quinta-feira, 15 de outubro de 2015

RESENHA DO FILME PERDIDO EM MARTE


No Sábado, 10 de Outubro de 2015, próximo do feriado de dia das crianças, fui conferir no cinema a um filme nada infantil chamado “Perdido em Marte”, impressionante ficção científica do diretor Ridley Scott, inspirada num romance homônimo de Andy Weir. Autor do qual eu nunca tinha ouvido falar, portanto, sequer tinha lido esta sua obra.


 














O fato do filme ser dirigido por Ridley Scott, um consagrado cineasta autoral, cujo currículo em dirigir elogiados filmes de ficção científica como o primeiro Alien(1979) com sua abordagem espacial tendo a Tenente Ellen Ripley(Sigourney Weaver) encarando sozinha o ser monstruoso que  eliminou e devorou  toda a sua tripulação do Foguete Nosostro e Blade Runner(1982) com sua utópica visão  futurista tecnológica, com o policial Deckard(Harrison Ford)  capturando os rebeldes replicantes.


Neste filme, Ridley Scott pelo que pude bem observar retoma a abordagem de aventura no espaço que o consagrou em Alien, assim como este ele também se utiliza do elemento de apresentar um grupo de astronautas que deixa alguém sobrando após acontecer uma situação muito problemática e que este sozinho precisa encarar todas as adversidades do lugar inóspito em que tem de sobreviver.

A grande diferença mostrada aqui é que o herói representado pelo astronauta Mark Watney(Matt Damon) após se perder de sua tripulação que estava em operação  em Marte quando de repente ocorre uma tempestade de areia, ao ser deixado para trás e supostamente dado como morto, vai encarar a  sobrevivência muito mais difícil  do que em comparação ao que a Tenente Ripley  no primeiro Alien encarou cujo maior medo era de ser morta devorada pela horrenda criatura, aqui no caso o maior desafio de Watney terá de enfrentar será a longa e entediante situação de esperar ser resgatado no clima desértico de Marte.












 

A trama como bem já haviam descritos alguns críticos que acompanho no Youtube, com umas opiniões muito mistas, e eu mesmo pude conferir com meus próprios olhos, ele além de conter em sua estrutura o Watney como protagonista e vários secundário na trama, ele não contém um antagonista para se contrapor ao herói.







 








O astronauta Watney vivido por Matt Damon consegue transmitir a sensação angustiante de como é viver ilhado em outro planeta de temperatura muito quente, ainda que ele se utilize muito do tom de comédia para criar um clima ameno, para manter sua sanidade mental a ponto de não enlouquecer e não explodir, característica  que sinceramente não me incomodou tanto, apesar de sentir pela falta de um momento onde ele surta, onde até acontece mas é muito ligeiro. A maneira como ele descobre de se alimentar criando uma horta, que para plantar pega dos excrementos dele e de outros tripulantes foi a que sinceramente mais me deixou um pouco incomodado, porque apesar de não mostrar de forma muito explicita me fez uma horrível sensação nojenta.



















Pelo que eu também pude perceber, o núcleo dos secundários de que aparecem ao longo do filme, todos  conseguem serem bem aproveitados dentro do tempo das cenas em que tem de falar, principalmente nas suas colocações mais didáticas e a produção soube bem aproveitar  alguma brecha para criar uma liberdade poética que dependendo do ponto de vista de cada um pode ser considerado  ou não um furo de roteiro, alguns desses secundários inclusive já são rostos conhecidos do público como Sean Bean(o Ned Stark da série da TV "Game of Thrones" e fez o Boromir em "O Senhor dos Anéis"), que inclusive há um momento do filme do qual ocorre uma brincadeira  remetendo ao filme inspirado nos livros de Tolkien. E Jeff Daniels, astro da comédia "Debi e Loide", faz um interessante papel de um porta-voz da Nasa que em alguns momentos sugere ser um antagonista, por se posicionar em alguns momentos contrário ao regaste de Watney pela sua frieza como analisa os riscos do seu resgate, o que não significa que ele  seja mau-caráter.












No geral, posso assim descrever que o filme apesar de apresentar este aspecto mais amenizado, mais divertido, ainda assim este  tom de comédia não esconde a seriedade mais dramática, apesar de pecar um pouco pela falta de intensidade que envolve os relacionamentos conflituosos, no entanto, ele  também se mostra interessante ao apresentar uma outra face da Nasa com  as suas infinitas  conversações e negociações dos bastidores da politicagem para conseguir suas verbas governamentais para investir em suas empreitadas espaciais e em explorar outros planetas. Posso garantir que o filme vale a pena de ser assistido sem esperar muitas expectativas de esperar uma grande surpresa, bom assisti-lo com a cabeça aberta.  Para encerrar, o mais curioso desta sessão onde fui assisti, eu estava na cadeira da última fileira do Shopping Midway Mall e próximo a mis a direita estavam uns rapazes que estavam discutindo bastante a respeito de algumas improbabilidades físicas apresentadas no filme, o que não me incomodou tanto, eu assisti em 3D, que foi legal de uma parte pontuda da estação voando em gravidade  indo em direção a câmera, foi único momento em que pude sentir o efeito legal, mas no resto nada de muita relevância e no aspecto artístico uma perfeita locação de um deserto para recriar o cenário de Marte, assim como o aspecto fotográfico das cores de tonalidade quentes como vermelho e amarelo também combinam perfeitamente dando um aspecto muito convivente sem muito  artificio de croma key com uso de CGI. 

Bom é isso espero que vocês tenham gostado deste meu comentário. 
Qualquer é só comentar.
   

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