No Sábado, 10 de Outubro de 2015, próximo do feriado de dia
das crianças, fui conferir no cinema a um filme nada infantil chamado “Perdido
em Marte”, impressionante ficção científica do diretor Ridley Scott, inspirada
num romance homônimo de Andy Weir. Autor do qual eu nunca tinha ouvido falar,
portanto, sequer tinha lido esta sua obra.
O fato do filme ser dirigido por Ridley Scott, um consagrado
cineasta autoral, cujo currículo em dirigir elogiados filmes de ficção científica como o primeiro Alien(1979) com sua abordagem espacial tendo a
Tenente Ellen Ripley(Sigourney Weaver) encarando sozinha o ser monstruoso que eliminou e devorou toda a sua tripulação do Foguete Nosostro e Blade
Runner(1982) com sua utópica visão
futurista tecnológica, com o policial Deckard(Harrison Ford) capturando os rebeldes replicantes.
Neste filme, Ridley Scott pelo que pude bem observar retoma a
abordagem de aventura no espaço que o consagrou em Alien, assim como este ele
também se utiliza do elemento de apresentar um grupo de astronautas que deixa
alguém sobrando após acontecer uma situação muito problemática e que este
sozinho precisa encarar todas as adversidades do lugar inóspito em que tem de
sobreviver.
A grande diferença mostrada aqui é que o herói representado
pelo astronauta Mark Watney(Matt Damon) após se perder de sua tripulação que
estava em operação em Marte quando de
repente ocorre uma tempestade de areia, ao ser deixado para trás e supostamente
dado como morto, vai encarar a sobrevivência muito mais difícil do que em comparação
ao que a Tenente Ripley no primeiro
Alien encarou cujo maior medo era de ser morta devorada pela horrenda criatura,
aqui no caso o maior desafio de Watney terá de enfrentar será a longa e entediante
situação de esperar ser resgatado no clima desértico de Marte.
A trama como bem já haviam descritos alguns críticos que
acompanho no Youtube, com umas opiniões muito mistas, e eu mesmo pude conferir com meus próprios olhos, ele
além de conter em sua estrutura o Watney como protagonista e vários secundário
na trama, ele não contém um antagonista para se contrapor ao herói.
O astronauta Watney vivido por Matt Damon consegue
transmitir a sensação angustiante de como é viver ilhado em outro planeta de
temperatura muito quente, ainda que ele se utilize muito do tom de comédia para
criar um clima ameno, para manter sua sanidade mental a ponto de não
enlouquecer e não explodir, característica
que sinceramente não me incomodou tanto, apesar de sentir pela falta de
um momento onde ele surta, onde até acontece mas é muito ligeiro. A maneira como ele descobre de se alimentar criando uma horta, que para plantar pega dos excrementos dele e de outros tripulantes foi a que sinceramente mais me deixou um pouco incomodado, porque apesar de não mostrar de forma muito explicita me fez uma horrível sensação nojenta.
Pelo que eu também pude perceber, o núcleo dos secundários de que aparecem ao longo do filme, todos conseguem serem bem aproveitados dentro do tempo das cenas em que tem de falar, principalmente nas suas colocações mais didáticas e a produção soube bem aproveitar alguma brecha para criar uma liberdade poética que dependendo do ponto de vista de cada um pode ser considerado ou não um furo de roteiro, alguns desses secundários inclusive já são rostos conhecidos do público como Sean Bean(o Ned Stark da série da TV "Game of Thrones" e fez o Boromir em "O Senhor dos Anéis"), que inclusive há um momento do filme do qual ocorre uma brincadeira remetendo ao filme inspirado nos livros de Tolkien. E Jeff Daniels, astro da comédia "Debi e Loide", faz um interessante papel de um porta-voz da Nasa que em alguns momentos sugere ser um antagonista, por se posicionar em alguns momentos contrário ao regaste de Watney pela sua frieza como analisa os riscos do seu resgate, o que não significa que ele seja mau-caráter.
No geral, posso assim descrever que o filme apesar de apresentar este aspecto mais amenizado, mais divertido, ainda assim este tom de comédia não esconde a seriedade mais dramática, apesar de pecar um pouco pela falta de intensidade que envolve os relacionamentos conflituosos, no entanto, ele também se mostra interessante ao apresentar uma outra face da Nasa com as suas infinitas conversações e negociações dos bastidores da politicagem para conseguir suas verbas governamentais para investir em suas empreitadas espaciais e em explorar outros planetas. Posso garantir que o filme vale a pena de ser assistido sem esperar muitas expectativas de esperar uma grande surpresa, bom assisti-lo com a cabeça aberta. Para encerrar, o mais curioso desta sessão onde fui assisti, eu estava na cadeira da última fileira do Shopping Midway Mall e próximo a mis a direita estavam uns rapazes que estavam discutindo bastante a respeito de algumas improbabilidades físicas apresentadas no filme, o que não me incomodou tanto, eu assisti em 3D, que foi legal de uma parte pontuda da estação voando em gravidade indo em direção a câmera, foi único momento em que pude sentir o efeito legal, mas no resto nada de muita relevância e no aspecto artístico uma perfeita locação de um deserto para recriar o cenário de Marte, assim como o aspecto fotográfico das cores de tonalidade quentes como vermelho e amarelo também combinam perfeitamente dando um aspecto muito convivente sem muito artificio de croma key com uso de CGI.
Bom é isso espero que vocês tenham gostado deste meu comentário.
Qualquer é só comentar.
Pelo que eu também pude perceber, o núcleo dos secundários de que aparecem ao longo do filme, todos conseguem serem bem aproveitados dentro do tempo das cenas em que tem de falar, principalmente nas suas colocações mais didáticas e a produção soube bem aproveitar alguma brecha para criar uma liberdade poética que dependendo do ponto de vista de cada um pode ser considerado ou não um furo de roteiro, alguns desses secundários inclusive já são rostos conhecidos do público como Sean Bean(o Ned Stark da série da TV "Game of Thrones" e fez o Boromir em "O Senhor dos Anéis"), que inclusive há um momento do filme do qual ocorre uma brincadeira remetendo ao filme inspirado nos livros de Tolkien. E Jeff Daniels, astro da comédia "Debi e Loide", faz um interessante papel de um porta-voz da Nasa que em alguns momentos sugere ser um antagonista, por se posicionar em alguns momentos contrário ao regaste de Watney pela sua frieza como analisa os riscos do seu resgate, o que não significa que ele seja mau-caráter.
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