sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O HOBBIT- A PRÉ-HISTÓRIA DO SENHOR DOS ANÉIS.

Desde o final do ano passado quando li noticias e divulgações sobre o lançamento do filme O HOBBIT-UMA JORNADA INESPERADA. Eu vinha me preparando e tendo uma imensa expectativa a respeito desse filme. Não por acaso foi também nessa mesma ocasião, que eu comecei a ler o livro que deu origem a saga da trilogia literária escrita por John Ronald Reuel Tolkien(1892-1973) que assinava pela abreviação de J.R.R. Tolkien.  Essa edição que comecei a ler já era uma publicação antiga que minha irmã como era leitura assidua da obra literária deste principalmente depois que ganhou de presente da minha mãe uma edição grossa com a trilogia completa, incluindo Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei, e acompanhou toda a trilogia de filmes lançadas entre 2001-2003. No caso dessa edição de O Hobbit, ela  havia  ganhado de presente de uma amiga Durante estes anos todos depois que finalizou a trilogia cinematográfica de "O Senhor dos Anéis", eu pessoalmente nunca havia me despertado ao deleite de ler nenhuma dessas obras. Como coloquei ai em cima foi só depois de muito tempo. Bom, mas agora focando-se mais especificamente no filme aqui vai o meu comentário.

O Hobbit-Uma Jornada Inesperada, filme que pude  conferir na noite de Sábado, 22 de Dezembro de 2012, tem como enredo a famosa  Terra-Média de  uma era  antes da mostrada em O Senhor dos Aneís. Quem acompanhou, ou mesmo quem nunca acompanhou a saga de Frodo e companhia tanto na trilogia cinematógráfica quanto no romance do autor no qual foi baseado. Não fazem idéia de que esse também escrito por Tolkien  é um prelúdio, um romance precedente da trilogia. Tolkien, um importante filologo, que para quem não nunca ouviu falar neste termo, é um nome dado para quem estuda o significado das letras, das palavras. Também professor universitário e que já serviu ao exécito britãnico na Primeira Guerra Mundial. Publicou primeiramente este romance em 1937, enquanto a famosa saga tripla de Frodo Bolseiro e companhia enfrentando Sauron só sairia bem mais tarde em 1954. A pedido da sua então editora, devido ao sucesso financeiro de O Hobbit.





















O jornalista Newton Ramalho Júnior em sua coluna "Claquete", publicada na edição do Jornal de Hoje em Natal/RN no dia 21 de Dezembro de 2012 dedicada ao filme o descreve da seguinte maneira:


"Não é preciso muito esforço para acreditar que quando John Ronald Reuel Tolkien rabiscou as primeiras linhas sobre um mundo habitado por anões, elfos, dragões, e outros seres fantásticos, ele mesmo jamais imaginaria que o fruto de sua imaginação se transformaria em um fenômeno mundial, explorado com o melhor da tecnologia do cinema, na forma do filme “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, do diretor neozelandês Peter Jackson." 

E realmente o que Newton descreve faz sentido. Mesmo porque Tolkien não teve o privilégio de prestigiar nenhum  dos seus filhotes  literários ganharem vida nas telonas. Quando foi lançado "A Sociedade do Anel"(2001), primeira parte da trilogia do "Senhor dos Anéis"  seguida de "As Duas Torres"(2002) e finalizada com "O Retorno do Rei"(2003). O autor  já havia falecido fazia  30 anos, essas três partes de  "O Senhor dos Anéis"  levado primeiro para as telonas,  além de ter conquistado um bom faturamento em bilheterias nos três anos seguidos do começo da década de 2000 e  além disso,  juntos conquistaram o feito de ganharem 11 estatuetas do Oscars. Igualando-se a Ben-Hur(1959) e Titanic(1998), os únicos na história do cinema que chegaram a esse recorde de estatuetas. Mais uma vez a direção contando com a mão do neozelandês Peter Jackson, o responsável por ter levado 10 anos antes a famosa  trilogia de Tolkien que era nada mais, nada menos do que uma continuação de O Hobbit. 























Antes de dirigir a saga de O Senhor dos Anéis, Jackson já era um cineasta com um extenso curriculo cinematográfico, começou como amador. Seu primeiro filme foi o curta-metragem The Valley(1976). Em 1987, lança seu primeiro longa-metragem Trash-Nauséa Total. Produção de baixo orçamento, sem contar com estrelas no elenco e com um gênero de comédia mesclado  com terror trash e ficção cientifica. E contou com o próprio Jackson no elenco. Essa sua primeira experiência deu um bom resultado agradando aos críticos. Em seguida veio Fome Animal(1992) um terror trash. Seguido de  Almas Gêmeas(1994), o primeiro antes de O Senhor dos Anéis a torná-lo conhecido mundialmente, um dramático suspense de bastante  sucesso na crítica que contou com Kate Winslet no elenco antes de ficar mundialmente famosa ao estrelar Titanic(1998). Seguido também de Os Espirítos(1996) um terror de comédia, que contou com o astro da trilogia de "De Volta para o futuro"(1985-89-90) Michael J. Fox.
Mas foi com a saga mistíca de "O Senhor dos Anéis", que o nome de Jackson passaria a decolar, a vingar e desta vez  mostrando a que veio. Pode-se dizer que O Senhor dos Anéis gerou um divisor de águas na carreira de Jackson. Desde o começo, o meio e o fim daquela saga Jackson viveu no paraíso, no Monte Olimpo Hollywoodiano ao conquistar a critica,  conseguindo obter  um satisfatório faturamento bastante rentável, com investimento pesado em marketing e juntos terem investido num dos orçamento mais caros, além das premiações. Depois do feedback obtido por O Senhor dos Aneís, Jackson dirigiria em 2005, o remake de King Kong.  Seu antigo sonho de infãncia, de quem ele é muito grato  por influênciar na sua   escolha de fazer carreira no cinema. Seguido de Um Olhar no Paraíso(2009) e recentemente produziu em conjunto com Steven Spielperg As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne(2011). Filme inspirado no investigativo repórter dos quadrinhos europeus criado pelo belga Hergé(1907-1983).





 






Tolkien, o pai de O Hobbit e O Senhor dos Anéis em traje militar numa foto datada de 1916. 




E nesse seu mais recente filme, a primeira parte  de uma nova trilogia cinematográfica, com a segunda parte prevista para ser lançada daqui a pouco em 2013 e sendo finalizado em 2014.  O que posso descrever do que eu mais gostei nesse filme foi a maneira como ele proporcionou transmitir como bem descrevi acima a diversos públicos  mostrar como aconteceu a primeira jornada de Gandalf numa missão que contou com a colaboração do tio de Frodo, Bilbo Bolseiro. Um comum camponês sendo escalado pelo Mago Gandalf para participar de uma missão, uma odisséia junto com anões beberrôes para defender a Terra Média do perigo do Dragão Smaug. Essa perversa criatura foi a responsavel por destruir o reino de Thorin, quem é o responsável por liderar a comitiva organizada por Gandalf, que tem como membros além de Bilbo, os  anões: Bofur, Ori, Kili, Fili, Dwali, Oin, Bombur, Dori, Gloin, Balin, Nori e Bifur. 









Bilbo surpreso com a inesperada visita dos anões em sua casa.


É o começo dessa primeira jornada organizada por Gandalf, O Cinzento. O prologo do filme começa com a narrativa em primeira pessoa do Bilbo um pouco mais velho dividindo a casa com o seu sobrinho Frodo escrevendo em seu diário relatando uma experinência que teve 20 anos atrás. A partir dai, a narrativa vai se desenvolvendo em mostrar como foi essa participação de Bilbo.






















Pessoalmente, a impressão que posso descrever sobre o filme é assim das melhores, desde sua estética visual, com as belas paisagens contrastantes, do colorido campreste da vila de onde Bilbo vivia ao temeroso e sombrio ambiente dos seres demoniacos como os Orcs, os Wrangs ou mesmo as Aranhas Gigantes. A estética da trama eu achei muito bem elaborada, principalmente ao mesclar pitadas de humor para dar mais leveza aos momentos mais tensos e apavorantes do filme, como as cenas de batalhas. O efeitos especiais também ficaram uma maravilha, do mesmo jeito como fez na saga de O Senhor dos Anéis. Peter Jackson conseguiu um pouco de como posso descrever colocar a mesma  atmosfera do mundo particularmente surreal criado por Tolkien. Um lugar habitado por seres que simbolizam tipicos arquetipos de seres imaginários como os elfos por exemplo, criando assim uma mitologia própria. Eu ousaria em descrever que tanto O Hobbit quanto o Senhor dos Anéis, o sucessor deste, Tolkien construiu um enredo para dois romances sequenciais criando uma atmosfera de um conto de fadas não só para crianças mas também para adultos. Numa trama cheia de suspense, com decifrações de muitos enigmas, muitos segredos e com muita adrenalina causada pelas cenas das batalhas. Tolkien parece ter se inspirado nas sagas do folclore medieval inspirado nas diferente sociedades tribais que formaram hoje o Reino Unido, como os celtas, os escrotos, os anglo-saxôes, mesclado ao folclore escandinavo ou mesmo germãnico quem sabe? Por quê se pararem para pensar o malvado dragão Smaug assemelha muito a um outro dragão também malvado, Fafnir da mitologia nórdica que foi destruido por um ferreiro chamado Siegfried na saga do Anel dos Nibelungos, que do mesmo modo como o Anel do Poder de Sauron em Senhor dos Anéis ele também despertava a cobiça de quem colocasse em seus dedos. No elenco, o filme conta com alguns atores que participaram da trilogia de "O Senhor dos Anéis", Ian McKellen, o Magneto da primeira saga cinematográfica de X-Men, repete o papel do mago Gandalf, O Cinzento. Além de Cate Blanchet repetindo o papel da Galadriel, Christopher Lee como Saurman, Hugo Weaving como Elrond, o feioso Smeágol/Gollum conta com o mesmo dublê Andy Serkis, Ian Holm que fez uma pequena participação num dos filmes da trilogia como Bilbo Bolseiro mais velho,  também faz uma pequena participação nas cenas iniciais deste filme, agora como protagonista narrador. E para não esquecer também contou com a rápida aparição de Elijah Wood como o Frodo Bolseiro. Além de alguns rostos poucos conhecidos como o de Martin Freeman fazendo o cõmico Bilbo Bolseiro. Onde quem sabe no futuro ainda vai-se ouvir falar muito do nome do ator ou talvez não. De todo o elenco revelados na trilogia do Senhor dos Anéis, poucos foram os que conseguiram se firmarem na carreira. Mas niguém quando será o dia depois de amanhã.

Bom, mas para tirarem suas próprias conclusões é só conferir no cinemas. Ainda dá tempo.










Dragão Fafnir da mitologia nórdica.












Dragão Smaug: História semelhante a Fafnir.



















Capa da primeira publicação de O Hobbit na versão original de 1937 com ilustrações do próprio Tolkien.






FONTE:
colunaclaquete.blogspot.com
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Hobbit_%28filme%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Der_Ring_des_Nibelungen
http://www.clickcultural.com.br/pop/galeria-por_onde_anda_a_galera_do_o_senhor_dos_aneis-16035-8.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/J._R._R._Tolkien
http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Jackson
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fafnir
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sauron

sábado, 8 de dezembro de 2012

O ARTISTA- A HISTÓRIA DO FIM DO CINEMA MUDO

Chegando aos clima dos festejo de Natal e Ano Novo. Isso se o mundo não acabar no dia 21 de Dezembro de 2012 como previsto  segundo o Calendário Maia.  É chegando nesse clima que vou comentar a respeito de um dos melhores que pude conferir nesse ano. Estou me referindo "O Artista". 


CARTAZ DO FILME:

 


















A TRANSIÇÃO DO CINEMA MUDO PARA O FALADO.

O Artista foi uma execelente produção franco-belga, dirigido pelo francês Michel Hazanavicus, também responsavel por escrever o roteiro do filme. Cuja trama remete a toda uma atmosfera de retratar a visão de um importante momento histórico que a sétima arte estava passando definida por ela própria. Para simplificar é a história do cinema contada pelo próprio cinema. A começar pela sua estética, utilizando-se da antiga pelicula em preto e branco e com aúdio quase mudo, isso porque tem momentos onde há cenas que tocam BGMs, trilhas sonoras instrumentais. Um recurso muito comum de ser utilizado nos antigos filmes mudos desde o seu surgimento em 1895 por dois inventores franceses, os irmãos Augsute(1862-1954) e Louis Lumiére(1864-1948). A histrória do filme de uma maneira ficcional mostra os bastidores das grandes indústrias corporativas em pleno final da década de 1920, mais precisamente no ano de 1927, que representou um marco importante para a história do cinema, porque  nessa época foi lançado "O Cantor de Jazz", estrelado por Al Jolson(1886-1950) e contou com a direção de Alan Crosland(1894-1936). O pioneiro a marcar a história de  um dos muitos processos de transformação que a sétima passaria ao longo de todo o século XX.  E uma dessas tranformações que causou uma tremenda revolução foi a inclusão do recurso do aúdio da fala dos atores.






















Cartaz do filme "O Cantor de Jazz"(1927). Primeiro flime falado da história do cinema.





Antes de surgir esse recurso, os atores em cena quando tinham de dialogar e ninguém ouvia, lia-se uma grande legenda  que reproduzia  a fala dos personagens com  uma soundtrack instrumental normalmente de piano para conseguir criar mais emoção, mais dinãmica nas cenas. Que sem utilizar a audição das vozes dos atores, os diretores exigiam muito do desempenho corporal teatral, também de alguns recursos técnicos  circenses e, muita maquiagem caricata,  um pouco de elementos burlescos. E foi com esse tipo de caracterisitica que o cinema mudo consagrou Charles Chaplin.  


A idéia de colocar o som vocal dos atores, no primeiro momento agradou alguns como os executivos e desagradou a outros como os atores. Charles Chaplin foi o que mais se manifestou contra essa idéia de fazer filmes falados  onde as pessoas pudessem ouvir atravês da sua voz uma formula completa de dar vida ao seu consagrado personagem que se tornou o ícone do cinema, o mendigo Carlitos, também chamado por outros de O Vagabundo. Desde que este surgiu num curta lançado em 1914, intitulado "Corrida de automóveis para meninos". Pois argumentava que dessa forma o personagem ficaria completamente descaracterizado e acabaria morrendo. Mas de todo jeito acabou prevalecendo a inovação da utilização do audio vocal dos atores que passaram a gerarem um lucro mais imediato para as indústrias. Como uma vez bem comentou, minha professora Mariza Silva, na época da minha graduação no curso de História, quando uma vez que paguei uma disciplina dela sobre História Moderna, ela citou durante essa aula sobre um ditado que se encaixa perfeitamente nesta situação, diz o seguinte: "Tudo o que é novo dá medo".E foi justamente no momento que este tipo de recurso inovador trouxe para o contexto histórico cinematográfico, gerou um medo enorme principalmente aos atores. Estes detestavam a ideía de ouvirem suas vozes na tela, achando que poderia ficar rídiculo e não era só atores que tinham essa imensa preocupação, até mesmo os diretores. Foi nesse momento que eles criaram o recurso da dublagem. Isso porque nesses primeiros momentos os microfones, também chamados de booms eram  precariamente falhos.
























O ENREDO.
E vai ser dessa maneira que a trama de O Artista retratará de uma maneira até  sútil, mesclado a um pouco de comédia e um pouco de drama,  como bem poderia colocar, de como aconteceu essa transição do cinema mudo para o falado. A história como bem contei anteriormente tem incio em 1927. No filme a gente conhece George Valentin(Jean Dujadin) o maior galã do cinema hollywoodiano dessa época, demonstra ficar inconformado  quando seu empresário Al Zimmer(John Goodman) aparece lhe propondo para atuar num filme falado que era a grande sensação do momento mas ele se recusa, já que estava bastante preocupado em aquilo descaracterizar a sua maneira de "criar feições para suprir a falta de dialogos".( Extraido do texto de Marcelo Hessel do site OMELETE).

Valentin resisti em aderi a essa nova tendencia, achando que aquilo seria obsoleto, não iria atrair ninguém. Portanto resolve continuar a atuar filmes e produzidos. Mas logo não demoraria muito para ele sentir o declinio de sua carreira por causa de sua teimosia.















E enquanto a maioria das grandes indústrias e os grandes diretores resolvem aderir a nova tendencia,  Valentin ainda insisti em atuar, dirigir, produzir ou mesmo investir do próprio bolso os filmes mudos. O que acaba virando uma tentativa em vão, porque o retorno não tem sido muito satisfatório o que faz ele termina super empobrecido, esquecido e não  demorará muito para entrar no abismo do  transtorno depressivo, a ponto de enlouquecê-lo e o deixar desmotivado para tudo.






















E a única pessoa capaz de ajudá-lo para lhe tirar dessa barra será Peppy Miller(Bérénice Bejo), uma consagrada atriz, que era sua antiga fã, que vivia tietando ele no momento em que Valentin estava no auge. Foi por meio de Valentin que indiretamente a carreira de Peppy começou a dar os seus primeiros passos, quando esta passou num teste para participar de um filme lançado por ele. Depois que aderiu a nova tendencia dos filmes falados a carreira dela cresceu, enquanto ele movido pela resistência e orgulho em não aderir a essa inovação viu sua carreira entrar em declínio total. 
Será Peppy Miller a responsável por ser o grande anjo da guarda na vida de Valentin. Movida pelo gesto gratidão que tem por ele.

O que posso descrever da impressão que o filme me causou, assim mais do que um filme que carrega como estética em plena época de modernidade tecnológica do século XXI,  de dois recursos tão ultrapassados seja na película em preto ou na ausência de fala dos atores, conseguiu transmitir  de uma forma ao mesmo poéticamente romantizada e ao mesmo densamente dramática  os bastidores de um período da Era de Ouro do Cinema vivendo a sua fase como posso definir primeira transformação revolucionária. Foi vencedor de cinco Oscars, entre eles melhor filme,  melhor ator para Jean Dujardin e de melhor diretor para Michel Hazanavicus. Que pela coincidência de ambos serem franceses e terem entre todos os filmes concorrentes como  A Invenção de Hugo Cabret, que se utiliza meio que da mesma idéia, mas mostrando a origem do cinema na França, que também foi premiado. Chegou a gerar o comentário de alguns criticos acharem que a cerimônia do Oscar desse ano teve sotaque francês. Mas tirando essas polêmicas a parte, posso colocar  que o filme é magnifico, com uma trama bem elaborada, e ainda mais transmitindo um conceito interessante de valores hoje em dia raro nas pessoas, como a gratidão, mostrada principalmente pela Peppy ao ajudar e estender a mão para  seu antigo idolo Valentin agora decadente, endividado e transtornado.  Além claro de prestar uma homenagem a uma das artes mais apaixonantes de todas as classes sociais, o cinema. Portanto quem ainda não teve a oportunidade de prestigiar o filme nas salas de cinema, é só procurar em alguma loja o DVD ou Blue Ray ainda mais agora que estão nas promoções de Natal. 
Confiram, eu recomendo.

domingo, 2 de dezembro de 2012

A SENSUAL LARA CROFT.



 INTRODUÇÃO:

Seguindo a sugestão de um amigo que admira essa personagem, tanto no cinema quanto no videogame, me coube então a tarefa de escrever uma postagem dedicada a mais sensual das heroínas que o cinema já conheceu. Estou me referindo a Lara Croft. O  meu maior desafio  ao fazer essa  postagem, é  descrever de onde se originou,  que foi num jogo de videogame, e isso e uma coisa da qual não estou familiarizado. E quando comentei isso com esse meu amigo, ele me sugeriu então que eu fizesse um comentário só do filme e é o que vou me ater aqui.


















Imagem de Lara Croft do game.








 
AS ORIGENS DA HERÓINA.

Lara Croft-Tomb Raider é a história de uma importante arqueóloga inglesa que teve uma história trágica na infância, quando tinha conseguido sobreviver a um acidente de avião na Cordilheira do Himalaia, nesse acidente a mãe dela foi dada como desaparecida. Com isso ela acabou sendo criada apenas pelo pai, o importante arqueólogo de sangue azul Richard Croft, cujo título de nobreza é Conde de Abbingdon. Depois que este faleceu, ela além de adquirir todos os bens do pai e se tornar Condessa de Abbingdon, também herdou a sua paixão pela arqueologia.  O primeiro lançamento de  Lara Croft como jogo de videogame aconteceu em 1996, criado por Toby Gard na empresa Eidos.  Que não demoraria muito para além de rapidamente conquistar o mercado dos games, despertaria também o interesse dos grandes executivos de cinema para transportá-la das telas do videogame para as telonas.  Quando lançaram o primeiro filme intitulado Lara Croft-Tomb Raider(2001). Contando com a direção de Simon West, e teve Angelina Jolie como protagonista. Conseguindo arrecadar US$ 432 milhões de dólares, chegando a inspirar uma sequência lançada dois anos depois intitulada Lara Croft-Tomb Raider- A Origem da Vida(2003), outra vez contando com Angelina Jolie como protagonista e sob a direção do holandês Jan de Bont, cujo  orçamento foi de US$ 90 milhões de dólares.  Antes de esse papel pertencer a dona de belos carnudos, olhar sensual de felina e corpão bem dilapidado. Outras belas atrizes haviam sido cotadas  para fazer o papel da heroína sex symbol do mundo dos games. Mas o papel acabou ficando mesmo foi com ela, que conseguiu colocar um perfil bem mais sexys com os trajes apertados da personagem, que criou uma perfeita combinação entre o traçado sensual dela nos games, junto com  a beleza femme fatale da atriz.


 














Angelina Jolie como Lara Croft.







 
A ASCENÇÃO DE ANGELINA JOLIE.
A personagem foi um divisor de águas na carreira da atriz cujo talento vem do DNA de seu pai Jon Voight. Antes de estrelar esse filme, ela já tinha extenso currículo cinematográfico, ainda pequena estrelou  junto com seu pai, o filme Locking´to Get Out(1982). Mas foi bem mais tarde, chegando a maioridade de seus 18 anos que ela começaria a dar seus primeiros importantes passos em Hollywood quando fez Cyborg 2(1993),  em seguida fez Hackers(1995), depois  Rebeldes(1996), cuja trama era mostrando um grupo de jovens colegiais sendo assediadas pelo professor. Em 1997, protagonizou o difícil papel da modelo Gia Carangi no filme televisivo Gia-Fama e Destruição. Onde recebeu bons elogios, vindo em seguida a Colecionador de Ossos (1999), Garota Interrompida (1999), o eletrizante 60 Segundos (2000). Até finalmente chegar a esse papel que a fez decolar de vez, subindo para  o Monte Olimpo das  grandes estrelas hollywoodianas.  Fazendo posteriormente outros filmes, com  papeis de heroínas sensuais, entre essas  as que destaco é a Jane Smith em Sr e Sra. Smith(2005), um interessante filme com um bem bolado enredo de ação com muito tiroteio, perseguição, intrigas, suspense mesclado com umas  pitadas de comédia romântica, sobre o casal de espiões John(Brad Pitt) e Jane Smith(Angelina Jolie), que não sabiam da vida um do outro até o momento em que recebem a missão que suas agências lhes incumbiram é eles eliminarem quem? Eles mesmos. Para mim, Sr e Sra. Smith foi o melhor filme que Angelina Jolie fez entre todos os que já tive a oportunidade de conferir depois de Lara Croft.
Muito mais  do que o enredo bem elaborado, o filme é mais   lembrado pelo conturbado episódio sobre como deu inicio a história de amor na vida real entre Angelina Jolie, com o seu parceiro de cena Brad Pitt, principalmente em um momento em que Pitt estava declarando publicamente sua separação da atriz Jennifer Aniston, que por 10 anos ficou popular pelo papel da Rachel Green na série televisiva Friends.  E essa suposta ideia dos dois terem tido um flerte durante os meses de filmagens fez com que os tabloides investissem pesado em constantemente noticiar esse episódio para vender. O que isso quase manchou a reputação de Jolie, já que ela foi bastante vista pelos olhos da sensacionalista imprensa marrom como a pivô da separação.  Ambos haviam na época negado que estivessem namorando, mas só depois da situação ter se acalmado é que resolveram de vez assumir publicamente o relacionamento.
Bom, mas tirando de lado essa situação tempestuosa, que a interprete de Lara Croft teve de lidar, vou agora comentar um pouco sobre os rumores a respeito do lançamento do próximo filme da heroína com estreia prevista para 2013.



















 Lara Croft de Biquini, mostrando o belo corpo escultural de Angelina Jolie





 
RUMORES SOBRE NOVO FILME:
Há uns dois anos vêm aparecendo e sendo noticiado, muitos rumores sobre o provável novo filme da franquia da heroína, versão feminina de Indiana Jones.  Sendo  que desta vez, seguirá uma estética de  reboot, um prequel contando a origem dela, mostrando uma Lara Croft um pouco mais nova e completamente inexperiente na função de exploradora de artefatos.  A produtora que adquiriu os direitos da nova  adaptação, tem andado criteriosamente estudando uma maneira de concretizar essa nova empreitada, onde desta vez não contará com Angelina Jolie repetindo o papel que a consagrou. O desinteresse é bastante recíproco. Tanto a atriz declarou que não gostaria  e nem muito menos pretende se envolver em futuros  projetos de filmes  ligado a personagem. Se  ela mesma demonstra está desinteressada no projeto, os produtores também não demonstraram interesse nenhum em escalar Jolie para repetir o papel. O que gera o surgimento de novos rumores sobre as prováveis atrizes escaladas para fazer a nova Lara Croft no cinema.  Bom, alguns podem até ficarem com um pé atrás em imaginar que a nova atriz escalada conseguiria demonstrar o mesmo brilho, a mesma sedução e a mesma perfomance e colocar nela o mesmo  de mulher de personalidade forte como a Angelina Jolie encarnou bem nos dois filmes? Seria através da personagem  que essa nova atriz,  pode virar uma nova estrela hollywoodiana como ela? Bom, recentemente quando assisti a Batman-O Cavaleiro das Trevas Ressurge, eu fiquei com um pé atrás quanto a probabilidade  de ver Anne Hathaway encarnar a Mulher-Gato, uma das que eu tenho preferência  entre todas as personagens sensuais das HQs, da qual cresci criando um feitiche por ela depois de repetidas vezes conferir a perfomance de Michelle Pfeiffer incorporando esse mesmo papel em Batman-O Retorno(1992). Marcado pelas antológicas cenas de miados, rosnados e umas eletrizantes  acrobacias circenses. Fiquei imaginando se o desempenho  dela poderia ou não superar o de  Michelle Pfeiffer. E depois que conferi ao filme, assim só o que posso descrever é que fiquei bastante surpreso com o desempenho dela mostrando ter uma química natural com Christian Bale, protagonista do Morcego e consegui a meu ver ela conseguir chegar ao mesmo nível de Michelle Pfeiffer. O mesmo posso dizer quanto a se esperar dessa nova atriz que fará a sensual heróina dos games no cinema. O que posso reforçar é esperar para ver e darmos uma oportunidade para ela mostrar o seu brilho, assim como Angelina Jolie conseguiu mostrar o seu brilho com essa personagem 10 anos atrás.

 
E sobre esses questionamentos sem uma resposta imediata, só o que concluir como esse meu amigo que gosta de Lara Croft sempre costuma é “Veremos”. E reforço também dizendo que só o tempo dirá até o momento em que ao chegar  2013, e ainda não houver a concretização desse filme, ai sim saberemos sobre se os rumores são autênticos ou são pura fantasia tendenciosa.






 
 
 
 
 
 
 
 Karina Adebide, Cosplay de Lara Croft.
  
 
 
E para terminar, gostaria até de esclarecer um detalhe curioso sobre o certo exagero que a personagem transmitiu sobre a vida de quem trabalha na arqueologia. Nas poucas vezes em que assisti aos dois filmes, no meu ainda útil aparelho pré-histórico do videocassete, às fitas VHS.  Nessa época, eu ainda não tinha entrado na minha graduação universitária, só quando entraria um pouco mais tarde, fazendo Licenciatura em História numa Universidade Particular
  









Cartaz do filme Lara Croft-Tomb Raider-A Origem da Vida(2003).
Outra vez protagonizada por Angelina Jolie.





Eu confesso que eu ficava bastante impressionado com a maneira como o filme mesmo de uma forma fantasiosa mostra como é exaustivo o trabalho de quem pesquisa nessa fascinante área da investigação arqueológica.  Ainda mais, que durante minha graduação e quando paguei a disciplina de Arqueologia é que você se depara o quanto que na vida real o trabalho de um investigador nessa área, de um caçador de artefatos é muito diferente do que é mostrado pela Lara Croft, não é nada dessa coisa romantizada poética. 


















Outra imagem de Lara Croft no videogame.






Esses excessos de licenças poéticas não ocorrem só quando ela ao se deparar numa  escavação com um objeto místico que de repente  provoca mudança  em todo mundo, como por exemplo,  controlar o tempo, mas está também no próprio retrato da condição social vivida pela personagem, uma nobre herdeira de uma fortuna  deixada pelo pai também arqueólogo.  Na realidade, pela formação que tenho, sei muito bem que dificilmente quem trabalha como arqueólogo, principalmente aqui no Brasil viveria  uma vida luxuosa como a Lara Croft.  Ou seja, assim, a única coisa que tenho de reclamar da personagem é que ela pela condição social cria uma falsa ideia de que o profissional dessa importante área é rico. Bom, mas isso é um detalhe de menor importância, não vai diminuir sua popularidade entre os fãs da sua franquia de games. Do mesmo modo que muita gente que critica o Batman  por este se apresenta estar mais distante da realidade mesmo não se utilizando de superpoderes, pelo fato de ser representado por um sujeito da elite, como o milionário Bruce Wayne, o não diminui e nada sua popularidade e sua forte influência como o herói mais rentável entre todas as publicações dos quadrinhos da DC. Ou o que dizer de James Bond, o sedutor agente secreto, que em todas as perigosas missões em que participa utiliza-se dos mais sofisticados armamentos, viaja para os cantos mais exoticamente paradisíacos em diferentes lugares do Planeta, indo desde uma Ilha Tropical a um local montanhoso e nevado. Vestindo gravatas e paletós finos, dirigindo carros de luxos e bem equipados com artilharia pesada, bebendo um bom Martini Batido, Mas Não Mexido e se aventurando com lindas mulheres que ele nem faz ideia de serem altamente perigosas. Bom, também não é preciso você  conhecer alguém como investigador  da policia para observar os excessivos exageros com o que demonstra principalmente ao lidar com todo um requinte, o que não diminui a admiração de apreciadores desses longos 50 anos da sua franquia cinematográfica.














Perfomance de Angelina Jolie como Lara Croft.


Ou mesmo, para finalizar de vez, posso descrever que não é porque Hollywood costumar glamorizar as  outras de pesquisa acadêmica além do que eu citei a arqueologia por causa da Lara Croft, como um físico, um químico, um biólogo, um psicólogo   ou mesmo um geólogo, mesmo a gente sabendo que na realidade é impossível a gente observar eles vivendo uma vida desse nível, que isso vai diminuir a importância deles. Assim como acontece deles se excederem na glamorização do setor militar, que também vai diminuir a importância deles ou mesmo se na própria glamorização de seus artistas, que mesmo a gente sabendo que ninguém enriquece tão fácil como ator, ou mesmo cantor, isto também em nada a importância deles para a arte. Bom agora, depois disso tudo o que escrevi,  só  resta agora  é esperar.


FONTE: