Acabei de ver na Netflix ao
filme Baywatch (EUA, 2017), inspirado numa famosa série de TV dos
anos 1990, sobre uma equipe de salva-vidas na praia de Malibu que aqui no
Brasil ganhou o nome de S.O.S Malibu quando passava na Rede Globo.
Sinceramente
o filme é ruim, não tenho melhores palavras para descrever, o roteiro é muito pífio,
bastante mal desenvolvido. O tempo todo
o roteiro tem um texto cheio de piadas metalinguísticas
referenciais que acabam soando muito
forçadas. Muito anticlimático, principalmente nas cenas em que precisa ser dramático,
eles quebram o clima com uma piada fora de tom. A comédia colocada no filme
parece carregar um tom muito bobinho, com ares de sacanagem que parecem remeter
as comédias teens dos anos 1980. Isso se o filme fosse nessa pegada, e que são
muito antiquado para os dias de hoje. O elenco também não contribui muito, Dwayne Johnson como o líder
da Baywatc Mitch é o que conseguiu segurar a trama, graças ao seu carisma já que
muito do roteiro foi escrito por ele, aliás o roteiro desse filme de tantas
mãos que já passou acabou ficando um
Frankstein de tão perdido que ficou no
tom. Zac Efron na pele do Brody, se mostrou muito canastrão, ele fica muito
preso aos galãs sedutores que já tinha feito. Jon Bass como Ronnie, o alivio cômico
do núcleo da equipe ficou tão inútil, principalmente por dar ao
personagem um tom muito caricatamente abobalhado naquele estereotipo de nerd virjão, principalmente ao se deparar
com sua colega Casey Parker que chega a
ficar irritante.
Alexandra Daddario como Summer Quinn, Kelly Rorbach como Casey Parker e a Ilfenesh Hadera na pele da Stephanie Holden
que compõem o trio feminino da equipe no filme, essas ai compuseram seus papais
como definir muito no estereotipo da objetificação sensualizada
com aqueles ares de sex appeal. Principalmente
quando trajam os decotados trajes de banhos vermelhos, a Casey das três é a que
mais se destacou por ser provocativa principalmente com o Ronnie. A Summer também
carregava esta característica, principalmente quando era constantemente
assediada pelo Broddy. Quanto a Stephanie era a única que mostrava ter uma
função de mais seriedade, coisas que essas aqui não mostravam. Se essas eram
uma objetificação no estereotipo da sensualidade, o mesmo você com
relação a ver Dwayne Johnson e Zac Efron descamisados, a única exceção é Jon
Bass que por ser gordinho foge ao
estereotipo.
Como se o problema não envolveu só a equipe protagonista, a vilã
Victoria Leeds vivida pela indiana Pryanka Chopra é também o grande problema do
roteiro. Ela também até que mostra em cena uma boa desenvoltura no papel,
principalmente ao incorporar o tom atraente, elegante, refinado, esperta e com ares esnobismo da personagem, uma ricaça
que não vai medir esforços, nem mesmo
para o seu plano maquiavélico e ambicioso de dominar aquele espaço da praia e
transforma-lo no seu reinado das drogas. Porém, você percebe que ela ficou
muito presa ao estereotipo vilanesco maniqueísta
sem desenvolver outras camadas e com toda estas características que descrevi,
ela também ficou bastante atrelada a outro
estereotipo, que é o da perigosa femme fatale, com os toques de sex appeal que
procurava imprimir na personagem. As únicas coisas que prestam para assistir ao
filme são as cenas de ação bem absurdas, muito mais do que nos filmes de
super-heróis, onde conta com o momento nostálgico que são as pontuais participações
dos atores David Hasselhoff e Pamela Anderson, estrelas da série clássica dos
anos 1990. Tirando é um filme bem descartável. É um filme para assistir e não levar nada a sério.
Nota: 4/10
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