sábado, 16 de novembro de 2019

BAYWATCH- UM DESASTRE DE FILME


Acabei de ver na Netflix ao filme Baywatch (EUA, 2017), inspirado numa famosa série de TV dos anos 1990, sobre uma equipe de salva-vidas na praia de Malibu que aqui no Brasil ganhou o nome de S.O.S Malibu  quando passava na Rede Globo. 





Sinceramente o filme é ruim, não tenho melhores palavras para descrever, o roteiro é muito pífio, bastante mal  desenvolvido. O tempo todo o roteiro tem um texto  cheio de piadas metalinguísticas  referenciais que acabam soando muito forçadas. Muito anticlimático, principalmente nas cenas em que precisa ser dramático, eles quebram o clima com uma piada fora de tom. A comédia colocada no filme parece carregar um tom muito bobinho, com ares de sacanagem que parecem remeter as comédias teens dos anos 1980. Isso se o filme fosse nessa pegada, e que são muito antiquado para os dias de hoje. O elenco também  não contribui muito, Dwayne Johnson como o líder da Baywatc Mitch é o que conseguiu  segurar a trama, graças ao seu carisma já que muito do roteiro foi escrito por ele, aliás o roteiro desse filme de tantas mãos que já passou  acabou ficando um Frankstein de tão perdido que ficou  no tom. Zac Efron na pele do Brody, se mostrou muito canastrão, ele fica muito preso aos galãs sedutores que já tinha feito. Jon Bass como Ronnie, o alivio cômico do núcleo da equipe  ficou  tão inútil, principalmente por dar ao personagem um tom muito caricatamente abobalhado naquele estereotipo  de nerd virjão, principalmente ao se deparar com sua colega Casey Parker  que chega a ficar irritante.




 Alexandra Daddario como Summer Quinn,  Kelly Rorbach como Casey Parker e a  Ilfenesh Hadera na pele da Stephanie Holden que compõem o trio feminino da equipe no filme, essas ai compuseram seus papais como definir   muito no estereotipo da objetificação sensualizada  com aqueles ares de sex appeal. Principalmente quando trajam os decotados trajes de banhos vermelhos, a Casey das três é a que mais se destacou por ser provocativa principalmente com o Ronnie. A Summer também carregava esta característica, principalmente quando era constantemente assediada pelo Broddy. Quanto a Stephanie era a única que mostrava ter uma função de mais seriedade, coisas que essas aqui não mostravam. Se essas eram uma  objetificação  no estereotipo da sensualidade, o mesmo você com relação a ver Dwayne Johnson e Zac Efron descamisados, a única exceção é Jon Bass  que por ser gordinho foge ao estereotipo. 







Como se o problema não envolveu só a equipe protagonista, a vilã Victoria Leeds vivida pela indiana Pryanka Chopra é também o grande problema do roteiro. Ela também até que mostra em cena uma boa desenvoltura no papel, principalmente ao incorporar o tom atraente, elegante, refinado, esperta  e com ares esnobismo da personagem, uma ricaça que  não vai medir esforços, nem mesmo para o seu plano maquiavélico e ambicioso de dominar aquele espaço da praia e transforma-lo no seu reinado das drogas. Porém, você percebe que ela ficou muito presa ao estereotipo vilanesco  maniqueísta sem desenvolver outras camadas e com toda estas características que descrevi, ela também ficou bastante atrelada a  outro estereotipo, que é o da perigosa femme fatale, com os toques de sex appeal que procurava imprimir na personagem.   As únicas coisas que prestam para assistir ao filme são as cenas de ação bem absurdas, muito mais do que nos filmes de super-heróis, onde conta com o momento nostálgico que são as pontuais participações dos atores David Hasselhoff e Pamela Anderson, estrelas da série clássica dos anos 1990. Tirando é um filme bem descartável. É um filme para assistir e não levar nada a sério. 

Nota: 4/10

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