domingo, 18 de fevereiro de 2018

RESENHA DO FILME THE POST-A GUERRA SECRETA(2017)



Na Noite de Quarta-Feira de Cinzas, 14 de Fevereiro de 2018, fui conferir ao filme The Post-Guerra Secreta(The Post,EUA,2017).















Um filme que retrata bem os bastidores que o maior  jornal impresso americano The Washington Post  investigou a noticiou os podres dos dossiês secretos  do governo sobre as estratégias de combate ao Vietnã, em pleno começo dos anos 1970 quando as tropas ainda estavam em combate.  Dirigido e produzido pelo grande Steven Spielberg, ele traz aqui uma excelente abordagem em forma de um drama quase documental sobre esta investigação, durante o Governo de Richard Nixon.  A maneira como o filme retrata a dramatização do momento tenso desses bastidores jornalísticos neste período conturbado da história politica americana, guardado as devidas proporções trazendo realismo com alguns de licenças poéticas.   O mote do enredo ilustra bem isso através das figuras de alguns jornalistas como a Kay Graham(Merly Streep) e Ben Bradlee(Tom Hanks), os editores do jornal The Washington Post. Spielberg elaborou brilhantemente o mote de seu enredo trazendo um clima de suspense investigativo com aquele clima de intrigas políticas que bem remetem as histórias de espionagem, mas sem muito tiroteio, toda a ação a aqui está concentrada no agonizante clima psicológico das consequências que podem amedronta-los, principalmente na hora de enfrentar os tribunais. Toda esta atmosfera de tensão psicológica, com os suspenses e as cenas de tribunais fica bem casada com a boa trilha sonora do John Williams, o velho parceiro do Spielberg. Cujos bons arranjos em órgão e nos violinos graças as mixagens da edição de som carregam o peso da mensagem que o filme quer transmitir ao público que envolve o conceito de liberdade de expressão pensamento.  E há uma frase mencionada por um dos personagens que bem reflete sobre isso, “A imprensa deve servir ao governados, não aos governantes”. Além da brilhante trilha sonora, o filme também apresenta uma direção de arte impecável, principalmente na reprodução dos figurinos, da cenografia, fotografia e da maquiagem que bem recriaram e reproduziram como era o panorama, o cenário que o jornal passava no começo dos anos 1970 bem reproduzido também nos estilo das máquinas de  escrever de datilografia e de impressão antes da fase da era digital. Tudo no manual. E para irem atrás de informações precisavam de fontes e de contatos sigilosos. Num balanço geral, The Post trata-se de uma obra que apresenta os bastidores de como era o antigo de fazer jornalismo, que quem estuda para seguir esta carreira devia ver para entender, sem precisar ser tão didático. Ele reflete muito bem a função de todo o  meio de comunicação servir justamente para ser um formador de opinião e não servir a favor dos poderosos.