domingo, 29 de maio de 2016

ANÁLISE DO FILME X-MEN:APOCALIPSE(2016)



Na Quinta-feira, 26 de Maio de 2016, feriado de Corpus Christi, fui finalmente conferir ao tão aguardado X-Men: Apocalipse, mais um filme da franquia dos mutantes da Fox, uma semana após a estreia oficial.












O que posso descrever das minhas impressões deste filme, é que assim ele em parte me surpreendeu, em parte não me decepcionou, mas me incomodou ver algumas coisas muito relaxadas e repetitivas do roteiro. Poderia ter sido melhor explorado em alguns aspectos, mas em outros deixou a desejar.










As parte que mais agradou  no filme e achei  fantástico, foi ele começar com uma introdução do Apocalipse passada no Antigo Egito, onde ali sendo o Faraó En Sabah Nur sendo idolatrado pelo povo  como um deus e recebe a transferência de um ser alienígena com  os poderes mutantes. Até o momento em que ocorre uma conspiração e acaba que En Sabah Nur fica soterrado por longos séculos. Uma maneira bem chamativa de dar um destaque para ele como vilão e mostrar o peso dele como ameaça central da trama. Um contato meu do facebook chegou a comparar esta introdução de X-Apocalipse aos filmes “A Múmia”(1999) e “O Retorno da Múmia”(2001), que de fato não deixar de remeter, até pela maneira bem escapista dos efeitos da devastação causado por uma divindade.  Após esta introdução ocorre então o passar  dos séculos, irônico falar em virtude da própria cronologia do universo mutante ser muito confusa. Até chegar ao ano de  1983, passados 10 anos após os acontecimentos de “X-Men: Dias de um futuro esquecido”(2014). Onde no primeiro momento somos apresentados ao jovem Scott Summers/Ciclope durante uma aula sentindo um tremendo incomodo nos olhos, era sinal de que ele estava descobrindo os seus poderes mutantes de soltar raios infravermelhos. Que ocorre numa cena do banheiro da escola, onde ele estava se escondendo da ameaça de um colega valentão.  









Logo depois somos rapidamente apresentados a cena em sua residência  com a família dele, mostrando a importância do seu irmão Alex/Destrutor o levando para ser matriculado na Escola Xavier para Super-Dotados já funcionando. Lá já acontece dele ser apresentado a Jean Grey que já está matriculada como aluna. Pessoalmente gostei da maneira como eles foram apresentados como alunos novatos da Escola já estabelecida tendo outros alunos, com o Professor X sendo o diretor e o Fera o instrutor dos alunos e assim a trama sendo desenvolvida. Uma introdução perfeita de Ciclope e Jean que me surpreendeu, digo isso porque, eu tive muito receio sobre a maneira como eles iriam introduzir o casal que comanda a equipe no combate, como também a introdução da Tempestade na história. Tive receio do retorno destes personagens vividos  por atores mais jovens, poderia gerar  alguns  furos de roteiro com relação  aos que foi mostrado nos filmes da primeira franquia mutante lançado entre 2000-2009. Dentre estes, posso destacar que no  filme de 2000, o Professor X tinha explicado para Wolverine que Ciclope, Jean e Tempestade tinham sido seus primeiros alunos. Mas como foi mostrado no reboot de X-Men:Primeira Classe(2011) quando o Professor X fundou sua Escola junto com o Magneto em 1962, ele ainda não tinha recrutado os três para formarem o embrião da equipe. Que foi formada por ele, Magneto, a Mística, o Fera, Banshee e Destrutor quando eles estavam envolvidos numa missão da CIA atrás de Sebastian Shaw. 
















Passados onze anos nos eventos de X-Men: Dias de um futuro esquecido que se passa em 1973, vimos a Escola abandonada porque muitos aluno foram combater no Vietnã e sequer os três tinham sido matriculados nesta longa distancia de tempo. O buraco fica ainda maior se formos analisar que em X-Men-Origens-Wolverine(2009) eles fizeram uma introdução distorcida de como o Scott/Ciclope entrou nos X-Men ao ser capturado pelo Dente-de-Sabre, para virar prisioneiro da Base de Striker junto com outros mutantes. E ao ser libertado pelo Wolverine, aparece o Professor X ainda  andando e já careca os convencendo para entrarem no jato para serem seus alunos. Pior é como foi mostrado o Professor X indo atrás da Jean na cena da premissa de X-Men: O Confronto Final(2006), onde ele além de aparecer ainda andando e careca, é acompanhado do Magneto  que fala deles estarem preparando a criação da escola dos mutantes. E neste aspecto, a Fox deu bem corrigida na introdução de como cada um do trio entra na escola. Enquanto que o Scott contou com a ajuda do irmão para ser matriculado, já a Jean já foi mostrada matriculada, sem precisar explicar de onde e como que o Professor X a conheceu. Já a Tempestade foi apresentada ainda não compondo a nova equipe, na sua introdução é mostrado ela  vivendo uma vida errante de ladra de feira no Egito. No mesmo local, onde a agente da CIA Moira MacTargett estava investigando um acontecimento estranho envolvendo uma seita para despertar uma ameaça milenar que é o Apocalipse. Quando Apocalipse acorda  com o nome real dele de En Sabar Nun sendo mencionando constantemente  ocorre um evento cataclísmico mundial que por este motivo faz Charles Xavier no Cérebro e lá ao observar Moira resolve ir atrás que não a via faz vinte anos. No momento onde ele acompanhado de Destrutor vai atrás dela, ela parece mostra-se surpresa, o que se explica pelo fato da última vez que ela teve contato com Xavier em Primeira Classe, ele apagou todas as lembranças de Moira.  O retorno dela na saga da história mostra-se importante neste momento porque ela tem a função de apresentar a Xavier que é o Apocalipse, a nova ameaça que vai lidar. No decorrer do enredo somos apresentados a outras introduções de personagens, além da Tempestade estar no Egito onde é convencida a ser um dos quatro Cavaleiros do Apocalipse. Também somos apresentados a apresentação do Noturno e do Anjo que estavam juntos participando de uma disputa de ringue na Berlim Oriental. É neste momento que a Mística aparece para libertar o Noturno, enquanto que o Anjo é depois convencido a trabalhar para o Apocalipse. 



 











Enquanto que o Magneto é apresentado vivendo no interior da Polônia, com uma falsa identidade trabalhando como operário de uma fábrica, tentando viver uma vida comum após os eventos de “Dias de um futuro esquecido” ao lado da família que ele constituiu neste local. 











Isto até o momento em que ele faz a maior escorregada de usar o seu poder mutante ali dentro. O que faz alguém da fábrica o denunciá-lo para as autoridades polonesas. É neste momento que ocorre mais uma vez a situação dramática de Magneto vivenciar mais uma perda familiar como foi mostrado no “Primeira Classe”, no momento em que um soldado polonês solta um arco de flecha em direção  a sua esposa e sua filha. É nisso que ocorre dele ser recrutado pelo Apocalipse. Também somos apresentados a Psylocke que é introduzida como uma assistente que vive no subterrâneo que pelo fica evidente ele é um lugar  responsável por criar passaportes ilegais para mutantes que querem viajar clandestinamente antes de virar um dos quatro cavaleiros do Apocalipse. Tem também a Jubileu que é uma inútil, e por fim o Mercúrio que ficou melhor explorado no filme em belas sequencias dele correndo. 









Tudo isto que coloquei foram as partes que me agradaram, já o que me desagradou foi observar foram algumas coisas que esperava ter um mínimo de coerência. A parte que mais pecou para mim foi a Mística ter ficado indiferente e não ter revelado para o Noturno que ele era seu filho. Assim poderíamos saber se ela neste longo espaço de tempo dessa nova cronologia de filmes, ela manteve algum caso com o Azazel. Eu também pude reparar no que para mim virou um furo de roteiro, o Mercúrio revelar para a Mística que o Magneto é seu pai, mas como ele sabia disso se não é  mostrado a mãe dele revelando isto. Tudo isto causado pela treta judicial da Fox com a Marvel. Também me desagradou observar muita coisa cômoda, como por exemplo, não explorar a essência da equipe no dia a dia da Escola, ou mesmo na rotina deles fora daquele espaço. Como eles lidavam com o preconceito, que é a principal característica da essência da equipe. Outra coisa que me desagradou foi ver novamente a presençs de William Striker na história, que se aproveitou da situação em que boa parte dos alunos estavam desprotegidos depois que a Escola foi destruída pelo Apocalipse que raptou o Professor X.  Tudo um pretexto para motivar a introdução mais uma vez do Wolverine desta vez aprisionado no projeto Arma X para ser libertado pelo grupo. Por incrível que possa parecer o que vou descrever, mas na sessão que estive a plateia inteira aplaudiu a presença do Wolverine. Principalmente na maneira como foi explorado sua essência selvagem.










 Confesso que esta parte do Wolverine, até me agradou, principalmente pelo cuidado de não o mostrarem de novo completamente sem roupa. Apesar disso, também me incomodou o fato de  me deparar com outro furo de roteiro que diz respeito ao fato de que no fim de “Dias de um futuro esquecido”,  o Striker tinha pego o Wolverine no lago onde ele caiu. Mas quando a câmera se foca nele, podemos observar  a transformação dos seus olhos sendo a Mística disfarçada. O que me  deixa intrigado ao fato de que como o real Striker conseguiu coloca-lo como sua cobaia. O que não ficou muito bem explicado. Pior mesmo para aumentar ainda mais o buraco, é o fato de neste filme ele conseguir ser solto graças ao Noturno, a Jean e o Ciclope. O que em comparação aos filmes primeira franquia era mostrado nas cenas de flashbacks, até  mesmo no “Origens” que ele havia se libertado independentemente destes estarem ali  para libertá-los.  Fora também o fato de todos os personagens sequer terem mostrado sinais de envelhecimentos no passar de vinte anos em relação aos eventos do Primeira Classe e dez após os eventos de Dias de um futuro esquecido. E Striker que o diga, posso concluir  que foi tão inútil  servindo só para encher linguiça. Mesmo sem ele, o filme teria se desenvolvido melhor. Foi puro pretexto para introduzir o Wolverine para agradar a gregos e troianos. 















Eu também fiquei muito incomodado com o excesso de CGI jorrando na tua cara, principalmente para as destruições catastróficas mundiais, onde dava para perceber sinais de artificialidade feita em chroma key, mas que em compensação funcionam bem no 3D. Deu para perceber as faíscas saindo da tela.
Posso destacar entre o que para mim   funcionou e o que não funcionou no filme foram os seguintes:



Funcionou:













A construção do Apocalipse como a  ameaça central do filme, funcionou a meu ver desde a maneira como ele foi introduzido na premissa, até quando ele foi acordado com sua essência megalomaníaca de querer bancar uma divindade, com ares bíblicos. Também vi que funcionou a sua caracterização bem adaptada, onde dava para observar  uma característica profética divina, bem o  contraste da caracterização clássica com armadura metálica, que poderia ficar mais horrível, mais artificial, com detalhes muitos robóticos, parecendo mais uma versão dos Transformers.
A Pyslocke com a caracterização original, foi algo que para mim funcionou, e ela também incorporando boas coreografias nas porradas e nas espadas também funcionou, compensando a falta de profundidade da personagem. Uma prova  da Fox está se  abrindo  a dar mais toques quadrinhescos as tramas do Universo Mutante, algo que ela não fazia desde que lançou o primeiro X-Men em 2000 para um tom de seriedade mais o que ficava evidente pelos uniformes padronizados.   
Outra característica que a meu ver funcionou na trama, e eu posso até levar porrada pelo que vou colocar, mas enfim vamos lá. Foi a maneira como eles colocaram a Mística como mentora dos mutantes. Tudo bem, que para muitos críticos ele estraga o filme, pelo fato de destacar demais a sua interprete Jennifer Lawrence, principalmente por ela figurar como a atual queridinha de Hollywood. Ok. Mas tirando isso, para mim a Mística mentora funcionou, principalmente deles trabalharem nela este seu potencial que na franquia clássica tinha faltado que era sua habilidade de comando. Nisso foi o que me deixou satisfeito, apesar de ter faltado apresentar de novo o problema que foi não mostrar o Magneto formar a sua Irmandade dos Mutantes que serve bem para criar o contraponto com os X-men.
 A própria introdução do Ciclope e da Jean Grey na trama sem precisar de muito recursos de didatismo ajudou e muito na agilidade da trama.  Sophie Turner como Jean Grey me impressionou. E Tye Sheridan como o novo Ciclope desempenha do personagem lidando com o dilema de seus poderes e começando a mostrar seu  potencial de liderança  ainda que muito sutilmente  como é caracteristicamente sua essência nos quadrinhos.
O Mercúrio e o Noturno servindo de alivio cômico o tempo todo para soltar umas piadas também funcionou para mim já que dava um tom mais leve no timing certo para dar uma equilibrada nas dosadas pesadas cenas densas. Apesar da parte do Mercúrio tinha horas que ficava bastante irritante.
A própria reprodução datada dos 1980, seja no corte dos cabelos, nas roupas ou mesmo nos carros que reconstituíram bem o modismo da época também funcionou. Com um tom bem nostálgico, principalmente ao ver Mercúrio brincando com Pacman. Principalmente no núcleo dos novatos em especial, que ficaram parecendo estrelarem um típico filme de comedia juvenil que bem marcaram essa época. Para compreender esta minha comparação, aconselho aos jovens leitores que tiverem menos de 30 anos a assistirem alguns clássicos juvenis marcos  dessa época como os dirigidos por John Hughes(1950-2009), como “Curtindo a vida adoidado”,  por exemplo, ou mesmo “A Vingança dos Nerds” ou mesmo até “Karaté Kid” ou de outros gêneros como os de ação,  que vocês vão compreender o porque desta minha referência. Aliás por falar em filmes clássicos dos anos 1980,  tem uma curiosa cena de easter eggs que mostram Jean, Scott, Jubileu e Noturno saindo de uma sessão de cinema onde estavam um dos blockbusthers daquele verão de 1983, que é O Retorno de Jedi, o capitulo final da trilogia clássica de Star Wars. 
Por fim, outra coisa foi a impressionante que funcionou a meu ver foi trilha sonora do John Ottman, principalmente na cena da premissa no Egito Antigo, criando bem uma atmosfera épica para trama. E usar de algumas canções que foram sucessos de 1983 para compor a ambientação datada também funcionou.








NÃO FUNCIONOU








Já o que não funcionou para mim, foi como já antecipei, a presença da Jubileu  que só serviu de enfeite. A introdução dela não fez diferença alguma para a trama.
A introdução do Anjo foi um tremendo desperdício. Mais uma vez eles escorregaram novamente neste personagem como fizeram  em X-Men: O Confronto  Final.
Muitas situações mal explicadas, deixando mais buracos no roteiro.
 A presença do Striker para mim também  não funcionou, foi um puro desperdício para encher linguiça.
A morte esquecida do Destrutor foi algo que para mim também não funcionou, eles fecharam o arco do personagem que teve importância nessa nova franquia de uma maneira muito vergonhosa.
Por fim, uma das coisas que para mim além de não funcionarem também me incomodaram bastante, foi a Fox desde o primeiro X-men acomodar-se muito na formula que deu certo, e só investir nesta formula.  Desde os primeiros aos atuais, a Fox só deu atenção a desenvolver poucos personagens que criaram um forte apelo  para segurar os filmes, e não pensaram em investir em outros que soubessem captar a essência desses dilemas deles de viverem no mundo a sua volta com o preconceito por serem diferentes.

No balanço geral, X-men: Apocalipse foi de longe de todos os filmes da franquia produzida pela Fox o que eu mais gostei por ser aberto mais a referência, mais quadrinhescas, porém falha apresentando os mesmos problemas com relação aos dramas individuais  dos personagens. Ou mesmo se concentrar no que tem mais apelo com o público  como o Wolverine para atrair o marketing. O público aplaudiu na sessão em que eu estava, o que significa dizer que com isso a Fox tão cedo não vai abrir mão de continuar até quando só Deus sabe investindo na franquia dos mutantes, principalmente com outras expansões do universo, como foi mostrado com o filme do Deadpool. Como já é bem característico, o filme conta com a presença do Stan Lee, e tem uma cena pós-credito que sugere uma pista do que poderemos esperar para os próximos filmes. Ela é bem discreta. Se você é fã de X-Men é quer conferir então recomendo. Vale a pena o ingresso garanto.

sábado, 21 de maio de 2016

quinta-feira, 19 de maio de 2016

terça-feira, 17 de maio de 2016

ANÁLISE DE CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL(2016)



Na tarde de Sexta-Feira, 13 de Maio de 2016, fui  conferir a sessão de Capitão América: Guerra Civil no Cinepolis do  Natal Shopping . Bom posso descrever que o filme foi sensacional. De outro mundo. Assim eu não consegui ver o filme do começo, pois mesmo tendo comprado antecipadamente, a sessão já tinha começado, mas mesmo assim conseguir captar  a essência da trama. Muita tensão, muita pancadaria. O Homem-Aranha funcionou perfeitamente. Deixando um gostinho para o seu primeiro dentro do Universo Marvel.

Posso descrever sem procurar dar spoiler para quem ainda não teve a oportunidade de conferir ao filme que assim, a maneira como os Irmãos Russo acertaram bem na criação do escopo para esta obra ao adaptar um importante arco dos quadrinhos que mexia com um conflito ideológico entre o Sentinela da Liberdade Capitão América e o Vingador Dourado Homem de Ferro. 























Eu tive alguns receios de que isto não podia funcionar até porque, como era um filme solo do Capitão América poderíamos correr o risco desse filme começar a terceira fase do Universo Cinematográfico Marvel  com o pé esquerdo, ainda mais se formos analisar   que o Homem de Ferro, o personagem que se tornou o mais querido do público pelo filme e graças ao carisma de Robert Downey Jr. ele ficar com a impressão de ser o vilão da história deixaria muita gente  dividida. O que isto não aconteceu. Não vou colocar comparações com o arco da Hq que  livremente inspirou o enredo do filme, mesmo  porque em se tratando de adaptações deste formato para outras mídias, o negocio é um pouco complexo de se entender.  E estaria dando um spoiler, para quem gostou e nunca tinha  lido esta Hq. Portanto recomendo a quem assistiu ao filme  e nunca leu o quadrinho, recomendo procurar algumas edições de encadernados seja na Salvat, Panini ou mesmo num livro de romance sem ilustrações para compreender a importância disso para a história do filme. Fazer algumas comparações e tirar suas próprias conclusões. Ok.















Mesmo sendo uma aposta arriscada, o filme conseguiu chegar ao acabamento final com um  resultado  primoroso por assim dizer .  A história gira em torno do Governo Americano  resolver implantar a Lei do Registro para os heróis depois da longa séries de grandes incidentes em diferentes partes do planeta que eles interviram para combater, como a invasão Chitauri em Nova York como aconteceu no primeiro Vingadores(2012), ou mesmo a ameaça da Inteligência Artificial Ultron, em Vingadores-Era de Ultron(2015). É por causa dessa proposta  que gera uma discórdia entre o grupo, de um lado tem o Homem de Ferro a favor disso, principalmente depois de observar que todas as criações se voltando contra ele para objetivos maléficos. Que geraram grandes transtornos, por outro lado o Capitão América se mostra contrário, porque defende a liberdade de todos.  É com esta característica que toda a trama do filme vai girar em torno.  Até chegar ao ponto de culminar num grande conflito deles, que vai dividir a equipe dos Vingadores, do lado do Capitão América estão o Falcão, Homem-Formiga, Feiticeira Escarlate, Gavião Arqueiro e Soldado Invernal e do lado do Homem de Ferro estão Viúva Negra, Máquina de Combate, Visão, Pantera Negra e para surpresa de muitos o Homem-Aranha. 


















É basicamente no esquema dessa essência a que a trama do filme se baseou, para quem já leu a Hq irá girar em  torno desta dissidência interna, onde fica difícil distinguir quem é bom ou quem é mal.



Não vou me estender muito em explicar detalhes sobre a trama, mesmo porque já tem tanta coisa mostrada no trailer, que não vou estragar a surpresa. 



 



















Além da trama  ter sido bem adaptada, com ritmo intenso, bem costurada,  com excelentes elementos coreográficos  de luta que gera uma carga de adrenalina, inclusive destaco aqui que desta vez eles não precisaram se utilizarem  de recursos mirabolantes com excesso de explosões computadorizadas nem ameaças de seres  alienígenas e nem  de seres  robóticos para proporcionar uma  jorrada de  CGI na sua cara. Isto foi bem acertado, e o que mais pude observar que foi bastante acertado foi a ideia deles colocarem o Soldado Invernal  no centro de toda a motivação para o conflito, que no fundo  era um fantoche do Barão Zemo, o verdadeiro cabeça dessa discordia.  Boa parte do elenco presente neste filme que interpretam os vingadores, todos vindo  dos outros filmes da Marvel  mostram estarem bem afiados e com muita disposição, muita vitalidade para encarnarem novamente os seus personagens. Desde dos principais, Chris Evans e Robert Downey Jr. como Capitão América e Homem de Ferro respectivamente.  Evans como o Sentinela da Liberdade demostra aquela mesma  essência  patriótica, escoteira do personagem. E Downey Jr. como o Homem de Ferro, mesmo ficando mais contido com um jeito mais sério, ainda assim incorpora bem o lado cômico do personagem com sua genialidade egocêntrica e esnobe de típico playboy rico e farrista.  A Scarlett Johansson como a Viúva Negra também surpreendi mais uma vez no papel, além de mostrar muita disposição  no combate e ficando  bem mais sensual como antes com o traje apertado, também mostra está bem afiada ao incorporar a essência da personagem como uma típica  espiã  russa, assassina profissional que sempre fica no meio termo, virando a casaca de acordo com os princípios dela.  Jeremy Renner como Gavião Arqueiro, faz bem aquele tipo do sem importância, que não tem peso para a história. Ainda mais que Renner mantendo uma cara séria o tempo todo, não demonstrando muita expressão.  Paul Rudd como  o Homem-Formiga, desempenha bem a essência cômica do personagem,  me surpreendendo  ao utilizar uma capsula pym para ficar gigante durante a cena de luta da equipe. Elizabeth Olsen como a Feiticeira Escarlate mostra-se bem afiada ao encarnar o papel com os seus poderes místicos. Paul Betany como Visão mostra-se estar mais a vontade no papel. Don Cheadler como Rhodes/Máquina de Combate, continua desempenhando bem  a função de ser aquele coadjuvante mais sério do Homem de Ferro.  Antony Mackie como Falcão  também surpreende nas batalhas, e na sua função de ajudante do Capitão América. Além desses, o elenco também contou Sebastian Stan como Buck/Soldado Invernal, o velho amigo de Steve Rogers, que neste trabalhou toda a carga dramática do personagem precisa explorar para sustentar a trama. Também contou com a Emily VanCamp como a Agente 13, que teve a sua importância bem trabalhada na história, do que em relação a Capitão América: Soldado Invernal, principalmente ao ser apresentada como a nova namoradinha do Sentinela da Liberdade, muito melhor do que em relação a do Capitão América: Soldado Invernal.

Já dos adicionais, destaco a presença de Chadwick Boseman como o Pantera Negra que surpreende no primeiro momento em que é apresentado como o T´Chalia, herdeiro de Wakanda, numa reunião internacional, junto de seu pai. É lá onde ocorre o atentado terrorista promovido pelo Soldado Invernal. Que  ele desempenha entregando  toda a carga dramática para gerar  a motivação dele assumir o famoso manto  do Pantera Negra, que simboliza uma importante entidade tribal africana e disso entrar no time do Homem  de Ferro nessa briga. Já Tom Holland como novo Homem-Aranha é bem apresentado desde a cena como ele é recrutado pelo Tony Stark/Homem de Ferro que o visita em sua casa. Tanto como Peter Parker mostrando aquela essência de jovem colegial, que não sabe como usar os poderes com responsabilidade, sem precisar de muito didatismo para explicar sua origem novamente, de como ele adquiriu o poder de aranha e matarem novamente seu Tio Ben. Isto já contou pontos para atrair o público seu novo filme dentro do Universo Cinematográfico Marvel. E como Homem-Aranha, ele demonstrou a maneira dele contando piadas, também preparou  o terreno para o seu filme solo. Uma coisa que me deixou bastante surpreso e ao mesmo tempo espantado na primeira cena que ele aparece foi a maneira como foi apresentada a figura da Tia May, sendo interpretada por  Marisa Tomei. Sério, achei um tanto estranho ela sendo um mulherão, fazendo a importante figura materna conselheira do Cabeça de Teia, com um aspecto muito jovial, já que nos quadrinhos ela foi representada como uma senhora já idosa com saúde frágil. Não me pareceu convencer num papel deste quilate, me deu mais a impressão dela se encaixar  na figura da mãe mesmo em compatibilidade com a idade de Tom Holland. Bem tirando este estranhamento, Marisa Tomei, mostrou muita sintonia com a personagem com este aspecto mais cômico. Vamos ver se no filme mesmo, ele vai conseguir desempenhar uma função mais dramática para a personagem. Porque no aspecto cômico ela até que se saiu bem. Por fim, comento a presença do alemão Daniel Brühl, como o Barão Zemo, sendo o vilão, que apesar de não trabalhar bem toda uma carga dramática suficiente  para dar peso  a história, que se centra mais no conflito do Capitão América contra o Homem de Ferro, ainda assim desempenha a maneira como o personagem consegue arquitetar nos bastidores toda a intriga que faz a equipe se dividir. 








































No Balanço Geral, pessoalmente amei muito a maneira como o filme resultou, superou minhas expectativas e meus receios,  os Irmãos Russo, souberam como acertar o tom da adaptação deste importante arco das Hqs para as telonas, de uma forma mais dentro do possível.  Conseguiram transpor a essência do quadrinho, com boas doses de ação, explosão, suspense politico entre outros sem esquecer de  algumas características bem  quadrinescas, como o timming para as piadas, cenas de lutas incríveis, sem excesso de efeitos especais como coloquei acima, dando um tom bem realista,  ainda assim carregado de licenças poéticas, porque tipo alguns membros da equipe não tendo superpoderes como a Viúva Negra, o Gavião  Arqueiro ou mesmo o Falcão, as acrobacias que eles fazem na hora das batalhas  seriam improváveis de acontecer na realidade,sendo super-heróis se releva . Ele também deixa bem claro que apesar de conter muitos personagens de vingadores presentes, ele não é um terceiro Vingadores, mas sim um filme solo do Capitão América. No qual podemos já sentir  sinais do fechamento do seu ciclo no cinema.  Ainda não se sabe, se a Marvel na Fase 4 vai lançar um quarto filme solo do Sentinela da Liberdade. Dependendo muito do novo acordo de recontratação de Chris Evans para se manter no papel, principalmente para participar de Vingadores-Guerras Infinitas programado para 2018/19. É que com certeza teremos mais um quarto filme dele.  Por enquanto, o que se pode garantir é que com a introdução do Homem-Aranha e do Pantera Negra na trama, já foi preparado o terreno para seus respectivos filmes solos neste começo da Fase 3 do MCU.  Inclusive temos duas cenas adicionais, uma durante os créditos, que já estabelece o que podemos esperar do filme do Pantera Negra e no pós-crédito, uma cena mostrando um gostinho para Homem-Aranha.  Destaco também a música de Henry Jackman é primorosa para as cenas das batalhas. Por fim,  como não podia faltar este filme conta com a presença do seu criador Stan Lee.   

Capitão América: Guerra Civil começou a Fase 3 da Marvel com o pé direito.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

X-Men -O Confronto Final- John Powell

  







Mais um video com a trilha da franquia de X-men. Desta vez de "O Confronto Final", composta posta por John Powell. Para sentir a expectativa para "X-men: Apocalipse".


quinta-feira, 12 de maio de 2016

X-MEN 2 SOUNDTRACK

  





Para me preparar para X-Men Apocalipse, posto aqui mais uma música, desta vez do filme X2, orquestrado por John Ottma.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Predator Soundtrack - Main Title

   





Trilha musical desse clássico de ação do cinema.

X-MEN 2000 SOUNDTRACK

  





Para entrar no clima do lançamento de X-men: Apocalipse, posto aqui a trilha do primeiro filme da franquia lançado no distante ano 2000, orquestrado pelo Michael Kamen(1948-2003).

sábado, 7 de maio de 2016

ANÁLISES DOS FILMES DA FRANQUIA X-MEN PARTE 2



Para começar a contagem regressiva para X-Men: Apocalipse, vou continuar as minhas séries de análises e avaliações desta vez postando a segunda parte. Desta vez será com os três filme que  formam a segunda franquia que começou em 2011 com X-Men: Primeira Classe, seguido de Wolverine: Imortal(2013) e com X-Men: Dias de um futuro esquecido(2014). Com as notas indo de 1,0 a 5,0.

Deixo aqui o link com a postagem anterior dos filmes da primeira franquia X-Men lançado entre 2000-2009.


Bem vamos lá.
 



























X-MEN:PRIMEIRA CLASSE(2011)























O reboot em forma de prequel da franquia X-men, nos apresentou uma proposta  bem curiosa a respeito da origem de como a equipe foi formada.  Mostrando Professor X e Magneto trabalhando juntos na fundação da Escola de Mutantes quarenta  anos antes dos eventos da trilogia original. X-Men: Primeira Classe surgiu de uma forma para que a Fox não perdesse o direito sobre a franquia, já que naquela época a Marvel já vinha  começando a mexer os pauzinhos, e comendo pelas beiradas,  dava inicio a sua bem-sucedida  primeira fase cinematográfica que havia começado em 2008 com Homem de Ferro e O Incrível Hulk, o filme do Vingador Dourado foi um sucesso, já do Gigante Esmeralda é completamente esquecível. Em 2010, veio Homem de Ferro 2, e no mesmo ano que a Fox lançava X-Men: Primeira Classe, a Marvel lançava Thor e Capitão América- O Primeiro Vingador.  “Primeira Classe” contou com a direção do britânico Matthew Vaughn, que antes de dirigir este  blockbusther, já tinha em seu currículo dirigido filmes como “Nem tudo é o que parece”(2004), “Stardust”(2007) e “Kick-Ass”(2010).  Contou com o envolvimento de Bryan Singer como produtor. Sua trama começa já apresentando em sua premissa, um destaque para a importância do peso  deles para segurar o filme.  Na cena de prólogo, que se passa na Polônia em 1944, mostra algo semelhante ao que o filme de 2000  apresentando o Magneto criança, como Erik Lenshser sendo aprisionado com toda sua família judia para um campo de concentração nazista. Assim como no filme de 2000, neste filme também  mostra a primeira vez dele demonstrar seus poderes mutantes de magnetismo.  Depois corta para uma cena onde somos apresentados a figura de um cientista Dr.Schimidt(Kevin Bacon) observando aquela situação que se tratava de nada mais, nada menos do que Sebastian Shaw. Depois é cortado para uma mansão  localizada em Westchester, Nova York. No mesmo espaço de tempo, somos apresentados a figura de Charles Xavier criança, já lidando com sua mutação mental, mostrando bem isso ao descer as escadas e ao se dirigir a cozinha e deparando com sua mãe, ficando  logo desconfiado. É no momento em que ela apresenta a sua real identidade como uma menina metamorfa de pele azul e cabelo ruivo, ao se apresentar como Raven, podemos deduzir se tratar da Mística criança. E Charles resolve acolhe-la em sua mansão, já deixando bem evidente a importância dela  no escopo do filme, ao ser um dos membros fundadores da equipe e principalmente a construção de  sua relação fraternal  com Charles.  Depois cortam para a cena de Erik/Magneto na sala com Shaw, o torturando psicologicamente para que ele mostrasse sua habilidade mutante, a ponto de apelar para as tropas trazerem sua mãe e sofre vendo ela sendo morta com um tiro de Shaw e isto o deixa super revoltado.  É neste momento que temos então, a construção da importância de Shaw para a trama como o vilão do filme, sendo a motivação da vingança do Erik/Magneto.  Depois de apresentada esta premissa da abertura, o filme corta para a cena onde a história tem o seu desenvolvimento no espaço de tempo deles adultos se encontrando para um mesmo objetivo, é no ano de 1962, temos  Erik/Magneto(Michael Fassbender)já adulto hospedado  num hotel na Suíça, onde ele mostra  sua motivação de vingança em  caçar Shaw,   depois vai para sua jornada solitária passando pela Argentina em busca de informações do paradeiro de Shaw. Em paralelo, temos Charles Xavier(James McAvoy) se formando na Universidade de Oxford e tornando-se um especialista na genética.  Acompanhado dele temos a Raven/Mistica(Jennifer Lawrence) já adulta implicando com Charles por ele deixar ela viver com sua real aparência. Neste ato do filme somos apresentados  ao que acontece antes do Professor X e Magneto terem o primeiro contato. Que irá acontecer por intermédio da espiã Moira Mctargett(Rose Bryne). Ela terá esta importância para o arco da história, a partir do momento em que é apresentada estando em Las Vegas, fazendo vigília  junto de seu companheiro da CIA num bar de um dos Cassinos, para se infiltrar no Clube do Inferno virando uma das dançarinas, onde seguindo os passos do Coronel Hendry(Glenn Morshower), conhece em um esconderijo secreto o líder do grupo Sebastian Shaw, e seus capangas mutantes  Emma Frost(January Jones), Azazel(Jason Flemyng) e Maré Selvagem(Alex Gonzáles). É com isso que Moira vai atrás do Professor X, principalmente ao saber que ele como é a maior autoridade no assunto, sendo um especialista na genética da mutação, passa a colaborar com a CIA.  É a partir do momento em que ocorre a casualidade de no mesmo local onde Professor X estava  acompanhado da CIA vai atrás de Shaw no  seu iate Caspartina, que Magneto aparece sozinho, que temos o inicio da jornada a qual o filme se propôs a mostrar dos dois construindo juntos a primeira formação da equipe mutante. Depois disso, ocorre deles recrutarem alguns mutantes para enfrentar Shaw e o seu Clube do Inferno.  O cientista da CIA, Hank McCoy/Fera(Nicholas Hoult) é o primeiro que com a máquina do Cérebro  que ele construiu, o Professor X o utiliza para ir atrás de jovens mutantes, que foram Angel(Zoë Kravitz), Alex/Destrutor(Lucas Till), Banshee(Caleb Landry Jones) e Darwin(Edi Gathegi), que juntos formam o primeiro embrião da equipe mutante.  Que os levam para a base, onde lá por causa da imaturidade deles, acabam ficando de fora da primeira  missão que ocorre na URSS.  Onde lá esperando Shaw aparecer, só vem Emma entrando na mansão de um importante General Soviético do alto escalão. Onde invadem e a rendem para ela lhe dar uma informação sobre os planos de Shaw. Xavier consegue o que tanto  queria ao entrar telepaticamente na mente de Emma, isto graças a pressão de Magneto. Já que por ele mesmo não conseguiria, pelo fato da Emma além de ter os mesmo poderes de telepatia, também pode se cristalizar e assim bloquear a leitura mental do Professor X,  e Magneto se utilizando de metais para sufoca-la  a convence a colaborar, eles ficam espantados ao saberem que Shaw planejar usar do conflito nuclear entre os EUA e URSS para praticar um genocídio, usando Cuba como centro do conflito, iniciar uma Terceira Guerra Mundial, para assim virar uma espécie de  líder supremo, deus, salvador do povo.  Enquanto que na base da CIA, os quatro que ficaram lá recebendo punição, são recebidos por Shaw e seu Clube do Inferno. Lá ocorre então dois desfalques na primeira formação, já que Angel resolve se bandear para o lado deles e Darwin  morre. É então que Xavier resolvem levar os quatro restantes para sua antiga mansão, e lá treina-los e prepara-los para o grande perigo, dando assim inicio aos desenrolares do clímax do filme. Analisando o filme primeiramente  no aspecto do roteiro, ele mostrou ter sido bem escrito, bem conduzido, em um tom bem sério em relação aos anteriores. O enredo é bem amarrado, bem costurado, com um clima de suspense com  elementos de espionagem fazendo  o filme remeter a atmosfera dos clássicos filmes  de James Bond.   Aliás, por falar em James Bond, nessa época em que o cenário da trama se passa que é 1962, foi o ano que foi lançado o primeiro filme da franquia do agente britânico com licença para matar, que foi “007 contra o Satânico Dr.No”. É isto fica bem evidente, pelo fato deles criarem uma boa alegoria a importante época real  histórica em que a trama se passa, que foram as Crises dos Misseis de Cuba, que quase causou a  Terceira Guerra Mundial  durante o tenso momento da Guerra Fria.  E curiosamente também se passa um ano antes da primeira publicação da revista deles. Com o embrião desta equipe participando diretamente do clima de nova guerra entre as duas potencias mundiais EUA e URSS.  Uma proposta bem interessante, com muitos toques de licenças poéticas, já que de fato os bombardeios em Cuba não aconteceram como o clímax do filme mostra. Ainda assim eles souberam como representar minuciosamente num trabalho impecável da produção de arte, seja nos figurinos, nas cenografias ou mesmo em locações e na utilização de alguns objetos em cada detalhe milimétrico da reprodução  datada  da trama no começo dos anos 1960.  Ainda que a trama deste filme contando  a origem da primeira  formação dos X-men,  mostrando  uma proposta interessante em seu escopo e com uma trama bem envolvente, ainda assim podemos nos deparar com alguns deslizes  no roteiro que este carrega em relação aos anteriores.  Na cena da premissa, mesmo apresentando o Professor X quando criança conhecendo a Mística e a  acolhendo em sua mansão, e mostrando assim uma relação fraternal deles. Sendo que na trilogia original, em nenhum momento tanto ela, quanto ele não demonstravam que tinha essa relação afetiva no passado mostrado neste filme.  Ambos mostravam certa indiferença, ou mesmo frieza. Ou  sequer interagiam juntos.

Ou mesmo, a maneira como Charles Xavier, futuro mentor do grupo sendo representado ainda jovem  cabeludo e andando normalmente, não condiz muito a maneira como no filme de 2000 ele tenha falado para o Wolverine que tinha conhecido o Magneto quando tinha  17 anos, uma idade muito incompatível para o que ele aparenta no filme Primeira Classe, ainda mais já tendo se formado na Universidade de Oxford e se especializando em genética.  Também aqui é mostrado ele conhecendo o Wolverine,  tentando convence-lo a fazer parte da equipe, o mesmo no filme de 2000 parecia não demonstrar que já o conhecia. Fora também que naquele filme de 2000, o Professor X tinha dito para Wolverine  que Ciclope, Jean Grey e Tempestade foram os seus primeiros alunos, mas como este filme bem mostrou, eles não  foram os primeiros a quem ele recrutou.  Fora o fato dele afirmar naquele mesmo filme  que ele tinha criado o Cérebro, quanto que na verdade, o aparelho foi criado pelo Hank. Pior mesmo é o furo  envolvendo o Professor X na cena final do arco da história, nos o vemos ficando paralítico por causa de uma bala desviada pelo Magneto. Sendo que na premissa de O Confronto Final, ele ainda andava quando foi atrás da Jean Grey.  Fora outros mais cabeludos como a  “Emma Frost, a mutante com habilidades telepática e transformação em cristal, quando foi apresentada em “Primeira Classe” já estabelecida como capanga  do Sebastian Shaw, ela bem aparentava ser um mulherão bem sensual na faixa de uns 30 a 40 anos.  Antes de “Primeira Classe” ela já tinha aparecido no “Origens” onde foi mostrada sendo um pouco mais jovem, onde aparece como um dos mutantes prisioneiros da base de William Striker, era  irmã de Kayla, a paixonite do Wolverine no filme. Que ao ser libertada junto dos outros os acompanha para a Escola Xavier para Superdotados. Muitos podem pensar que como “Primeira Classe” foi lançado pouco anos após o “Origens”, o tempo de envelhecimento dela seria natural. Acontece que o tempo estabelecido na trama  do “Origens”, se passa muitos anos depois  do Primeira Classe. Enquanto “Primeira Classe” se estabelece em 1962, já no “Origens” o tempo que não fica estabelecido onde ocorre dele receber o adamantium é pelo final 1970 e entre os anos 1980. Para aumentar ainda o buraco, em “Dias de um futuro esquecido” durante o cenário do passado de 1973, em uma cena com dialogo tenso entre Magneto e Professor X, ele cita o nome dela e de outros companheiros da causa mutante que eles haviam conhecido 10 anos antes que estavam mortos nesta época. É intrigante pensar que ela tenha conseguido ressuscitar no “Origens” com a aparência mais jovem e mostrando umas personalidade bem contrastantes uma da outra. No origens ela aparentava estar mais amedrontada e mais solidária, o contraste da maneira provocantemente  sensual e determinada de “Primeira Classe”.” Ou mesmo até a presença de Moira sendo agente da CIA, mas quando esta apareceu “O Confronto Final” exerce outra profissão e não tenha sequer envelhecido nada.  Tirando isto, o filme ainda conseguiu faturar na bilheteria, agradou a critica recebendo uma aprovação de 87% do Rotten Tomatoes.  Sobre o elenco ele também segue uma característica dos filmes da franquia dos anos 2000,  que é ter um elenco multinacional, condizendo com a essência de diversidade que é tão pregada pelas revistas. Começando pelos protagonistas James McAvoy que faz o jovem Charles Xavier é escocês, que já tinha  um longo currículo antes de estrelar este filme, tinha feito trabalhos  em séries a minisséries e em alguns filmes onde fazia papeis menores, mas foi com este personagem  que o ator ganhou mais visibilidade na carreira.  Ainda mais pela maneira como ele desenvolveu bem a essência jovem do futuro do mentor da equipe,  mais descontraído, simpático, com porte de galã de cinema, muito imaturo e utilizando o seu poder mutante para bancar um  sedutor canastrão, bem o contraste da interpretação muito sisuda mostrada por Patrick Stewart no filme da primeira franquia. Outros gringos no filme são Michael Fassbender que fez o Magneto mais jovem no filme, que é alemão, filho de mãe irlandesa. Que antes desse papel, teve passagem pela televisão e fez alguns papeis menores em outros filmes. Mas foi este papel que ele se destacou, principalmente ao desempenhar a nuance que envolvia a construção de sua personalidade como líder extremista da causa, ao mesmo tempo em que mostrava a construção de sua amizade por assim dizer com o Professor X.  Além desses que foram os protagonista também teve de gringos no elenco, a australiana Rose Byrne como a Moira Mactagget,  a agente que intermédia a operação dos mutante, e que acaba despertando o amor de Xavier. O britânico Nicholas Hoult fazendo o Hank/Fera.  Outro britânico no filme é Jason Flemyng como o Azazel, o mutante de pele vermelha  que se tele transporta, um dos capangas do  Clube do Inferno.  O espanhol Alex González foi responsável pelo papel do Maré Selvagem, um mutante que não fala nada o filme inteiro, sendo também um dos capangas do Clube do Inferno.   O queniano Edi Gathedi foi o responsável por fazer o Darwin, um dos primeiros recrutados, e o primeiro desfalque na equipe.  O canadense Michael Ironside fazendo  o Capitão do Navio Americano em Cuba. O inglês Bill Minner que foi o garoto que apareceu na premissa  do filme como o Magneto criança. O croata Rade Šerbedžija, como o General Soviético que teve sua mansão invadida por Charles Xavier, Magneto e Emma Frost. Para finalizar a presença de atores gringo em “Primeira Classe”, também tivemos o canadense Matt Craven como o Diretor da CIA. Quanto ao restante norte-americano, destaco a presença de dois rostos já bem conhecidos de grande do público, como o de Kevin Bacon no papel do antagonista Sebastian Shawn,  desde do primeiro momento que aparece, mostrou que tinha peso para a história. Outro rosto também conhecido é o de Oliver Platt como o  Agente  Burt da CIA, que é um dos aliados dos X-Mens.  Também contou com Jennifer Lawrence como a Mística onde se utiliza das mesmas camadas de próteses usadas por Rebecca Romjin na franquia original. Chama a atenção o fato dela em “Primeira Classe” tenha trabalhado bem o desenvolvimento da personalidade da personagem na questão de seu lado humanizado pouco conhecido. Ainda que isto seja visto como um furo de roteiro, mas mesmo assim desempenhou bem este papel, mesmo não tendo mostrado  nenhuma coreografia de luta, desempenhou mais o lado humano, principalmente no que diz respeito ao lado safadinha dela dar em cima do Hank/Fera e do Magneto. É curioso observar que antes dela estrelar este filme, ela não era esta queridinha de Hollywood como é hoje, e que se tornaria após protagonizar a franquia “Jogos Vorazes” e  receber o premio de Melhor Atriz no Oscar de 2013 pelo filme “O Lado bom da vida”.  Também contou com January Jones como a Emma Frost, que foi membra do “Clube do Inferno”. Ela que já era conhecida do grande público, por estrela a série de TV, Mad Men. E  como Emma Frost em “Primeira Classe”ela demonstrou um bom desempenho, principalmente na maneira como aparece caracterizada com decote  sexy que remeteu  a Emma das Hqs, ou seja, ela ficou bem quadrinesca no filme. Assim como também no momento onde ela brilha como um diamante, o efeito especial  a deixou muito impecável apesar da presença dela em Primeira Classe gerar uma tremenda confusão entre os fãs, principalmente no que diz respeito a este buraco no roteiro em relação representação dela neste filme e no X-Origens:Wolverine. Para finalizar sobre o  elenco coloco aqui Lucas Till como o Alex/Destrutor,  Caleb Landry Jones como Banshee, que foram os primeiros recrutados no embrião da equipe.  E Zoë Kravitz como Angel, a striper que foi recrutada para formar o embrião da equipe, mas resolve se bandear para o Clube do Inferno.  Um fato curioso sobre esta atriz é que ela é filha do cantor Lenny Kravitz.   A trilha sonora de Henry Jackman é  excelente, cria todo um tom para as cenas, entre elas a mais impactante são os momentos tensos do Magneto. Por fim, há  dois momentos no filme que para ficaram muito memoráveis. Como a Mística falando   “Mutante e orgulhoso “ao se dirigir ao Hank/Fera e o Magneto se autodenominar com segurança “Eu prefiro Magneto”. No balanço geral, posso descrever que X-men Primeira Classe, um reboot da franquia  apesar de apresentar algumas  inverossimilhanças em relação aos outros filmes da franquia original, ainda mostrou ser um bom filme com toques bem para quem gosta de espionagem, o tornando assim um grande diferencial.  A minha nota para este filme é 4,5.






WOLVERINE:IMORTAL(2013)


























O segundo filme solo do carcaju, desta vez dirigido por James Mangold, que curiosamente antes de dirigir este filme, já tinha no currículo dirigido oito filmes, entre eles destaco aqui a comédia romântica ”Kate & Leopold”(2001), onde tinha contado com Hugh Jackman como o duque protagonista do filme que viaja no tempo e vem ao presente, e se apaixona pela Kate(Meg Ryan). O mesmo, que por coincidência também é o protagonista deste filme. Com relação a X-Men-Origens:Wolverine, este filme apresenta  sua trama melhor trabalhada, apesar de também conter  alguns furos de roteiro.  O enredo começa mostrando uma excelente premissa que passa em 1945, quando Wolverine estava no Japão, aprisionando em um campo de prisioneiros perto de Nagasaki horas antes da explosão da  bomba atômica . É lá que ele conhece o soldado Yashida. A presença dele nesta premissa já dá bem um destaque para o peso da importância do Yashida para a história. Ainda que esta premissa do filme seja excelente, ele cai num grande furo que envolve a ausência do Dente-de-Sabre, já que no “Origens” foi apresentado que ele sempre acompanhava o Wolverine em todas as guerras que ele combateu, então onde que ele estava neste momento em que Wolverine estava em Nagasaki horas antes da queda da bomba atômica. Depois desta premissa no prólogo do filme, ele vai se desenvolvendo e chegando ao presente,  mostrando um Wolverine eremita vivendo   numa floresta de Yukon, no Canadá, longe do grupo  após os acontecimentos de “X-Men-O Confronto Final”. Inclusive no filme apresenta diferentes momentos onde ele é atormentado constantemente pela alucinação da Jean Grey(Famke Janssen).  É neste lugar que aparece uma misteriosa japonesa com habilidades marciais, chamada Yukio(Rila Fukushima) que o procura em nome de Yashida para ir com ela ao Japão, para se despedir dele que está no leito de morte. Neste momento que ele ao ir acompanhado dela, nos deparando com outro furo que é o fato do Wolverine, comentar que se lembrava do Yashida. Mas como se quando ele estava em Nagasaki, ele ainda sequer tinha  as garras de adamantium, que só tinha adquirido  após conhecer o General Strike, onde este mesmo deu um tiro em sua cabeça que o deixou com amnésia.  Sequer tinha lembrando-se de nada antes de receber o adamantium no seu corpo. Tirando este detalhe temos então a sequencia de Wolverine chegando ao Japão e se encontra com o Yashida. Que se tornou um grande empresário. Cuja vida perto de chegar ao fim, desperta um clima de suspense, e de intrigas, principalmente pela presença da temida máfia yakuza, e com a questão da herança ser dividida entre seu filho Shingen(Hirouki Sanada)  e a neta dele Mariko(Tao Okamoto). Yashida chega a propor a Wolverine que ele lhe desse o seu fator de cura que lhe dá uma grande imortalidade. Também somo apresentados  a presença de uma misteriosa enfermeira particular que na verdade se tratava da mutante Víbora(Svetlana Khodchenkova), uma mulher que está envolvida do plano de Yashida para despertar o Samurai de Prata, na reviravolta que o filme dá. Com um clima de muito suspense e ação. A trama deste filme se mostrou ter sido bem melhor trabalhado do que em relação ao X-Men: Origens-Wolverine, apesar de algumas inverossimilhanças que não condiziam muito dentro da franquia mutante no todo. Mesmo assim foi um filme bem mais acertado, com um  tom mais pé no chão, com toques de licenças poéticas.  O seu escopo mostrou carregar bem uma mescla  de elementos de suspense com ação, ainda mais envolvendo a máfia no meio da história. E tendo o Japão como cenário ficou ainda melhor, porque ele conseguiu transpor elementos da cultura milenar como a honra,  as artes marciais dos ninjas e dos samurais,  que deram bem todo um toque a mais nas coreografias de luta. Até comparam o Wolverine a um Ronin, um samurai sem mestre.
O elenco como já é característico de outros filmes da franquia,  são formados por  atores multinacionais. Fora a presença óbvia  do australiano Hugh Jackman no papel principal, que está no personagem  desde  o primeiro X-Men  de 2000. E a presença da holandesa Famke Janssen como Jean Grey atormentando o sofrimento do  Wolverine.  Neste filme também contou com  mais atores gringos, a maioria japoneses obviamente. Deste elenco nipônico, destaco Rila Fukushima como a Yukio, uma personagem boa de briga, que foi acolhida por Yashida quando era uma menina de rua, que supostamente desperta o amor do Wolverine.  Tao Okamoto como a Mariko Yashida. A neta do velho Yashida, filha de Shingen, que faz  o tipo clichê da mocinha indefesa, nutre uma forte afeição fraternal pela Yukio. Hiroyuki Sanada como o Shingen Yashida, que faz bem o tipo ambicioso e mantém uma relação fria com sua filha Mariko. Haruhiko Yamanouchi que faz o Yashida já muito velho, mostrando uma grande carga dramática para sustentar a trama. Ainda do elenco nipônico, também contou com Brian Lee, um japonês naturalizado americano que fez o papel de um político corrupto, que estava noivo da Mariko apenas por interesse. Por fim, também contou do elenco nipônico  com Will Yun Lee, apesar de não ser um autentico japonês, é um americano de descendência asiática fazendo o líder um clã ninja que foi apaixonado por Mariko no passado.  Tirando os nipônicos que formam a maioria do elenco do filme, outro gringo, melhor dizendo gringa presente no elenco foi a modelo russa Svetlana Khodchenkova como a mutante Víbora. Que se faz passar pela enfermeira que cuida do Yashida, quando que na verdade ela estava envolvida no seu plano de acobertar a morte dele, para roubar a imortalidade do Wolverine. Ela faz bem o tipo clichê da femme fatale e nada mais que isso. No balanço geral,  Wolverine:Imortal se mostrou melhor do que em relação ao “Origens”, que ficou bagunçado devido aos constantes conflitos criativos nos bastidores. Já este conseguiu se redimir graças a boa direção de James Mangold que soube como conduzir a trama de forma assertiva, apesar de apresenta algumas escorregadas no roteiro.  No final ele apresenta uma cena pós-crédito mostrando Wolverine num aeroporto sendo recrutado pelo Professor X e Magneto, os convencendo a acompanha-lo nos dias de trevas que está por vim. Aquilo simbolizava um gancho para “X-Men:Dias de um futuro esquecido”.  Minha nota para este filme é 4,5.







X-MEN: DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO (2014)























Para finalizar a série de analises dos filmes da franquia X-Men, comento aqui de “X-Men:Dias de um futuro esquecido”. Contando mais uma vez com a direção de Bryan Singer,  sobre “Dias de um futuro esquecido”, ele em comparação a todos os filmes anteriores da franquia, ele é o que mais  apresenta  uma trama excelente.  O seu enredo teve como base uma importante saga dos quadrinhos de Chris Claremont e John Byrne que foi publicado entre o período de Outubro de 1980 a Março de 1981. No arco da Hq que livremente  inspirou a trama deste filme, ele carrega uma trama com um tom muito mais de ficção científica do que em relação aos filmes anteriores, principalmente no que diz respeito ao fato da essência da trama mexer com viagem no tempo.  E quando se mexe com viagem no tempo a tendência e da gente reparar em muitos furos de roteiro, e no caso especifico de X-men em questão, o buraco fica muito maior para ser fechado. Ainda mais quando há momentos em nos deparamos com situações que não condizem muito com que os filmes anteriores tinham nos mostrado. A trama começa se passando em futuro distópico, num cenário muito pós-apocalíptico onde os mutantes sobreviventes tentam fugir das Sentinelas, seres robóticos programados para eliminar os mutantes. Temendo pela eliminação dos poucos que restaram, o Professor Xavier sugere que Wolverine faça a viagem no tempo mentalmente com a ajuda da Kitty Pride até 1973, ano em que a Mística tinha matado Bolivar Trask(Peter Dinklange). Para ao retornar para lá impedir aquele acontecimento e assim eliminar a presença dos Sentinelas. Já que em consequência a ela matar Bolivar Trask, eles terminaram pegando  o DNA para que as Sentinelas  do futuro pudessem se metamorfosear e poderem se adaptarem aos  poderes mutantes, como se fosse sanguessugas.  É lá em 1973 que Wolverine vai ter a difícil missão  de convencer o Professor X a colaborar nesta operação. Uma tarefa que não vai ser das mais fáceis. Já que passados 10 anos os acontecimentos de “X-Men: Primeira Classe”, muita coisa tinha mudado. A Escola Xavier para Superdotados  estava fechada, o Professor X desta época é um cara amargurado após perder muitos de seus alunos que foram combater no Vietnã. Entre eles está Alex/Destrutor(Lucas Till) que aparece numa cena lá em combate nas florestas vietnamitas, estava de quarentena com outros mutantes, quando é libertada pela Mística(Jennifer Lawrence),  que ao ser perguntada pelo Destrutor por Erik/Magneto, ele responde que estava sozinha agora. Então a gente descobre que após o fim do incidente  em Cuba, mostrado em “Primeira Classe”, o Magneto após entrar em dissidência na equipe com Charles, e levou a Mística e os remanescentes do Clube do Inferno para formar o embrião da sua Irmandade dos Mutantes. Percebemos que ele estava preso, em uma penitenciaria de segurança máxima pelo crime de assassinato do presidente americano John Kennedy em 1963. Na escola o único que sobrou para companhia a Xavier, é o Hank/Fera.  Para libertar Magneto da penitenciaria de segurança máxima, eles vão contar com o reforço do Mercúrio (Evan Peters), para dar inicio a jornada deles de impedir que a Mística cometesse este assassinato, que pode definir os rumos futuro da raça mutante. A respeito deste filme, ele apresentou uma trama bem elaborada, livremente inspirada no arco importante dos quadrinhos, que por conter uma essência de viagem no tempo, já criaria um receio por parte da critica   apresentar furos no roteiro em relação aos outros filmes da franquia. Dentre os furos que a trama apresentou, há quatro aqui que posso mencionar, a primeira ocorre na cena em Wolverine chega a 1973, e  ao chegar na antiga Escola, se depara com o Professor X desolado já andando, acontece que no final de “Primeira Classe” ele tinha ficado paralítico, ai que está o x da questão. No filme, é explicado que o fato dele voltar a andar normalmente é por causa de um soro desenvolvido pelo Hank. Isso tapa um buraco, mas cria outro, que é o fato dele ao tomar este soro que o faz voltar a andar, ele perde também os poderes de telepatia. E quando não está com  o poder de telepatia ele consegue se recordar de quando conheceu o Wolverine 10 anos antes, lembrando até do insulto dele. O mesmo não acontece quando estava com poderes no filme de 2000, parecia não lembrar que já tinha conhecido o Wolverine antes.  Maior ainda é observar o Wolverine sugerir o Mercúrio para   libertar o Magneto, dizendo que ele é  seu velho amigo. Mas como ele podia se lembrar que já conhecia o Mercúrio nesta época. Se foi antes dele adquirir o Adamantium. Mais confuso mesmo é ele retornar a mesma época, em que estava acontecendo o conflito no Vietnã, que no “Origens” foi mostrado que ele tinha participado daquele conflito. Já aqui não, ele estava na América. Em um mesmo espaço de tempo, como ele conseguiu estar em dois lugares diferentes?. Falando nisso, neste filme também aparece Wiliam Strike no Vietnã. Que  no mesmo espaço de tempo deste filme, aparenta estar mais novo numa faixa de 30 anos em relação ao no “Origens” ele aparentava estar na casa dos 50 anos. Um mesmo espaço de tempo, um mesmo personagem tenha conseguido se rejuvenescer, acredito que há de Benjamim Button nesta história. Por fim, a ideia dos Sentinelas do Futuro em “Dias de um futuro esquecido” terem adquirido o gene da Mística após esta ser capturada por ter matado Bolívar Trask em 1973, para assim usar sua habilidade metamórfica na batalha contra os mutantes dava grandes vantagens de exterminar todos eles. Porém, o poder camaleônico da Mística não faz ela adquirir o poder de também copiar ou mesmo sugar os poderes de outros mutantes. Quem costuma adquirir esta habilidade é a Vampira.

Mesmo assim, foi um filme que mostrou ter uma história muito envolvente. No elenco o filme contou com boa parte do elenco da franquia presenta no núcleo do futuro, talvez por causa do dedo de Bryan Singer na obra. Assim como também contou com os principais personagens de “Primeira Classe”. No elenco acrescentado, eles também contaram com a presença de atores multinacionais como o francês Omar Sy como o mutante Bishop, a chinesa Fan BingBing como a mutante Blink, o mexicano Adan Canto como o Mancha Solar que junto ao americano BooBoo Stewart como Apache, formam a equipe que enfrentam os Sentinelas no futuro. Que fazem uma perfeita sincronia de coreografia em conjunto que serviu para compensar o fato deles não terem profundidade na história. Outro também estrangeiro presente no filme foi o australiano Josh Helman como William Strike mais jovem. Já o restante americano destaco o bom desempenho de Evan Peters como o Mercúrio, numa brilhante cena dele correndo em câmera lenta. James McAvoy como o Professor X neste filme mostrou um bom desempenho mais amadurecido do personagem, principalmente na carga dramática dele, bem o contraste da visão descontraída e imatura de “Primeira Classe”. E Jennifer Lawrence é um dos grandes destaques do filme, apesar de alguns questionarem, ele neste filme se superou no papel, ao mostrar uma forte carga  dramática que criar um peso para segurar o filme, e bem mais habilidosa no combate. No Balanço geral, X-Men: Dias de um futuro esquecido, apesar de apresentar algumas falhas no roteiro, mostrou sim ser um bom filme com uma história envolvente. Com dois trabalhos de artes impecáveis, a cena do futuro distópico carrega um tom fotográfico escuro o que criou uma identidade visual interessante em contraste com a fotografia de quando a trama se passa em 1973 com um aspecto visual mais colorido, onde há momentos que eles reproduzem nas filmagens de Super 8 criando um tom datado. No final dos créditos ele apresentou uma envolvente cena do Apocalipse construindo as pirâmides, já gerando um gancho para “X-men:Apocalipse”. Minha nota para este filme é 4,5.


Depois dessa só resta X-Men Apocalipse para ver no que isto resultou.