terça-feira, 26 de maio de 2015

ANÁLISE DO FILME MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA


Domingo, 24 de Maio de 2015, fui assistir ao filme “Mad Max-Estrada da fúria”.  Um excelente filme de ação que eu conferi em 3D numa poltrona D-Box na sala do Cinemark do Shopping Midway Mall.

Confesso que fui assistir ao filme sem muita expectativa, sei que basicamente a trama trata-se de apresentar uma nova versão cinematográfica inspirada na clássica trilogia de ação dos 1980 que foi estrelado pelo Mel Gibson.


















 

Assim nesta minha análise do filme, não vou colocar nenhuma comparação com a trilogia  clássica mesmo porque, quem dirigi  este filme é o australiano  George Miller.  Que também foi o cabeça por trás da consagrada trilogia original  lançada há exatos 30 anos.

Pelo que sei da trilogia clássica com Mel Gibson como protagonista do Mad Max, pois quando moleque eu assisti bastante quando passava na TV. Me lembro vagamente que a trama apresentava a visão de  um mundo do futuro pós-apocalipcto desértico, onde tamanha era a escassez de água e alimentos geral, que a humanidade sobrevivente passava a viver no limite da convivência pacifica e civilizada  para usufruir disso. O único meio de transporte que restou para se deslocar para lugares distantes foram os veículos, e os poucos que podem usufruir disso tinham que estarem vinculado a alguma facção para procurarem um outro artigo raro naquele mundo para manter os carros funcionando que é a gasolina.  Todo que seja liquido era visto como uma preciosidade naquele mundo escasso de tudo, o que terminava por gerar alvo de cobiça entre as facções de automóveis que passaram a ser as sociedades de castas neste ambiente.

 

É nesta mesma pegada que o filme atual mantém a mesma essência da trilogia original, mostrando agora o herói Max Rockatansky na pele de Tom Hardy( o mascarado Bane de “Batman-O Cavaleiro das Trevas Ressurge”), sendo aprisionado por uma facção. E do momento em que ele é aprisionado ele passará por toda a sua jornada para tentar se libertar e lutar por sua sobrevivência e não ser outra vez aprisionado.












 

O filme conseguiu me surpreender e me impactar  bastante pelas brilhantes cenas de ação, George Miller neste filme soube bem aproveitar dos recursos de agora que não tinha 30 anos atrás para fazer brilhantes cenas de explosões e outras um tanto inverossímeis de acontecer na realidade que proporcionam um show a mais no espectador, um recurso tipicamente denominado na linguagem dos críticos  de licenças poéticas.

O roteiro basicamente pelo que pude avaliar achei legal, bem bacana, Miller soube bem  como manter com coerência a essência da abordagem de sua clássica trilogia mesmo que não apresente nenhuma inovação.  Se formos avaliarmos que a temática do mundo no futuro pós-apocalíptico já é algo que Hollywood já vem debatendo constantemente principalmente depois dos debates constantes do aquecimento global, criando prováveis ideias de como seria social das pessoas que sobrevivem em um mundo de escassez total, uma ideia que na época em que a versão clássica de Mad Max foi lançada aquilo era visto como uma realidade improvável  de acontecer.  

E neste aspecto parece que Mad Max se mantem bem atual ao debater esta ideia filosófica de como deveremos viver em um mundo completamente sem nada.










 


















 

Como já havia adiantando sobre a parte técnica do filme, achei que o George Miller soube como aproveitar os recursos disponíveis na atualidade para proporcionar um filme muito show.  A começo pela brilhante cenografia do deserto do filme que em grande parte foi filmado no deserto da Namíbia, pais do continente africano cuja locação de filmagem fez a equipe penar por quase dois anos para ser concluída, as primeiras filmagens haviam começado em Julho de 2012, com previsão de estreia para 2014,  mas devido a alguns contratempos no local  que a produção teve de encarar e precisaram fazer novas filmagens  então por causar disso houve mais de  um ano de adiamento da produção.  Que de certa forma compensou no resultado final, como já descrevi acima, a cenografia do deserto serviu bem como pano de fundo para manter a essência da temática que hoje já é cinquentão ou sessentão era jovem quando acompanhou a versão clássica de Mad Max vai com certeza de muitas coisas inovadoras. Assim como a locação do deserto combina bem com sua proposta junto a perfeita fotografia com uma iluminação que simboliza bem a ideia de clima escaldante do filme.  Combinado com os brilhantes tons de maquiagens perfeitas que simbolizam bem a ideia dos motoqueiros do deserto viverem na precariedade imunda e promiscua pela escassez de água com o figurino também perfeito que mesmo aparecendo um tanto espalhafatosamente carnavalesco simboliza bem a ideia de vida primitiva,  selvagem e hostil do mundo pós-apocalíptico  sem água assim como carrega cenas impressionantes das perseguições entre os carros tem uns caras fazendo malabarismos circenses  e num caminhão um cara tocando guitarra que solta fogo que podem tornar-se um dos momentos mais icônicos já apresentados no filme. O elenco é brilhante, dos que posso aqui destacar são o Tom Hardy  como protagonista está perfeito, mostrando bem o lado de herói brutamonte dele, tirando o fato dele passar boa parte do filme com uma máscara em forma de tridente isso não chega a prejudicar sua performance ao contrário da máscara metálica do Bane de “Batman-O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, assim como a Charlize Theron está perfeita no papel da Furiosa tanto na maneira como ela incorpora bem sua personalidade durona assim como na brilhante caracterização  com um cabelo todo encurtado, um braço metálico e se maquinando de graxa na testa para criar um tom  de machona badass na personagem e o Nicholas Hoult, que muitos devem como o Fera da nova franquia dos filmes de “X-Men”, está ótimo no papel do Nux , um soldado suicida daquele  mundo que acredita que tirando sua própria vai viver na Vahalla, para quem não entendeu do que ele estava se referindo eu explico agora em um tom um tanto didático é o seguinte:  na crendice antiga dos povos nórdicos, civilizações que viviam em lugares gelados do Norte da Europa,  o Vahalla era um lugar onde os deuses de Asgard haviam preparado para receber os mortos, a maioria guerreiros em combate  sendo acompanhada pelas deidades femininas das  Valquírias. A ideia deles se referirem ao Vahalla naquele ambiente escaldante do deserto , pode gerar uma forte inverossimilhança, mas no entanto servem para entender a loucura de que eles querem tirar a vida sendo movido pela lavagem cerebral de um líder totalitário daquele ambiente.    As perseguições que geram tensão sentado na poltrona D-Box que faz cadeira mexer, por isso mesmo  foi uma das coisas mais sensacionais que já vi. Como já descrevi  este filme conseguiu me surpreender e me impactar por apresentar uma sensação da qual eu não esperava nada realmente.  E recomendo conferir principalmente para quem gosta de muita ação e velocidade ele vale a pena pelo ingresso.

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