sábado, 23 de setembro de 2017

O CLUBE DOS CINCO(1985)



Outro dia conferi na NETFLIX, o filme Clube dos Cinco, uma produção americana de 1985, escrito, dirigido e produzido por John Hughes(1950-2009). 













Um diretor que já era a maior referencia na época com filmes do gênero comédia juvenil. Esta obra sempre referenciada pelos cinéfilos como a melhor obra-prima do gênero da comédia juvenil dos anos 1980, da qual realmente merece receber este título. Tecnicamente o filme não apresenta nada que fosse considerado extraordinário a sétima arte. Tantos nos ângulos, quanto na fotografia e na iluminação ele seguia o típico padrão dos filmes dos anos 1980. 



















Talvez o que torna este filme tão referenciado, memorável e cult seja o fato do roteiro centrado nos protagonistas ambientados em apenas um lugar que é a detenção da escola onde vão passar um sábado cumprindo castigo por alguma coisa errada que fizeram e lá cada um com suas personalidades diferentes, o valentão John(Judd Nelson), o atleta Andrew(Emilio Estevez), o nerd Brian (Anthony Michael Hall), a patricinha Claire(Molly Ringwald) e a revoltada Alisson(Ally Sheed) vão precisar ter de conviver juntos como se estivessem enjaulados ou mesmo engaiolados vão conviver o dia todo ali juntos para poderem aprender as regras da convivência social.














 É talvez pelo fato do filme abordar o fato deles pertencerem a diferentes tribos e quando são obrigados a dividirem o mesmo espaço é que a gente pode observar um pouco da construção e do desenvolvimento de cada personagem no arco da trama.  No começo, filme não deixa claro qual motivo errado que ocasionou cada um a ir parar na detenção, ele já começa mostrando cada um descendo dos carros dos pais, com exceção de John. Para irem cumprirem seus respectivos castigos. É só no decorrer do filme que ele vai mostrando com os diálogos bem desenvolvidos, cheio de doses bem dramáticas quais foram as motivações deles terem ido para lá e cada um ali compartilha dos próprios dramas familiares, como se fossem velhos conhecidos que formaram um grupo de amigos. Quanto que na verdade, estavam se conhecendo ali. 





















A maneira como foi construída a abordagem sobre os dramas familiares de cada um que os motivaram a irem parar lá e descobrissem esta semelhança mesmo sendo tão diferentes, o torne tão atemporal e traz até um tom filosoficamente reflexivo. Foi com este tipo de abordagem que ele ajudou a definir uma nova estética para este tipo de filme voltado para os adolescentes. Como bem já havia dito, no quesito técnico visual, na fotografia, em efeitos especiais entre outros o filme não representou de inovador. O que o tornou uma obra-prima foi sua abordagem atemporal sobre os cinco adolescentes que não se conheciam, com personalidades tão diferentes, pela circunstância de obrigarem a conviver ali juntos acabam criando uma forte afetividade, que é isso que faz o filme terminar de uma forma positiva.
O mote dessa história pode até gerar uma estranheza para nós brasileiros, especialmente por girar em torno dos protagonista passando uma manhã de sábado na escola vazia cumprindo detenção, um método que nossas escolas não adotam, mas que  se torna bastante verossímil para o contexto dele estar representando  uma característica muito comum dentro do sistema de  ensino dos americanos, que adotam a detenção nas escolas  como uma maneira de conscientizá-lo para algo muito pior que pode acontecer fora dali da escola. O que também bem condiz com o sistema judiciário dali não ser para todo o território americano onde cada estado tem suas próprias leis, que dependendo do lugar eles podem te condenar a pena de morte.   Uma das melhores coisas que o filme já apresentou foi sua trilha sonora ao som de Don´t  You(Forget About Me) da Simple Minds, com uma sonoridade bem típica dos anos 1980. O que posso resumir de Clube dos Cinco é que ele merece ser assistido várias vezes, porque ele nunca vai enjoar.

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