sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ANÁLISE DO FILME SEX TAPE: PERDIDO NA NUVEM(2014)





Na noite de Sábado, 23 de Agosto de 2014, fui conferir desta vez uma sessão de cinema no Midway Mall bem diferente, sai um pouco dos grandes títulos blockbusthers de ação, que são sempre os mais aguardados e geram enorme expectava pelo grande apelo de marketing pesado, para desta vez assistir a um filme de comédia bem apimentada. Estou-me referindo a “Sex Tape: Perdido na Nuvem”.

Muitos podem achar de certa forma uma bobagem ou mesmo uma posição muito cafajeste de minha parte o que vou colocar sobre as principais e reais motivações que eu tive para conferir o filme, mas ainda assim seria uma hipocrisia da minha parte não admitir que foi para apreciar sim a bela Cameron Diaz atuando   quase o filme inteiro sem roupa.

Afinal de contas quem nunca teve o desejo de ver a bela Cameron Diaz completamente despida em algum filme estrelado por ela, ainda mais depois que 20 anos atrás quando ela estrelou o primeiro papel da sua vida que foi como a sexy cantora Tina Carlyle em “O Máskara” (1994), ou mesmo mostrando ser boa de briga sem perder o charme como a Natalie Cook em “As Panteras” (2000).

Não há muito do que posso avaliar sobre o filme, mesmo porque como é um título de comédia sem muito apelo comercial de um  blockbusther, o seu título por si só já entrega qual será sua proposta a apresentar para o público, portanto, posso dizer que o vou colocar   aqui não carrega nada de spoiler.

Posso descrever que este mais recente filme tem bem a característica de ser aquele tipo de filme de comédia cuja abordagem lida bem com as situações corriqueiras que envolvem a rotina do típico cenário do casal moderno representado por Annie(Cameron Diaz)  e Jay(Jason Segel) que tentam  reacender   a velha chama da paixão  sexual dos tempos em que namoravam na juventude antes de virem  a casar  e constituírem família que passaram a tomarem demais o tempo deles.

Eu pessoalmente gosto de assistir a filmes de comédias, mas não são todos os comediantes que conseguem me proporcionar uma risada fácil, como citei acima o exemplo de “O Máskara”, onde a então deslumbrante  Cameron Diaz fazia sua estreia nas telonas no filme que tinha o careteiro Jim Carey como protagonista,  os filmes deste conseguem me provocar uma risada mais fácil mesmo que alguns críticos que pontuem isto como ponto negativo do ator por  ele querer forçar muito risada. É neste esquema de fazer muitas caretas que entra também Eddie Murphy, mesmo que estes sejam massacrados pelos críticos por forçarem a piada com a careta, mesmo assim os filmes estrelados por estes conseguem me cativar e provocar uma risada mais fácil do que em comparação ao filmes de Adam Sandler que eu o acho muito insosso, o tempo todo ele tenta provocar a risada falando alguma coisa que tente parecer inteligente, mas termina não saindo como devia a ponto de ficar muito tedioso.  Robin Williams que faleceu três semanas atrás sobre circunstâncias misteriosas com 63 anos, era um dos comediantes cujos filmes me provocavam risadas também mais fácil, principalmente com os filmes que carregavam temáticas bem voltadas para crianças como Hook(1991),  Uma Babá Quase Perfeita(1993) ou mesmo em Jumanji(1995), filmes nos quais eu ainda moleque assistia muito.   Assim como os filmes de humor circense da trupe dos Trapalhões, as comedias pastelão de Leslie Nielsen, também os estrelados pelo Leandro Hassum como em Vestido pra Casar que eu fui conferir no sábado anterior a Sex Tape.

Já no caso dos filmes estrelados pelas atrizes-comediantes, eu dificilmente costumo gastar um ingresso para assistir, mesmo porque boa parte delas costuma fazer papeis de mocinhas bobinhas que vivem esperando o par perfeito que seja seu príncipe de conto de fadas em comédias românticas. Eu posso assistir este gênero de filme depois que for lançado em catalogo de DVDs ou em Blu-Ray ou se por sorte eu sintonizar em algum canal de televisão aberta ou fechada e o filme tiver passando, confesso que me arrisco sim a vê-los. Mas gastar o meu ingresso numa sala de cinema mesmo não é muito do meu feitio. No caso da Cameron Diaz eu costumo abrir uma exceção porque ela consegue fazer bons filmes de comédias sem precisar fazer mocinhas bobas e transmitem sensualidade com o seu charme como pude conferir em Sex Tape.

Bom, mas voltando ao foco em Sex Tape, o filme ele simplesmente não carrega muitas surpresas, trata-se de uma história com enredo fechado e muito previsível, sem a pura intenção de se fazer uma franquia. O que seria para o meu ponto de vista muito desnecessário.

Como já coloquei acima, não tenho muito do que avaliar sobre o roteiro do filme, ele basicamente carrega uma trama simples, colocando dessa maneira chega até a soar que o filme teve um orçamento modesto, mas em se tratando de contar com a superstar Cameron Diaz como a personagem principal do filme, com certeza o cachê que ela deve ter cobrado a Sony ainda mais para encarar muitas cenas expondo seu corpo todo despido não deve ter saído nada barato.

No filme basicamente é a Cameron Diaz quem é responsável por segurá-lo, principalmente depois da sua personagem Annie resolve inventar de fazer junto com seu marido Jay a maluquice de aproveitar um dia em que eles estão alegres, já que Annie conseguiu ser contratada por uma empresa de publicidade para virar garota-propaganda de um produto voltado para a família pelo fato deles ficarem super fascinados com a sua atuação de blogueira onde escreve textos em que compartilha suas experiências de mulher comum.  E sem as crianças por perto, Annie resolve manda-las passar a noite na casa da sua mãe. Eles resolvem  aproveitar para compensar  o tempo perdido em que ficaram em abstinência sexual.



Ambos então entram em comum acordo de filmarem a transa deles para deixarem registrados para sempre ficando assim de recordação daquele momento.  O ipad do casal os filma tentando as mais diferentes posições sexuais fazendo a sua versão bem particular de um filme pornô. Depois de longas horas filmando as tentativas mais inusitadas que cada um faz para se posicionar sexualmente seguindo os mandamentos de um livro que ensina quais as posições mais corretas para um casal transar.  Annie resolve pedir ainda sonolenta para Jay apagar aquele vídeo do ipad. Só que no dia seguinte eles descobrem que o vídeo sem querer foi parar nos ipads das diversas pessoas que eles compartilharam e jogado na nuvem do aparelho e será a partir desta mancada  dos dois que tem inicio a jornada deles tentarem irem de cada um dos ipads para destruir o  conteúdo do vídeo comprometedor do casal, atraindo muitas confusões.

Como poderia resumir a respeito do filme, ele simplesmente tem um bom enredo que aborda de forma suavemente cômica, mas sem muito didatismo na questão do tema tabu da sexualidade dos casais da atualidade bem representados pelas figuras de Annie e Jay.

Eu poderia definir que o filme é sim uma comédia romântica, mas sabendo ser bem temperada.  Fora a Cameron Diaz que eu já iniciei pontuando as brilhantes performances que ela demonstra com muita naturalidade não se importando em ficar despida.  Também posso pontuar o brilhante desempenho de Jason Segel, que mesmo não sendo tão conhecido do grande público como a Cameron, ele já tem um longo currículo em outros filmes, entre eles destaco “Professora sem Classe” (2011), outro filme estrelado pela mesma atriz, dirigido pelo mesmo diretor Jason Kasdan este mesmo não por acaso já o tinha dirigido numa série de TV Freaks and Geeks(1999-2000). Ele interpreta bem o personagem que representa bem a típica figura do patriarca que sustenta a família trabalhando numa rádio onde ele mexe mais nos equipamentos técnicos e é um bom expert na área musical. Também destaco a participação de Jack Black outra das grandes estrelas de comédias da atualidade que neste filme faz uma excelente ponta no papel  do dono de um site de vídeos pornôs caseiros de quem o casal Annie e Jay vai tentar ir atrás procurar investigar se o vídeo não foi parar justamente ali. E outros rostos não tão conhecidos que mesmo assim sabem como aproveitar o timing das cenas e das falas dos seus respectivos papeis mesmo sendo puramente secundários cuja presença serve apenas para enfeitar.


Para encerrar minha análise do filme, posso colocar que ele tem uma trama que segue bem coerente a sua proposta que é tratar do tema tabu da sexualidade entre os casais de hoje, é bem filme terapêutico para qualquer discutir a relação sexual de uma forma a não parece como coloquei acima com um  tom tão de muito didatismo ficando um filme muito tediosamente cabeça, para quem pensa em ver um filme cabeça recomendo assistir “De olhos bem fechados”(1999), último filme de Stanley Kubrick que além de ser carregado de muito erotismo também tem muito diálogos cabeças ou quem sabe algum filme de motivação pessoal ou de superação como “Sociedade dos Poetas Mortos”(1989), com a atuação brilhante do falecido Robin Williams.   Aborda também de uma forma irreverente a hipocrisia da sociedade atual num contexto geral que explora e incentiva tanto a cultura banal do sexo que na hora de discutir acaba ficando complicado, pois tem uma postura arcaica, muito puritana.   E isso o filme sabe fazer com maestria.  Como já havia explicado acima, a trama do filme carrega um conteúdo mais simples, por não se tratar de um grande título de blockbusther, eu não tenho como avaliar outros quesitos técnicos como a questão da estética visual, por exemplo, como já coloquei acima visualmente o filme sendo de um enredo aparentemente mais modesto de comédia, ele não se utiliza do artificio de explorar efeitos especiais que possam proporciona a plateia aquela sensação de surrealismo surtado total, aquele brilho de truques mágicos circenses como aconteceu em “Guardiões da Galáxia”.  Visualmente o brilho fica por conta do belo corpo sem da Cameron Diaz que é de fazer qualquer um ficar excitado e com vontade de ejacular.  Seja na posição em que está, não senti muitas falhas de enquadramento da câmera, se tiveram ficaram para mim imperceptíveis.












Basicamente “Sex Tape” é um filme que recomendo assistir principalmente quem quer fugir dos blockbusthers e se estiver acompanhado de seu/sua parceiro(a) melhor ainda para quem sabe apimentar mais a relação.  Também coloco meus parabéns a quem teve a brilhante ideia  de criar este subtítulo em português de “Perdido na Nuvem”. Porque justamente ele ficou bem encaixado também a proposta do filme, já que a nuvem no linguajar do ipad é um lugar onde alguns arquivos são expostos para a grande rede de computadores, a Internet. E no caso justamente do vídeo sexual de Annie e Jay se perder e se espalhar para outros ipads, isto se mostrar ser bem coerente. Tem críticos que não gostam muito desta ideia dos distribuidores escolherem títulos em português  nos filmes que além de não ser fiel a tradução original, muitas vezes foge a proposta. No caso de Sex Tape, este adicional subtítulo se mostrou uma escolha perfeita, pois condiz justamente com a  sua proposta ao público. No mais só mesmo conferindo nas telonas.

 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Akira 1988 (Dublado - Pt-Br)

    















Descrição do Youtube:




"Sinopse...

A história desenrola-se em Neo-Tóquio, uma cidade de Tóquio reconstruida (sobre o que é hoje a Baía de Tóquio) depois de ter sido destruída na III Guerra Mundial. Segundo vem depois a constar, a III Guerra Mundial foi (supostamente) iniciada pelo crescimento incontrolável de poderes sobrenaturais de uma criança chamada Akira, que foi registrado num programa governamental secreto de pesquisa. No tempo real do enredo, 30 anos depois da III Guerra Mundial, uma gang de motoqueiros liderados por Kaneda é envolvido numa luta com a gang rival, quando o membro mais novo do gang de Kaneda, Tetsuo, colide numa auto-estrada com uma criança misteriosa que havia escapado do programa de investigação psíquica secreta do governo. Tetsuo é depois levado pelos responsáveis deste programa governamental juntamente com a criança, e é sujeito às mais diversas experiências. O incidente com a criança misteriosa bem como os testes realizados acordaram os poderes latentes de Tetsuo, com desastrosas consequências tanto a nível pessoal, bem como conflitos interpessoais com os seus amigos, e a nível mais amplo, uma vez que Neo-Tóquio é novamente ameaçada por outro incidente.

Akira, gira em torno da ideia básica de indivíduos com poderes sobre-humanos, em particular as capacidades psicocinéticas, mas grande parte da história não se concentra apenas nestas capacidades, mas sobretudo nas pessoas envolvidas, problemas sociais e políticos. O comentário social não é particularmente profundo ou filosófico, mas sobretudo um olhar crítico sobre a alienação da juventude, a ineficiência e corrupção do governo, e um sistema militarizado, desagradado com os compromissos da sociedade moderna.

No manga, Akira é um personagem que surge apenas no segundo volume, enquanto que no filme, Akira foi dissecado para pesquisa e os seus restos mortais permanecem armazenados em crioconservação por baixo do Estádio Olímpico de Tóquio. Esta mudança tem um efeito dramático sobre a história. No manga, Akira e Tetsuo aliam-se e depois Akira destrói Neo-Tóquio. O manga tem muitas diferenças em relação ao filme, mas o resultado é o mesmo em ambos."

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O Passaro Azul - 1940 - Filme Completo Dublado

    



Belíssimo filme estrelado pela então estrela infantil de Hollywood Shirley Temple, que faleceu há alguns meses com uma história muito fascinante num filme que tem toda uma atmosfera fabular  repleta de fantasia e utilizando o mesmo técnico de "O Mágico de Oz".



Confira a descrição da sinopse e dos dados sobre o filme retirados do Youtube.





"Título no Brasil: O Pássaro Azul
Título Original: The Blue Bird
País de Origem: EUA
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 88 minutos
Ano de Lançamento: 1940
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.:
Direção: Walter Lang

Sinopse

O filme conta a história de Mytyl e Tyltyl, dois irmãos que são levados para uma encantadora viagem pelo passado, presente e futuro, em busca do Pássaro Azul da Felicidade. Simples e divertido, é uma clássica história sobre os poderes da natureza. A garotinha do filme é interpretada pela belíssima Shirley Temple, em sua primeira atuação no cinema."

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

TRILHA SONORA DOS GUARDIÕES DA GALÁXIA(2014)

      





Video com fotos de cada personagem do filme ao som de "Hooked on a Felling", sucesso de 1974 da banda sueca Blue Swedem. Que constantemente tocava nos trailers.

sábado, 16 de agosto de 2014

ANÁLISE DO FILME GUARDIÕES DA GALÁXIA(2014)


Na noite de Domingo, 03 de Agosto de 2014, fui finalmente conferir ao tão aguardado filme da Marvel Studios, um dos blockbusthers mais caros e mais arriscados já produzidos até agora pelos estúdios da grande editora Marvel. Estou me referindo a “Guardiões da Galáxia”.

Apesar deles terem surgido em 1969 na revista Marvel Super Heroes #8,  ainda assim eles eram uma equipe pouco conhecida  de boa parte do público leigo em quadrinhos.  Sempre que fui acompanhando os noticiários em diversos sites de entretenimento e canais de vídeos do Youtube sobre o filme, como por exemplo, Omelete ou mesmo a Legião dos Heróis. Sempre se pontuava muito dos riscos que o filme poderia ocasionar primeiro porque esta equipe de heróis mesmo pertencendo ao selo Marvel, eles nunca foram produzidos com a pretensão de serem comercializados para a editora, faziam parte do esquema das publicações alternativas.  













 

A aparição deles em algumas publicações sempre foi bastante discreta, confesso que antes de conferir ao filme eu era bastante ignorante quanto à base da revista onde eles serviram de inspiração.  E por causa disto houve um tremendo receio tanto da minha parte  como também de  boa parte dos críticos de que o filme pudesse ser um grande fiasco nas bilheterias.

Como muitos também tiveram um pouco de receio de que as críticas pudessem detonar este filme, e havia diversos motivos para se ocorrer este risco, começando pela sua proposta muito surreal de ter como pano de fundo todo o universo fantasticamente fabuloso e fantasioso do espaço, o que por si só já geraria um mega custo no orçamento para criar toda a estética dos efeitos especiais sendo tudo praticamente feito  em computação gráfica, inclusive dois componentes do grupo como o Groot e o Rocket Racon.

Quando fui acompanhando as noticias das primeiras imagens, dos primeiros trailers, as primeiras repercussões dos críticos não foram muito positivas,  porque eles tinham apresentado só a parte com diálogos cômicos, a ponto de muitos  poderem  achar que o filme poderia ficar infantilizado demais  fora o fato deles consumirem muito pesado em efeitos especiais para criar em computação gráfica ou mesmo nos modelos pesados de maquiagens  cheios de cores que poderiam criar nos atores um ridículo aspecto  caricatamente carnavalesco.  E o fato da equipe de heróis ser composta por sujeitos com perfis dúbios, isso também gerou o grande fator de risco para o filme virar um fracasso e  tender a quem sabe ganhar um prêmio Framboesa de Ouro.














 

Que de algum modo isto se mostrou uma tremenda bobagem, porque mesmo assim o filme conseguiu me surpreender bastante.  Como coloquei acima, eu jamais tinha lido uma revista dos Guardiões da Galáxia antes de conferir ao filme, e para se ter uma ideia do quanto eu sou muito ignorante no que diz respeito as HQs dos  Guardiões da Galáxia, eu nunca tinha nem ouvido sequer referencias destes heróis em outras mídias.  Só a nível de comparação que vou  fazer com outros filmes  dos heróis do selo Marvel,  há exatos quatorze anos quando fui conferir ao primeiro filme dos mutantes X-Men(2000),  na antiga sala de cinema do Grupo Severiano Ribeiro  do Natal Shopping  onde eu  na época  já era um roliço adolescente de 15 anos, mesmo sem nunca ter lido uma edição sequer dos quadrinhos dos mutantes, eu já tinha mais ou menos  uma ideia de qual era a proposta deles porque eu tinha acompanhando e  ainda carregava muito fresco na minha memória  uma série animada deles  que passava na antiga grade infantil matutina da Rede Globo,  aquela série animada  intitulada X-Men: The Animated Series, produzida entre os anos de 1992-1997, tinha sido exibida em dois programas diferentes,  primeiro no programa Tv Colosso(1993-1996) e depois  no Angel Mix(1997-2000), então apresentado pela Angélica.

Só depois que assisti aquele filme foi que passei a me interessar pela leitura das HQs tanto da Marvel quanto da sua concorrente DC Comics e fui passando aos poucos a colecionar, até chegar a umas edições mais sofisticadas em capas duras.

A mesma coisa também aconteceu quando em 2002, foi lançado o primeiro filme do Homem-Aranha dirigido por Sam Haimi. E quando fui conferir também na antiga sala do Grupo Severiano Ribeiro, mesmo que um tanto tardiamente já tendo adquirido e lido algumas edições do aracnídeo, mesmo assim eu já tinha uma ideia de qual era sua proposta por ter acompanhado a série animada produzida na mesma época que X-men, ou seja, também na década de 1990 e assim como os mutantes ele também passava constantemente na antiga grade infantil da Globo também passou na Tv Colosso  e depois no Angel Mix.

E logo em seguida quando vieram outros filmes dos heróis inspirados no selo Marvel, eu com algum conhecimento prévio que já tinha por já ter lido algumas historias que eram acompanhas nas sagas principais me possibilitou a conferir o primeiro filme do Homem de Ferro, depois Thor, Capitão América e Vingadores.











 

Um dado curioso, é que neste filme a formação do grupo que nós somos apresentadas não se trata da formação originalmente clássica.  Na primeira formação, o grupo era formado pelo Major Vance Astro único humano do grupo, Martinex T'Naga, um humanoide cristalino natural de Plutão, Charile-27, um soldado jupteriano e Yondu Udonta  ser de pele azul natural de Centauro-IV.  Assim que surgiram nas publicações a atuação do grupo era apenas secundarias tendo   participações nos eventos das edições do Quarteto Fantástico.

A formação do grupo apresentado no filme, como Star-Lord, Rocket Racoon, Groot, Gamora e Drax só passariam a compor a equipe nas revistas a partir de Maio de 2008, na edição de Guardiões da Galáxia (Vol.2)#1, antes destes fazerem parte da nova formação, cada um já havia aparecido individualmente nas revistas dos heróis mais consagrados da editora,  sendo Groot um humanoide gigante em forma de árvore  o mais antigo do grupo,  sua primeira aparição data de bem antes do surgimento dos Guardiões da Galáxia , foi na revista “Tales of Atonish”, publicada em Novembro de 1960.  Já o resto que compõe a equipe foram  surgindo  logo após a primeira publicação dos Guardiões originais, sendo cada um em diferentes revistas, assim como Groot. Star-Lord, o único humano do grupo e responsável pelo comando surgiu na revista Marvel Preview #4 publicado em Janeiro de 1976, Drax, O Destruidor surgiu na revista do Homem de Ferro em Iron Man #55, publicado em Fevereiro de 1973, o invocado baixinho em forma de guaxinim Rocket Racoon surgiu em Marvel Preview#7 publicado em Junho de 1977 e por fim Gamora, a única componente feminina do grupo que assumiu um papel duvidoso por ser apresentada prestando serviço a Thanos surgiu na revista Strage Tales #180, publicado em Junho de 1975.

Bem depois desta longa introdução que eu fiz, vou então descrever o que eu achei do filme procurando não entregar muito spoiler.

A trama do filme inicia-se de uma forma bem dramática passando-se no ano de 1988, mostrando o pequeno Peter Quill, sentado numa cadeira com os fones nos seus ouvidos, escutando uma música no antigo aparelho de fita cassete com a seleção das musicas que ele gostava e que sua mãe havia gravado para ele.  As fitas cassetes na década de 1980 e até o começo dos anos 1990, na fase pré-internet equivalem ao que hoje se faz com baixar música fazendo download no computador e colocando num pen-drive ele é reproduzido em todo o tipo de som.  

Nessa primeira passagem do filme onde é mostrado a infância do futuro Star-Lord, ou Senhor das Estrelas como foi adaptado na dublagem brasileira.  Podemos sentir nos transpor a qual o tipo de música que ele estava ouvindo no seu aparelho de som que é no caso a balada melancólica “I´m not in love”, sucesso em 1975 da banda 10cc, que expressava bem o estado de espirito que  ele estava vivendo naquele momento assim  que aparece um senhor, seu avô que o chama para se despedir de sua mãe que se encontrava  deitada num leito de hospital  supostamente com  um câncer em estado terminal  numa  cena muito emocionante.  Peter sem falar sequer uma frase já demonstra pelo próprio silencio a dor de ver sua mãe morrer na sua frente e vendo sua mãe  pedir para segurar sua mão. Coisa que ele acaba não fazendo e resolve correr completamente  transtornado,  é no momento que  ele fica de fora do hospital que aparece uma nave dos piratas espaciais Ravagers onde ele é abduzido onde  a partir dai sua jornada espacial, intergaláctica vai sendo conduzida ao presente.

Um filosofo alemão chamado Arthur Schopenhauer(1788-1860) tem uma interessante frase a respeito do que para ele é a definição de música: “A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende”.  E isto faz bem sentido para o que posso descrever a respeito da personalidade de Peter Quill.  Isto porque em todo o decorrer do filme, onde ele mesmo não sendo uma produção musical tem uma linda e excelente trilha sonora retro que cria bem o contraste com a atmosfera e estética futurista que o filme com temática de batalha intergaláctica tende a proporcionar.  Já que iniciei falando em trilha musical posso dar outro destaque musical muito presente no filme, a “Hooked on a feeling”, interpretado pela banda sueca Blue Sweden cuja canção que fez enorme sucesso nas paradas do rádio em 1974, foi uma regravação de um sucesso de B. J.Thomas, que a laçou em 1969.  Esta canção especifica é o que tem mais me chamou a atenção porque ela é constantemente tocada nos trailers, principalmente no trecho em que o vocalista grita: “HAHAHAN, Hooked on a felling”.  Junto a outras músicas muito retro que o filme e o próprio Peter Quill fazem todas as referencias aos anos 1970 e 1980, como no filme Footloose.   Já que são as únicas lembranças que ele carrega da Terra, termina por torna-lo um filme muito cativante.

Voltando a descrever sobre o filme, nos passados 26 anos após Peter (Chris Pratt) ter sido abduzido pela nave dos Ravagers, ele agora adulto e autodenominado como “Senhor das Estrelas”, vive uma vida errante de mercenário do espaço, aparece num planeta para roubar objeto sagrado em forma de uma esfera metálica, mas ai ele termina sendo interceptado por um alienígena kree, que é subordinado de Ronan, O Acusador (Lee Pace), este é apresentado como comandante capacho do Thanos (Josh Brolin), o personagem bastante aguardado por muitos, principalmente depois que ele fez uma breve aparição nos créditos finais de Os Vingadores (2012), onde quem foi o responsável por incorporá-lo foi Damon Poitier. Sobre Thanos, muitos pode até me massacrar sobre o que vou descrever dele neste filme, mas mesmo assim vou colocar o eu achei da presença dele neste filme deixou um pouco a desejar, porque basicamente em boa parte do longa o vilão age de uma forma bastante secundária representando a típica figura do poderoso chefão dos kree que apenas manda e desmanda, mas não entra em confronto direto com a equipe de heróis. Para quem esperava um confronto direto dos Guardiões com Thanos, foi de certa forma decepcionante.

 O que posso resumir da impressão sobre como ficou a função de Thanos no filme é que ele simplesmente foi incluído apenas para ser um recheio a mais no prato.  Cabendo ao Ronan a função de ser o vilão-central com quem eles acabam por combaterem.






 

Voltando a comentar sobre Peter Quill, é por causa deste roubando um objeto místico, que tem inicio a sua jornada de tentar fugir de muita gente que o cobiça, como os Kree, por exemplo, passando pelos ravagers, também é procurado como criminoso pela guarda nova de Xandar.  É lá que ele vai se deparar com três dos seus quatro companheiros de aventura espacial, que também são tão criminosos quanto ele, como a Gamora(Zoe Saldaña) trabalhando para Thanos, a dupla cômica bromance do filme,  o guaxinim invocado  Rocket Raccon(Voz de Bradley Cooper na versão americana)  e a arvore humanoide Groot(Voz de Vin Diesel), que só sabe falar apenas “Eu sou Groot”.

Por azar do destino eles terminam sendo presos, e será na cadeia que eles vão conhecer o quinto componente da equipe, o Drax(Dave Bautista) um sujeito  que carrega o sentimento de extrema raiva de Ronan por ele ter no passado exterminado toda sua família, e desde então prometeu vinga-los.

Será a partir desse encontro dos cinco na cadeia que terá inicio a jornada aventuresca deles como equipe de heróis que terão o grande desafio de encarar Ronan.

Para resumir, poderia descrever que o filme sobre diferentes aspectos ele conseguiu me surpreender, ainda mesmo sabendo que haveria certos riscos pontuados pelos mais diferentes críticos, achei brilhante a maneira como foi roteirizado e construído todo o que envolve o enredo, a estética também está uma maravilha. A maneira como vai sendo construído o desenvolvimento individual dos protagonistas é algo que impressiona. Cada um a seu modo consegue cativar a sua maneira bem peculiar.  Eles souberam como bem pontuar os diálogos cômicos no timing certo, do mesmo há o timing certo para o drama.

Toda a atmosfera galáctica que a trama remete bem aos filmes clássicos de ficção cientifica no espaço, ali fica muito evidente as referencias a Star Wars por exemplo. Principalmente pela trilha sonora retro das músicas preferidas do líder grupo Peter, que carrega como única lembrança da Terra aquele aparelho de som com a fita cassete. A atmosfera galáctica mesclada ao clima retro de sua trilha musical dão ao filme um bom contraste. Um outro ponto interessante que posso colocar que mais gostei no filme é na escalação de elenco, Chris Pratt, que é um ator desconhecido de muita gente faz bem o papel carismático do aventureiro interestelar e líder do grupo Peter/Senhor das Estrelas,  Zoe Saldaña a quem os fãs de Avatar devem se lembrar dela ao fazer o papel a princesa Na´vi Neytri como dublê na captura de movimento é a responsável pelo papel da Gamora, outra alienígena em seu  currículo  de atriz que desta sem precisar se fazer de dublê de captura de movimento para não ser utilizado nenhum recurso de computação gráfica. A personagem com a pele toda pintada de verde  consegue mostrar ser bem habilidosa nas coreografias de luta onde  se saiu perfeita, muito mais do que se podia esperar e sabe bem desenvolver a sua  personalidade charmosa.

O lutador de artes marciais mistas e fisiculturista Dave Bautista está perfeito no papel do Drax, além do seu porte físico atlético ter se mostrado com certeza a escolha certa para desempenhar e mostrar  bom desenvolvimento tanto nas coreografias de luta  quanto  ao construir sua personalidade impulsiva.  

Já Bradley Cooper eu não tenho muito do que avaliar, mesmo porque como na sessão que eu assistir era dublado em português então basicamente o deixarei passar batido, agora já  Vin Diesel, astro da franquia de Velozes e Furiosos, ao emprestar sua voz  ao Groot, mesmo só repetindo “Eu sou Groot”, que inclusive  o próprio passou pela imensa ralação de repetir a mesma frase em diferentes línguas, ou seja, por causa do Groot  ele teve de passar por uma tremenda Torre de Babel,  e no caso na sessão dublada que assisti foi mantida a própria voz do Diesel onde dessa maneira ele pôde bem transmitir nas mais diferentes tonalidades de vozes quais eram suas sensações, seus sentimentos, quando estava alegre, quando estava triste tudo isso ficou uma maravilha.












 

Assim como também posso destacar a presença da veterana Glenn Close que está ótima no papel secundário da Comandante Irani Rael, assim como o Benicio Del Toro está excelente no excêntrico papel do Colecionador. 

De resto, poderia descrever que o filme está uma maravilha como já colocado acima, toda a sua estética visual da atmosfera intergaláctica do filme, faz o espectador ter a grande sensação de viajar no espaço. A maneira como eles mesclam bem o contraste da atmosfera futurista com o clima retro musical consegue transmitir ao filme uma maneira de cativar o público, mesmo com esta temática surreal. Boa parte dos personagens ficaram bem caracterizados, seja tanto os feito artificialmente em computação gráfica ao que ficaram com as respectivas peles pintadas como é o caso da Gamora e do Drax, eu poderia bem dizer assim como outros críticos já haviam definido é que o filme faz você uma incrível sensação de você ler as páginas de quadrinhos, pelo show de cores que é também apresentado em  outros personagens secundários.

Componentes dos Guardiões:










Senhor  das Estrelas










Gamora















Drax












Rocket Racoon





Groot



 
 
 

















Para finalizar, eu poderia definir a respeito das caracterizações de todos os personagens da trama ficaram perfeitas, seja no aspecto digital da computação gráfica ou mesmo manualmente falando com o tipo de tinta ou mesmo maquiagem usada para pintar de boa parte dos atores, poderia definir que eles souberam bem como dar uma equilibrada, souberam ousar sem exagerar, a ponto de não ficar como coloquei acima muito carnavalesco, como  também posso colocar  que o filme  não  ficou  carregado de um aspecto muito cartunesco e menos ainda carrega uma atmosfera muito circense,  e nesse aspecto a meu ver eles souberam acertarem bem no tom que ficou perfeito em 3D.  Eles souberam como dosar o aspecto colorido da caracterização de cada personagem fazendo cada um ter seu timing, onde posso de certa forma definir que eles conseguiram criar um tipo de entretenimento feito tanto para divertir criança quanto adulto.  Essa boa dosagem da caracterização em Guardiões, foi o que a respeito de comparação  faltou um pouco no recente “O Espetacular Homem-Aranha 2-A Ameaça de Electro”,  onde a escolha da caracterização do vilão central Electro(Jamie Foxx)  inspirado na  sua versão ultimate com a pele toda pintada de azul  fez ele ficar  parecendo com um ridículo aspecto cartunesco a ponto de torna-lo um vilão muito bobinho na trama.  Como é tradição em todos os filmes dos heróis de selo Marvel o filme conta com uma discreta aparição Stan Lee, que chegou a gerar certas dúvidas porque segundo o que eram noticiados nos sites, havia muitos rumores de  que ele não iria aparecer no filme, e há também uma cena adicional depois dos créditos que para quem esperava ver uma pista  com os Vingadores 2- A Era de Ultron pode ter uma grande decepção, pois a cena em si mostra um simples dialogo entre o Colecionador com o pato alienígena Howard, que década de 1980 inspirou um filme que foi um tremendo fiasco nas bilheterias, sendo no entanto considerado um cult movie.  Será que este personagem bizarro vai por acaso aparecer na sequencia de Guardiões da Galáxia.  Só esperando mesmo para crer.

Galeria de inimigos dos Guardiões:

Thanos

 

 









Ronan-O Acusador














Nebulosa


















 

FONTE:










Video: Dossiê- A Origem dos Guardiões da Galáxia.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Filme - Caçadores de Emoção (Point Break) (Dublado)

     







Descrição do Youtube:



Em uma cidade costeira da Califórnia atua uma gangue de ladrões de banco que se autodenomina "Os Ex-Presidentes", pois cometem seus assaltos usando as máscaras de Reagan, Carter, Nixon e Johnson. O F.B.I. acredita que os membros da quadrilha possam ser surfistas e manda para lá um jovem agente disfarçado, Johnny Utah (Keanu Reeves), que tem como missão se infiltrar entre os surfistas e obter informações. Para isto ele precisa aprender a surfar, algo que seu chefe não gosta muito. Com o auxílio de Angelo Pappas (Gary Busey), outro agente, Johnny chega a uma comunidade de surfistas onde os dois se infiltram, desconfiados que o autor dos assaltos está ali. Lá ele conhece Bodhi (Patrick Swayze), um homem místico e muito inteligente, que começa a mostrar a Johnny uma maneira diferente de ver o mundo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

ANÁLISE DO FILME PLANETA DOS MACACOS-O CONFRONTO(2014)


Na tarde de Quarta-Feira, 30 de Julho de 2014, fui conferir ao mais novo filme da franquia de Planeta dos Macacos, desta vez é “Planeta dos Macacos- O Confronto”.

Antes de falar especificamente sobre este filme, vou primeiramente fazer uma rápida introdução curiosa de como esta franquia surgiu há exatos quarenta anos e ganhou vida nova agora na década de 2010.

Planeta dos Macacos foi inspirado em um romance do gênero  ficção cientifica da autoria do francês Pierre Boulle(1912-1994), que o publicou em 1963, e cinco anos depois, em 1968 inspiraria a primeira e clássica adaptação cinematográfica pelas mãos de Frank J. Schaffner(1920-1989) e contou com o então famoso astro do cinema Charlton Heston(1923-2008),  no papel principal do astronauta George Taylor  que mostra pelo seu ponto de vista de ao posar seu foguete e chegar num lugar muito estranho, habitado só por macacos de consciência humana e vendo os humanos virarem  escravos deles,  o tempo todo ele pensa que ali é outro planeta e que os macacos seriam  como se fossem alienígenas ,  com consciência humana e tendo dominado a Terra completamente.   Taylor só vem a descobrir que ali era a Terra quando ao caminhar numa praia montado a cavalo ele vê ali a Estatua da Liberdade fica bastante indignado, numa cena que é considerada a mais antológica do cinema.












 

Aquele filme foi considerado um grande marco para história do cinema num momento em que o mundo vivia um cenário muito tumultuado da Guerra Fria, a sociedade americana na época vivia em conflitos internos com uma juventude insatisfeita com os conflitos do Vietnã, grupos sociais minoritários marginalizados brigando pelos direitos civis, a influencia da contracultura, do movimento hippie fez com que de algum modo no filme que os macacos representavam bem esta ideia. Mesmo na época sem muitos recursos tecnológicos sofisticados  de hoje para fazer lindas capturas de movimentos, a maneira artesanal como foi produzido com máscara cuja movimentação facial parecida em stop motion, conseguia transmitir um pouco mais de fidelidade.   O sucesso comercial que o filme conseguiu obter levou a uma série de sequencias que foram lançadas ao longo da década de 1970, como “De volta ao Planeta dos Macacos” (1970), “A Fuga dos Planetas dos Macacos” (1971), “A Conquista dos Planetas dos Macacos” (1972) e finalizando com “Batalha do Planeta dos Macacos” (1973).  Sendo que nenhum desses conseguiu obter o mesmo sucesso fenomenal de bilheteria.  Em 2001, Tim “Batman”Burton fez  uma refilmagem com Mark Wahlberg numa produção que ficou muito autoral  do diretor que terminou por não agradar muito nem a crítica, chegando a não render muita em  bilheteria.   Enterrando de vez a franquia, até que em 2011, a franquia foi ressurgida com um reboot dirigido por Rupert Wyatt, intitulado de “Planeta dos Macacos- A Origem”, com uma história toda repaginada mostrando como pano de fundo um prelúdio do que ocasionou os primatas terem desenvolvido forte inteligência humana por causa da intervenção da própria humanidade quando os primatas foram usados como cobaias para tentarem desenvolver a cura para o Alzheimer.  Que foi desta ideia que gerou o efeito colateral como bem de uma forma mais consistente o primeiro filme desta nova franquia apresentou.  Fomos apresentados ao chimpanzé Cesar, ainda filhote nascido de uma fêmea que foi caçada para servir de cobaia de laboratório. Foi naquele laboratório que trabalhava Will(James Franco), um humano que passa a cuidar de Cesar como se ele fosse seu filho,  na primeira passagem  que mostra Cesar como filhote, que foi feito todo digitalmente com  captura de movimento tendo o dublê Andy Serkis como protagonista que já tinha como currículo  já ter feito o Gollum na trilogia do “Senhor dos Anéis”, e outro protagonizado outro  macaco, o “King Kong” num remake de Peter Jackson de 2005.  Na passagem de Cesar como filhote em “A Origem” é mostrado ele até bancando o cupido para Will quando este o leva para ser atendido por uma bela veterinária que termina virando esposa do Will.

No decorrer do desenvolvimento daquele filme foi mostrado como Cesar aos poucos estava se sentindo meio diferente de  outros animais, inclusive de sua própria espécie com quem ele irá se deparar quando Will resolve manda-lo para um santuário de macacos, onde lá todos são maltratados, e ele então resolve pegar o soro criado para lhes dar super força para espalhar nos outros macacos enjaulados no santuário e depois o utiliza nos macacos de laboratório.

 

O primeiro desta nova safra  não só mostrou belas capturas de movimentos em Cesar, como também conseguiu transpor isto muito bem nos dubles que fizeram os outros macacos. Seria uma grande hipocrisia de minha parte definir que este filme foi muito melhor em se comparando à clássica franquia lançada entre os anos de 1968-1973, mesmo porque eu ainda não existia nesta época. Quando eu nasci em 1985, a franquia já havia terminado fazia 10 anos, mesmo assim eu conhecia algumas referências sobre estes filmes, cheguei inclusive a conferir alguns pedaços destes quando passava na TV, na grade do “Cinema em Casa” que era para o SBT, o equivalente a “Sessão da Tarde” da Rede Globo.  E também cheguei apenas uma vez conferir no antigo VHS, versão particular de Tim Burton do qual admito que  a meu ver ficou um tanto razoável.

Pelo menos numa coisa este prelúdio do filme dos primatas conseguiu superar, que foi explicar de uma forma mais elaboradamente clara e objetiva de como pelo ponto de vista dos seres da Terra os primatas conseguiram evoluir uma consciência humana, saindo da obviedade que o filme clássico quanto a refilmagem de Tim Burton do ponto de vista do astronauta que ali era outro planeta e os macacos eram vistos como alienígenas.  “A Origem” terminou com Cesar formando a sua primeira comunidade de macacos na floresta, ele se despede do seu antigo dono Will, e deixando um gancho para os eventos do que seriam mostrados nesta nova sequencia com o subtítulo de “O Confronto”, com as primeiras pessoas se contaminando com a gripe símia que ocasionará o grande pano de fundo para  esta nova sequencia inspirada no  reboot.

Bom depois desta introdução vou fazer agora minha análise sobre “Planeta dos Macacos- O Confronto”,   procurando no máximo não entregar muito spoiler.

Esta sequência desta vez dirigida por Matt Reeves, já começa bem impactante com a câmera focando de forma bem enquadrada no rosto pintando de Cesar, agora simbolizando a importante figura do líder tribal dos macacos.  Neste primeiro momento é mostrado em como os primatas que Cesar libertou do laboratório e do antigo santuário conseguiram se adaptarem bem a selva, e mostram novas maneiras de como eles estão virando cada dia mais humano.

Conseguiram desenvolver as técnicas de caça humana, pegam até um urso, os mostram também tomando banho no riacho, montando os cavalos e mais curioso de tudo é mostrando a maneira como eles já estabelecem uma divisão de casta entre cada espécie.  Os chimpanzés passam a assumirem o papel dos comandantes pacifistas, os orangotangos passam a representarem a figura dos intelectuais, inclusive eles são até mostrados como professores ensinando e transmitindo conhecimento aos macaquinhos numa escolinha deles improvisada dentro da comunidade e aos gorilas já é mostrado a importância deles como a figura dos militares que fazem a segurança, uma boa referencia a maneira que os antigos filmes da franquia já tinham bem determinado.

Nesta passagem também mostra Cesar já tendo uma família bem constituída com um chimpanzé adolescente um bebê macaquinho recém-nascido.  Entre todos os macacos ele aos poucos é o único que desenvolveu a mesma capacidade humana de comunicação, enquanto que boa parte dos outros macacos usa o método da linguagem dos sinais dos surdos.

Um momento que eu achei mais curioso nesta passagem do filme é a maneira como eles contam sua passagem de tempo, e eles usam das estações do ano. É isso fica bem evidente quando Cesar ao dialogar com um dos orangotangos que já mostravam esta habilidade de comunicação ainda em “A Origem” comenta sobre o fato de já fazer muito que já tinham mais tido contato com humanos e que eles nunca mais tentaram invadir o respectivo território deles e os combateram corpo a corpo.  Então o orangotango Maurice lhe explica que faz dez primaveras que eles tem mais aparecido ali para tirar-lhes a paz. As dez primaveras segundo o cálculo deste orangotango significa dizer que cronologicamente já tinham se passado dez anos desde aqueles eventos ocorridos em “A Origem”.

Ao mostrar a população humana inteira da Terra depois que a Gripe Símia se espalhou por todos os lugares dizimando muita gente, e transformando muitas cidades em um cenário devastador bem pós-apocalíptico com as casas, os prédios e tudo completamente abandonado com matos espalhados por tudo o que é canto.  Chegando a remeter a “Eu sou a Lenda” com uma cenografia perfeita sem nada de utilização de chroma-key, bem representando a atmosfera quer nos apresentar.

É no núcleo humano que somos apresentados a três importantes personagens que mesmo sendo meros coadjuvantes na história irão representar a figura dos que tentaram intermediar entre os humanos com os macacos. Estes serão representado por Malcom(Jason Clark), seu filho adolescente Alexander(Kodi Smith McPhee)  e Ellie(Keri Russel) .   Que irão se mostrar serem mais pacíficos com os macacos em contraponto a Dreyfuss(Gary Goldman) que tem uma posição bem nazista de querer exterminar os primatas a ponto de vê-los como simples animais ameaçadores, pragas.

Em comum estes vivem numa região de quarentena para ficarem longe do contato do vírus, todos são mostrado de uma forma muita suprimida sem se aprofundar no desenvolvimento individual das personalidades de cada personagem, são apresentados tendo em comum o fato de terem perdido pessoas queridas e amadas pelo vírus. Como é o caso do Malcom que perdeu a primeira mulher, mãe de seu filho, antes dele conhecer sua atual esposa ali Ellie, que relata ter perdido a única filha por causa do vírus, em nenhum momento do filme ela comenta do marido, deixando a entender que ela provavelmente devia ser mãe solteira até mesmo é mostrado o Dreyfuss chorando ao mexer nas fotos dos seus meninos num aparelho de tablet.

Neste núcleo humano é mostrado como cada um passou a viver ali na cidade toda devastada com escassez de tudo, inclusive de energia eletrônica, e para conseguirem isso eles terão de tentarem religar a antiga hidrelétrica que ficas localizada justamente no mesmo local onde habitam os macacos.

E para poder conseguir este objetivo é que Malcom se oferece para se aproximarem da tribo dos macacos para fazer um acordo amigável, no começo eles são todos hostilizados, mas Cesar sente que estes humanos são bons. O único do grupo símio que não se mostra satisfeito com esta atitude de Cesar é o Koba .

No decorrer do filme este vai se mostrar ter uma posição extremamente radical com relação a esta proximidade dos humanos com os macacos, em virtude dele ter conhecido o lado ruim dos humanos, isto acaba influenciando para que aos poucos, no decorrer da obra  ele vai desenvolvendo sua personalidade ruim,  a ponto de virar a figura arquetípica do Osama Bin Laden dos macacos.

Será Koba o responsável por violar um código imposto por Cesar, a de que “macaco não mata macaco”, uma linda frase que me chamou bastante a atenção pela tom impactante como ele coloca, mostrando o quanto Cesar tem poder de liderança nesta comunidade.

Koba vai aos poucos adquirindo a habilidade de saber como manejar um revolver numa onde se aproxima de uns caras que estão treinando com uma pistola, e nesta passagem como ele aprendeu a técnica da malandragem, da trapaça, da encenação  para enganar os cara por ter carregar o trauma de ter conhecido o lado maligno dos seres humanos nos tempos em que ficou enclausurado num laboratório como cobaia e sido maltratado até o dia em que foi libertado pelo Cesar.   Koba no primeiro momento se faz de doido, age como se fosse um típico macaco de circo para distrair os caras para aproveitar desse momento em que eles estão  todos  distraídos com sua descontração para pegar a arma de fogo de um deles e de posse resolve atirar nos caras.

 

É utilizando esta que ele provocará um atentado contra Cesar depois que Malcom e companhia conseguem finalmente ativar a hidrelétrica, e é no momento em que todos estão festivos pelo fim da missão. Koba dá um disparo em Cesar que faz ele cair do penhasco sem ninguém nota-lo apenas o próprio César. Será a partir desse incidente começado pelo Koba que tem inicio o primeiro confronto dos humanos contra os primatas com consciência humana.

 

O que eu poderia descrever da impressão que o filme me proporcionou foi das melhores,  tanto no aspecto técnico da parte visual como ficou bem captado a movimentação digital de cada dublês encarando os macacos, ficou muito perfeita,  eles ficavam parecendo macacos mesmo de verdade, a  ponto de muitas das  representantes da sociedade protetora dos animais fazer elogios críticos positivos ao filme  pelo fatos deles não utilizarem macacos de verdade na maior das cenas pela  maneira como tecnicamente eles foram bem desenhados digitalmente e de como  os próprios encarnam bem os maneirismos e as nuances  de personalidade de cada macaco.  E como já havia colocado a cenografia também é um espetáculo a parte, todo feito sem utilização de chroma-key,  e  sem  carregar resquício  algum de efeito de computação gráfica, principalmente na cena que representa a cidade de São Francisco como uma cidade-fantasma  num  cenário pós-apocalítico viral e completamente selvagem consegue justamente  criar a atmosfera tensa que o filme quer transmitir sobre a que ponto uma situação do  extremo limite da intolerância pode ocasionar um conflito.

O roteiro eu só tenho que elogiar, pois mesmo sendo conduzido por um diferente diretor, onde em muitos casos quando isso aconteceu em outros filmes de franquias de sucesso, a experiência de mudança de diretor com uma ideia completamente diferente mostrou-se um grande fiasco de crítica e de bilheteria, mas nesta sequencia reboot de Planeta dos Macacos, posso descrever isso não mostrou-se ser  prejudicial   e sem carregar muita alteração nos rumos do roteiro, ele soube como conduzir e amarar bem o espectador, e mostrou como conduzir o foco principal do filme, que eram os macacos.

Basicamente o público não deve sentir pela ausência do Will(James Franco), já que  em “Planeta dos Macacos- A Origem”,  ele era um mero coadjuvante , agindo apenas  como espectador cujo arco fecha-se quando ele se despede do Cesar.  

Isso também pode ser sentido no núcleo humano deste filme, são os primatas o grande foco do protagonismo de Cesar e o antagonismo do Koba.  Que gera muitos ganchos não para um conflito, mas para vário que deveram ocasionar no que as franquias mostraram dos humanos sendo escravizados pelos macacos.  Poderemos ter mais filmes da nova franquia de Planeta dos Macacos?

Para encerrar, vou colocar a titulo de curiosidade o que eu andei descobrindo nas pesquisas que fiz sobre o que representa estes primatas na cultura pop para dar maior embasamento ao texto desta minha análise não só de “Planeta dos Macacos- O Confronto”, mas de todo o contexto de importância que a franquia teve quarenta anos atrás e ganha um revival  no  momento presente.

Como descrevi no inicio os filmes de “Planeta dos Macacos”, foram inspirados em um romance do francês Pierre Boulle, confesso que antes dos filmes eu nunca tinha ouvido falar desse romance, e se eu ignorava a existência desse romance, logicamente por não ter seria lido seria até uma hipocrisia da minha parte fazer  comparações entre livro e filme, cujas técnicas narrativas  são muito opostas umas das outras,  desde que o cinema surgiu e com isso vieram as primeiras adaptações literárias para as telonas, onde os personagens das páginas ganhavam vida na pele dos atores,  nunca os críticos conseguiram chegar a um consenso entre qual  é a melhor das onde a arte foi manifestada.

 Mas neste caso baseado na fonte que li sobre detalhes do pioneiro clássico “Planeta dos Macacos” de 1968, e lendo também um rápido resumo da sinopse do livro, as grandes diferenças drásticas que uma carrega com relação a outra será mostrado neste esquema que vou compartilhar com vocês.

 

 

 

Observem:

-No livro de Pierre Boulle, o herói que conduza narrativa  é o jornalista francês Ulysse Mérou, função que ficou a cargo do astronauta americano Geroge Taylor no cinema.

-No livro a passagem de como é descrita os humanos vivendo como escravos , como se já não bastasse ser extremamente cruel, ainda tinha o agravante deles viverem completamente despidos, ou seja, totalmente nus.  Assim que foi decidido fazer a primeira adaptação para o cinema, os produtores decidiram suavizar esta passagem  criando nos humanos trajes de peles de animais que combinou perfeitamente a atmosfera do filme, dando a eles uma característica mais selvagem os remetendo a típica figura primitiva dos Homens das Cavernas.  E isso virou tendência nos filmes seguintes da franquia lançados em 1970, 1971, 1972 e 1973.

-No livro a sociedade primata  é descrita já sabendo como manejar todo o aparato de equipamento tecnológico de uso   comum da humanidade, como os carros, os televisores e os helicópteros , mas no filmes os produtores decidiram transformar a tecnologia deles em primitiva com o intuito de diminuir gastos orçamentários. .

-No livro é descrito que os macacos tem um estilo de comunicação própria do qual Ulysse Mérou precisa aprender para poder conseguir se comunicar com eles, já nos filmes foi mostrado  os macacos falando de maneira idêntica aos humanos,  o que não significou um alivio para Taylor que teve de ficar forçadamente mudo por causa de um ferimento na garganta até ficar curado.

-Por fim, a mais curiosa alteração do livro para o filme, foi a maneira como é descrito o habitat dos macacos, no livro é descrito os macacos habitando num planeta similar a Terra, enquanto que no filme mesmo, os produtores ambientá-los na Terra propriamente dita.

 

FONTE: