quarta-feira, 12 de outubro de 2022

60 ANOS DE 007.

 

No mês de Outubro de 1962, era lançado o primeiro filme da franquia do maior espião que até hoje é uma referência em elegância, em automóveis, e principalmente no bom gosto por bebidas e mulheres. Estou referindo-me  ao agente secreto britânico James Bond, também conhecido como 007, o único homem do mundo que tem licença para matar.



Um homem a quem mulher nenhuma resisti ao seu charme e poder de sedução. James Bond, com seu jeito charmoso de se apresentar, tendo um bordão que virou sua outra marca registrada: “Meu  Nome é Bond, James Bond”.  Virou a maior referência em tudo o que se pode imaginar.

 


O maior agente secreto da história do cinema chega aos 60 anos, mantendo a boa forma para continuar enfrentando os mais diferentes perigos, todos eles liderados por homens com ideias megalomaníacas de querer dominar a humanidade, além-claro, de mostrar muito vigor para manejar armas e dirigir os mais diferentes modelos de carros  com design de última geração e manter um fogo para levar cada mulher bonita para a cama, as popularmente conhecidas como Bond Girl. Assim é como posso descrever o agente secreto que o cinema já conheceu.

 


 

Foi com 007 contra o Satânico Dr. No( Dr.No, Reino Unido, 1962), que acompanhamos os primeiros passos do agente secreto mostrar ao mundo a que veio, e já deixando sua importante marca.

 Inspirado num personagem literário criado pelo britânico Ian Fleming(1908-1964), um escritor  que já foi Oficial da Inteligência Naval, onde daí  estaria explicado de onde ele tirou a  sua inspiração para criar  o famoso sedutor James Bond.




Produzido por Harry Saltzman(1915-1994) e Albert “Cubby” R. Brocolli(1909-1996). Contando com a direção do britânico Terence Young(1915-1994). O primeiro a dirigir a franquia de 007. Além desse, Young dirigiria posteriormente, mais dois filmes do agente secreto: Moscou Contra 007(From Russia With Love, Reino Unido, 1963) e  007 Contra a Chantagem Atômica(Thunderball, Reino Unido, 1965).





Depois de Terence Young, a bem-sucedida franquia cinematográfica do agente secreto que tem licença para matar, passaria pelas mãos de outros diretores: como Guy Hamilton(1962-2016), Lewis Gilbert(1920-2018), Peter R. Hunt(1925-2002), John Glen, Martim Campbell, Roger Spottiswoode, Michael Apted(1941-2021), Marc Foster,  Sam Mendes e mais recentemente com Gary Fukunaga, que dirigiu 007- Sem Tempo Para Morrer (No time to die, Reino Unido, EUA, 2021), que marcou a despedida de Daniel Craig do papel de James Bond que estava desde Cassino Royale(EUA, Reino Unido, 2006).




Mostrando que o agente secreto continua inteiro e em boa forma para enfrentar os mais diferentes perigos, para assim cumprir sua  missão.

 E por fim, estrelado pelo escocês Sean Connery(1930-2020), o primeiro ator a dar vida ao sedutor agente secreto, que gostava além de belas mulheres, gostava também  de tomar um bom  Dry Martini, batido, mas não mexido.





Além desse, Connery estrelaria  mais cinco filmes da franquia de 007, e que depois desse, seria por outros atores,  como  o australiano George Lazenby em apenas um filme,  o britânico Roger Moore(1927-2017) em sete, o britânico-galês  Timonty Dalton em apenas dois, o irlandês Pierce Brosnan em quatro, e o americano Daniel Craig, que fez cinco filmes e até o momento o Eon Productions não definiu qual novo ator para assumir o papel do próximo filme, nem mesmo qual a previsão para o lançamento  do vigésimo-sexto filme da longeva franquia 007.





No histórico primeiro filme de James Bond, o agente também conheceu a primeira mulher que seria sua grande aventura amorosa Honey Rider, vivida pela suíça Ursula Andress, uma das mulheres mais bonitas e consideradas símbolo sexual nos anos 1960, por causa desse filme. 






Essa marcante personagem  deu origem termo Bond Girl. Que são especificamente referente às belas mulheres, sejam elas heroínas indefesas, aliadas, ou mesmo quem sabe  as que tentam seduzir o agente em busca de informações, cumprindo  a missão de infiltradas, a mando das pessoas a quem 007 investiga,  não importa estão sempre prontas  para lhe hipnotizar, o magnetizar com utilizando o poder do charme e da sedução para atraí-lo para o perigo. 




E não foram sós as personagens que  passaram a serem apropriadamente denominadas assim, como também as mais de 50 diferentes atrizes, que já deram vida para as mais diversas mulheres que despertaram o fetiche, o sexy appeal em 007.




Além de Úrsula Andress, outras incontáveis atrizes das variadas nacionalidades  que interpretaram as parceiras sexuais de James Bond, foram: Daniela Bianchi, Honor Blackman(1925-2020), Claudine Auger(1941-2019), Akiko Wakabayashi, Diana Rigg(1938-2020), Angela Scoular(1945-2011) Jill St. John, Jane Seymor,  Carole Bouquet, Cassandra Harris(1948-1991), Halle Berry, Eva Green, Molly Peters(1942-2017), Barbara Bach entre outras diversas atrizes. 




A provável inspiração de Ian Fleming para criar essa bela diversidade de mulheres sedutoras, que despertam muita sensualidade erótica não só para 007, mas também para outros marmanjos que as deliciam nas cenas picantes, teria sido originada quando Fleming conheceu uma bela mulher cujo nome era Muriel Wright, uma modelo financeiramente independente,  que tinha entre seus múltiplos passatempos pilotar, esquiar e  jogar polo.




Fleming a conheceu em 1935, e foi por quem manteve uma sólida relação amorosa, até o momento em que  Muriel morreu, vítima de um ataque aéreo em 1944, durante os combates da Segunda Guerra Mundial, a morte dela o deixou bastante inconsolado, e  nas definições  do próprio Fleming, Muriel era: “ excepcionalmente bela”. 





Além disso, era também: “muito boa para ser verdade”.

E não bastando isso, ele também a definia da seguinte forma a importância que Muriel tinha para ele:   "Tem a pretensão  de ser o exemplo da espécie:  dócil e pouco exigente, bonita mas inocente, vivendo ao ar livre, fisicamente forte,  implicitamente vulnerável  sem reclamar e,  em seguida, tragicamente  morta,  antes ou pouco depois de seu casamento.” 




Fora a trilha sonora característica desde a trilha instrumental  clássica e antológica música do primeiro filme que lançou a franquia de 007 nas telonas.




Tocada magistralmente por John Barry(1933-2011) e sua Orquestra. Não tem como não ouvi-la e associar ao sedutor agente secreto salvando o mundo e ao mesmo tempo  seduzindo cada mulher que vem a sua frente. John Barry criou uma excelente instrumentação tão divina, que se tornou até hoje a grande marca registrada do personagem.




E dos artistas pops como Matt Monroe(1930-1985),  Shirley Bassey, Tom Jones, Nancy Sinatra, Paul McCartney, Lulu, Carly Simon, Sheena Easton, Rita Collidge,   Duran Duran, A-há, Tina Turner,  Sherly Crown, Madona, Chris Cornell(1964-2017),  Adele e Billie Eilish no último filme da franquia até o momento que emprestaram suas vozes para compor a trilha sonora de cada na abertura característica mostrando as silhuetas femininas dançando de forma muito sensual.




E o que falar dos tantos de tralhas tecnológicas, de carros conversíveis para encarar cada perigo e sair ileso das ameaças dos  diversos tipos de vilões que o sedutor agente já teve de enfrentar, e era cada um mais excêntrico, mais mirabolante  com uma ideia megalomaníaca e sempre acompanhados de capangas mal encarados. Do primeiro filme, o Dr. Julius No(Joseph Winserman) em 007 Contra o Satânico Dr. No(Dr. No, Reino Unido, 1962) até o recente Safin(Ramin Malek) em 007-Sem tempo para morrer(No time no die, EUA, Reino Unido, 2021).  





Sendo cada um representado na pele de tantos talentosos atores das mais diferentes nacionalidades como o canadense Joseph Winserman( 1918-2009), o havaiano de descendência nipônica Harold Sakata(1920-1982), o alemão Gert Fröde(1913-1988), o italiano Adolfo Celi(1922-1986), o americano de descendência  grega Telly Savalas(1922-1994), os também americanos  Putter Smith e Bruce Glover, o também americano de origem africana Yaphet Kotto(1939-2021) o francês Hervé Villenchaize(1943-1993), o mexicano Benicio Del Toro, o espanhol Javier Bardem,  o dinamarquês Mads Mikelsen dentre os muitos atores britânicos que fizeram grandes vilões na franquia 007 como Robert Shaw(1927-1978), Donald Pleasense(1919-1995), Charles Gray(1928-2000) Christopher Lee(1922-2015), Julian Glover, Michael Gorthard(1939-1992), Sean Bean  dentre vários outros das mais variadas nacionalidades que já representaram vilões, do mesmo modo  em relação as atrizes que fizeram as bond girls.

Enfim, que venham mais 60 anos para 007.