Finalmente no dia 23 de Dezembro de 2015, dois dias antes das comemorações das festividades natalinas, fui conferir ao tão aguardado sétimo filme da franquia "Star Wars" com "O Despertar da Força".
Nesta minha análise vou procurar ter o bom senso de não entregar nenhum spoilers para não ser trucidado por ninguém. Vou apenas descrever alguns pontos que achei interessantes e apenas colocar as minhas impressões.
Esclarecido isto vou então descrever a minha resenha do filme.
Primeiramente vou começar elogiando muito o diretor J.J.Abrams por ter sabido como acertar a mão na saga clássica de George Lucas. Muitos dos fãs conservadores carregavam certos receios quanto a escolha dele para dirigir esta nova franquia que vai originar uma nova trilogia de Star Wars e com os seus derivados. Mas pelo que eu pude ver com meu próprios olhos, após toda a repercussão internacional do filme com criticas só elogiosas eu pude constatar que realmente ele acertou na sua aposta em Star Wars, ainda mais sendo um grande fã e conhecendo a fundo toda a essência do universo mitológico de Star Wars. Pode-se dizer que ele soube como acertar em cheio. Não que ele venha a superar George Lucas que quando lançou o primeiro filme lá no muito, muito distante ano de 1977, investindo do próprio bolso e com a cara e coragem e com certo receio o filme que custou um orçamento absurdo para a época, então posso descrever que ele criou um mundo além da nossa imaginação ou mesmo da nossa compreensão. É tanto que nesta sessão eu fui acompanhado da minha mãe e do meu pai, inclusive no dia seguinte ela veio a me comentar o tom reflexivo que ela teve sobre o fato de toda esta atmosfera aventureira de fantasia científica espacial mostrada no filme você fica se questionando em como as pessoas podem respirar normalmente em lugares cujo ar é rarefeito ou mesmo poder se alimentar. Ou seja, são pequenos fatores que fazem de Star Wars além de ser uma franquia de filmes para divertir, mas também para entrar em sutis reflexões filosóficas.
Neste filme ele soube muito bem como equilibrar elementos novos como também soube colocar no tempo certo de filme os elementos clássicos e assim criar um cenário coeso dentro do universo da própria mitologia intergalática criada pelo George Lucas. Bem ao contrário do próprio criador da obra, que após 16 anos ao ter encerrado a trilogia original com "O Retorno de Jedi"(1983) resolveu retomar criando uma nova trilogia com historias de origens em formas de prólogos que teve inicio com "Star Wars-Episódio I-A Ameaça Fantasma"(1999). Onde ele apresentou a origem de como surgiu Darth Vader antes de virar Darth Vader. Foi assim como esta franquia que eu pude acompanhar mesmo, já que eu ainda não era nascido quando a trilogia original tinha sido encerrada, o pouco que eu conhecia era mais de referencias como cultuação pop, então basicamente posso dizer que gostei da maneira como Lucas soube bem aproveitar os recursos mais sofisticados para explorar ao máximo a magia do cinema, ao mesmo tempo que foi um trunfo, também representou sua grande ruína, devido ao exagero de CGI em cenários de chroma keys que criavam muito um aspecto bastante artificial, a ponto dos atores reclamarem de não estarem interagindo com nada, assim como a ideia de criar alguns personagens em computação gráfica como o chato do Jar Jar Brinks fez a fotografia do filme parecer com um aspecto cartunesco de jogo videogame em alta definição. Fora também o fato do próprio Lucas não ter conseguido acertar a mão ao construir o roteiro cheio de falhas, onde em alguns momentos foram mostrado alguns furos no roteiro, principalmente em relação a algumas afirmações apresentadas na trilogia original. Assim como também ele foi esquecendo o clima aventureiro e explorou muito as intrigas políticas intergaláticas, o que gerou um teor tedioso para o público e se esta não fosse a maior das escorregadas que ele deu, na trilogia dos prólogos que terminou com "A Vingança dos Sith"(2005), Lucas também errou ao explorar uma historia de romance entre Anakin e Padmé, principalmente da incompatibilidade de idades entre os dois, ele ser apresentado como criança em "Ameaça Fantasma" e ela já ser uma linda mulher e no passar de 10 anos como bem "Ataque dos Clones"(2002) nos apresentou, ele cresceu, virou um aprendiz padawan de Obi-Wan Kenobi e ela sequer envelheceu assim como o excesso de explicação com tom de didatismo que tornaram os filmes muito mais chatos do que já estavam.
Neste filme todos estes problemas foram tirados, e agora nos foi apresentado uma nova história bem equilibrada que soube bem me proporcionar aquele clima aventureiro bem típico de uma fantasia espacial.
Os novos personagens que nos guiam nesta trama são cada um bem apresentados no seu tempo bem aproveitado de tela, e cada vai seguindo no seu devido tempo conseguindo encontrar o peso para sustentar o filme inteiro nas costas. Primeiro é apresentado o piloto Poe Dameron(Oscar Isaac) lutando na resistência Rebelde com seu droide BB-8, uma versão genérica do R2-D2 da versão clássica combatendo contra a Primeira Ordem. Esta uma nova força maligna imperial sith que se originou no passar destes 30 após os eventos ocorridos em "O Retorno de Jedi" principalmente depois que o Darth Vader e Palpatine foram mortos.
É neste primeiro ato do filme que também aparece a Primeira Ordem comandada por Kylo Ren(Adam Driver) numa versão semelhante ao Darth Vader contando em seu comando com a Capitã Phasma(Gwendoline Christie) numa armadura em versão feminina do Darth Vader. É quando a Primeira Ordem aparece de surpresa para atacar que entra também uma figura importante para a trama que é a do Finn um soldado stormtrooper que por algum motivo resolve se rebelar e passa a atuar ao lado de Poe. É a partir desse momento que tem inicio a nova jornada desses personagens para combaterem esta nova ameaça intergalática. E contando com o reforço da jovem catadora de lixo Rey(Dayse Ridley) e aos poucos aparecendo Han Solo(Harrison Ford) e seu inseparável companheiro wookie Chewbacca, a Leia(Carrie Fisher) como a General da Aliança Rebelde o R2-D2, C3PO e todos os personagens clássicos da trilogia original é que nós então podemos esperar uma super aventura com o cérebro desligado, principalmente em relação as licenças poéticas apresentada no filme.
Simplesmente posso descrever que este filme me conquistou, ainda mais pela maneira como na abertura começa seguindo a tradição dos letreiros informando "Há muito tempo atrás, numa galáxia muito, muito distante", e vem a orquestra de John Williams com os textos informativos bem característico de Star Wars.
No mais posso simplesmente dizer que "O Despertar da Força" é um filme que vale a pena de ser assistido. Não chega a ser melhor do que os episódios anteriores, mas pelo menos merece pelo ingresso.
Bom aqui foi minha última postagem de 2015 do Blog Breno Cinefilo. Semana que vem me darem um pouco de umas merecidas férias. Só deverei retornar a postar para algum depois que retornar da ressaca. Encerro 2015 feliz com chave de ouro assistindo Star Wars-O Despertar da Força.
Feliz Ano Novo.
Muita saúde e paz.
Que em 2016 consigamos estabelecer e realizar as metas que planejamos.
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