domingo, 29 de março de 2020

VIÚVA NEGRA E MULHER MARAVILHA ADIADOS PELO CORONAVÍRUS

 



Olá Grandes Super-Heróis, no vídeo falo um pouco os adiamentos causados pelo Coronavírus. E dou minhas indicações de filmes disponíveis na Netflix que abordam sobre os impactos das pandemias.



LISTA DE FILMES:
EPIDEMIA(Outbreak,EUA,1995)
A GRIPE(The Flu, Coréia do Sul, 2013)
VIRAL(EUA, 2016)
PANDEMIA(PANDEMIC, EUA, 2020.)

sexta-feira, 27 de março de 2020

SOMOS TÃO JOVENS PARA LEMBRAR OS 60 ANOS DO RENATO RUSSO


Em 27 de Março de 1960, nascia no Rio de Janeiro, o cantor e compositor Renato Manfredini Júnior. Mais conhecido artisticamente como Renato Russo, cuja origem do sobrenome artístico ele  escolheu como homenagem  a grandes intelectuais que admirava como o filosofo inglês Bertrand Russel(1872-1970), além desses, também admirava o filósofo suíço Jean Jacques Rosseau(1712-1778) e o pintor francês Henri Rosseau(1844-1910). Carioca, nascido no berço de uma família  de classe média,  que se mudou para Brasília ainda adolescente,   quando seu pai um funcionário do Banco do Brasil foi transferido para lá. E foi na cidade símbolo do poder político, então recém-construída por Oscar Niemayer(1907-2012) ainda no Governo de Juscelino Kubitscheck(1902-1976) em 1960, mesmo ano que o cantor nasceu, para servir como residência e reduto de todos os mandos e desmandos que os nossos engravatados da política determinam como tudo vai funcionar  para nossa população. Também serviu como o reduto e o grande berço artístico para Renato Russo se lançar no meio musical. E  nada melhor do que lembrar dessa data em que ele completaria 60 anos se tivesse vivo do que comentar sobre a sua cinebiografia Somos Tão Jovens(Brasil, 2013).





                O filme não é bem uma cinebiografia do  que se espera sobre o Renato Russo, grande ícone  de um estilo musical transgressor e critico que marcou o Brasil  dos anos 1980,    principalmente para a sua legião de fãs que o idolatram, o glorificam, criando toda uma santificação sobre ele que fica até complicado distinguir o Renato como  Artista para o Renato  intimamente como Ser Humano.   Neste filme tanto o diretor Antônio Carlos da Fontoura, quanto o roteirista Marcos Bernstein optaram por criar na história um recorte mostrando um pouco de como ele era  antes de virar o idolatrado artista. Eles se focaram em mostrar como era a vida comum dele na Brasília do começo dos anos 1980. Nos apresentando um pouco do contexto sociocultural que inspirou sua carreira. Nesse filme eles nos apresentam como era o seu estilo de vida universitária  numa família de classe média, onde ajudava na renda familiar dando aulas de inglês.  Os momentos íntimos dos ensaios, das composições, as influências do movimento punk e rock progressivo. Os ensaios com a primeira banda que tocou, o Aborto Elétrico, alguns conflitos com a família. Especialmente seu pai que temia por ele não conseguir se sustentar como artista, enfim.

       O roteiro mesmo sendo muito raso e superficial,   principalmente para o que se espera de uma cinebiografia de um importante ícone da música brasileira, ainda assim tem seu méritos. 




        Quem espera ele seguir uma linha cronológica de apresentar mais detalhes sobre a vida dele no auge e no declínio da carreira, com certeza pode se decepcionar com esta obra. Aqui não foi mostrado como foi sua infância no Rio até se mudar aos 13 anos com sua família para Brasília. Do mesmo modo que o filme não explorou  de forma profunda a vida intima dele durante o auge do seu sucesso, os excessos de sua vida mundana, principalmente quando extrapolava no álcool e nas drogas e vivia em constantes esbornias e  orgias. Também não mostrou as constantes brigas de bastidores com seus companheiros da Legião Urbana Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, não mostra como ele descobriu ser pai de seu único filho Giuliano com uma mulher com quem ele só ficou, sequer isso é mostrado e do mesmo modo que também não foi apresentado  o delicado o momento onde ele descobriu que havia adquirido a AIDS que culminou em sua morte precoce aos 36 anos em 1996.

           Pessoalmente eu não tive muito o privilegio de acompanhar a carreira do  Renato Russo nesse auge do seu sucesso. Quando eu nasci em 1985, ele já estava  estourando com a Legião Urbana e quando fui crescendo foi na fase em que ele na banda  já estava declinando no mundo do  ShowBizz brasileiro, perdendo o seu espaço para os artistas da Lambada, do Sertanejo, do Pagode e do ritmo baiano da Axé Music e com a relação já gasta com a banda, resolveu se lançar em projetos solos. E quando ele morreu, eu só tinha 11 anos e ainda não fazia ideia da dimensão do que ele representou para a história da música brasileira, e do porque ele se tornou e até hoje é uma grande referência. Ele estava dando início a sua carreira solo naquele momento. 






           O filme embora apresente estes problemas, ainda assim,  mostra-se ser bem apreciável com algumas tomadas de liberdade que a produção teve  em imprimir licenças poéticas mesmo fazendo este recorte sobre a vida de Renato Russo.  Um dos méritos do filme deve-se ao bom design de produção, principalmente na reconstrução da Brasília do começo dos anos 1980. Os figurinos e as caracterizações dos personagens estão excelentes. As tomadas de planos e enquadramentos dos diferentes ângulos de Brasília também são magníficos. Fora o elenco cheio de feras, como o Thiago Mendonça está absolutamente incrível na pele do Renato Russo, num trabalho excelente de caracterização e de composição. Ele  em cena incorporou  brilhantemente todos os trejeitos do Renato Russo e moldou todas as nuances e camadas dele. Marcos Breda na pele do Renato pai também mostrou um desempenho excelente  o representando como alguém preocupado com o rumo, no inicio acaba apoia de forma reticente. Sandra Corveleoni na pele de Dona Carmem, a mãe do Renato Russo desempenhou o seu lado acolhedor,  apoiadora e conselheira. Por fim há de destacar as sutis referências  a outros artistas com quem Renato Russo conheceria e fariam parte junto com ele do panteão do Rock Nacional dos anos 1980. Também apresenta como ele foi conhecendo Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá que comporiam a Legião Urbana. Pena não ser mostrado ele conhecendo Renato Rocha(1961-2015), o baixista que só conseguiu ingressar na banda depois que eles assinaram um contrato com a gravadora EMI em 1984 e este fato não é mostrado. A história  dele é concluída com ele e sua galera se preparando para irem ao Rio de Janeiro e fazerem uma apresentação no Circo Voador. Onde foi lá que conseguiu ser apresentado e introduzido  ao mundo do showbiz brasileiro. Renato Rocha foi o primeiro que se desligou da banda no final dos anos 1980, após longas brigas internas dele com Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá. Depois que virou um egresso da banda, se enveredou por outras bandas, mas nos últimos de vida passou melancolicamente na miséria, mendigando nas ruas,  por causa do abuso do álcool e das drogas até morrer  em 2015. 





     No Balanço Geral, Somos Tão Jovens trata-se de um excelente filme de drama biográfico sobre um importante artista como o Renato Russo, pode não ser perfeito. Visto o fato da obra ter explorado mais um recorte da vida dele de uma forma mais branda antes de se tornar o celebre artista, mas mesmo assim explorou bem outras camadas dele como ser humano. Onde mostrou bem que ele com seu talento  como cantor e compositor ele era perfeito, mas intimamente como pessoa, um ser humano, era tão imperfeito e  cheio de defeitos como qualquer outro.

quinta-feira, 19 de março de 2020

TEMPOS DE CRISE NO CINEMA

  



Estamos vivendo tempos difíceis, e isso está impactando muito a indústria do cinema. Hoje, fazemos um panorama geral de como a crise está afetando os filmes no planeta inteiro.

segunda-feira, 16 de março de 2020

A AMEAÇA DO CORONAVIRUS NA CULTURA POP

  





Olá Grandes Super-Heróis, nesse vídeo vou comentar um pouco sobre o medo do Coronavirus e o impacto que está causando na cultura pop.

domingo, 15 de março de 2020

PROJETO FLORIDA E HONEYLAND: DOIS FILMES DE ARTES QUE ASSISTI DURANTE O CARNAVAL


Durante este carnaval de 2020, eu estive em Macaíba-RN, mas não pulando em um bloco, estive no Retiro Flor do Campo, participando da 43°CONFERN-Confraternização da Federação Espirita do Rio Grande do Norte. E durante estes dias, além de participar de algumas atividades da doutrina. Eu também tive o prazer de conferir umas sessões de cinema  promovidas como partes das oficinas artísticas que eles promoveram durantes os cinco dias que fiquei por lá com direito a debate após o fim da exibição.  Os dois em questão que irei compartilhar aqui minhas impressões são Projeto Florida(The Project Florida, EUA, 2017)  e HoneyLand(Medena Zemja,Macedonia do Norte,2019).

O primeiro que conferi na segunda-feira, 24 de Fevereiro, foi Projeto Florida. Uma produção independente, que contou com a direção, roteiro e produção executiva do Sean Baker. A trama do filme gira em torno de Moone(Brooklin Price). Uma menina que vive na parte pobre da Florida  sendo criada só  por sua mãe Halley(Bria Vinaite).Uma mulher completamente desequilibrada que não tem o menor pudor de ensinar coisas erradas a menina, a ponto dela reproduzir isso constantemente. 




Principalmente nos vocabulários bocas sujas da mãe. Moone reside num Motel,  sim eles chamam este tipo de hospedagem de Motel, o que para nós brasileiros tem um significado mais safadinho ligado a sexo. Para os americanos o conceito de motel é como se fosse uma hospedagem mesmo, como bem foi colocado pelo organizador da sessão no debate após o fim do filme.  Lá ela interage com Scooty(Christopher Rivera), seu vizinho, cuja mãe Ashley  trabalha  numa lanchonete onde ela vive sendo  explorada por Moone  de adquirir os caros lanches gratuitamente como suborno, o apresenta a uma nova amiguinha Jancey(Valeira Cotto)  que passa residir no Hotel vizinho ao seu chamado FutureLand. Que passaram a formar o grupinho de amigos que seus companheiros pelos loucos passeios pelas ruas da  Flórida. E correndo bastante pelos corredores do hotel onde ela vive hospedada, que muitas vezes  chega a tirar o sono de Bobby(William Dafoe), o gerente do hotel que lida com o duro desafio de manter a ordem nesse estabelecimento onde lida não só com a Moone e sua mãe  problemática, mas também com mais gente bastante desequilibrada ou mais que ela. Outro filme que compartilho comentar que conferir no dia seguinte, terça-feira, 25 de fevereiro,  lá durante o período que passei na CONFERN em Macaíba, também como oficina e com debate é o documentário da Macedônia do Norte, intitulado mundialmente como  HonneyLand, que contou com a direção da dupla  Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov. Essa obra nos apresentou o drama da camponesa Haditize, que trabalha como uma apicultura, mas de forma diferente. Já que ela vai atrás do mel das abelhas de forma bem artesanal, subindo as montanha e sem se utilizar de nenhuma proteção. Mas mesmo assim, consegue retirar sem sofrer nenhuma picada do ferrão delas. Pois respeita o habitat delas, ela tira sem agredir. 





 O mel era a única forma de sustento,  que vive praticamente reclusa na montanhosa região bucólica macedônica  contando só com a companhia de sua mãe já idosa e doente. Com quem ela cuida, já que não tem mais nenhum parente vivo que resida naquela região, e boa parte de suas vizinhanças haviam mudado para outras localidades. Apesar de viver muito solitária ali cuidado da mãe e trabalhando do sustento do mel das abelhas, ainda assim ela conseguia sentir um pouco de tranquilidade. Até o momento em que aparece uma família nômade que passa a se instalar lá e nisso ela já sente que sua tranquilidade estava acabando e assim terá início a um verdadeiro inferno onde o modo de como esta família irá trabalhar na Terra vai perturbar além de sua paz, mas também o seu próprio sustento com os mel das abelhas. Isto porque a maneira como eles vão agredindo o ambiente para pastar  e criar gado vai matar as abelhas que produzem o mel que ela leva para ser vendido na cidade grande.  Apesar das diferentes estéticas, ambos carregam em comum o fato de não serem facilmente agradáveis para todos os públicos. Principalmente para os que preferem os filmes pipocão como os do gênero super-herói, com seus escapismos, suas fantasias, e um bem definido mote entre o bem e o mal. Nesses dois eles não apresentam nada disso, ambos trazem abordagens sobre a nossa realidade crua, suja, nojenta dos horrores  que ocorre no cotidiano. Ambos não são fáceis de serem digeridos, onde os seus respectivos personagens representam situações bastante realistas, com dramas mais humanos, onde eles lidam com problemas diários que estão longe de serem resolvidos com passes de mágica. Em nenhuma dessas obras, não existe distinção de herói, nem de vilão. Ali todos tem suas camadas de representatividade, com suas virtudes e defeitos, onde cada um  agem acima do bem e do mal.








 Em Projeto Florida, por exemplo, apresenta uma abordagem bem indigesta que envolveu transmitir uma chocante mensagem de crítica social a respeito do modo de vida das famílias pobres americanas e suas consequências para as futuras gerações. Morando de favores em lugares bem xexelentos, como os motéis em um lugar que é o paraíso do consumismo para o turismo como a Florida, onde tem inclusive o famoso parque da Disney. Uma grande ironia. Inclusive o título traz bem uma referência ao projeto de urbanização modernista no estado da Flórida que teve início nos anos 1960/70, quando o Parque da Disney em Orlando estava em construção. Um tom bem provocativo. Uma mascarada  realidade terceiro mundista da maior potência econômica do mundo, os EUA, com um texto bastante profundo  trazendo muitas mensagens filosóficas e reflexivas. Um filme de abordagem um tanto cult, até meio cabeça, um tanto arte. Que apresenta um ritmo narrativo que não tende a agradar a quem prefere os blockbusters de super-heróis e gosta de ver a adrenalina da ação, da pancadaria e da manobras absurdas e tudo muito frenético. Esta obra  no caso não apresenta nada disso. Pois ele apresenta um ritmo muito lento, que se sustenta pelo texto, pela direção e pelo bom elenco que mesmo contando em sua maior parte com atores amadores, se mostram bem afiados nos respectivos papeis. Também em conjunto a direção de arte, que explora bem ótimos planos de contemplatividade, como as cenas onde mostra passeando ou com a mãe e com seus amigos pelas ruas da Florida e lá a câmera dá um destaque em uma ótima de planos sequência da Moone  caminhando pelas calçadas passando pelos paraísos de consumismo  como os parques, as lojas de grifes ou mesmo grandes fast food, lugares estes que ela não pode usufruir por causa de sua condição financeira e vivendo de favor num motel xexelento e sendo por uma mãe completamente desequilibrada e tão vida louca  que não a menor cerimônia para ensinar valores errados a menina a ponto dela reproduzir isto e chegar a cúmulos de absurdos, que são  privilégio para poucos   para explorar bem este lado provocativo da obra. E a montagem da edição da Moone quebrando a quarta parede com toques de efeitos kuleshov, numa cena dela acompanhada da mãe na lanchonete, se mostrou impecável.   Cujo elenco mesmo formado por atores amadores, ainda assim brilham ao retratar mais fielmente a realidade dura, cujo problema está longe de ser solucionado. 







Desses atores  merecem destaque Brooklin Prince, a menina que protagonizou a Moone desempenhou  muito bem em cena o seu papel, mesmo sendo uma atriz inexperiente, ela conseguiu transmitir um ótimo carisma e mostrou um brilhante talento ao conseguir chorar numa das cenas mais impactantes do filme. Também destaco a participação da lituana Bria Vinaite como Halley, mãe da Moone, também mostrou um excelente desempenho no papel, cuja escolha foi bastante curiosa, pois a produção a escolheu através de sua foto na  rede social. Ainda ela conseguiu transmitir bem no papel uma dura realidade de desempenhar a função  de uma mulher completamente vida louca, que é a pior referência para a filha, mas mesmo assim demonstra o seu amor por ela do jeito dela. Merece menção também do elenco   Mela Murder na pele da Ashley, a vizinha do Motel onde Moone fica hospedada, que não por acaso também é mãe do Scooty e é responsável por entregar os lanches gratuito escondidos da lanchonete onde ela trabalha, também demonstrou um  bom desempenho  no papel, principalmente quando resolve se confrontar com  Halley e resolver não querer continuar sendo explorada por ela e como mãe zelosa se mostrou bastante preocupada em observar seu filho Scooty na péssima companhia da Moone, principalmente quando ele  lhe revela  que participou de um incêndio numa casa abandonada aos arredores daquela região junto com ela. Por fim, merece destaque a participação do veterano e fera da atuação William Dafoe na pele do Bobby, o sindico do Motel onde reside Moone e sua desequilibrada mãe. Ele fez um estudo muito profundo do papel, como bem explicou o responsável pela sessão. Passando semanas em motéis  observando a forma de trabalhar dos síndicos para compor o papel e mostrar um desempenho convincente. Quem sempre está habituado a vê-lo incorporando papéis de mau-caráter, neste filme ele teve o grande desafio de incorporar um sujeito dubio  que tem a difícil  função de manter a ordem num lugar como este onde existe gente que o utiliza como moradia, principalmente a população mais pobre.  Cujas nuances envolve o fato dele estar acima do bem e do mal, principalmente nas situações adversas,  bizarras e inesperadas que ocorre por lá, como por exemplo, a chegada por engano de um casal de turistas brasileiros ou mesmo quando ele resolve mandar um velho que estava invadindo o território do motel tentando se aproximar das crianças.  Já no caso do documentário HoneyLand, a abordagem também não é de fácil digestão,  principalmente porque trata-se de uma temática muito barra pesada, que envolve a solidão e também a questão de invasão de território. Esta obra se utiliza de muitos planos de contemplatividade que muitos podem acharem muito chato, por exemplo, a panorâmica bucólica da região montanhosa da Macedônia. Onde há um momento da câmera dá um close num casal de abelhas se acasalando. E os momentos íntimos das crianças nômades tomando banho no rio, isto talvez pode parecer  ficar chato para quem não está acostumado a assistir a este tipo de obra. Outra estranheza pode estar no próprio idioma local  que é falado, cuja forma fonética pode dar uma impressão deles estarem falando muito grosseiramente. Nessa obra, a dupla que a dirigiu a acompanhou por longos três anos para captar toda a sua emoção.  Do mesmo modo,  posso destacar que ambas as obras não são fáceis de serem digeridas, por carregarem um tom muito pessimista, onde os problemas que elas lidam ali são reais, o problema é mostrado, mas não tem a intenção de serem resolvidos. Não é todo mundo que irá se agradar por estas obras, principalmente os que tem emoções muito sensíveis.