Todo otaku que se preze deve conhecer ou mesmo ouvido falar das obras de Hayao Miyazaki. Com certeza muitos devem associar o seu nome referente aos Studio Ghibli, obviamente pelo fato dele ser o seu filhote criado por ele em meados dos anos 1980. Mas muito antes dele criar os Studio Ghibli junto com Isao Takahara que faleceu recentemente onde fez grandes obras-primas da animação japonesa, Miyazaki havia dirigido esta obra chamada de O Castelo de Cagliostro(Rupan Sensei: Kariosuturo no Giro, Japão, 1979).
Uma produção da Tokyo Movie Shinisha, com distribuição da Toho. O mote do enredo apresenta uma impressionante história do ladrão chamado Lupin que acompanhado de seu parceiro de assalto após praticar um furto num cassino em Mônaco, vai se dirigir até um lugar, que é o Ducado de Cagliosto que é governado por um prepotente conde que pretende se casar com a Princesa Clarice para se apoderar do anel que acredita terem poderes míticos para assim poder usurpar do trono. É nisso que por mera casualidade, Lupin acaba virando de ladrão a herói, especialmente quando sente uma enorme atração pela princesa.
Esse anime que o Miyazaki produziu em sua fase pré-Stúdio Ghibli apresenta um trabalho impecável tanto na parte técnica de animação, quanto no quesito da estética do roteiro. Tecnicamente, o roteiro apresenta uma história bem fascinante que remete as tradicionais histórias de contos de fadas, especialmente por envolver castelo, com princesa simbolizando a donzela em perigo entre outros elementos de escapismo apresentados e essa parte muita romântica, até novelesca do ladrão bancar o herói protetor da princesa por estar apaixonado é bem uma formula de licença poética. A construção dos personagens no arco narrativo é também algo que torna o filme impecável, o protagonista Lupin cativa bem o público com seu jeito imperfeito como pessoa agindo como um larapio, malandro, bem canastrão, mulherengo e mesmo assim ele consegue criar empatia, mesmo tendo valores distorcidos. O prepotente Conde de Cagliosto também é um personagem com uma personalidade maquiavélica bem construída, e suas motivações para dominar o Castelo de Cagliostro, forjando um casamento com a Princesa Clarisse pensando em usurpar o trono é simplesmente esplendido. Também destaco para o Inspetor Zenigata que vive numa constante perseguição de gato e rato com Lupin, ao mesmo tempo que descobre um esconderijo secreto do Conde que falsificava notas de outras nações do mundo e isso acaba meio resultando em ele se aliar a Lupin para impedir o plano maléfico do Conde e destaco também para a Rosário, que para mim mostrou-se uma grande surpresa, pois em boa parte da trama ela é apresentada em poucos momentos agindo como uma simples Governanta do Castelo, até que da metade em diante temos uma grande reviravolta onde se revela que ela é uma espécie de espiã infiltrada e passa a ser um reforço a mais Lupin que além de contar com seu parceiro Jigen e de um samurai ronin para salvar a Princesa Clarisse contra o plano do maquiavélico Conde. Além de apresentar uma excelente história, O Castelo de Cagliostro também apresenta um excelente trabalho de Miyazaki na qualidade técnica de animação, tanto na maneira como ele traço o desenhou de cada, como os quadros dos frames de movimento são impecáveis naquela época em que os recursos de produção não eram lá muito sofisticados, pelo menos nisso para a época o trabalho foi excelente. Como é bem característico de anime, O Castelo de Cagliosto traz umas pitadas cômicas trazendo elementos bem característicos do humor físico, com os personagens fazendo muitas caretas. As cenas de ação são deslumbrantes, a pancadaria, tiroteio e muito sangue o tornam um tipo bem inapropriado para criança, fora o protagonista Lupin apresentar um caráter dúbio. De todo jeito, para quem aprecia o trabalho do Miyazaki, vale a pena conhecer esta excelente animação de sua fase pré-Studio Ghibli que está disponível na Netflix.
Esse anime que o Miyazaki produziu em sua fase pré-Stúdio Ghibli apresenta um trabalho impecável tanto na parte técnica de animação, quanto no quesito da estética do roteiro. Tecnicamente, o roteiro apresenta uma história bem fascinante que remete as tradicionais histórias de contos de fadas, especialmente por envolver castelo, com princesa simbolizando a donzela em perigo entre outros elementos de escapismo apresentados e essa parte muita romântica, até novelesca do ladrão bancar o herói protetor da princesa por estar apaixonado é bem uma formula de licença poética. A construção dos personagens no arco narrativo é também algo que torna o filme impecável, o protagonista Lupin cativa bem o público com seu jeito imperfeito como pessoa agindo como um larapio, malandro, bem canastrão, mulherengo e mesmo assim ele consegue criar empatia, mesmo tendo valores distorcidos. O prepotente Conde de Cagliosto também é um personagem com uma personalidade maquiavélica bem construída, e suas motivações para dominar o Castelo de Cagliostro, forjando um casamento com a Princesa Clarisse pensando em usurpar o trono é simplesmente esplendido. Também destaco para o Inspetor Zenigata que vive numa constante perseguição de gato e rato com Lupin, ao mesmo tempo que descobre um esconderijo secreto do Conde que falsificava notas de outras nações do mundo e isso acaba meio resultando em ele se aliar a Lupin para impedir o plano maléfico do Conde e destaco também para a Rosário, que para mim mostrou-se uma grande surpresa, pois em boa parte da trama ela é apresentada em poucos momentos agindo como uma simples Governanta do Castelo, até que da metade em diante temos uma grande reviravolta onde se revela que ela é uma espécie de espiã infiltrada e passa a ser um reforço a mais Lupin que além de contar com seu parceiro Jigen e de um samurai ronin para salvar a Princesa Clarisse contra o plano do maquiavélico Conde. Além de apresentar uma excelente história, O Castelo de Cagliostro também apresenta um excelente trabalho de Miyazaki na qualidade técnica de animação, tanto na maneira como ele traço o desenhou de cada, como os quadros dos frames de movimento são impecáveis naquela época em que os recursos de produção não eram lá muito sofisticados, pelo menos nisso para a época o trabalho foi excelente. Como é bem característico de anime, O Castelo de Cagliosto traz umas pitadas cômicas trazendo elementos bem característicos do humor físico, com os personagens fazendo muitas caretas. As cenas de ação são deslumbrantes, a pancadaria, tiroteio e muito sangue o tornam um tipo bem inapropriado para criança, fora o protagonista Lupin apresentar um caráter dúbio. De todo jeito, para quem aprecia o trabalho do Miyazaki, vale a pena conhecer esta excelente animação de sua fase pré-Studio Ghibli que está disponível na Netflix.
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