No
dia 22 de Novembro de 1995, estreava nos cinemas a revolucionaria animação de Toy
Story, a primeira que apresentou ao mundo o selo da então desconhecida
Pixar que havia surgido em 1986 e teve entre seus fundadores, o gênio da
tecnologia Steve Jobs(1955-2011).
Ela
também contou entre seus fundadores com: Edwin Catmull, Alvy Ray Smith, John
Lasseter e Alexander Shure(1920-2009).
A Pixar era a junção de Pixel e Art,
fazendo uma junção do conceito de tecnologia com a arte.
Até aquele momento a animação acompanhou
muitas evoluções junto com o cinema
desde seus primórdios quando ainda era mudo.
A
primeira técnica usada foi a Rubber Hose, que numa tradução literal significa
membros de mangueira de borracha, que eram como lembravam os
formatos dos braços e das pernas dos personagens e com o corpo
retangular lembrava uma mangueira e uma cabeça de formato
arredondado desproporcional que lembravam borrachas.
Um dos curtas que melhor exemplifica essa fase
é O Vapor Willie(Steamboat Willie, EUA, 1928), a primeira a introduzir o
Mickey Mouse, o icônico ratinho que virou o símbolo da empresa.
Ele foi o primeiro ainda na fase em preto
em branco a ser incluído o som, mesmo não tendo dialogo.
A medida que o cinema foi evoluindo ao
descobrir a técnica da colorização com
a Technicolor, o setor de animação caminhou junto e foram trazendo produções
clássicas das animações.
Isso
perdurou até o momento em que um novo cenário mudaria na década de 1950, foi
quando a maioria dos lares americanos passou a instalar o aparelho de televisão e nisso surgiu uma grande ameaça
para as exibidoras, visto o comodismo que ter um aparelho de TV em sua residência
gerava.
Fora
que o Congresso Americano havia aprovado uma lei para acabar com o modelo de
ingresso chamado de casadinha onde se assistia a dois filmes ao mesmo tempo.
Foi
por volta desse período que os grandes estúdios
foram começando aos poucos a fecharem seus departamentos de animação e
demitir seus animadores. E dentre essas empresas estava a MGM, que demitiu
William Hanna(1910-2001) e Joseph Barbera(1911-2006) do estúdio e esses se
juntaram e formaram uma sociedade, criaram a Hanna-Barbera Productions.
Essa
empresa passou a investir mais no novo mercado
da televisão, passando a produzir produções mais barateadas, porque o
custo para se produzir uma animação é muito caro.
O
barateamento da Hanna-Barbera em produzir séries animadas como: Zé
Colmeia, Dom Pixote, Flintstones,
Jetsons dentre outros ganhou o rótulo de animação limitada. Que se trata de
uma técnica que usa movimentos e quadros
simplificados e repetidos para reduzir o tempo e o custo de produção de
animações, usando um número menor de
quadros por segundo, o que resulta em um desenho menos detalhado.
A
principal característica que os personagens que Hanna e Barbera criaram para a
televisão era o acessório da gravata que servia como uma forma de orientar os
animadores a só movimentarem a cabeça.
Outros
também foram seguindo essa tendência até que durante a década de 1980, a
animação para a televisão passou a virar uma vitrine para vender brinquedos,
isso porque foi nessa época que foram produzidos animações inspiradas em marcas
de brinquedo como o He-Man que surgiu como o brinquedo da Mattel ou
mesmo Comandos em Ação da Hasbro.
Foram
essas produções que ameaçaram o reinado da Hanna-Barbera no ramo da televisão,
que entre as décadas de 1960 e 1970 reinou absoluto. Foi a partir daquele
momento que a produtora entraria em declínio aos longo dos anos 1990.
Já
que foi nessa época que marcou o reinado da Nickelodeon na televisão com suas
séries de animações mais conceituais e experimentais.
Em
paralelo, a Disney era a única que mantinha o seu departamento de animação
ainda operando, mas enfrentando uma barra difícil, principalmente depois que
seu fundador Walt Disney faleceu em 1966, passaram a baratear os custos de
produção adotando a técnica de xerografia. O que fez mergulhar no período de
era das trevas. Muitas das que foram
lançadas durante essa época figuram entre mais esquecidas da Disney.
Mas,
mudaria quando, ainda na década de 1980
surge a figura de Jeffrey Katzenberg para comandar a empresa e sob seu comando
que a empresa a partir do lançamento de A Pequena Sereia(1989) que entrou
no ponto de partida para a sua Era da Renascença.
Foi
nessa fase da Disney, que a animação de Toy Story surgia como uma produção do
então desconhecido selo da Pixar que revolucionou a técnica de animação nos
apresentando pela primeira a computação
gráfica em 3D.
Fora
que eles souberam bem como trabalhar na estrutura da história pela ótica de imaginar como agem os brinquedos quando não estão perto dos humanos, trabalhando suas
personalidades e trazendo mensagens reflexivas que podem ser assistido por
todas as idades.
Muitos
desses fatores tornaram a Pixar por muito tempo, um selo de referência de
qualidade e excelência no setor da animação, algo que tem faltado ultimamente,
visto que os últimos lançamentos que ocorreram nesse começo da década de 2020,
foram fracassos atrás de fracassos, o que tem levado a empresa a investir em
sequências de algumas produções que foram sucesso para dar balançada nas
finanças, no ano passado Divertidamente 2(2024), sequencia de Divertidamente
(2015) foi o único filme até agora lançado nessa segunda metade da década de
2020 a alcançar um enorme sucesso de bilheterias e Toy Story vai para seu
quinto filme.
Muito
disso, seja uma consequência depois da demissão que John Lasseter sofreu no
final de 2018, em meio as acusações de assédio. Ele que comandou a diretoria
criativa e executiva da empresa e sempre era quem prezava pela qualidade das histórias,
aprovava as que tinham potencial e
desaprovava as que não tinham e com a sua demissão a empresa ficou um tanto sem
rumo e cada dia mais, a Pixar caminha para rumos incertos agora que em 2026, completa
seu 40ª
Aniversário, o tempo vai dizer quais serão os novos rumos da empresa.




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