Na manhã natalina de sábado, 25 de dezembro de 2021, conferi a animação japonesa Padrinhos de Tóquio(Tokyo Godfathers, Japão, 2003). Dirigida pelo Satosh Kon(1963-2010).
Que também assumiu outras funções ao lado de sua equipe que
trabalhou nessa animação. Apesar da
animação trazer uma temática natalina. Ela não é um tipo de obra recomendada
para se assistir com criança. Principalmente pelo fato dele apresentar umas
pesadas temáticas adultas envolvendo
violência doméstica, adultério, abandonos enfim. Muito ao contrário do
tanto de filmes de Hollywood que
exploram essa temática nessa para ganhar lucrar com aquele ar mais divertido.
Ainda mais que o protagonismo são da figura dos moradores sem-teto, os
mendigos. Que se tornam os protetores de uma criança abandonada no lixo. Uma metáfora
cristã dos três Reis Magos visitando o Menino Jesus. É curioso observar a temática da celebração
natalina na visão sociocultural de um país como o Japão, cuja porcentagem de
população cristã é pequena. Boa parte ou é budista ou xintoísta. E cujo protagonismo é de uma parcela da
sociedade japonês que a gente ignora existir num país que figura como a maior
potência econômica do mundo em tecnologia, mas que tem uma cultura milenar. Que
são os pobres moradores de rua simbolizados nos protagonistas Gin, Hana e
Myuki. A Hana é quem do trio mais destaca por ser uma travesti que retrata bem
a representação banal da comunidade LGBTQIA+ em todo mundo. Da discriminação
homofóbica que eles sofrem diariamente. O filme tem disponível na Netflix.
Apenas com áudio original e com legendas. O que para quem gosta de assistir
qualquer animação dublada possa estranhar ouvindo na língua japonesa, eles falando as vezes de uma forma gritada
como se parecessem que estivessem brigando e estando sempre de humor. Ou mesmo
acompanhar eles falando uma frase longa que na legenda é traduzida com uma
curta ou frase curta virar uma frase longa na legenda. De todo jeito ver esse
filme a nível de curiosidade.
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