Na noite de sexta-feira, 17
de Março de 2018, fui conferir no Midway Mall ao recém-lançado Tomb
Raider-A Origem(Tomb Raider, EUA,2018). Mais novo filme inspirado numa
franquia de videogame surgido em 1996 desenvolvido e criado pelas empresas Core Design e Crystal Dinamics para
Playstation.
Cuja protagonista Lara Croft, representa uma investigadora
arqueóloga, nascida em berço de ouro que se aventura pelos lugares mais
inusitados do mundo em busca de caçar artefatos raros. Confesso que eu nunca tinha jogado antes o
jogo, Inclusive tenho de admitir que fiquei bastante receoso quanto a escolha
de Alicia Vinkander para assumir o papel da heroína neste reboot que havia
ganhando outras adaptações para cinema na pele da Angelina Jolie ao qual eu
tenho ainda muito fresco na memória o tipo de performance que ela fez no papel
em Lara Croft-Tomb Raider(2001) e Tomb Raider-A Origem da Vida(2003),
fiquei com medo de que Alicia Winkander
pudesse estragar com uma versão muito nutella da Lara Croft.
Mesmo porque esta ideia de
adaptar um videogame para o cinema é uma
coisa que deixa qualquer um bastante receoso, especialmente para estruturar os
personagens dentro dos arcos narrativos, não é uma tarefa das mais fáceis e o
histórico de adaptações de games para cinema não é muito favorável. O que me motivou a querer ir conferir a este
foi a convite do meu amigo Hédipo que por ser muito fã da personagem e conhece bem aprofundado as características
dela no universo game, me proporcionou a poder conversar e trocarmos ideias
sobre a obra. Mais inusitado que isso
foi nos temos entrado na sessão acompanhado de um monte de esfirras do Habib´s
para fazer uma boquinha lá no cinema. Admito que eu sai do cinema bastante
surpreendido, principalmente como eles souberam estruturar bem o roteiro com um outro tipo de pegada. Alicia
Vinkander me surpreendeu com sua desenvoltura mostrada no papel, diferentemente
da representação da Angelina Jolie que nos dois filmes que estrelou nos anos
2000, mostrou boa aptidão para encarar a personalidade heroica da personagem,
que os fãs já bem conheciam, dentre estas características estava dela ser bem
determinada, durona, investigativa com aqueles toques detetivescos que bem
remetiam aos filmes de Indiana Jones. E
se utilizou bem do seu charme característico de musa femme fatale no jeito de olhar e com sua boca carnuda um
elemento a mais de sexy appeal na
personagem do videogame que muitos fãs já bem conheciam, ou seja, com mais
sensualidade, é tanto que foi graças a este papel que Jolie ficou mundialmente
famosa, ela que até então só tinha estrelado produções menores, a Lara Croft
representou para ela um importante divisor de águas em sua carreira. Já a
maneira como Alicia Vinkander representa
a protagonista neste reboot da franquia, é surpreendente mesmo ela não
mostrando o mesmo charme sensual ou mesmo uns
maneirismos de sexy appeal que Angelina Jolie imprimiu na personagem
ainda assim sua performance é brilhante especialmente por a representar em um
enredo que introduz o seu lado mais humano, menos heroína durona e sexy como estávamos
a ver na pele da Angelina Jolie. Logo de
cara esta diferença pode ser sentida ao mostrar a heroína primeiramente vivendo
uma típica vida comum, em sua jornada de autodescoberta, já que não estava conformada
com o sumiço do seu pai Richard Croft (Dominic West) ao
fazer uma expedição numa ilha japonesa de Yamatai, para escavar um artefato místico
de uma antiga rainha. Ao longo do tempo que ele ficou sumido, já o haviam dado
como morto.
Nesse primeiro ato do filme,
nos somos apresentados a ela vivendo uma vida meio porra louca, trabalhando
como entregadora de pizza e se envolve com uma gangue de ciclistas, onde
pratica uma arriscada corrida nas ruas movimentadas de Londres. É neste momento que ocorre dela
sofrer um acidente de carro que a leva para prisão. Na delegacia, ela é solta
quando uma senhora, sua tutora paga sua
fiança, que a chama para uma reunião na empresa do seu pai para assinar algumas
papeladas de sua herança. É que ela
descobre do paradeiro onde da ilha onde seu pai foi fazer a escavação do
sagrado objeto e disso então temos inicio a construção de sua jornada como heroína. Como
já havia aqui descrito, eu gostei muito da representação da Alicia Vikander no
papel principal, me surpreendeu demais, não esperava nada. Além de mostrar
segurança para desempenhar a personagem numa mais humanizada, mostrando suas
imperfeições, bem o contraste da visão badass de Angelina Jolie, ela também
mostrou um bom vigor e um bom desempenho físico no papel. Inclusive tem uma incrivelmente
espetacular de Parkour que ela pelas barcas de Hong Kong que é de tirar o
folego. Mais incrível mesmo foi ver a cena de quando ela mexe na tumba da
rainha da ilha Yamatai temos ali um efeito de jumps care que deixou bastante assustado. Outro ponto a destacar que mais gostei foi a
interpretação de Walter Goggins como o vilão Mathias Vogel, ele desempenha o arco que envolve a real
motivação do seu personagem cujo objetivo envolve obter a relíquia da rainha de
Yamatai para fins gananciosos. Ele não chega a ser a grande ameaça para
sustentar a trama, na verdade, a presença dele no enredo serviu como uma escada
para que a Lara pudesse chegar ao seu objetivo que envolvia a tumba amaldiçoada
da rainha, e investigar sobre o seu pai.
Fora que também tecnicamente ele usa e
abusa dos recursos de efeitos especais para criar mais agilidade nas cenas,
coisas que os dois filmes dos anos 2000 ainda não tinha disponível.
Em um balanço geral, Tomb Raider-A Origem é um bom filme,
que poderia ser perfeito, seria, mas também apresenta alguns pontos falhos e
bastantes problemáticos. Principalmente por se tratar de uma adaptação de videogame então nem se fala. Mas de todo jeito vale a pena.
Vale a pena conferir!!! Alicia surpreendeu muito a todos e espero que venham mais franquias nos games e nos cinemas!
ResponderExcluirObrigado.
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