terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

RESENHA DOS FILMES OS MISERÁVEIS E JOÃO E MARIA: CAÇADORES DE BRUXA
























Durante estes dias de Folia, fui conferir no cinema dois exelentes filmes em cartaz, em comum ambos são livres adaptações cinematográficas de obras literárias clássicas,  com estéticas e abordagens sobre pontos de vistas bem diferentes.





















Começarei comentando sobre o primeiro filme que conferi durante esses dias de farra carnavalesca, esse primeiro  foi "Os Miseráveis", na tarde de Domingo, 10 de Fevereiro de 2013, no Praia Shopping.  
Os Miseráveis é uma adaptação cinematográfica de um musical da Broadway, cuja inspiração foi num famoso romance literário clássico do escritor francês Victor Hugo(1802-1885), cuja primeira publicação data de 1862. A trama de "Os Miseráveis" tem como cenário, retratar a França do século XIX em diferentes passagens de tempo, em diferentes momentos históricos tumultuados que a França viveu neste século e  sempre pela ótica de Jean Valjean(Hugh Jackman). Na primeira passagem do filme, começa a história sendo ambientada na França do começo deste século, na fase Pós-Revolução Francesa e vivendo o auge do Império Napoleônico. O protagonista Jean Valjean já aprisionado por roubar um simples pão para alimentar sua irmãÉ nesse ambiente que durante um dia chuvoso Jean Valjean participa de uma atividade externa de carregar madeiras pesadas nas galés. É nesse lugar que ele conhece o homem que vai sempre aparecer em seu caminho para atormená-lo no decorrer da obra, estou me referindo ao Inspetor Javert(Russel Crowe). Em diálgos cantados a história vai se desenvolvendo na longa odisséia de Jean Valjean depois de coneguir sair da prisão, atravês da liberdade condicional depois de cumprir 19 anos de prisão. Valjean vai enfrentar agora a hostilidade da sociedade ao estigmatizá-lo por ser um ex-preso.
A única pessoa que o acolhe é o benevolente Bispo Myriel na sua Igreja. Valjean nesse momento desesperado, e sem ter mais noção do certo e do errado, acaba cometendo o roubos dos talheres prateados e foge, logo é pego em flagante pela polícia, e mandado de volta para a Igreja na presença do Bispo, é o próprio que o salva alegando que os talheres de prata foi um presente para ele. 

É nesse momento,  que Valjean passa a voltar a preceber a noção do certo e do errado e resolve mudar de vida adotando diferentes nomes. 

Depois dessa primeira passagem, o filme vai se desenvolvendo em momentos diferentes. Muito tempo depois de Valjean ser libertado, ele agora utilizando uma nova identidade é dono de uma fábrica de tecidos. Onde tem Fantine(Anne Hathaway), como uma de suas funcionárias. Ela é bastante hostilizada pelas suas colegas. Ainda mais depois que uma delas descobre o segredo de Fantine, ela tinha uma filha Cosette. A menina vivia aos cuidados  do casal Monsier(Sacha Baron-Cohen) e Madame Thenardieu(Helena Bonham Cartter) donos de uma pousada de onde ela foi empregada e que vivem explorando e maltratando a pequena Cosette. Quando todas na fábrica souberam do segredo de Fantine, não teve outro jeito ele acabou sendo demitida e foi parar nas ruas dos submundos perifericos de Paris, onde não viu outra escolha a não ser prostituir para sobreviver e dessa maneira pagar o montão de dívidas contraídas com os  Thernadieurs. 


Em paralelo ao drama de Fantine, Valjean se depara de novo com Javert, que no primeiro momento  não consegue reconhecer Valjean.  Isso até o momento em que Javert ao perceber Valjean ajudando a levantar uma madeira de carroça quebarada e faz um movimento que faz Javert remeter  um prisioneiro levantando as galés e de uma forma muito semelhante, é então que Javert que começa a deduzir que Valjean depois de tanto tempo, pôde vê-lo solto  justamente como homem mais importante na sua frente. É também nesse momento que Valjean se oferece para ajudar Fantine, que muito doente, acaba morrendo. E com a morte dela, Valjean resolve assumir a tutela de Cosette. Essa passagem termina com Javert chegando para Valjean comentando que ele estava enganado em suspeitar dele ser um ex-prisioneiro da condicional, que eles conseguiram encontrar na figura de um pobre homem inocente pensando que era o próprio. Este fica completamente  em dúvida, se vai ou não ao tribunal e assumi a sua verdadeira identidade, não deixando uma  pagar pelos seus crimes como bode expiatório. E termina justamente ele admitindo que é o verdadeiro Valjean.


Já nas passagens finais do filme, a história vai se desenvolvendo muito anos depois da morte de Fantine, Cosette(Amanda Seyfried) agora uma linda mulher feita, e ainda sobre a tutela de Valjean. É nessa passagem que Cosette irá despertar o coração de Marius(Eddie Redmayne), um jovem idealista que participa de um movimento   armado contra a opressão governista. Marius também desperta o coração da bela jovem Eponine(Samantha Barks). Essa Cosette bem conhece, já que ela é  filha do casal Thenardieurs, a quem Cosette a conheceu quando ainda vivia sendo hulmilhada na pousada destes. Os Thenardieurs aparecem nessa passagem agora completamente falidos, vivendo de aplicar pequenos golpes. É nesse conflituoso cenário poítico francês que Valjean mais uma vez irá se deparar com Javert, e terão os seus acertos de contas.


Bom dessa longa descrição da trama, vou descrever as minhas impressões  a respeito do filme nos quesitos técnicos e artisticos. Primeiro artisticamente, eu achei a trama do filme ótima, uma trama bastante densa, onde atravês dos diálogos musicados, o filme consegui transmitir ao espectador muita emoção que são bem captados pelos personagens. Confesso, que antes de conferir ao filme ainda não tive a oportunidade de fazer uma leitura dessa obra de Victor Hugo, portanto seria impossível bancar o chato de colocar uma comparação com a obra hugoana, colocando nuances  ou mesmo passagens do livro que ficaram de fora no filme. No entanto,  posso colocar que ele conseguiu justamente captar a essência critica da visão de Hugo sobre o caótico cenário da França neste perídodo. A obra transpõe para os leitores a imagem de uma sociedade da França  ignorada. Normalmente, quando se fala em França, se associa logo ao glamour, as artes, a escritores geniais, a elegãncia, a capital Paris-Cidade Luz, sempre com esse tom poético e meio mascarado. Mas a visão que Hugo transpoê e na qual posso colocar que o filma capta bem, é de uma França sem máscara com uma camada da  população pobremente excluida, que vivem a margem da sociedade, vivendo a mercê da promiscuidade e representados nas figuras de Jean Valjean e Fantine, carregando os estigmas impostos por gente muito  mediocre. Não tem quem ao assistir o filme não sinta as dores de Valjean ou mesmo de Fantine, e não sinta desprezo por Javert. E para finalizar, posso colocar que o filme no aspecto técnico também conseguiu captar a atmosfera do clima tenso vivido pela França.  A cenográfia conseguiu recriar a atmosfera da França sem máscara como já coloquei, um país tão reverenciado pela elegãncia, também esconde o lado podre e ignorado atravês das populações das periferias. Os figurinos também ficaram perfeitos recriando as vestimentas típicas do século XIX. Desde as mais simples como a usada por Valjean na prisão, até mesmo as mais elegantes. Quem assume a direção do filme é Tom Hooper, cineasta que carrega um bom curriculo cinematográfico. O elenco está brilhante, Hugh Jackman como Jean Valjean, consegue colocar nele a visão de um sujeito malvisto pela sociedade, algo parecido com o mutante com garras de aço Wolverine da franquia cinematográfica de X-Men, onde lida do mesmo jeito que Valjean com o desprezo e o estigma da sociedade. Russel Crowe como o desprezivel Inspetor Javert nem de longe lembra que já foi o oprimido  herói Maximus em Gladiador, Anne Hathaway me surpreendeu com a interpretação chorosa da sófrida Fantine, depois de ter arrasado como a sensual Mulher-Gato em Batman-O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Amanda Seyfried também desempenha um excelente perfomance  como a Cosette e Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen mostram uma ótima desenvoltura cômica nos respectivos  papeis do casal Thenardieurs. 

É um ótimo filme com uma  estética  para se apreciar como obra de arte.






Bom, mas agora que conclui meu comentário sobre Os Miseráveis, vou iniciar uma resenha sobre outro filme em cartaz, que também conferir durante as festividades do Carnaval. Assim como Os Miseráveis, ele também é uma livre adaptação de uma clássica obra literária. Estou me referindo a "João e Maria: Caçadores de Bruxa".















  







Já quanto a "João e Maria:Caçadores de Bruxa", filme que conferi na tarde de Terça-Feira, 12 de Fevereiro de 2013, no Midway Mall.  Com direção do norueguês Tommy WirkolaA trama é uma livre adaptação do famoso conto de fadas escrito por dois alemães: os irmãos Jacob(1785-1863) e Wilhelm  Grimm(1786-1859). João e Maria, ou Hansel und Gretel como é o título original dos protagonistas. A versão clássica de João e Maria,  sempre contada e recontada para crianças das mais  diferentes gerações, seja ouvindo das suas professorinhas de maternal  ou mesmo lida por seus pais. 
Todo mundo sabe quase que decorado que João e Maria trata da história de dois irmãos, filhos de um pobre lenhadorUm dia, João e Maria decidem sair de casa e passam caminharem pela floresta. No caminho, eles decidem jogar migalhas de pão para poderem se orientarem na  volta, como fez o herói Teseu na Mitologia Grega ao entrar no labirinto para combater o Minotauro. Ele desde que entrou no labirinto jogou um novelo para se orientar no retorno.
Mas acontece que eles não contavam que um bando de passarinhos apareceria para comer as migalhas de pão. E na floresta que eles se deparam com uma casa de doces, onde são bem recepcionados por uma simpática senhora que os  oferecem uma fartura destas guloseimas. Elas de tão alegres nem imaginam o perigo de que aquela simpática senhora é na verdade uma bruxa que esperava eles engordarem para transformá-lo em aperitivos para ela devorar. No final, todo mundo sabe que eles acabam conseguindo derrotarem a bruxa e voltam para os seus país.

Isso é o que a versão que país e as professorinhas de maternal costumam repassarem para as crianças, principalmente no quesito que diz respeito aos valores éticos e morais transmitidos por esses  contos, como por exemplo tomarem cuidado ao falarem com estranhos. E por isso são tão elogiados e referenciados. Mas conseguiriam eles  imaginarem como viveriam essas mesmas crianças crescidas? 

É o que "João e Maria: Caçadores de Bruxa" proporciona, uma nova visão sobre as duas crianças. Agora um homem e uma mulher feitos, dessa vez não mais tão inocentes e muito menos igênuos, mostrando que tem valentia para enfrentar qualquer bruxa malvada. 

No filme, o enredo se desevolve da maneira como sempre é conhecida e da qual descrevi acima, com os protagonistas crianças caminhando pela floresta. Vai seguindo uma certa "fidelidade" com a trama literária.Com o difencial de o filme mostrar eles indo para floresta  por uma imposição dos pais, a maneira como essa passagem deles caminhando pela floresta é transmitida difere bastante das descrições literárias. No filme,  essa passagem é mostrada com uma atmosfera sombria, sem muito aquela caracteristica colorida como é descrito nos contos. A famosa casa de doces da bruxas, mostrada também  no filme, não tem esse aspecto exageradamente colorido, assim como os protagonistas logo de cara mostram que diferentemente das crianças bobas dos contos de fadas, eles dois de bobos não tem nada e mostram já terem coragem  matá-la. É com essa valentia que eles se especializam em caçarem e matarem bruxas.


  É dessa maneira que ocorre a construção e o desenvolvimento da narrativa  da trama. Chegando  ao passar dos anos, os dois  já adultos, agora como habeis caçadores profissionais de bruxas, vivendo uma vida errante após destruirem a Bruxa da Casa de Doces, os dois nunca mais souberam do paradeiro dos seus país e mostrando não terem nada de ingênuos e bobinhos e podendo até praticar umas atitudes politicamente incorretas. João(Jeremy Renner) e Maria(Gemma Arterton) se tornaram duas grandes celebridades com os nomes estampados em publicações dos jornais de todos os vilarejos, pelas incriveis façanhas de  caçarem e matarem os temidos seres malignos utilizando-se de espadas e arcos flechas.

E será durante uma das caçadas a malvada Bruxa Negra Muriel(Famke Janssen), que eles iram se deparar com algo que pode botar em risco suas reputações de caçadores de bruxas e ainda tentarem impedir que ela continue perseguindo mais crianças dos vilarejos para sacrificá-las num sangrento ritual lunar.

Como já havia descrito acima, a livre adaptação do famoso conto de fadas dos Irmãos Grimm cria  uma nova roupagem, uma visão completamente inovadora e ousada de imaginá-los como eles seriam  adultos. Não é a primeira vez que o cinema tenta tomar essa iniciativa de transformar crianças  dos contos de fadas em adultos. Em 1991, o consagrado gênio do cinema Steven Spielberg, teve a fantástica e porque não dizer brilhante idéia de levar o Peter Pan, o menino que não queria crescer em homem feito no filme "Hook-A Volta do Capitão Gancho". Naquele filme, que teve o comediante Robin Willians como protagonista do Peter Pan adulto, representado na figura de um brilhante  advogado e executivo bem-sucedido, casado e pai de dois filhos com a Wendy, a mesma menina que ele a havia levado para Terra do Nunca junto com seus dois irmãos menores John e Michael. Em "Hook-A volta do Capitão Gancho", o Peter Pan adulto já tinha esquecido completamente da sua vida de criança na Terra do Nunca, desde que resolveu sair de lá e foi viver no mundo de Wendy. Nem mesmo conseguia se lembrar dos Meninos Perdidos, da Fada Sininho e dos pervesos piratas do Capitão Gancho.  Até chegar o momento em que ao receber a visita da intrepida Fada Sininho(Julia Roberts) lhe contando que  Gancho(Dustin Hoffman) havia sequestrado os seus filhos.  Ele resolve voltar para a Terra do Nunca, reaprender a voar para além de enfrentar uma grande e decisiva batalha contra o Capitão Gancho e salvar seus filhos, ele precisava adquirir de novo a essência de criança dentro dele. Detalhe que Hook-A volta do Capitão Gancho, mesmo mostrando uma versão repaginada sobre o famoso menino que não queria crescer, ou seja, uma livre inspiração de um clássico da literatura infantil britãnica  escrito por James Matthew Barrie ou J.M. Barrie(1860-1937) como costumava assinar, cuja primeira edição publicada data de 1911. 
 Nela foi mantida a essência característica transmitida pelos livros, mesmo agora o personagem já sendo adulto, principalmente no que diz respeito da transmissão de valores. Spilberg construiu a trama de uma maneira tão mágica, tão explendida mas sem precisar fugir do universo fantasioso infantil do livro, a transformando num típico filme de entrenimento que pudesse agradar  tanto as crianças quanto aos adultos poderem assistirem.

Já em se tratando de "João e Maria:Caçadores de Bruxa", pode  observa-se que da maneira  como foi construida a estética da trama  nessa versão cinematográfica inspirada no clássico dos Grimm. O que os diferencia de "Hook-A Volta do Capitão Gancho". É como já descrevi, e de forma resumida posso colocar que a grande diferença de João e Maria adulto para o Peter Pan adulto, está na maneira como foi construida  as tramas desses diferentes filmes: Enquanto que Hook, ao mostrar o Peter Pan adulto, procurou manter certas caracteristicas da essência do personagem de Barrie. Em Caçadores de Bruxa, carrega o objetivo de mostrar um João e Maria adultos adqurindo personalidades e perfis que em nada lembram as suas essências  dos conto descritos  pelos Grimm, principalmente em serem descritos como as típicas crianças ingênuas e indefesas.

Na atualidade, psicólogos, pedagogos e até mesmo críticos literários andaram escrevendo e publicando artigos a respeito de suas  decifrações e descobertas de passagens ocultas a respeito das fontes que inspiraram  as famosas histórias dos contos de fadas. Levando a crer  que estes contos como conhecemos sempre esconderam um lado dúbio. Principalmente em se tratando da ocultação de passagens sobre sentimentos de inveja, práticas de canibalismo, estupro, rituais satãnicos, práticas de erótismo entre outras situações um tanto barra pesada. João e Maria também não foge a essa regra, o conto cuja primeira data de publicação não é muito precisa, mas garante-se que  seja contemporâneo por exemplo de "Os Miseráveis", livro que inspirou o filme musical no qual descrevi acima.

Quando escreveram João e Maria, os Irmãos Grimm, assim como quando escreveram muitos de seus outros contos, se inspiraram nos relatos orais das lendas que ouviam nos vilarejos onde moravam. Nas descrições  orais  de João e Maria, os dois irmãos são mandados para a floresta por imposição do pai, que não tinha condições de cria-los, de tão pobre que era e em outras há a descrição de no lugar da bruxa tentar devorá-los, é um demônio, e para acabarem com essa horrenda criatura elas pegam uma faca e cortam o seu pescoço, ficando com o dinheiro e a carroça. Na descrição original de João e Maria, com toda uma característica foloclórica que em nada lembra a inocencia e a pureza que os adultos costumam relatar  para as crianças gerações após gerações. Também existem descrições que João e Maria são " uma versão esterilizada para a classe média do século XIX, mas a original era uma admoestação da dureza da vida na Idade Média. Devido á fome e á constante escassez de comida, o homicidio infantil era uma prática comum na Idade Média. Nesta história, os irmãos são deixados num bosque para que morram ou desapareçam  porque não podem ser alimentados."*


Confesso não ficar muito surpreso quanto a estas suspostas novas interpretações que lidam o lado oculto dos contos de fadas. Mesmo porque como tenho formação em Licenciatura em História, e aprendi muito bem durante os meus quatro anos de graduação que os eventos históricos não são programados e nem muito menos ocorrem por mera casualidade. Para compreendê-los não basta só o estudante de Fundamental e Médio ficar decorando datas, nem muito menos os episódios e nem o nomes dos heróis, como se fosse a coisa mais fácil de aprender do que um cálculo de matemática por exemplo. A história não é uma ciência exata como bem aprendi durante meus quatro anos de  gradução, e aprendi também que os santificados heróis não eram tão perfeitos  como seres humanos e também carregavam sua face dúbia.  E para acontecer os importantes episódios haviam outras  determinadas circunstãncias e atecedentes para ser possível de acontecer. Portanto, posso assim  colocar que assim como os importantes nomes da história, os personagens dos contos de fadas também  estão acima do bem e do mal.


Para finalizar, do mesmo modo como coloquei acima em "Os Miseráveis"  também colocarei nesse, as minhas impressões, os meus elogios e as minhas análises nos aspectos técnicos e artisticos do filme. Técnicamente, eu achei a trama do filme desde a construção até  o desenvolvimento  uma maravilha, eles souberam como ousar na capacidade imaginativa e criativa, em transformar uma famosa história infantil num entretenimento para adultos. Gostei demais da locação ter sido rodada inteiramente na Alemanha, a terra natal dos Grimm. Ainda mais, nas cidades rurais onde tem a vegetação típica e as bem preservadas casas antigas que bem rementem aos cenários que inspiraram os Grimm a recriarem em seus contos. Achei também magnifico os figurinos dos protagonistas, tendo momentos em que se alternam umas vestimentas de couro preta, que utilizam como uniformes de caçadores com um aspecto mais caracterizado a ares de modernidade e as vezes se vestem com as vestimentas dos camponeses do vilarejo. As maquiagens das bruxas negras ficaram perfeitas, de uma maneira a deixar o espectador apavorado e ter um pesadelo. Os efeitos especiais e os visuais nas cenas em que João e Maria multilando os corpos das bruxas também ficou perfeita, de uma maneira que para quem  não tem estômago ou nervos de aço, é recomendável não vê. Ao mesmo tempo que criou um show de magia e ilusionismo perfeito, tirando os exageros das licenças poéticas. A sua estética carrega elementos mesclados de um típico filme de ação com terror e com um pouco de comédia, o que não significa pertença a categoria dos filmes terrir. Também gostei da ousada idéia deles enquadrarem o plano de uma discreta  cena erótica de João muito esperto, ao ficar acompanhado de uma bela bruxa branca de cabelos ruivo num tom claro ao observá-la em pleno bosque tirando a roupa para se banhar no lago, a cãmera foca bem a visão  dele no  primeiro momento  apareciando-a e observando  só a parte  das costas dela, para depois no segundo momento mostrar ele olhando para ela de novo desta vez com a cãmera focando o  angulo do corpo inteiro dela, mostrando até mesmo a lombar dela bem desenhada e o belo par de pernas. É depois dessa olhada que João e ela entram no lago e começam a se beijarem e fazerem amor digamos assim. Essa cena da qual  descrevi pode não entrar na galeria dos filmes com as cenas de sexo mais picantes, mas pelo menos no que diz respeito a maneira como foi captada os ângulos bem enquadrados pela visão de João, posso assim descrever que a cena ficou bem traçada e perfeitamente posicionada como uma tipica de nudez puramente artistica. Aposto que nem os Grimm dois séculos antes imaginariam João adulto agindo como um depravado sexual. Bom, depois de tanto comentar sobre o aspecto técnico, vou agora concluir comentando sobre o aspecto artistico. O filme como já havia colocado no começo, tem a direção do norueguês Tommy Wirkola, cineasta com um pequeno currículo, antes desse filme, ele havia só dirigindo produções sem muita repercussão como Zumbis na neve(2009), filme no qual ele trabalhou a primeira vez com o elemento terror que colocou a meu ver muito bem construido em João e Maria: Caçadores de Bruxa. No elenco destaco Jeremy Renner e Gemma Arterton como os protagonistas João e Maria adultos. Renner como João demonstra o mesmo manejo com o arco e flecha e resolver como bem demonstrou fazendo o Gavião Arqueiro, seu personagem no recente filme dos Vingadores(2012). Já Gemma Arterton como Maria, antes de adaquirir o papel, onde  outras atrizes já haviam sido cotadas para este papel: como Diane Kruger e Eva Green. Antes de protagonizar a Maria, Gemma Arterton  já fez uma ponta em "Fúria de Titãs"(2010) e foi uma coadjuvante em "Príncipe da Pérsia: As areias do tempo"(2010).
Os dois desempenham brilhantemente os seus respectivos papéis, e resumindo o que já coloquei, o tom que eles colocam nos personagens adultos em nada lembra a ingênuidade ou mesmo a pureza das crianças descritas nos contos de fadas. E muito menos agindo  indefesos. Além dos dois colocarem nos personagens  um tom de valentia, os transformando em dois corajosos, destemidos e bons de briga, uns exemplo de guerreiros que rementem as lendas de cavalaria medieval ou mesmo a Robin Hood e seu banditismo social, também  colocam alguns aspectos não muito inocentes nos personagens, que envolve desde a maneira como eles eliminam  as bruxas com as mulitlações dos seus corpos até mesmo os momentos em que Maria sem querer chega a provocar olhares sedutores de homens por causa de sua beleza e João como já acima ter um momento depravado. Também no elenco destaco Famke Janssen como a malvada bruxa negra Muriel, da maneira como ficou caracterizada com o tipo de maquiagem colocada nela, pode-se dizer que ficou uma perfeição. A sua ótima interpretação da Muriel, nem de longe lembra que ela um dia já  foi a mutante com poderes telecinéticos Jean Grey na trilogia cinematográfica de X-Men.  Bem, se levarmos em conta uma semelhança que Muriel tem com a  Jean Grey, no quesito poderes. A Jean Grey   bem diferente da Muriel,  usava os poderes para o bem a não ser quando despertava a Fênix e ela então mudava de personalidade. Mas tirando isso,  Jean Grey sempre sabia utilizá-los para o bem, coisa que no caso da bruxa Muriel  essa dai é super má a ponto de praticar o canibalismo. 


Bom, depois desse longo comentário sobre os dois diferentes filmes que pude conferir nesses dias de folia no Carnaval. Eu posso concluir que da maneira como foi construido Os Miseráveis ficou um bom  exemplo de filme para se apreciar como cinema de arte. Já João e Maria:Caçadores de Bruxa, foi construido para ser um  típico  filme de  entrenimento basicamente para adultos e ainda mais com uma trilha sonora assustadora de Hans Zimmer, o responsável por compor as trilhas sonoras das trilogias de Batman Begins. Nesse eu garanto,  ficou maneiro.

Bom, depois desses longos comentários sobre esses  dois diferentes filmes que  eu pude conferir durante  os dias de folia carnavalesca. Posso recomendar em arrumarem um tempinho para confererirem enquanto ainda estiverem em cartaz claro.















 
FONTE:
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-190788/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Miser%C3%A1veis
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-190788/creditos/
http://www.adorocinema.com/personalidades/personalidade-135844/biografia/ 
http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2013/01/adaptacao-de-joao-e-maria-e-misto-de-acao-com-toques-de-terror.html 
*http://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%A4nsel_und_Gretel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hansel_and_Gretel:_Witch_Hunters
http://www.mudandodeassunto.com/o-lado-oculto-dos-contos-de-fada/
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-175244/ 
http://alanapsicologa.wordpress.com/2012/05/17/o-lado-oculto-dos-contos-de-fadas-na-psicanalise/
http://rebobinandomemoria.blogspot.com.br/2012/09/o-lado-negro-dos-contos-de-fadas-que.html http://rebobinandomemoria.blogspot.com.br/2012/12/o-lado-negro-dos-contos-de-fadas-que.html   
http://clickmack.blogspot.com.br/2010/11/o-lado-negro-dos-contos-de-fadas.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hook_(filme) 
http://pt.wikipedia.org/wiki/J.M._Barrie
http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Pan
 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-142317/
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-175244/curiosidades/

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