sábado, 23 de fevereiro de 2019

A HISTÓRIA DO HOMEM-ARANHA NA SONY.

Recentemente foi lançado nos cinemas o filme  animado do Homem-Aranha no Aranhaverso(Spiderman: Into the Spider-Verse, EUA, 2018). Uma produção da Sony Animation. Uma subsidiária da Sony Pictures. A mesma empresa que detinha os direitos de adaptação do Cabeça de Teia. O filme foi um sucesso de crítica e de bilheteria, ganhando um merecido Globo de Ouro de Melhor Animação e também o BAFTA. Por mostrar uma história muito tocante, trazendo muitas referências  ao universo do Cabeça de Teia na telona. Personagens cativantes e bem desenvolvidos. Uma brilhante direção e um impecável trabalho de artes dos frames em 3D com muitas características quadrinescas o tornaram um sucesso. É curioso observar como esta produção  conta com o dedo da Sony, a mesma empresa que já deixou os marvetes mais doentes irritados a ponto de não entederem o porque da Marvel ter deixado o Amigão da Boa Vizinhança nas mãos da Sony por muito tempo e deixá-la explorá-la até a última gota. Para compreender mais ou menos a situação, é necessário entender a contextualização que começaram há exatos vinte anos. Durante a década de 1990, a Marvel estava literalmente quebrada,  à beira da falência e foi neste momento que ela sem muita alternativa resolve tomar a atitude drástica de vender os seus principais heróis para os grandes estúdios de cinema fazerem as adaptações.  Dentre estes estúdios, estava a  Sony que  comprou os direitos de adaptação  do Cabeça de Teia em 1999. Logo em seguida veio o primeiro filme do Homem-Aranha lançado em 2002 que foi um grande estouro nas bilheterias. Dirigido pelo Sam Raimi, que formou a sua trilogia. Depois que este brigou com o estúdio por muitas divergências criativas em Homem-Aranha 3 e resolveu abandonar o barco, e junto com ele em solidariedade o astro Tobey Maguire também optou por sair do projeto. Então a Sony para não perder o direito de adaptação, resolveu repaginar tudo. Contratou um novo diretor, Marc Webb para fazer a franquia reboot  O Espetacular Homem-Aranha, lançado em 2012. Tendo Andrew Garfield como protagonista. Estes dois filmes dessa nova franquia do Cabeça de Teia não conseguiram alcançar a bilheteria almejada. Foram dois fracassos. A ponto de resultar na decisão da Sony de entregar ao MCU nisto resultou  em  Homem-Aranha: De Volta do Lar(Spiderman: Homecoming,EUA2017). O primeiro do Cabeça de Teia no MCU.  Abaixo apresento  os cinco filmes que a Sony produziu do Cabeça de Teia na Fase Pré-MCU. 


HOMEM-ARANHA(Spiderman,EUA, 2002).













Este primeiro filme do Cabeça de Teia chegou aos cinemas em Maio de 2002, três anos após a Sony adquirir os seus direitos de adaptação.   Nesta época era impensável imaginar que a Marvel do jeito que estava quebrada poder conseguir ter colhões para ela mesma criar o seu próprio universo cinematográfico com filmes compartilhados, investindo em filmes solos de  heróis menos populares como o Homem de Ferro, Thor, Capitão América para dez anos depois em 2012 trazer o primeiro Vingadores. Isto porque a Marvel até  aquele momento estava endividada. A Sony contratou para dirigir este filme do Cabeça de Teia, Sam Raimi. Este já carregava no extenso currículo produções de terror antes de dirigir esta produção de alto orçamento, que foi um verdadeiro divisor de águas em sua carreira.  Que teve o grande desafio de apresentar o Cabeça de Teia da forma mais aceitável possível para o público da época. Trazendo em seu formato introdutório de trabalhar a jornada do herói com o protagonista  bem caracteristicamente nerd, abobalhado como é nos quadrinhos, mas com toques bem mais cômicos. Especialmente na maneira em que ele deu muita atenção ao seu sentimento de amor platônico pela Mary Jane. Uma das coisas que ele incluiu de muito destoante em relação aos quadrinhos foi a ideia do Peter soltar a teia orgânica natural do corpo. O que não ocorre nos quadrinhos, mas que no filme serviu bem como uma forma de alegorizar a fase hormonal  da adolescência. Um dos momentos mais engraçados do filme é quando ele está em cima de um prédio tentando soltar sua teia e tentando com  muitas palavras de efeito, invoca "Vai Teia", também chama  "Shazam" numa clara  referencia metalinguística ao herói da DC, a concorrente da Marvel.    O filme contou no elenco com Tobey Maguire como protagonista que era muito desconhecido do grande público antes de estrelar este filme, apesar de já carregar um vasto currículo. Este papel já tinha sido antes cotado por grandes estrelas na época como Leonardo Di Caprio. Também contou com a participação de Kirsten Dunst no papel da Mary Jane Watson, que na época também não era muito conhecida do grande público. Tinha começado na carreira de atriz ainda muito pequena, mas foi com este papel que ela aos 20 anos  ganharia status de estrela. Outro também desconhecido do grande público e que se tornaria grande astro após este filme é James Franco na pele do Harry Osbone, o melhor amigo de Peter Parker que se tornaria depois inimigo do Homem-Aranha, vindo de trabalhos menores no cinema  e na TV. O filho do empresário  Norman Osborne, dono da Oscorp  que se tornaria o antagonista  Duende Verde, vivido brilhantemente pelo veterano que já acumulava papeis incríveis, principalmente de tipos mau-caráter. Ele já era uma grande estrela quando encarou o papel do grande vilão do filme. Fora também as participações da Rosemary Harris como a Tia May caracteristicamente idosa. J.K. Simons na pele do J.J Jamesson que ficou perfeitamente caracterizado na pele do turrão dono do Clarim Diário, de tão  idêntico que ficou  ao personagem que mais ter saído logo papel. Com destaques também para a rápida participação especial do Stan Lee na cena do tumulto provocado pelo Duende Verde nas ruas de Nova York. Da cantora Macy Gray fazendo uma apresentação musical em plena rua de Nova York e para Cliff Robertson(1923-2011) fazendo uma memorável participação como o Tio Ben com sua frase icônica de "Com Grandes vem grandes responsabilidades". Um fato curioso a se comentar sobre este filme é que ele estava previsto para ser lançado em Novembro de 2001, mas devido aos atentados as Torres Gêmeas, foi necessário o seu adiamento para Maio de 2002. Para dar tempo suficiente  para terminar de  trabalhar a pós-produção e fazer um novo trabalho de divulgação. Já que o primeiro mostrava a teia do aranha prendendo criminosos em helicóptero entre as Torres Gêmeas e o primeiro pôster também mostrava o herói entre as Torres. As consequências do evento trágico em Nova York foi o que motivou o adiamento de data do filme. No fundo mostrou-se bem assertivo, já que naquele ano de 2002, o Cabeça de Teia completava 40 anos da primeira publicação na revista Amazing Fantasy. Em um balanço geral, o filme mostrou-se bastante equilibrado em introduzir um grande herói para a época.  E fez tanto sucesso de critica e de bilheteria, que despertaria o interesse de uma sequência. Inclusive eu fui conferir a este filme na época que tinha a antiga sala de cinema do Grupo Severiano Ribeiro no Natal Shopping.  E tinha uma fila enorme, gigantesca. Para você ter uma ideia da tamanha repercussão. 






HOMEM-ARANHA 2(Spiderman 2,EUA, 2004).











Considerado muito melhor em relação  ao primeiro, Homem-Aranha 2 mostrou um enorme desenvolvimento de personagem e de roteiro com um vilão a altura do herói que é o Dr. Octopus.  Nesse filme mostrou logo no começo  Peter tentando lidar com sua vida dupla de combatente do crime como Homem-Aranha, e tentando lidar com a responsabilidade de se sustentar a procura de outros empregos, já que só o salário que recebia fotografando o Cabeça de Teia para o jornal é insuficiente e morando em um apartamento de aluguel. Fora também a faculdade, que devido a esta sua dupla vida tem feito cair o seu rendimento. É tanto que ao conversar que ao conversar com seu professor Curt Connors ele o indica o Professor Otto Octavius que irá contar com patrocínio da Oscorp, agora chefiada por Harry Osborne, após Norman ser morto. Para o desenvolvimento da pesquisa de Octavius em fusão estável, onde ele inclusive desenvolveu uns braços mecânicos para manejá-los durante uma apresentação que termina de forma trágica, mantando Roxie a esposa de Otto e disso os braços passaram ficaram fixos em seu corpo a ponto de controla-lo mentalmente ele passa a virar a temida figura criminosa, usando aqueles tentáculos para assaltar bancos e reconstruir a máquina para o plano mirabolante de acabar com toda a Nova York. Enquanto que em paralelo, temos Peter tentando lidar com o drama de ver as duas pessoas que mais gostam dele se afastarem. Sua amada Mary Jane está de casamento marcado com o astronauta John Jamesson, filho do J.J. Jamesson do Clarim Diário. Já Harry Osborne movido pelo ódio ao Homem-Aranha desconta nele sua raiva pelo fato de vê-lo fotografar para o Clarim. E como se não bastasse tudo isso, ocorre dele perder os seus poderes e passa a viver uma vida normal, justo no momento em que uma grande ameaça como Dr. Octopus planeja causar uma catástrofe cataclísmica com o seu plano mirabolante. Uma das melhores coisas que posso destacar desse filme está no brilhante desempenho de Alfred Molina como o Dr. Octopus. O grande vilão ameaçador do filme, ele não foi a primeira escolha para o papel, atores como Robin Williams, Sam Neil e Robert De Niro estiveram cotados para o papel. Mas pode-se dizer que sua interpretação no papel foi sensacional, especialmente no jeito elegante do falar, já que ele por ser britânico e de descendência hispano-italiana ele colocou e imprimiu no personagem uma  interpretação bem refinada. Em conjunto com o design de produção de sua caracterização com ele usando um sobretudo negro que colocou  um toque além de charmoso no personagem mais também sombrio e impactante, contrastando bem com as cores berrantes e extravagantes  de verde e amarelo em colante que o personagem usa nos quadrinhos que se fosse fielmente reproduzido em tela, deixaria o ator muito ridículo, a ponto do vilão ficar muito carnavalesco, mesmo ficando destoante, combinou melhor, outro fato  curioso  sobre Molina é que como ele  media 10 centímetros a mais que o personagem nos quadrinhos e junto aos tentáculos de metal presos ao corpo ele ficou bem mais pesado. Outro ponto legal a se destacar do filme é na trilha musical tocando Raindrops Keep Fallin' On My Head, um clássico de B.J.Thomas revitalizado neste filme. Na cena de Peter Parker caminhando por Nova York sem os poderes de Aranha. James Franco na pele do Harry Osborne brilhou também muito ao desenvolver mais o perfil perturbado do seu personagem, acumulando o ódio pelo Homem-Aranha ter matado o seu pai  e que no ponto de virada do filme assim que ele descobre que Peter era o próprio, pronto tivemos uma reviravolta que irá definir os novos rumos da história e será sentido em Homem-Aranha 3. Dessa fase de Sam Raimi, pode-se dizer que este segundo filme conseguiu bem superar o primeiro ao bem trabalhar as camadas de cada personagem, principalmente mostrar o amadurecimento de Peter em lidar com muitos desafios  cada vez maiores que o outro. A ponto de terminar perdendo os poderes e resolver matar o Homem-Aranha num momento que Nova York mais precisava dele. É curioso observar que Tobey Maguire quase ficou de fora desse filme, porque o ator sentiu forte dores nas costas e também  no pulso, a ponto de se decidirem pelo adiamento das filmagens que estava prevista para começarem em Fevereiro de 2003. O único ponto negativo do filme envolve o furo de roteiro  na cena onde o Dr. Octopus ao jogar um carro em cima de Peter e da Mary Jane numa cafeteria para chama-lo a atenção ele quase que tentou matar uma pessoa  normal, já que até aquele momento ele não sabia quem Peter era o próprio Homem-Aranha.  Se ele não fosse o Homem-Aranha, não teria sobrevivido e assim pedir para avisar ao Cabeça de Teia para encontra-lo e usar a Mary Jane como refém.  Em um balanço geral, Homem-Aranha 2 foi um filme sensacional que conseguiu superar o primeiro em tudo. E deu um estrondoso sucesso de público e bilheteria que resultou num problemático  filme que até hoje divide as opiniões. 



HOMEM-ARANHA 3(Spiderman 3,EUA,2007).







O capitulo final da trilogia do aracnídeo nas mãos do Sam Raimi foi marcado por muitas tretas de bastidores. Tretas estas ocasionadas pelas indefinições quanto ao grande vilão ameaçador. Sam Raimi queria originalmente que fosse o Abutre que acabou recentemente sendo o vilão de Homem-Aranha: De Volta ao Lar no MCU, mas  os executivos da Sony não queriam pois os achavam muito fraquinho. Foi então que eles decidiram colocar o Venom na história. Raimi foi contra a ideia, mas acabou acatando a decisão. Incluir o ser simbionte numa franquia que ainda não tinha explorado o universo cósmico na franquia  foi uma da ideias mais duvidosas de se colocar no roteiro e como se não bastasse só o Venom ser o principal problema do filme. Ele também apresentou o problema de mostrar o nosso herói enfrentando duas ameaças como o Homem-Areia que voltava para fechar o arco dramático do seu Tio Ben, já que se descobriu que foi ele quem o matou. O filme explorou muito mal Harry Osborne se assumindo como Duende Verde. Como se não bastasse  uma ou duas ideias duvidosas para fazer uma grande salada mista na história, colocaram  a Gwen Stacy como colega de  Peter Parker e fazendo com que ela tirasse a Mary Jane do centro das atenções e provocando ciúmes nela. Para piorar a figura de Eddie Brock que foi apresentada na história para assumir o manto do Venom mostrou-se muito canastrão com a péssima interpretação de Topher Grace. Ainda para piorar, a maneira como Peter Parker se comportava todo emo e descolado com o simbionte impregnado no corpo, foi uma das partes que mais desagradou ao público. O resultado de toda esta salada mista que fez o filme ficar bastante Frankstein é que o público não gostou e a critica especializada também não. Mas o filme conseguiu arrecadar bem nas bilheterias, ainda despertou o interesse de Sam Raimi em fazer um quarto filme da franquia. Onde ele queria se redimir com o público trazendo uma galeria maior de vilões onde teria o Abutre e o Mistério seria a ameaça central que vai estar agora em Homem-Aranha: Longe de Casa. Mas problemas criativos entre ele e a direção executiva da Sony, em conjunto ao período que estava ocorrendo a greve de roteiristas atrapalhou todos os planos para Homem-Aranha 4, então Raimi saiu do projeto e depois para não perder os direitos cinematográficos. A Sony decide rebotar a franquia, repagina-la com outro diretor e outro ator para encarnar o Cabeça de Teia nas telonas. Foi dessa forma que resultou em 2012 resultou O Espertacular Homem-Aranha.  







O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA(The Amazing Spiderman,EUA, 2012).











Resultado da maneira como a Sony não queria perder os direitos de adaptação do Cabeça de Teia nos cinemas. Já que nesta época a Marvel já estava bem erguida com o seu MCU. Inclusive lançaram na época o fenomenal Vingadores. Que fechava a Fase 1 do estúdio. Cinco anos depois que o quarto de filme de Sam Raimi foi cancelado, eles resolveram então rebotar a franquia com nova direção, com Mark Webb, diretor de poucos filme na carreira,  assumindo a função que foi de Sam Raimi. Além de contar com elenco bem diferente Andrew Garfield, que na época   foi quem teve a dura responsabilidade de fazer a nova versão do Cabeça de Teia nas telonas num momento em que muita gente ainda carregava na memória afetiva era Tobey Maguire passados só dez anos após o lançamento do primeiro filme. Numa história completamente diferente  que mostrava uma premissa mostrando ele se despedindo de seus pais que eram cientistas envolvido num projeto sigiloso. Mesmo já estando um tanto velho para interpretar o papel de um jovem colegial, ele já  estava com 28 anos, ainda assim ele até que não se mostrou ruim. O problema está na visão muito destoante que foi coloca um toque descolado, agindo como um hipster. Numa história que fez toda reformulação da morte do Tio Ben. Desta vez com ele encarando a grande ameaça do Lagarto. Este filme foi lançado no ano em que a revista do Cabeça de Teia completava 50 anos de sua primeira publicação na Amazing Fantasy. Do elenco há de se destacar que ele  a participação de duas estrelas fazendo os papeis dos tios do  protagonista como Martin Sheen como Ben Parker e Sally Field como a May Parker. Que até mostraram um desempenho dentro dos limites estabelecidos  pelo roteiro.  Emma Stone fazendo a Gwen Stacy, a namorada de Peter Parker no lugar da Mary Jane o que para alguns órfãos dos filmes de Sam Raimi pareceu muito estranho a primeira vista e mais curioso é constatar que ela e Garfield tenham começado a namorar após o filme.  O galés Rhy Iffans como o antagonista Lagarto também surpreende em cena, mesmo sendo insuficiente e Denis Leary como o Capitão George Stacy, pai da Gwen, que tem uma função fundamental na história. A repercussão do filme foi bastante mediana entre a crítica e o público, mas pelo menos conseguiu arrecadar bem a ponto de trazer o próximo filme dessa nova franquia que foi o Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro.







O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA 2-A AMEAÇA DE ELECTRO(The Amazing Spiderman 2,EUA,2014).












Veio então este segundo filme  da franquia Espetacular Homem-Aranha, que no Brasil ganhou o subtítulo de A Ameaça de Electro para destacar o antagonismo central do personagem que apresentou muitas ideias duvidosas que geraram uma grande incógnita para os rumos da franquia. A começar pelo Electro como vilão central da história mostrou não ter muito colhão  para sozinho sustentar o filme de quase meia hora, fora o fato dele ser introduzido de uma forma muito abobalhada, agindo como estereótipo de um nerd muito patético com uma aparência ridícula e quando se transforma acidentalmente no vilão, não pareceu mostrar vigor para segurar o enredo. Ainda mais pelas motivações muito pífias, também não ajudou muito a escolha da caracterização do personagem inspirado na versão ultimate dos quadrinhos que fez Jamie Foxx responsável pelo papel no filme ficar muito ridículo em cena, mais parecendo uma tosca versão bastante cartunesca em CGI. O filme também apresentou entre outras falhas, nas contastes mudanças de tom, hora era sério demais com uma abordagem muito adulta, depois mudava drasticamente para um tom de piada boba infantilizada   e apresentando uma ideia duvidosa de mostrar um Peter Parker com toque muito descolado, que contradizia muito com sua versão dos quadrinhos, também somado a ideia duvidosa de mostrar um Homem-Aranha abençoado com fator de cura e mostrar uma certa preguiça de roteiro de conectar todos os vilões com a OSCORP. Dentre outros fatores que não satisfez a critica, ao público, muito disso também resultado das constantes brigas internas entre diretor com os executivos da Sony, que ocasionou no desentendimento entre o elenco. A cena  final chegou a apresentar  um gancho para o terceiro filme com ele começando a lutar nas ruas de Nova York com Rhino montado numa armadura de rinoceronte metálica, produzido num CGI que  mais parecia uma tosca  versão dos megazords dos Powers Rangers, mais estranho que isso  é fato do personagem ter sido vivido por Paul Giamatti, sujeito de baixa estatura e sendo gordinho seria impossível ele convencer usando o uniforme do personagem. O resultado se conseguiu ganhar ou não vai ficar impossível de saber, já que do jeito que o filme não arrecadou o suficiente na bilheteria, o que deixou os rumos da franquia dos Cabeça de Teia nas mãoS da Sony muito incerto, o clima não estava dos bons até o momento em que quando foram vazados os e-mails hackeados da alta cúpula  diretória da Sony com Kevin Feige, o Poderoso Chefão da Marvel lá pelos idos de dezembro de 2014, e com isso houve uma ameaça do Governo Norte-Coreano de boicote internacional ao filme A Entrevista, foi a partir dai que não teve outro jeito. A Sony, pressionada do jeito que já estava pela Marvel para devolver Homem-Aranha fez o acordo com a Marvel, eles cancelaram o cronogramas dos filmes que tinham programado da franquia Espetacular Homem-Aranha e dessa forma Homem-Aranha foi finalmente incluído na Sony e desssa forma que em 2017 veio Homem-Aranha: De Volta ao Lar. O primeiro filme do Cabeça de Teia dentro do MCU. Um dos fatos curiosos que devo mencionar do que foi mostrado neste filme é rápida aparição de Felicia Hardy na  diretoria da Oscorp como mostrado na cena da posse de Harry Osborne que interpretado por Dane DeHaan  que fez um bom trabalho na pele do personagem, apesar deste não ser suficiente para sustentar a trama a ponto de ficar muito desperdiçado. Mostrando que eles já estavam planejando incluir a Gata Negra que também estaria no filme cancelado de Homem-Aranha 4. 





HOMEM-ARANHA NO ARANHAVERSO(Spiderman: Into the Spider-Verse, EUA, 2018).











Para fechar com chave de ouro, a cereja do bolo. Vou falar da mais recente animação  de Homem-Aranha no Aranhaverso. Este filme mostrou-se uma grata surpresa, ainda mais sendo uma animação da Sony. Que explorar novamente o personagem, mas desta vez com foco  em outros universos. Focando no jovem Miles Morales assumindo o manto de Homem-Aranha contra o plano mirabolante do Rei do Crime.  Que foi o responsável por trazer os Homens-Aranhas de outros universos na vida de Miles Morales. A estrutura do enredo, apesar de seguir a mesma batida do Peter Parker ainda assim surpreende. Por renovar o Cabeça de Teia a um novo público em uma nova identidade e explorar o universo dos multiverso dimensionais das outras versões do Homem-Aranha. Com uma brilhante técnica de traço de frames bem diferenciados dos filmes da Disney e da Pixar. Movimentados de forma mais orgânica, trazendo muitas referencias quadrinescas, principalmente na formatação dos quadros de cada cena. E com textos que bem remete aos quadrinhos. Mas o maior destaque está mesmo é no design da caracterização  de como cada versão de Homem-Aranha ficou em cena. Dentre estes o que eu mais gostei foram do Homem-Aranha Noir todo de preto e trajando um sobretudo com um chapéu que foi o que ficou com um tom mais elegante bem diferente da habitual colorido do Cabeça de Teia e do Porco-Aranha com traço mais cartunesco ficou bastante cômico remetendo ao humor típico de desenho animado. E da Spider-Gwen também mostrou-se impressionante, no completo contraste do Cabeça de Teia.  Isto é o que o tornou um filme incrivelmente surpreendente. 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

GUNNM Battle Angel Alita (Parte 2) Final - "O Canto Das Lágrimas " Dubla...

    







"Sinopse: Battle Angel Alita ou Gunnm, é um manga bastante conhecido pelo
mundo fora, e têm um enredo surpreendente, no entanto foi criado um ova
a partir dessa obra prima... Battle angel alita é um ova com 2
episódios onde "A história se passa em um cenário pós-apocalítico ao
estilo de Mad Max em que uma cidade chamada Zalém flutua no céu e em que
há ciborgues e humanos convivendo. Nessa situação, o engenheiro
cibernético Daisuke Ido encontra no depósito de lixo da Cidade da Sucata
(Scrapintown), a qual fica abaixo de Zalém, um tronco de uma ciborgue
inerte e a leva para a sua oficina onde religa a mesma. Ao acordar, a
ciborgue não tem qualquer recordação de sua vida anterior e nem do seu
próprio nome, fato este que leva Daisuke Ido a dar-lhe o nome de seu
gato de estimação falecido, Gally, e a reconstruir o seu corpo para qual
pudesse cria-la como sua filha. Mas com o passar do tempo, Gally
descobre-se com habilidades de luta incomuns presentes em seu
subconsciente além de uma vontade inata para combater, ela decide seguir
a carreira alternativa de Ido como caçador de recompensas a contragosto
deste, até que ela se depara com pessoas cruéis, Vitimas inocentes e
poderosos assassinos... enfim é um dos mais famosos OVA´s em estilo
CyberPunk, com diferencias unicos e de surpreender a qual quer um...

ELENCO DE DUBLAGEM (GUNNM - BATTLE ANGEL ALITA)
________________________________

Waldyr Aniceto : Guerreiro Caçador Do Passado

Edvone Cardozo ; yugo / vector (2º ep) / O Velho Ganzu / Robo 10 /
Narrador De Lutas / Guerreiro Caçador Disfarçado

Luiz Júnior : Vector (1º Ep )

Jeniffer Rodrigues : Drª Chiren

Marcelo Kirito : Tanji

Renan Quirino : Dr Ido

Herick Abranches : Gally

Heulen Eduardo : Grewcica

Marcos Agra : Robo Assassinado

vozes adicionais e vozerio : Jeniffer Rodrigues / Lucas alves / Heurlen
Eduardo / Luis Felipe / Edvone cardozo / Junior Lee / Marcos Agra

__________________//_____________________//________________
Edição & Direção De Dublagem : Edvone Cardozo

(((Studioycthus))) - DUBLAGEM SEM FINS LUCRATIVOS -"

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

GUNNM Battle Angel Alita (Parte 1) " O Anjo Enferrujado" - Dublado (((St...

 




"nós da equipe do (((Studioycthus))) estamos dublando esse Ova. é o
nosso mais novo projeto, é o nosso 5º projeto só nesse ano (graças a
Deus rssrs ) e não se preocupem que iremos dubla-lo completo. daqui a
mais algumas semanas estaremos postando o seu 2º e ultimo ep para logo
depois dublarmos o 6º projeto rsrs mais informações visíti-nos na nossa
pagina de face"

Sinopse: Battle Angel Alita ou Gunnm, é um manga bastante conhecido pelo
mundo fora, e têm um enredo surpreendente, no entanto foi criado um ova
a partir dessa obra prima... Battle angel alita é um ova com 2
episódios onde "A história se passa em um cenário pós-apocalítico ao
estilo de Mad Max em que uma cidade chamada Zalém flutua no céu e em que
há ciborgues e humanos convivendo. Nessa situação, o engenheiro
cibernético Daisuke Ido encontra no depósito de lixo da Cidade da Sucata
(Scrapintown), a qual fica abaixo de Zalém, um tronco de uma ciborgue
inerte e a leva para a sua oficina onde religa a mesma. Ao acordar, a
ciborgue não tem qualquer recordação de sua vida anterior e nem do seu
próprio nome, fato este que leva Daisuke Ido a dar-lhe o nome de seu
gato de estimação falecido, Gally, e a reconstruir o seu corpo para qual
pudesse cria-la como sua filha. Mas com o passar do tempo, Gally
descobre-se com habilidades de luta incomuns presentes em seu
subconsciente além de uma vontade inata para combater, ela decide seguir
a carreira alternativa de Ido como caçador de recompensas a contragosto
deste, até que ela se depara com pessoas cruéis, Vitimas inocentes e
poderosos assassinos... enfim é um dos mais famosos OVA´s em estilo
CyberPunk, com diferencias unicos e de surpreender a qual quer um...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

RAIN MAN-O LEGADO PARA O AUTISMO

Hoje em dia, muita gente conhece o autismo, muito por meio das redes sociais, como os  fóruns de grupos de discussão formado por pais. Acredito que muito disso, se deve ao legado deixado pelo filme Rain Man(EUA,1988).
















Na época que o filme foi lançado, há exatos 30 anos, naquele contexto do final dos anos 1980. Era quase  impossível os pais conseguirem diagnostico concreto de autismo em seus filhos. Isto porque os acessos as informações eram bastantes limitados e escassos. Não havia rede social, porque na ocasião a internet era um instrumento de uso mais restrito aos meios militares, empresariais e acadêmicos. Foi só nos anos 1990 que a internet se tornou um meio mais massificado depois que os computadores foram se adaptando aos domicílios e dessa forma foram criados os portais para a pesquisa como o Google, por exemplo. Para muitos  pais na época  conseguirem se informar sobre o espectro que seu filho estava apresentando,  os únicos acessos até aquele momento  era por meio das bibliotecas acadêmicas  que continham textos escassos e muito vagos sobre autismo. E quando esse acesso não  era satisfatório para a maioria, o único meio deles obterem informações  era com eles indo procurarem entidades com poucos profissionais gabaritados que podiam dar melhores informações e fazer indicações de tratamento, enfim.















Se a intenção do filme era prestar um bom serviço informativo para aquela época em que foi lançado, isto ele soube cumprir bem e ainda hoje mais de 30 anos depois consegue se manter bem atemporal em sua abordagem. O seu  enredo girava em torno do testamento que o jovem  vendedor Charles Babbit(Tom Cruise) com jeito bem tipicamente de yuppie recebe de seu falecido pai, uma herança  e lá consta que ele terá de dividir em parte a um irmão mais velho  que ele desconhecia a sua  existência  até então. Já que seu pai nunca havia lhe falado.  E quando ele vai atrás do paradeiro  deste irmão que ele desconhecia então chamado Raymoud Babbit(Dustin Hoffman).  Descobre que este seu irmão estava internado num hospital psiquiátrico  e era autista. 












Ao saber do seu estado de incapacidade de Ray, o que  faz Charles  questionar o porque dele ficar com a menor parte da fortuna herdada, enquanto que Ray ficou com a parte maior.  Ele então resolve sequestrar Ray do hospital psiquiátrico para ter mais proximidade com uma segunda intenção, especialmente ao perceber a incrível habilidade dele de mexer com cálculos matemáticos. 















E eles encaram muitas aventuras num estilo bem road movie viajando pelas estradas americanas, onde ao chegar em Las Vegas, onde vão curtir  um cassino Charles explora o seu potencial com matemática para poder ganhar dinheiro fácil lá jogando nas máquinas. O filme  contou com a direção do Barry Levinson, cuja inspiração para a sua história foi no caso de um  autista real chamado Kim Peek(1951-2009), que se enquadrava no  espectro savant, onde tinha uma grande habilidade para cálculos extraordinárias e com uma ótima memoria fotográfica, no entanto, possuía graves limitações que o tornava bastante dependente. Apesar da trama usar como base o caso de uma pessoa real, ele não se tratava de um drama biográfico sobre Kim Peek, há muito de licença poéticas mas que são bastante verossímeis para aquele contexto. Levinson procurou explorar a temática complexo  do autismo por meio das sutilezas da ótica de um  pela perspectiva de dois irmãos que mal se conheciam e que pelas circunstancias  inusitadas vão terminar se conhecendo, sem precisar de tanto didatismo. Numa estética  dramática cheia de muitas reflexões, e trazendo até umas interessantes doses de comédias nas situações bem inusitadas de erros.








Vividos por dois brilhantes atores de peso e que mostraram-se  muito bem afiados nos papeis,  como Tom Cruise, então na época  jovem galã dos filmes teens,  na pele de Charles Babbit. Um jovem tipicamente yuppie dos anos 1980, que começa com um jeito egoísta e muito arrogante e logo descobre a existência de um irmão que nem conhecia para dividir a herança do pai. Que ao perceber sua capacidade para calculo resolve se aproveitar da sua  ingenuidade para explorá-lo e reverter a herança a seu favor. Só que ele acaba descobrindo uma forte afeição por ele, o que antes era visto como uma atitude interesseira da parte dele acabou virando sentimental. E o já na  época veterano Dustin Hoffman na pele do protagonista Ray, também mostrou-se uma perfeição em cena. Todas as nuances que ele interpretou do personagem em cena mostraram-se impecáveis. Do tipo que vivia recluso na clinica psiquiatra para alguém que de repente descobre o mundo com a ajuda de um parente que sequer conhecia. Mostrou uma ótima performance nos trejeitos de andar, também  do falar repetida vezes, ou mesmo com suas obsessões e suas manias ritualísticas. Ele ficou impecavelmente perfeito. Inclusive foi ideia dele fazer o Ray com o perfil mais recluso. Já que no roteiro original ele tinha uma característica mais amigável e feliz. O bom desempenho de Hoffman o fez ser  premiado com o Oscar  de melhor ator em 1989. Aliás, falando em Oscar,  o filme também foi premiado no Oscar de 1989 por melhor filme, melhor diretor para Barry Levinson e melhor roteiro original. Posso concluir que o filme cumpriu bem esta função, especialmente na época em que o autismo não era  tão divulgado graças a uma boa história muito bem escrita, com personagens bem desenvolvidos, uma direção competente e com duas grandes estrelas nos papeis principais e sendo bastante premiado.  

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

MEGAMENTE-O DESENHO SOBRE SUPER-HERÓIS DA DREAMWORKS.

No recente primeiro  domingo de fevereiro,  fui  assistir na Netflix a Megamente(Megamind, EUA, 2010). Um ótimo filme em desenho animado da DreamWorks, mesmo estúdio responsável por Shrek.












Com um enredo muito bem bolado trazendo a temática do super-herói pela perspectiva do vilão como protagonista. A animação de Megamente apresentou um formato bem fora da caixinha de mostrar como o vilão precisa do herói para poder existir.






Além de trazer boas mensagens reflexivas que o tornam até muito adulto para ser visto por crianças, especialmente no envolvimento amoroso do protagonista dentre outros. 





O formato da história apresentou foi toda estruturada em trazer muitas referencias claras ao Superman. Como o fato da premissa apresentar o vilão saindo do planeta prestes a explodir em cápsula e vindo parar na Terra. E ao mesmo tempo que tem o exibido do Metro Man no mesmo estado para impedi-lo. Depois apresenta a infância dos dois numa escola de super dotados. Onde ele ali vivia sofrendo bullyng do Metro Man. Depois a trama vai mostrando cada personagem bem estabelecido no seu devido lugar. 






Até chegar ao momento em que somos a repórter Rosana Rosa da versão brasileira que no original tem o nome de Roxie Ritchi fazendo uma clara alusão a intrépida repórter da Lois Lane que terminará sendo a paixonite do vilão nas reviravoltas que a trama vai apresentando, especialmente logo após ele conseguir matar o Metro Man e depois de um tempo após conquistar a cidade de Metro Citty resolve escolher um babaca qualquer para ser sua cobaia e construir um novo herói. E o escolhido acaba sendo Hal Stewart, o câmera man parceiro de Rosana nas reportagens. Um gordinho todo atrapalhado que ao receber o poder e ficar super marombado é orientado por ele com um disfarce de senhor que diz ser seu pai, numa clara referencia ao Jor-El, o pai kryptoniano do Superman e que vai apresentando muitas reviravoltas surpreendentes. Com um texto cheio de diálogos cômicos bem ácidos trazendo muitas referências e em tom bem de sátira aos clichês do universo dos super-heróis com personagens bem carismáticos e sabendo ser muito tocante em fazer o público se importar com um protagonista mais improvável do mundo acabar virando o herói com lindas mensagens e um final surpreendente. Jamais devemos julgar aquilo que achamos ser verdade. Merece ser assistido. Para se conhecer uma perspectiva diferente sobre os filmes do gênero de super-heróis.