O Hobbit-Uma Jornada Inesperada, filme que pude conferir na noite de Sábado, 22 de Dezembro de 2012, tem como enredo a famosa Terra-Média de uma era antes da mostrada em O Senhor dos Aneís. Quem acompanhou, ou mesmo quem nunca acompanhou a saga de Frodo e companhia tanto na trilogia cinematógráfica quanto no romance do autor no qual foi baseado. Não fazem idéia de que esse também escrito por Tolkien é um prelúdio, um romance precedente da trilogia. Tolkien, um importante filologo, que para quem não nunca ouviu falar neste termo, é um nome dado para quem estuda o significado das letras, das palavras. Também professor universitário e que já serviu ao exécito britãnico na Primeira Guerra Mundial. Publicou primeiramente este romance em 1937, enquanto a famosa saga tripla de Frodo Bolseiro e companhia enfrentando Sauron só sairia bem mais tarde em 1954. A pedido da sua então editora, devido ao sucesso financeiro de O Hobbit.
O jornalista Newton Ramalho Júnior em sua coluna "Claquete", publicada na edição do Jornal de Hoje em Natal/RN no dia 21 de Dezembro de 2012 dedicada ao filme o descreve da seguinte maneira:
"Não é preciso muito esforço para
acreditar que quando John Ronald Reuel Tolkien rabiscou as primeiras linhas
sobre um mundo habitado por anões, elfos, dragões, e outros seres fantásticos,
ele mesmo jamais imaginaria que o fruto de sua imaginação se transformaria em
um fenômeno mundial, explorado com o melhor da tecnologia do cinema, na forma
do filme “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, do diretor neozelandês Peter
Jackson."
E realmente o que Newton descreve faz sentido. Mesmo porque Tolkien não teve o privilégio de prestigiar nenhum dos seus filhotes literários ganharem vida nas telonas. Quando foi lançado "A Sociedade do Anel"(2001), primeira parte da trilogia do "Senhor dos Anéis" seguida de "As Duas Torres"(2002) e finalizada com "O Retorno do Rei"(2003). O autor já havia falecido fazia 30 anos, essas três partes de "O Senhor dos Anéis" levado primeiro para as telonas, além de ter conquistado um bom faturamento em bilheterias nos três anos seguidos do começo da década de 2000 e além disso, juntos conquistaram o feito de ganharem 11 estatuetas do Oscars. Igualando-se a Ben-Hur(1959) e Titanic(1998), os únicos na história do cinema que chegaram a esse recorde de estatuetas. Mais uma vez a direção contando com a mão do neozelandês Peter Jackson, o responsável por ter levado 10 anos antes a famosa trilogia de Tolkien que era nada mais, nada menos do que uma continuação de O Hobbit.
Antes de dirigir a saga de O Senhor dos Anéis, Jackson já era um cineasta com um extenso curriculo cinematográfico, começou como amador. Seu primeiro filme foi o curta-metragem The Valley(1976). Em 1987, lança seu primeiro longa-metragem Trash-Nauséa Total. Produção de baixo orçamento, sem contar com estrelas no elenco e com um gênero de comédia mesclado com terror trash e ficção cientifica. E contou com o próprio Jackson no elenco. Essa sua primeira experiência deu um bom resultado agradando aos críticos. Em seguida veio Fome Animal(1992) um terror trash. Seguido de Almas Gêmeas(1994), o primeiro antes de O Senhor dos Anéis a torná-lo conhecido mundialmente, um dramático suspense de bastante sucesso na crítica que contou com Kate Winslet no elenco antes de ficar mundialmente famosa ao estrelar Titanic(1998). Seguido também de Os Espirítos(1996) um terror de comédia, que contou com o astro da trilogia de "De Volta para o futuro"(1985-89-90) Michael J. Fox.
Mas foi com a saga mistíca de "O Senhor dos Anéis", que o nome de Jackson passaria a decolar, a vingar e desta vez mostrando a que veio. Pode-se dizer que O Senhor dos Anéis gerou um divisor de águas na carreira de Jackson. Desde o começo, o meio e o fim daquela saga Jackson viveu no paraíso, no Monte Olimpo Hollywoodiano ao conquistar a critica, conseguindo obter um satisfatório faturamento bastante rentável, com investimento pesado em marketing e juntos terem investido num dos orçamento mais caros, além das premiações. Depois do feedback obtido por O Senhor dos Aneís, Jackson dirigiria em 2005, o remake de King Kong. Seu antigo sonho de infãncia, de quem ele é muito grato por influênciar na sua escolha de fazer carreira no cinema. Seguido de Um Olhar no Paraíso(2009) e recentemente produziu em conjunto com Steven Spielperg As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne(2011). Filme inspirado no investigativo repórter dos quadrinhos europeus criado pelo belga Hergé(1907-1983).
Tolkien, o pai de O Hobbit e O Senhor dos Anéis em traje militar numa foto datada de 1916.
E nesse seu mais recente filme, a primeira parte de uma nova trilogia cinematográfica, com a segunda parte prevista para ser lançada daqui a pouco em 2013 e sendo finalizado em 2014. O que posso descrever do que eu mais gostei nesse filme foi a maneira como ele proporcionou transmitir como bem descrevi acima a diversos públicos mostrar como aconteceu a primeira jornada de Gandalf numa missão que contou com a colaboração do tio de Frodo, Bilbo Bolseiro. Um comum camponês sendo escalado pelo Mago Gandalf para participar de uma missão, uma odisséia junto com anões beberrôes para defender a Terra Média do perigo do Dragão Smaug. Essa perversa criatura foi a responsavel por destruir o reino de Thorin, quem é o responsável por liderar a comitiva organizada por Gandalf, que tem como membros além de Bilbo, os anões: Bofur, Ori, Kili, Fili, Dwali, Oin, Bombur, Dori, Gloin, Balin, Nori e Bifur.
Bilbo surpreso com a inesperada visita dos anões em sua casa.
É o começo dessa primeira jornada organizada por Gandalf, O Cinzento. O prologo do filme começa com a narrativa em primeira pessoa do Bilbo um pouco mais velho dividindo a casa com o seu sobrinho Frodo escrevendo em seu diário relatando uma experinência que teve 20 anos atrás. A partir dai, a narrativa vai se desenvolvendo em mostrar como foi essa participação de Bilbo.
Pessoalmente, a impressão que posso descrever sobre o filme é assim das melhores, desde sua estética visual, com as belas paisagens contrastantes, do colorido campreste da vila de onde Bilbo vivia ao temeroso e sombrio ambiente dos seres demoniacos como os Orcs, os Wrangs ou mesmo as Aranhas Gigantes. A estética da trama eu achei muito bem elaborada, principalmente ao mesclar pitadas de humor para dar mais leveza aos momentos mais tensos e apavorantes do filme, como as cenas de batalhas. O efeitos especiais também ficaram uma maravilha, do mesmo jeito como fez na saga de O Senhor dos Anéis. Peter Jackson conseguiu um pouco de como posso descrever colocar a mesma atmosfera do mundo particularmente surreal criado por Tolkien. Um lugar habitado por seres que simbolizam tipicos arquetipos de seres imaginários como os elfos por exemplo, criando assim uma mitologia própria. Eu ousaria em descrever que tanto O Hobbit quanto o Senhor dos Anéis, o sucessor deste, Tolkien construiu um enredo para dois romances sequenciais criando uma atmosfera de um conto de fadas não só para crianças mas também para adultos. Numa trama cheia de suspense, com decifrações de muitos enigmas, muitos segredos e com muita adrenalina causada pelas cenas das batalhas. Tolkien parece ter se inspirado nas sagas do folclore medieval inspirado nas diferente sociedades tribais que formaram hoje o Reino Unido, como os celtas, os escrotos, os anglo-saxôes, mesclado ao folclore escandinavo ou mesmo germãnico quem sabe? Por quê se pararem para pensar o malvado dragão Smaug assemelha muito a um outro dragão também malvado, Fafnir da mitologia nórdica que foi destruido por um ferreiro chamado Siegfried na saga do Anel dos Nibelungos, que do mesmo modo como o Anel do Poder de Sauron em Senhor dos Anéis ele também despertava a cobiça de quem colocasse em seus dedos. No elenco, o filme conta com alguns atores que participaram da trilogia de "O Senhor dos Anéis", Ian McKellen, o Magneto da primeira saga cinematográfica de X-Men, repete o papel do mago Gandalf, O Cinzento. Além de Cate Blanchet repetindo o papel da Galadriel, Christopher Lee como Saurman, Hugo Weaving como Elrond, o feioso Smeágol/Gollum conta com o mesmo dublê Andy Serkis, Ian Holm que fez uma pequena participação num dos filmes da trilogia como Bilbo Bolseiro mais velho, também faz uma pequena participação nas cenas iniciais deste filme, agora como protagonista narrador. E para não esquecer também contou com a rápida aparição de Elijah Wood como o Frodo Bolseiro. Além de alguns rostos poucos conhecidos como o de Martin Freeman fazendo o cõmico Bilbo Bolseiro. Onde quem sabe no futuro ainda vai-se ouvir falar muito do nome do ator ou talvez não. De todo o elenco revelados na trilogia do Senhor dos Anéis, poucos foram os que conseguiram se firmarem na carreira. Mas niguém quando será o dia depois de amanhã.
Bom, mas para tirarem suas próprias conclusões é só conferir no cinemas. Ainda dá tempo.
Dragão Fafnir da mitologia nórdica.
Dragão Smaug: História semelhante a Fafnir.
Capa da primeira publicação de O Hobbit na versão original de 1937 com ilustrações do próprio Tolkien.
FONTE:
colunaclaquete.blogspot.com
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Hobbit_%28filme%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Der_Ring_des_Nibelungen
http://www.clickcultural.com.br/pop/galeria-por_onde_anda_a_galera_do_o_senhor_dos_aneis-16035-8.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/J._R._R._Tolkien
http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Jackson
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fafnir
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sauron