Domingo, 24 de Maio de 2015, fui assistir ao filme “Mad
Max-Estrada da fúria”. Um excelente
filme de ação que eu conferi em 3D numa poltrona D-Box na sala do Cinemark do Shopping
Midway Mall.
Confesso que fui assistir ao filme sem muita expectativa, sei
que basicamente a trama trata-se de apresentar uma nova versão cinematográfica
inspirada na clássica trilogia de ação dos 1980 que foi estrelado pelo Mel
Gibson.
Assim nesta minha análise do filme, não vou colocar nenhuma
comparação com a trilogia clássica mesmo
porque, quem dirigi este filme é o
australiano George Miller. Que também foi o cabeça por trás da consagrada
trilogia original lançada há exatos 30
anos.
Pelo que sei da trilogia clássica com Mel Gibson como
protagonista do Mad Max, pois quando moleque eu assisti bastante quando passava
na TV. Me lembro vagamente que a trama apresentava a visão de um mundo do futuro pós-apocalipcto desértico,
onde tamanha era a escassez de água e alimentos geral, que a humanidade
sobrevivente passava a viver no limite da convivência pacifica e civilizada para usufruir disso. O único meio de
transporte que restou para se deslocar para lugares distantes foram os
veículos, e os poucos que podem usufruir disso tinham que estarem vinculado a
alguma facção para procurarem um outro artigo raro naquele mundo para manter os
carros funcionando que é a gasolina. Todo que seja liquido era visto como uma
preciosidade naquele mundo escasso de tudo, o que terminava por gerar alvo de
cobiça entre as facções de automóveis que passaram a ser as sociedades de
castas neste ambiente.
É nesta mesma pegada que o filme atual mantém a mesma
essência da trilogia original, mostrando agora o herói Max Rockatansky na pele
de Tom Hardy( o mascarado Bane de “Batman-O Cavaleiro das Trevas Ressurge”),
sendo aprisionado por uma facção. E do momento em que ele é aprisionado ele
passará por toda a sua jornada para tentar se libertar e lutar por sua sobrevivência
e não ser outra vez aprisionado.
O filme conseguiu me surpreender e me impactar bastante pelas brilhantes cenas de ação,
George Miller neste filme soube bem aproveitar dos recursos de agora que não
tinha 30 anos atrás para fazer brilhantes cenas de explosões e outras um tanto inverossímeis
de acontecer na realidade que proporcionam um show a mais no espectador, um
recurso tipicamente denominado na linguagem dos críticos de licenças poéticas.
O roteiro basicamente pelo que pude avaliar achei legal, bem
bacana, Miller soube bem como manter com
coerência a essência da abordagem de sua clássica trilogia mesmo que não
apresente nenhuma inovação. Se formos
avaliarmos que a temática do mundo no futuro pós-apocalíptico já é algo que
Hollywood já vem debatendo constantemente principalmente depois dos debates
constantes do aquecimento global, criando prováveis ideias de como seria social
das pessoas que sobrevivem em um mundo de escassez total, uma ideia que na
época em que a versão clássica de Mad Max foi lançada aquilo era visto como uma
realidade improvável de acontecer.
E neste aspecto parece que Mad Max se mantem bem atual ao
debater esta ideia filosófica de como deveremos viver em um mundo completamente
sem nada.
Como já havia adiantando sobre a parte técnica do filme,
achei que o George Miller soube como aproveitar os recursos disponíveis na
atualidade para proporcionar um filme muito show. A começo pela brilhante cenografia do deserto
do filme que em grande parte foi filmado no deserto da Namíbia, pais do
continente africano cuja locação de filmagem fez a equipe penar por quase dois anos
para ser concluída, as primeiras filmagens haviam começado em Julho de 2012,
com previsão de estreia para 2014, mas
devido a alguns contratempos no local que a produção teve de encarar e precisaram
fazer novas filmagens então por causar
disso houve mais de um ano de adiamento
da produção. Que de certa forma
compensou no resultado final, como já descrevi acima, a cenografia do deserto
serviu bem como pano de fundo para manter a essência da temática que hoje já é
cinquentão ou sessentão era jovem quando acompanhou a versão clássica de Mad
Max vai com certeza de muitas coisas inovadoras. Assim como a locação do deserto
combina bem com sua proposta junto a perfeita fotografia com uma iluminação que
simboliza bem a ideia de clima escaldante do filme. Combinado com os brilhantes tons de maquiagens
perfeitas que simbolizam bem a ideia dos motoqueiros do deserto viverem na
precariedade imunda e promiscua pela escassez de água com o figurino também
perfeito que mesmo aparecendo um tanto espalhafatosamente carnavalesco
simboliza bem a ideia de vida primitiva, selvagem e hostil do mundo pós-apocalíptico sem água assim como carrega cenas
impressionantes das perseguições entre os carros tem uns caras fazendo malabarismos
circenses e num caminhão um cara tocando
guitarra que solta fogo que podem tornar-se um dos momentos mais icônicos já
apresentados no filme. O elenco é brilhante, dos que posso aqui destacar são o Tom
Hardy como protagonista está perfeito, mostrando
bem o lado de herói brutamonte dele, tirando o fato dele passar boa parte do
filme com uma máscara em forma de tridente isso não chega a prejudicar sua performance
ao contrário da máscara metálica do Bane de “Batman-O Cavaleiro das Trevas
Ressurge”, assim como a Charlize Theron está perfeita no papel da Furiosa tanto
na maneira como ela incorpora bem sua personalidade durona assim como na
brilhante caracterização com um cabelo
todo encurtado, um braço metálico e se maquinando de graxa na testa para criar
um tom de machona badass na personagem e
o Nicholas Hoult, que muitos devem como o Fera da nova franquia dos filmes de “X-Men”,
está ótimo no papel do Nux , um soldado suicida daquele mundo que acredita que tirando sua própria vai
viver na Vahalla, para quem não entendeu do que ele estava se referindo eu
explico agora em um tom um tanto didático é o seguinte: na crendice antiga dos povos nórdicos,
civilizações que viviam em lugares gelados do Norte da Europa, o Vahalla era um lugar onde os deuses de
Asgard haviam preparado para receber os mortos, a maioria guerreiros em combate
sendo acompanhada pelas deidades
femininas das Valquírias. A ideia deles
se referirem ao Vahalla naquele ambiente escaldante do deserto , pode gerar uma
forte inverossimilhança, mas no entanto servem para entender a loucura de que
eles querem tirar a vida sendo movido pela lavagem cerebral de um líder totalitário
daquele ambiente. As perseguições que geram tensão sentado na poltrona
D-Box que faz cadeira mexer, por isso mesmo foi uma das coisas mais sensacionais que já
vi. Como já descrevi este filme
conseguiu me surpreender e me impactar por apresentar uma sensação da qual eu
não esperava nada realmente. E recomendo
conferir principalmente para quem gosta de muita ação e velocidade ele vale a
pena pelo ingresso.
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