Chirstopher Nolan, mesmo sendo um diretor que divide opiniões, ame ou o odeie, é de se admirar e reconhecer como ele consegue ter a coragem de trabalhar obras mais autorais, numa época em que Hollywood vem se rendendo a onda mais dos reboots, e aos filmes de super-heróis, não querendo se arriscar em ideias novas. Com Dunkirk, seu mais recente filme, que conferi na noite de Quarta-Feira, 02 de Agosto de 2017. Não é diferente.
O filme nos apresenta o episódio da Evacuação de Dunqurque, também denominada de Operação Dínamo ocorrida entre Maio e Junho de 1940. Uma operação militar que tinha como objetivo inicial 45 mil homens em dois, mas devido ao desastre da Invasão da França pelas tropas nazistas, a operação acabou durando cinco e tiveram de resgatar 120 mil homens. Temática sobre a Segunda Guerra Mundial já é um elemento bem batido no cinema. Se a gente for pedir indicação de filme desse tipo a um historiador, ele pode mencionar uns mais relevantes, já existem outros que passam batido. O principal diferencial de Dunkirk está maneira como ele apresenta
uma ótica sobre este fato da Segunda Guerra Mundial de uma forma fora do convencional como estamos acostumados em filmes desse gênero onde eles criam uma ideia glamorizada e romanceada de exaltar tendenciosamente os soldados americanos como os santos imponentes salvadores do mundo, e os alemães ficarem figurando de forma demonizada como se fossem caricaturas de vilões com perfis mirabolantes, maniqueístas de histórias em quadrinhos. No caso de Dunkirk, Nolan aqui não se preocupou em criar estereótipos como estamos acostumados neste tipo de gênero, inclusive sequer é mencionado as tropas alemãs nazistas.
O grande inimigo representado no filme, que mais amedronta tanto os soldados em terra no litoral, quanto os marinheiros em alto-mar e os aeronautas no ar, são no aspecto psicológico causado pelas angustias, pelas tensões de a qualquer momento você bombardeado, que ficou muito casado com a trilha do Hans Zimmer, um velho parceiro do diretor, cujos efeitos sonoros criados por ele são magníficos, primorosos que faz o espectador sentir o clima agonizante da guerra. A direção de arte também é muito primorosa, tanto no aspecto de maquiagem e figurino dos militares.
A fotografia com paletas de cores escuras cria aquela sensação de desconforto com aquele cenário hostil do conflito, contrastando inclusive com a panorâmica litorânea, que costuma usar paletas de cores com tonalidades amareladas solares para criar um brilho a mais, tudo isso torna o filme impecável. Agora no aspecto de roteiro, o filme falha em não desenvolver seus personagens, que não tem em nenhum momento seus nomes mencionados. Por causa desse fator, o filme poderia sair perfeitamente se o roteiro fosse trabalhado com mais precisão, mais apuro.
O fato dos personagens não terem nomes na história, fica difícil uma identificação com o público a ponto de muitos questionarem se eles realmente existiram durante o conflito, ou não existiram, foram criações fictícias do diretor para criar maior carga dramática a trama, o famoso recurso narrativo da licença poética. Poderia se tornar uma das obras-primas mais perfeitas que Nolan já fez, se caso ele tivesse estruturado o roteiro de forma mais apurada e precisa. Ele ainda tem muito chão para chegar ao patamar de Kubrick.
O filme nos apresenta o episódio da Evacuação de Dunqurque, também denominada de Operação Dínamo ocorrida entre Maio e Junho de 1940. Uma operação militar que tinha como objetivo inicial 45 mil homens em dois, mas devido ao desastre da Invasão da França pelas tropas nazistas, a operação acabou durando cinco e tiveram de resgatar 120 mil homens. Temática sobre a Segunda Guerra Mundial já é um elemento bem batido no cinema. Se a gente for pedir indicação de filme desse tipo a um historiador, ele pode mencionar uns mais relevantes, já existem outros que passam batido. O principal diferencial de Dunkirk está maneira como ele apresenta
uma ótica sobre este fato da Segunda Guerra Mundial de uma forma fora do convencional como estamos acostumados em filmes desse gênero onde eles criam uma ideia glamorizada e romanceada de exaltar tendenciosamente os soldados americanos como os santos imponentes salvadores do mundo, e os alemães ficarem figurando de forma demonizada como se fossem caricaturas de vilões com perfis mirabolantes, maniqueístas de histórias em quadrinhos. No caso de Dunkirk, Nolan aqui não se preocupou em criar estereótipos como estamos acostumados neste tipo de gênero, inclusive sequer é mencionado as tropas alemãs nazistas.
O grande inimigo representado no filme, que mais amedronta tanto os soldados em terra no litoral, quanto os marinheiros em alto-mar e os aeronautas no ar, são no aspecto psicológico causado pelas angustias, pelas tensões de a qualquer momento você bombardeado, que ficou muito casado com a trilha do Hans Zimmer, um velho parceiro do diretor, cujos efeitos sonoros criados por ele são magníficos, primorosos que faz o espectador sentir o clima agonizante da guerra. A direção de arte também é muito primorosa, tanto no aspecto de maquiagem e figurino dos militares.
A fotografia com paletas de cores escuras cria aquela sensação de desconforto com aquele cenário hostil do conflito, contrastando inclusive com a panorâmica litorânea, que costuma usar paletas de cores com tonalidades amareladas solares para criar um brilho a mais, tudo isso torna o filme impecável. Agora no aspecto de roteiro, o filme falha em não desenvolver seus personagens, que não tem em nenhum momento seus nomes mencionados. Por causa desse fator, o filme poderia sair perfeitamente se o roteiro fosse trabalhado com mais precisão, mais apuro.
O fato dos personagens não terem nomes na história, fica difícil uma identificação com o público a ponto de muitos questionarem se eles realmente existiram durante o conflito, ou não existiram, foram criações fictícias do diretor para criar maior carga dramática a trama, o famoso recurso narrativo da licença poética. Poderia se tornar uma das obras-primas mais perfeitas que Nolan já fez, se caso ele tivesse estruturado o roteiro de forma mais apurada e precisa. Ele ainda tem muito chão para chegar ao patamar de Kubrick.
Dunkirk é um dos filmes mais interessante que vi. Christopher Nolan como sempre nos deixa um trabalho de excelente qualidade, sem dúvida é um dos melhores diretores que existem, a maneira em que consegue transmitir tantas emoções com um filme ao espectador é maravilhoso. Dunkirk é um filme com un roteiro maravilhoso. É um filme sobre esforços, sobre como a sobrevivência é uma guerra diária, inglória e sem nenhuma arma. Dunkirk elenco também foi maravilhoso. É uma produção que vale a pena do principio ao fim. É um exemplo de filme que serve bem para demonstrar o poder do cinema em contar uma história através de sons e imagens, que é, diga-se de passagem, a principal característica da sétima arte.
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