No domingo, 17 de Janeiro de 2016, fui conferir no Midway Mall
em 3D a mais recente produção da Disney/Pixar “O Bom Dinossauro”. Este filme que ainda é de 2015, porque ele
estreou primeiro nos EUA em novembro, um detalhe que não chega a fazer
diferença já que ele é um dos que abrem aqui no Brasil, a temporada dos filmes de
filmes 2016. Posso descrever que esta
produção me surpreendeu muito. O fato dele carregar na sua premissa a ideia de
apresentar como seria o cenário do Planeta Terra há bilhões anos-luz se os
dinossauros não tivessem sido extintos por asteroide e convivendo com os
humanos em fase primitiva. Ainda mais mostrando os dinossauros com super
inteligência e pensando racionalmente de forma mais humana e quanto que os
seres humanos eram ainda muitos irracionais e agiam de forma mais selvagem. Foi com esta premissa que me motivou a ir
assistir ao filme, já que eu sempre gostei de dinossauros desde muito moleque
quando acompanhava na televisão o seriado da Família Dinossauro e assisti
alguns filmes da animação “Em busca do Vale Encantado”.
O bom dinossauro carrega uma formula bem típica da Pixar que
é nas entrelinhas proporcionar mais do que um desenho para divertir crianças,
mas também sempre carregado de um teor reflexivo. Principalmente quando o protagonista Arlo, um
filhote de apatossauros se depara com um menino selvagem que ele batiza de
Spot. Neste cenário pré-histórico alternativo de imaginar os dinossauros
representados por Arlo, além de dividirem o espaço com os humanos, são os que
também mostram terem desenvolvido habilidades de agirem e se comunicarem como
seres humanos, enquanto os humanos representado pelo Spot ainda agem como
animais e não desenvolveram habilidades comunicativas.
Da maneira como o enredo resultou de forma ao mesmo tempo
divertida, mas também tocante, filosófica e positiva, nem parece que a Pixar
passou por um processo criativo penoso para conseguir idealizar o filme. Já que
nos bastidores da produção houveram muitos conflitos criativos entre os
roteiristas que terminou resultando no adiamento de um ano do lançamento do filme
as telonas que era para ter sido lançado em 2014. Porém, apesar desse empecilho
isto a meu ver não afetou tanto a ponto de ficar muito bagunçado. O que mostra
que mesmo a Pixar sendo uma referência em produzir longas de animação, também
não escapa de enfrentar tretas nos bastidores.
O enredo do filme me tocou, me cativou, principalmente pela
maneira como o protagonista Arlo, principalmente por ele encarar o desafio de
sair de sua zona de conforto que é a fazenda da família, para mostrar o seu
valor e poder registrar a pegada dele no silo da fazenda que serve para guardar
os milhos que eles colhem para a sua sobrevivência. Arlo foi o último filhote a
chocar do casal Henry e Ida, além dele, eles também de filhos Buck e Libby. Estes seus irmãos vivem lhe bulindo por ele
ser um sujeito todo atrapalhado, que nunca mostraria valor para ninguém. Vai
ser na sua fazenda que ele vai conhecer Spot, que inicialmente não será o seu
amigo, mas um sujeito causador de praga da sua colheita de milho.
Será a partir do momento em que Arlo ao testemunhar morrer
numa correnteza, numa cena altamente dramática, que tem início a sua jornada de
tentar descobrir qual o seu valor, principalmente para perseguir Spot a quem
ele culpa por matar o seu pai, mas depois vai se afeiçoando a ele e ficando seu
amigo, seu companheiro na jornada para encarar os desafios em outros mundos
fora de sua fazenda. Enfrentando o perigo de serem devorado por outros
predadores. E conhecendo novos amigos, como por exemplo, um trio de Tiranossauros
que pastoram bisões entre outros momentos tantos divertidos quanto
emocionantes.
Eu assisti ao filme em 3-D, que me fascinou, tem filmes que
ao assistir em 3-D não ficam legal ou mesmo ficam muito descartáveis,
principalmente para quererem ganhar mais dinheiro. Isto eu não senti em relação a “O Bom
Dinossauro”. Principalmente na concepção do traço cartunesco em computação gráfica. Apesar de concordar com
o que foi dito por outros críticos a respeito do formato dos rostos animais
terem ficado um tanto caricatos, um detalhe que não chega a afetar tanto a
história. O que achei mais interessante no filme foi a maneira muito realista de como foi concedido as paisagens endêmicas que
ficaram com um aspecto bem realista. Bom, o que posso concluir de “O Bom
Dinossauro” é que ele é um bom filme feito para divertir e ao mesmo tempo refletir.
Não chego a considera-lo entre todos os que eu já assisti da Pixar como o melhor de todos os tempos, não carrega
momentos muito memoráveis. Mas com certeza entra na minha lista de preferidos
do estúdio. Antes que eu esqueça, como
já é tradição nos estúdios Pixar/Disney, antes do filmes vemos um
curta-metragem com uma interessante história o choque cultural de uma família indiana.
Recomendo ver “O Bom Dinossauro” vale o ingresso.
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