segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

ANÁLISE DO FILME OPERAÇÃO BIG HERO


Na tarde do último domingo de 2014, 28 de Dezembro, fui conferir a mais recente animação da Disney “Operação Big Hero” no Midway Mall, a primeira empreitada do famoso estúdio de animação por criar um mundo cheio de sonhos com as princesas dos clássicos contos de fadas em parceria com a Marvel Comics. Cujo roteiro numa publicação em quadrinhos da mesma Marvel que não é muito conhecido da maioria do grande público.

A trama gira em torno de um garoto órfão de 14 anos chamado Hiro Hamada(Voz de Robson Kumode na versão nacional) morador de Frankoyo, um lugar fictício que mescla cenário da capital japonesa Tóquio com a cidade americana de São Francisco. Nesse lugar onde ele mora com seu irmão mais velho Tadaishi(Voz de Felipe Grinnan) e com sua tia Cass(Silvia Suzy) , que é dona de um barzinho que serve sushis, o ganha-pão para sustenta-los.






 

 

No primeiro momento do filme somos apresentados a Hiro se envolvendo numa aventura arriscada, na chamada batalha dos robôs, uma prática criminosa que terminou lhe custando a cadeia. E nesse lugar que Tadaish seu irmão vive aparecendo para consertar todas as mancadas que ele faz na vida.  No decorrer do filme, Tadaish tenta convence-lo o seu incrível dom cientifico para tentar para algo de mais útil o convence a entrar na sua universidade de uma feira tecnológica. É quando ele visita o lugar que Tadaish apresenta a figura de pessoas muitos amigos dele que passaram a forma uma inusitada equipe como Honey Lemon(Voz de Fiorella Matheis), Fred(Voz de Marcos Mion)  Gogo Tomago(Kéfera Buchman) e Wasabi( Robson Nunes) e o robô rechonchudo Baymax(Márcio Araújo) criado pelo Tadaishi com o intuito de revolucionar a medicina.   Será durante a apresentação de Hiro em conjunto de Tadaishi e seu inseparável quarteto de amigos os microboats, que tratam-se de  “micropartículas que juntas são capazes de reproduzir qualquer forma”*.    Será nesse lugar que ele irá conhecer a figura de dois nomes importantes e respeitados no mundo tecnológico, de um lado está o Professor Robert Callaghan( Leonardo Camilo)  e do outro o respeitado executivo Allister Krei(Marcelo Pissardini), é Krei é quem fica  impressionado com a apresentação da invenção de Hiro, se aproximando dele para querer investir, mas neste mesmo momento, o Professor Callanghan tentando convencê-lo a não aceitar porque você do tipo ali já sente que por algum motivo não muito claro, o respeitado cientista não  se brinca com engravatado executivo. Será no mesmo cenário da feira, que Hiro irá se deparar com a maior treta que vai gerar a maior mudança de rumo de sua vida, porque horas depois dele sair do prédio ocorre a explosão, onde seu irmão resolve entrar ali para tentar salvar Callaghan, mas acaba virando um esforço em vão, porque Tadaishi termina morrendo junto com Callaghan.

 











 

A morte de Tadaish deixou Hiro super abalado e desmotivado de querer entrar no local onde todos aprovaram sua invenção e horas depois  ocorreu o fatídico incêndio.  Obviamente muitos ao longo deverão suspeitar que o incidente daquela explosão foi ocasionada pelo Krei, ainda que ao longo da trama Hiro perceber por meio do sinal do resquício do Microoboats que sobrou que alguém malvado com máscara de Yokai está usando usa invenção para o mal. É a partir deste momento que acontece as reviravoltas na vida dele, onde a partir dai ele formará junto com Baymax, e os quatro amigos de Tadaish a inusitada equipe de heróis Big Hero.  E ele vai descobrir que nada é o que aparentemente ele desconfiava.





















 

Não irei descrever mais nada a respeito da trama do filme, para não entregar muitos spoilers, posso descrever do que eu achei de mais legal, mais interessante e conseguiu me surpreender no filme, foi um pouco pela proposta inovadora, mas mesmo assim um tanto arriscada da Disney fazer uma adaptação em longa animado de um quadrinho da Marvel que não é muito conhecido do grande público, bom assim como eu muita criança na plateia não conhecia muito bem esta equipe de herói dos quadrinhos, então posso descrever que ela foi surpreendente para apresentar ao público amplo.  O que mais me impressionou na estética técnica do filme que vi numa sessão em 3D foi ter me impressionado com o traçado cartunesco em computação gráfica, ela conseguiu me proporcionar a muitos momentos de observar alguns objetos se soltando no ar e saindo da tela, foi o grande diferencial que senti no 3D deste filme.














 

E sendo uma  produção inspirada nos catálogos dos heróis da Marvel em parceria com a Disney, podemos observar a presença de alguns easter eggs que eu bem pude caçar foi a presença de Stan Lee no quadro na parede da mansão de Fred, assim como a própria Disney gosta de colocar umas discretas participações dos seus personagens clássicos das suas linhagens de  cartoons a cada novo filme.

Uma das coisas mais legais que eu gostei na animação de Operação Big Hero foi o fato dele não se utilizar de alguns clichês comuns das animações Disney, como os personagens  não fazerem muitos números musicais, o que seria desnecessário, e de teatralização musical em animações Disney já basta eles colocarem nos animais ou mesmo nas princesas porque combinam com a atmosfera fantasiosamente fabular de suas obras.  Já com esta equipe de heróis, eles fazendo uma teatralização em algumas terminaria muito ridículo a ponto de tornar o filme muito grotesco.






 







 

Eu não esperava muita coisa deste filme, apesar de que fazia semanas que eu estava para conferi-lo, porque no inicio do mês eu tinha ido para São Paulo conferir junto com meu pai, a primeira edição da Comic Con no Brasil e no dia que eu programei para ir no sábado, dia 06 de dezembro era a data que eles tinham programado para fazer uma sessão exclusiva do filme, até pensei em conferir em primeira mão o filme, mas do jeito que a fila no local onde estava havendo a sessão que era no Auditório Thunder no Centro de Convenções da Imigrantes, era tão quilométrica, não se movimentava terminei decidindo de desistir de conferir o filme em primeira mão, mas em compensação fiz um longo passeio por diferentes stands e comprei  relíquia nerd e tirei cada foto com cosplay que foi uma tremenda maravilha, nem me arrependo de não  puder conferir com exclusividade aquela primeira sessão de Operação Big Hero.  Posso encerrar descrevendo que o filme cumpriu bem o papel de entreter a criançada agora que nesse clima de férias escolares com certeza devem gostar se divertir e se emocionar assim como as crianças da plateia da sessão que assisti.

Desejo a todos um Feliz Ano Novo com esta minha última postagem de 2014.

Até 2015.

FONTE:




 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

ANÁLISE DO FILME O HOBBIT- A BATALHA DOS CINCO EXÉRCITOS.


Na tarde de Quinta-Feira, 18 de Dezembro de 2014, fui finalmente assistir na sala de cinema do Cinemark do Shopping Midway Mall, o tão aguardado capitulo final da trilogia fantástica do Tolkien que cria todo um prólogo da mitologia de O Senhor dos Anéis, estou me referindo a   O Hobbit- A Batalha dos Cinco Exércitos”.



 





















Antes de qualquer coisa eu primeiramente começo recomendando a quem ainda não assistiu anteriormente aos filmes precedentes desta nova trilogia cinematográfica dirigida por Peter Jackson que teve início com Uma Jornada Inesperada (2012) e  A Desolação de Smaug (2013) que desse um jeito de procurarem assistir para compreenderem  melhor e  assim poderem se situar no espaço e tempo da trama ou mesmo procurar  assistir  a própria clássica trilogia de O “Senhor dos Anéis”  como Sociedade do Anel(2001), As Duas Torres(2002) e do Retorno do Rei(2003) para assim  também poderem compreender melhor do que se trata a brilhante atmosfera  do universo magicamente  mitológico  criado por Tolkien, ou mesmo procurar ler os próprios livros que foram a fonte de pesquisa para esta adaptação e  assim não ficarem muito perdidos sem compreender do que se trata o filme.



 
















 

Como bem já coloquei desde que postei no blog Breno Cinefilo em 2012 sobre a primeira parte da trilogia “O Hobbit”, onde brevemente expliquei que este livro, Tolkien o publicou primeiramente em 1937, enquanto a famosa saga tripla de Frodo Bolseiro e companhia enfrentando Sauron só sairiam bem mais tarde em 1954. Atendendo um pedido da sua então editora, devido ao grande sucesso financeiro de O Hobbit.


















 

Antes de colocar a minha análise especifica de “O Hobbit- A Batalha dos Cinco Exércitos” faço primeiramente meus sinceros esclarecimentos, apesar de eu já ter lido anteriormente estes dois diferentes livros fabulares de Tolkien que se interligam, de minha parte não vou colocar neste comentário umas comparações entre livro e filme, mesmo porque como já anteriormente coloquei nos comentários de outros filmes que foram retirados de inspiração em romances literários, principalmente dos que eu não li, não vou aqui colocar justamente detalhes do romance que ficaram de fora do filme, personagens descartados, situações e personagens criados especificamente para o filme entre outros aspectos que geram muito motivo para guerrinhas com relação às opiniões divergentes entre os apreciadores de um bom romance, que odeiam esta ideia de um excelente personagem de livro cuja maneira como são descritos pelo autor eles desenham nas suas próprias cabeças o lugar e espaço, que de certo  modo acaba  sendo quebrado o encanto ao ver este personagem ganhando na pele de um ator que  mesmo sendo brilhante, termina quebrando a  magia do livro, podendo modificar a essência do personagem, e dos que apreciam cinema, mas nunca  leram o   romance  que inspirou o filme que eles apenas sabem que é dirigido por um cineasta de renome e  conta com um elenco  estrelar   de  rostos famosos para fazerem a vitrine do filme.

 
















 

Não vou entrar muito nesses detalhes comparativos entre a obra literária de Tolkien e sua adaptação para cinema, mesmo porque sou daqueles que sabem bem distinguir que livro é livro, cinema é cinema.

 Antes de descrever a minha impressão sobre A Batalha dos Cinco Exércitos, primeiro farei um pequeno retrospecto do que foi mostrado anteriormente nos dois filmes. Em “Uma Jornada Inesperada”, pudemos conhecer em um tom de nostalgia para quem acompanhou toda a trilogia cinematográfica do “Senhor dos Anéis” e sentia falta de ver a Terra-Media com Frodo, Gandalf e Companhia Ilimitada se aventurando numa longa jornada contra o perverso Sauron que estava obcecado em adquirir o poderoso Anel.  Nesse primeiro filme vimos rapidamente aparição de Frodo Bolseiro(Elijah Wood) o já estabelecido personagem na trilogia clássica  visitando a casa de seu tio Bilbo Bolseiro(  Papel de Ian Holm já aparentando bem idoso que também participou de dois filmes  da trilogia original fazendo este mesmo papel neste filme).  E logo depois é mostrado a rápida visita do Frodo ao tio Bilbo somos apresentados a sua narração relatando como foi sua experiência quando mais jovem (A partir deste momento é Martin Freeman quem passa a assumir a responsabilidade de protagonizar o herói mais jovem), muitos anos antes dos eventos ocorridos na Terra-Média com seu sobrinho Frodo, do dia em que ele recebeu a visita do mago Gandalf, O Cinzento (Ian McKellen), onde este manda o recrutar para uma missão, junto a um grupo de anões desajustados liderados por Thorin-Escudo de Carvalho (Richard Armitage) para irem até a Montanha Solitária e lá enfrentarem o perverso Dragão Smaug(Voz de Benedict Cumberbatch)  que habita o local que é cheio de ouro. Neste primeiro momento é mostrado eles enfrentando as adversidades e armadilhas principalmente numa batalha contra os exército de Orcs, os Trolls entre outros que termina ocasionado no atraso deles para chegarem ao destino da missão final, além de Bilbo, Frodo e Gandalf também pudemos rever neste filme outros personagens da trilogia de “O Senhor dos Anéis” presentes neste filme como as participações de Galadriel(Cate Blanchet), Elrond( Hugo Weaving), Saruman(Chistopher Lee) e o feioso do Gollum/Smeagoll( Andy Serkis)  e o seu desejo de  adquirir o precioso anel roubado pelo Bilbo.  É só no filme seguinte em “A Desolação de Smaug” que acompanhamos Bilbo e companhia chegando finalmente a Montanha Solitária e se deparando finalmente com o perverso dragão. Vemos também eles conhecendo outros companheiros de jornada, como Bard(Luke Evans),  o guerreiro elfo Legolas(Orlando Bloom)  que esteve presente na clássica trilogia  retornou neste filme sendo apresentado no momento em que o grupo de Bilbo chega ao seu território e  do seu pai Thrandull(Lee Pace) responsável por comandar  o trono e fomos também apresentados a arqueira Tauriel (Evangeline Lilly)  que é responsável por comandar a guarda élfica  e passa boa parte do filme  despertando uma paixonite em Kili(Aidan Turner) , o anão do grupo de  Bilbo, que é sobrinho do Thorin e  é nela que Legolas não esconde sentir  ciúmes  da paixonite dela  pelo anão. O segundo encerrou deixando um gancho para termos mais ou menos uma ideia do que a gente iria conferir no começo de “A Batalha dos Cinco Exércitos”, que é quando o Bilbo de forma desastrada acaba deixando o Smaug sair da Montanha Solitária do qual há milênios vivia aprisionado para começar a aterrorizar o vilarejo da Cidade do Lago que fica próximo da Montanha Solitária.















 

Depois deste resumo lembrando um pouco o retrospecto dos filmes anteriores da saga para ficar melhor compreendido vou então fazer a minha analise deste capítulo final.

 

Em “O Hobbit-A Batalha dos Cinco Exércitos”, vemos a trama ser apresentada da maneira como terminou anteriormente no segundo filme, com Smaug saindo da Montanha Solitária e passando a virar a grande ameaça no vilarejo da Cidade do Lago onde outros companheiros de Bilbo, como Bard, por exemplo, tinham ficado ali alojados numa das casas.

A parte inicial do filme praticamente mostra a conclusão do evento do filme anterior com Smaug chegando ao vilarejo, destruindo as casas com o fogo cuspindo de sua boca, é assim durante os minutos iniciais, a batalha do malvado dragão indestrutível é finalizada no momento em que Bard ao observar atentamente no ponto fraco do Smaug e estuda toda a logística para poder acertar a lança na localização estratégica do ponto certo.







 
















Depois que o Smaug é derrotado, tem se inicio as grandes e decisivas batalhas que vão definir o destino da vida do jovem Bilbo. Onde por causa da cobiça pelo ouro e pelo poder mágico do Anel farão todos ficarem contra todos.  Não vou entregar muitos detalhes do filme para terminar criando muito spoiler, mas assim tenho que admitir, ele conseguiu concluir de maneira muito bonita a nova franquia derivada de “O Senhor dos Anéis”.  Assim como já havia descrito sobre os filmes anteriores, muitos personagens celebres das mitologias da Terra-Média estão presentes neste filme inclusive podemos ver pela primeira vez a batalha de Gandalf, junto de Saruman, Galadriel  e Elrond enfrentando o temido Sauron na forma do  ardente “Olho que tudo vê “, assim como a gente presencia como aconteceu e terminou a difícil que antecedeu aos acontecimentos da Terra-Média apresentados em “Senhor dos Anéis” .

 

Depois de mostrada a primeira parte que é conclusão da batalha contra o Dragão Smaug, a trama vai se desenvolvendo em apresentar as batalhas entre os anões de Bilbo, os malvados Orcs,  os exércitos élficos, os Trolls e os magos.  Como já expliquei, vou procurar não entregar muito spoiler da obra, mas basicamente posso garantir que ela se trata de uma conclusão de mais um excelente trabalho fabular dirigido pelo neozelandês Jackson uma década após “Senhor dos Anéis”.

 
















 

A partir desse momento, vou deixar de explicar mais os detalhes sobre a trama e vou fazer análise mais aprofundada da parte técnica.  Ao contrário dos filmes antecedentes, nesse a sessão em que assisti foi em 3D na técnica HFR( Abreviação inglesa para High Frame Rate para "Alta Taxas de Quadros")*, e posso descrever que a sensação que ele me proporcionou foi um tanto quanto razoavelmente mediana e controversa, nem 100% perfeita nem 100% imperfeita.  De ponto positivo que posso avaliar do filme está muito na parte estética, a excelente fotografia panorâmica da Terra-Média, das montanhas, a linda iluminação cria aquela perfeita atmosfera fabular como já mostrado nos filmes antecedentes ou mesmo na própria trilogia clássica e como é propriamente descritos nos livros de Tolkien.  Confesso ter achado muito maneiro observar as cenas dos personagens preparando os seus armamentos das lanças, das flechas e das espadas, com cada uma apontando para sua direção saindo inclusive da tela, uma das poucas coisas que confesso ter gostado de assistir no 3D HFR. Como também achei legal de observar algumas das excelentes coreografias das cenas de batalhas, a trilha sonora do filme também está uma maravilha, os belos arranjos instrumentais  consegue  criar bem aquele clima épico do filme, gerando uma atmosfera new wave e bem zen mesclado ao  tom sacro com belíssimos corais ao fundo criando uma bela sensação de êxtase fazendo você sonhar combinando ao cenário fantasioso do filme. Não posso afirmar se a trilha sonora deste filme ficou a cargo do maestro Howard Shore que foi o mesmo responsável pela trilha dos capítulos antecedentes de “O Hobbit” e também foi responsável por deixar sua musical nos dois capítulos da franquia de “Senhor dos Anéis”: “Duas Torres” (2002) e “Retorno do Rei” (2003).

















 Já no que posso colocar de ponto negativo está justamente nas cenas das coreografias de batalhas propriamente dizendo do qual elogiei acima.  O motivo para eu entrar nesta divergência envolve o certo incomodo quanto ao uso excessivo dos traços de CGI em alguns personagens que me fizeram sentir uma sensação de em alguns momentos observar alguns personagens movimentando de forma muito artificial, teve muitas das cenas que pude notar o traço do CGI em alguns personagens como os Orcs, por exemplo, ficarem muito semelhantes aos traços cartunescos em alta definição usados nos atuais   atuais de videogames, criando aquela sensação um tanto estranha de como se você tivesse mais assistindo um filme inspirado em jogo de videogame, do que propriamente dizendo um filme inspirado em uma obra magnifica de Tolkien.

Já no aspecto do roteiro, como já dito acima, não vou comparar detalhes do filme ao livro, vou apenas me ater em analisar o filme pelo ponto do próprio filme.  O enredo pelo que pude observar ele não procurar desenvolver com profundidade a personalidade de cada personagem, ele fica muito restrito apenas no aspecto visual das batalhas. É tanto que assim no decorrer deste filme você vai se esquecendo do clima de romance entre a Tauriel com o Kili e Legolas, ficando restrito a um triangulo amoroso platônico, assim como ao longo do filme vai se esquecendo que na história é o Bilbo  responsável por nos guiar nesta aventura, que neste filme pelo que pude sentir ele fica agindo com o mesmo  aspecto bobinho apresentado nos filmes anteriores,  a mesma coisa posso também descrever a respeito do núcleo dos anões que acompanham sua jornada também não apresentam  muita profundidade, muito desenvolvimento de personalidade, ficam ali apenas  servindo de enfeite para a vitrine do filme e não são muito explorados individualmente.  Em alguns momentos eles colocam ali alguns momentos de alivio cômico, soltando uma piadinha ou outra a ponto de fazer o filme acabar parecendo mais infantilizado do que já demonstra aparentar se formos somar ao fato da estética das cenas de batalhas em computação gráfica como já coloquei acima ficarem muito cartunescas.

 

Assim posso encerrar esta análise dando como resumo que a intenção do encerramento desta trilogia aventuresca e bem fantasiosa inspirada em mais um romance da autoria de Tolkien preludiando todos os evento que acompanhamos em “Senhor dos Anéis” trata-se de nada mais, nada menos do que de mais uma tentativa da Warner assim como fazem outros estúdios de querer ganhar mais dinheiro, com um produto que já tem um público cativo e como não querem se arriscar em investir com ideias novas, termina por si só em alguns momentos pecando pela falta de qualidade. Poderia simplesmente definir que a sensação que eu senti ao ver o capitulo final de “O Hobbit e que a todo o momento como já foi mostrado nos outros filmes anteriores, simplesmente ele deixa transparecer suas referencias a “Senhor dos Anéis” e de toda a sua mitologia ao redor.  Agora a pergunta que fica depois de encerrado esta trilogia expandida da obra de Tolkien e vem faturando e muito na bilheteria, será que a Warner vai tentar encontrar algum jeito de continuar investindo em Tolkien em outras expansões do seu universo?  Talvez quem  sabe a Warner queira fazer um filme solo de Gandalf contando sua origem  antes de virar o Mago Cinzento? Isto é um fator para se questionar.

 

 

FONTE:

'O Hobbit 3' tem a melhor bilheteria de estreia. Matéria do site “O Povo” de 22 de Dezembro de 2014. Em http://www.opovo.com.br/app/divirta-se/2014/12/22/noticiasdivirtase,3366869/o-hobbit-3-tem-a-melhor-bilheteria-de-estreia-nos-eua.shtml






http://www.colunaclaquete.blogspot.com.br/2014_12_01_archive.html
 
*http://pt.wikipedia.org/wiki/Alta_taxa_de_quadros
 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

ANÁLISE DO FILME "INTERSTELAR"(2014)





Na noite de Sexta-Feira, 21 de Novembro de 2014, fui conferir ao tão comentado filme do diretor Christopher Nolan, “Interstelar”, no Shopping Midway Mall.

Posso descrever que pessoalmente esta é a minha primeira experiência assistindo um filme do Nolan, após este se desvincular da trilogia cinematográfica “Cavaleiro das Trevas” do herói famoso da DC Comics “Batman”.
 
 
 
 

















Goste ou não goste dos seus filmes, e mesmo as opiniões sendo bastante divergentes.  Pelo menos pode se dizer que foi graças a sua maneira mais realista possível que conseguiu retomar os filmes do herói as telonas sete anos após o fiasco de “Batman & Robin” (1997), o último da quadrilogia que começou em 1989 com o primeiro filme dirigido pelo então desconhecido Tim Burton e foi encerrado de forma grotesca pelas mãos do Joel Shcumancher. 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Confesso que bem antes ou mesmo depois da nova franquia cinematográfica do “Batman”, eu desconhecia completamente os outros catálogos no currículo do Nolan.  Neste filme especificamente eu pude notar muitas coisas características que o mesmo diretor colocou da recente trilogia cinematográfica do Batman que estão bem colocados neste filme. 

 

Basicamente posso começar descrevendo que o filme é justamente segundo já me comentou uns amigos que já assistiram ao filme logo em sua primeira semana de exibição, pelos próprios comentários críticos que já andei lendo ou mesmo assistindo aos conteúdos de vídeos dos vlogueiros do Youtube.













 
 
 
 
 
 

Poderia definir pela minha própria percepção que Interstelar se encaixa bem na categoria dos filmes do tipo cabeça, que é o como os apaixonados por cinema costumam definir os filmes cuja abordagem é muito complexa a ponto de exigir uma maior compreensão do que se pode imaginar. Eles são daqueles filmes que diferentemente de muitos blockbusthers convencionais que se preocupam apenas em entreter para virar uma mercadoria facilmente lucrativa para Hollywood utilizando-se de velhos clichês para atrair plateia. No caso dos filmes cabeças, eles não são produzidos com esta intenção puramente de entretenimento comercial, no entanto sabem como se utilizarem de uma abordagem mais complexa para atrair novos horizontes, provocar muitas reflexões e questionamentos c om alto teor filosófico.

 

E neste aspecto, “Interstelar” carrega todos estes elementos que o tornam um filme bem cabeça, e a própria abordagem propicia este acontecimento e sendo um prato cheio para quem gosta de estudar teorias físicas.   Como o fato da história o tempo todo se utilizar de uso excessivo de didatismo e sendo muito acadêmico sobre os conceitos da astrofísica que é a principal abordagem do pano de fundo da obra.

O enredo do filme tem dois panos de fundo, o primeiro se passa na terra, em uma região rural dos EUA, em um lugar não muito especifico e nem fica claramente datado, apesar de não deixar muito claro que se passa em um cenário muito futurista.

É neste cenário que conhecemos o pacato fazendeiro Cooper(Mathew McConaugey),  formado engenheiro e ex-piloto de testes da Nasa, viúvo, pai de dois filhos,  o adolescente Tom e a menina Murph. Ele também conta com o auxilio do seu sogro Donald(John Lithgow) para cuidar dos seus filhos, ainda mais depois  que ele recebe a dura missão liderada pelo Professor Brand(Michael Caine) de ir a uma missão  espacial para ajudar a Terra cuja biodiversidade anda completamente escassa.
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

Em seguida o pano de fundo vai se desenvolvendo na longa aventura de Cooper e a tripulação pelo espaço a procura de outras galáxias para servir de colonização aos seres humanos.

Cooper tenta fazer de tudo para colocar comida no prato dos filhos, tentando tirar da colheita de milho, acontece que no ambiente hostil em que o Planeta Terra inteiro vive desde que alguma praga apareceu e gerou total escassez nos recursos naturais que ficou impossível continuar sobrevivendo só disso.  Mas ao saber da proposta de ir viajar para encontrar meios de vidas alternativos em outros sistemas solares, resolve aceitar a proposta do Professor Brand, e ele vai numa expedição acompanhado de Améilia Brand(Anne Hathaway), também cientista e filha do Professor Brand,  para irem até o buraco da minhoca que foi descoberto  dentro do  Sistema Solar na órbita de Saturno, há uma unanimidade entre os cientistas que o mandam para esta missão de que é neste lugar a salvação para a sobrevivência do planeta, e que para isso eles precisaram atravessar o  lugar para poderem encontrar outras galáxias para poderem colonizar. 

 

Uma ideia que na teoria mostra ser facílima de resolver, mas, na prática vai mostrando ser completamente difícil, a ponto de fazer passar um tempo longo vagando pelo espaço sem terem a menor ideia do passar do tempo onde a aparência física jovial deles vai se mantendo completamente intacta. 













 

E será durante toda esta longa jornada deles no filme que vamos nos deparar com cenários nunca antes explorados, outras zonas temporais e dimensionais recheada de muitas teses teóricas da astronomia.

 

Definir que a trama do filme mesmo sendo cabeça é original seria de certo modo bastante equivocado, mesmo porque ele deixa muito evidente algumas referencias bem clichês de outros filmes do gênero, e um que pode ser bem evidentemente reparado do qual o filme faz referencia é em “2001-Uma Odisseia no Espaço” (1968) do genial Stanley Kubirck(1928-1999), ainda  mais que Cooper  tem entre seus  companheiros tripulantes  durante a longa  jornada  vagando pelo espaço de um computador falante, uma inteligência artificial chamada CASE,   que deixa bem explicito ter sido inspirado no Hall 9000, o robô de “2001”.

Apesar de ele carregar esta característica bem  clichê, ainda assim ele consegue surpreender, inovar na concepção como quer transmitir a sua maneira peculiar ao público a respeito dessas questões cientificas bastantes inexploradas.

Entre os fatores que posso pontuar ter achado legal no filme está a brilhante trilha sonora do Hans Zimmer, novamente trabalhando em um filme de Nolan depois da trilogia de Batman, os arranjos instrumentais que ele criou para cada cena traz uma sensação muito prazerosa, zen inclusive, combinando legal com toda a atmosfera surreal que o filme nos apresenta.  Criando aquela incrível sensação mística de você estar sonhando e entrando mesmo no clima do filme como se tivesse fumado um baseado ou mesmo enchendo a cara com cerveja.
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 

Outro ponto legal do filme que posso destacar está também no brilhante elenco presente, Matthew McConaugey como protagonista foi assim a parte que mais me surpreendeu, confesso que antes de conferi-lo neste papel, eu tinha certo “pré-conceito” a respeito do seu desempenho num personagem tão intenso do qual foi exigido dele. Antes desse filme, eu já tinha o visto estrelando uma comédia romântica em “Como Perder um homem em 10 dias” (2003) onde ele interpretou um papel bobinho, numa história bem bobinha, que o estigmatizaria demais com o rótulo de galã, por causa disso, não há como gerar certa desconfiança para um público muito exigente de críticos de não criar muita credibilidade seu desempenho profissional.

 

Já neste eu pude sentir um maior amadurecimento profissional dele, já que ele faz bem o papel de um herói, que tem consciência das suas imperfeições como ser humano no quesito do drama familiar em relação a longa jornada longe de seus filhos levadas as circunstancias dessa missão orbital.   

 

Além de Marttew McConaugey, o filme também conta no elenco com dois atores que já trabalhando nos recentes filmes do “Cavaleiro das Trevas”, dirigidas pelo Nolan estão o veterano Michael Caine, que está perfeito no papel do Professor Brand, em muitas coisas ele pode remeter ao Mordomo Alfred Pennyworth como a relação paternal que ele adquiri pela Murph, a filha de Cooper e o mesmo ela sente por ele devido as circunstancias de ambos carregam a dor de viverem longe e sem noticia dos entes queridos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Anne Hathaway que também já atuou em um filme de Nolan, também na franquia de “Batman-Cavaleiro das Trevas”, fazendo a Mulher-Gato. Neste filme, pelo que pude sentir na sua interpretação no papel da Amélia Brand ela está assim um tanto quanto mediana, a sua personagem pelo que pude perceber fica boa parte do filme assumindo a função típica do coadjuvante que fica ali só para enfeite sem ter muita preocupação de ter algum aprofundamento no desenvolvimento de personalidade.  A sua atuação dela no papel até ficou bom de certo ponto legal, apesar de ter faltado um pouco mais no desenvolvimento.  Nas longas horas em que a história se desenrola no longo tempo dela acompanhando Cooper no espaço, dá a entender que ela vai despertar uma paixonite discreta por ele, e o mesmo demora a perceber isso, que também deixa muito a entender que nutre algum sentimento de paixão por ela, mas, não parece querer reconhecer. Coisa assim que fica muito na duvida.  Em nenhum momento do filme é mostrado os dois sequer tendo algum sinal de afeto, alguns podem até colocar que deve ter faltado química entre Matthew McConaugey e Anne Hathaway ou talvez envolva outros fatores, pode ter sido porque já era como Nolan tinha bem arquitetado nos planos cronológicos do roteiro.

 

 

Outra presença também importante no elenco é a de Matt Damon no papel do cientista Dr. Mann, que aparece sendo encontrado pela tripulação da nave de Cooper após passar longos anos congelados no espaço e que muitos achavam ter morrido. Mesmo sendo um personagem facilmente esquecível no decorrer do filme, mesmo assim, ele vai mostrando-se realmente não ser muito flor que se cheirasse.  No momento em que ele vira o antagonista então, tentando matar Cooper é que isso vai ficando muito claro.

 

Para terminar a analise do elenco também pontuo o brilhante desempenho dos atores que interpretam os filhos de Cooper, que ao longo do filme são alternados por diferentes atores a medida que eles vão envelhecendo.   Timonthy Chalamet está brilhantemente bem apresentado como o primogênito Tom na fase juvenil, se mostrando bem esperançoso de um dia ver o pai retornando vivo para o lar, o oposto da interpretação de Casey Affleck que o interpreta na fase adulta mais experiente, casado e pai de um filho, trabalhando na fazenda e passando a adquirir um perfil mais friamente cético, a ponto de já ter perdido a esperança dele retornar para a Terra e ficando bem mais conformado com a sua ausência.  E por fim também tem William Devane que interpreta o Tom já bem mais idoso, apenas aparecendo dando um depoimento para um suposto documentário que é mostrado bem no inicio do filme.

Quanto as atrizes que interpretam a Murph, a caçula de Cooper, primeiro começo destacando o brilhante desempenho de Mackenzie Foy, que está ótima no papel da Murph menina criando suas nuances do seu dom de sentir a coisas que não estão presentes,  que faz  ela pensar se tratarem de fantasmas. Na sua pouca idade ele parece ter demonstrado um talento de gente grande ao desenhar o perfil mais dramático, principalmente ao se mostrar reativa e inconformada com a vigem que o seu pai vai fazer ao espaço sem ter a menor ideia de quando ele vai retornar.  Jéssica Chastian desenvolve bem o papel Murph mais adulta e passando a trabalhar na agencia do Professor Brand colaborando com ele e ao contrário do irmão, ainda mantem a esperança de acreditar que seu pai ainda esteja vivo e ainda possa retornar.  E por fim Ellen Burstyn está excelente no papel da Murph bem mais idosa fazendo uma das cenas mais emocionantes do filme que é quando Cooper após finalmente retornar ao lar, depois de terminada sua longa missão no espaço, resolve se reencontrar com ela hospitalizada e entre a vida e a morte numa interpretação muito comovente.

 
 
 
 
 
 
 
 
 

No quesito da produção, o roteiro como já havia descrito nos parágrafos acima ele carrega uma abordagem de um filme de ficção-cientifica bem cabeça, cheio de elementos clichês de outros catálogos do gênero. Os diálogos são tão carregados de tons científicos, que até mesmo um expectador expert ou com Ph.D* em teses físicas pode se perder, porque tudo é apresentado de  maneira bem apresada e de forma tão rápida   onde  termina chegando uma hora que  fica difícil de respirar ou mesmo tentar  absorver tudo.

Mesmo se utilizando de muito didatismo técnico cientifico, ainda assim a trama do filme vive carregada de muitas liberdades poéticas e uns pequenos furos de roteiro que mesmo o expectador leigo em ciências da astrofísica perceber e questionar  certas improbabilidades de acontecer teoricamente falando.

Uma das partes mais chatas que eu achei no filme, foi o fato dele ter uma duração muito longa, e isto termina por gerar um forte cansaço no espectador.  Se não fosse só isto o filme não ficaria tão tedioso.  O tédio só não fica maior quando há umas cenas durante a jornada espacial de Cooper e sua equipe acompanhada da inteligência artificial “CASE”, este ás vezes provoca uns alívios cômicos falando algumas frases bem bobinhas parece que para fazer o espetador esquecer um pouco do tamanho tédio do tempo da duração ou mesmo dos longos diálogos de forte tom acadêmico sobre teorias complexas do espaço infinito que até mesmo os mais bem estudados na área podem até se perderem.  E para encerrar, outro fator que também compensa no filme é que além dele carregar a impressionante trilha do Hans Zimmer que cria toda aquela atmosfera para fazer se sentir vagando pelo espaço, os brilhantes efeitos visuais mostrando a Nave de Cooper vagando pelo Sistema Solar e visitando cada planeta diferente com ótimos panoramas, tornando assim o filme um show a parte e quando há as cenas deles se aventurando por outras zonas dimensionais, temos então um show mais surreal que a outro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FONTE:

*Ph.D-É uma abreviação para a palavra inglesa “Philosophiae   Doctor”  que traduzido ao pé da letra é “Doutorado em Filosofia” .  “É um título fornecido pelas Universidades reconhecido como grau terminal nos países de língua inglesa termo filosofia não se relaciona neste título apenas ao campo da filosofia propriamente dita, mas provém do sentido grego da palavra, que é amor ao conhecimento, sendo que o título de PhD é então fornecido na Europa para os campos de medicina e direito. O termo filosofia advém do ensino de artes liberais, baseada na ementa da Universidade Humboldt de Berlim, uma vez que até o início século XIX muitos dos cursos de graduação atuais nem existiam, e a filosofia era composta de ementas de diferentes cursos atuais.” Mais informações em: 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Doutorado_em_filosofia





http://cinema.uol.com.br/album/2014/11/06/veja-os-filme-e-livros-que-influenciaram-interestelar.htm