lasseter e Alexander Shure(1920-2009).

    A Pixar era a junção de Pixel e Art, fazendo uma junção do conceito de tecnologia com a arte.




    Até aquele momento a animação acompanhou muitas evoluções junto com  o cinema desde seus primórdios quando ainda era mudo.

     A primeira técnica usada foi a Rubber Hose, que numa tradução literal significa membros de mangueira de borracha, que eram como lembravam os formatos  dos braços e das pernas dos personagens e com o corpo retangular lembrava uma mangueira  e  uma cabeça de formato arredondado desproporcional que lembravam  borrachas.  





     Um dos curtas que melhor exemplifica essa fase é O Vapor Willie(Steamboat Willie, EUA, 1928), a primeira a introduzir o Mickey Mouse, o icônico ratinho que virou o símbolo da empresa.

     Ele foi o primeiro ainda na fase em preto em branco a ser incluído o som, mesmo não tendo dialogo.

    A medida que o cinema foi evoluindo ao descobrir   a técnica da colorização com a Technicolor, o setor de animação caminhou junto e foram trazendo produções clássicas das animações.




Isso perdurou até o momento em que um novo cenário mudaria na década de 1950, foi quando a maioria dos lares americanos passou a instalar o aparelho de  televisão e nisso surgiu uma grande ameaça para as exibidoras, visto o comodismo que ter um aparelho de TV em sua residência gerava.

Fora que o Congresso Americano havia aprovado uma lei para acabar com o modelo de ingresso chamado de casadinha onde se assistia a dois filmes ao mesmo tempo.

Foi por volta desse período que os grandes estúdios  foram começando aos poucos a fecharem seus departamentos de animação e demitir seus animadores. E dentre essas empresas estava a MGM, que demitiu William Hanna(1910-2001) e Joseph Barbera(1911-2006) do estúdio e esses se juntaram e formaram uma sociedade, criaram a Hanna-Barbera Productions.

Essa empresa passou a investir mais no novo mercado  da televisão, passando a produzir produções mais barateadas, porque o custo para se produzir uma animação é muito caro.

O barateamento da Hanna-Barbera em produzir séries animadas como: Zé Colmeia,  Dom Pixote, Flintstones, Jetsons dentre outros ganhou o rótulo de animação limitada. Que se trata de uma  técnica que usa movimentos e quadros simplificados e repetidos para reduzir o tempo e o custo de produção de animações, usando um número menor de quadros por segundo, o que resulta em um desenho menos detalhado. 

A principal característica que os personagens que Hanna e Barbera criaram para a televisão era o acessório da gravata que servia como uma forma de orientar os animadores a só movimentarem a cabeça.

Outros também foram seguindo essa tendência até que durante a década de 1980, a animação para a televisão passou a virar uma vitrine para vender brinquedos, isso porque foi nessa época que foram produzidos animações inspiradas em marcas de brinquedo como o He-Man que surgiu como o brinquedo da Mattel ou mesmo Comandos em Ação da Hasbro.  

Foram essas produções que ameaçaram o reinado da Hanna-Barbera no ramo da televisão, que entre as décadas de 1960 e 1970 reinou absoluto. Foi a partir daquele momento que a produtora entraria em declínio aos longo dos anos 1990.

Já que foi nessa época que marcou o reinado da Nickelodeon na televisão com suas séries de animações mais conceituais e experimentais.

Em paralelo, a Disney era a única que mantinha o seu departamento de animação ainda operando, mas enfrentando uma barra difícil, principalmente depois que seu fundador Walt Disney faleceu em 1966, passaram a baratear os custos de produção adotando a técnica de xerografia. O que fez mergulhar no período de era das trevas.  Muitas das que foram lançadas durante essa época figuram entre mais esquecidas da Disney.

Mas,  mudaria quando, ainda na década de 1980 surge a figura de Jeffrey Katzenberg para comandar a empresa e sob seu comando que a empresa a partir do lançamento de A Pequena Sereia(1989) que entrou no ponto de partida para a sua Era da Renascença.

Foi nessa fase da Disney, que a animação de Toy Story surgia como uma produção do então desconhecido selo da Pixar que revolucionou a técnica de animação nos apresentando pela primeira  a computação gráfica em 3D.

Fora que eles souberam bem como trabalhar na estrutura da  história pela ótica de imaginar como agem os  brinquedos quando  não estão perto dos humanos, trabalhando suas personalidades e trazendo mensagens reflexivas que podem ser assistido por todas as idades.

Muitos desses fatores tornaram a Pixar por muito tempo, um selo de referência de qualidade e excelência no setor da animação, algo que tem faltado ultimamente, visto que os últimos lançamentos que ocorreram nesse começo da década de 2020, foram fracassos atrás de fracassos, o que tem levado a empresa a investir em sequências de algumas produções que foram sucesso para dar balançada nas finanças, no ano passado Divertidamente 2(2024), sequencia de Divertidamente (2015) foi o único filme até agora lançado nessa segunda metade da década de 2020 a alcançar um enorme sucesso de bilheterias e Toy Story vai para seu quinto filme.

Muito disso, seja uma consequência depois da demissão que John Lasseter sofreu no final de 2018, em meio as acusações de assédio. Ele que comandou a diretoria criativa e executiva da empresa e sempre era quem prezava pela qualidade das histórias,  aprovava as que tinham potencial e desaprovava as que não tinham e com a sua demissão a empresa ficou um tanto sem rumo e cada dia mais, a Pixar caminha para rumos incertos agora que em 2026, completa seu 40ª Aniversário, o tempo vai dizer quais serão os novos rumos da empresa.

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