sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

MINHAS AVALIAÇÕES DOS FILMES DE BATMAN PARTE 1.

Após fazer minhas postagens dos filmes de Superman vou fazer minhas análises e avaliações  dos filmes  de Batman, onde vou utilizar dos mesmos critérios dos filmes do Superman que é  analisar e avaliar sobre diferentes pontos de vistas desde a historia, o desenvolvimento das essências dos personagens  e também a parte visual.   Nesta  primeira parte  vou começar minhas análises pelo filme de 1966 que foi inspirado na série clássica de televisão e em seguida  analiso a clássica  quadrilogia dos filmes de Tim Burton e Joel Schumacher lançado entre 1989-1997 que foram protagonizados por Michael Keaton, Val Kilmer e George Clonney nos papeis principais. O critério das  notas que vou colocar em cada um destes filmes é o mesmo de 01 a 05.


















BATMAN-O HOMEM-MORCEGO(1966)
















Primeiramente começar comentando sobre este filme de 1966.  Extraída  da popular  série de Tv que era sucesso na época. 
Bom, analisando o enredo do filme ele  carrega a mesma formula da rie que é apresentado  num tom bem amenizado, a ponto de ser caracterizado como um típico entretenimento  bobo infantilizado. Algo que talvez os fãs dos arcos mais sombrios  do Morcego podem talvez não gostar. Isto tem de  levar em conta que a ideia do filme assim como a série ser bem suavizado tem a ver com o fato de que naquela época já  fazia 10 anos que as revistas de Batman vinham sendo alvo constante da fiscalização dos censores da Comics Code Authority, este órgão  surgiu  depois que em 1954, o psiquiatra alemão Fredric Wertham(1895-1981) publicou um polêmico livro intitulado de "Sedução dos Inocentes". Onde denunciava que o conteúdo apresentado nas revistas dos super-heróis apelavam para a violência, que mal  influenciava no comportamento das crianças, aumentando a delinquência juvenil, e também do excesso de apelo sexual. E na ocasião  em que este livro de Wertham foi publicado era numa época em que coincidiu  do cenário político americano dos anos 1950 viverem muito turbulento. Era  o começo da Guerra Fria, dentro do território americano foi adotado a política macarthista de caça aos comunista. Que ocasionou em um período apavorante  para os cidadãos  americanos comuns que eram alvos de  constantes  vigília do governo e eram presos sem justificativa, sofriam abusos e torturas. E nesta época boa parte das famílias procuravam prezar pelo conservadorismo puritano. O mesmo Wertham que escreveu "Sedução dos Inocentes", também foi autor da teoria de Batman ter um relacionamento  gay com Robin. E Batman por representar a essência de  um vigilante urbano noturno que vivia acima do bem e do mal com a simbologia de um animal que vive no escuro, foi um dos fatores  que os fiscalizadores do órgão da Comics Code Authority ficassem constantemente de olho nas suas publicações. Os criadores Bob Kane(1915-1998) e Bill Finger(1914-1974) penaram para conseguir se adequarem aos critérios e regulações deste órgão, que só eram liberado com o seu selo. A atuação do código de regulação das comics perdurou por décadas, até ir aos poucos  perdendo a força e só muito recentemente em 2011 é que foi definitivamente  extinto. Foi neste cenário que a série do canal americano  ABC investiu em Batman com este teor mais amenizado mostrando o herói dando lição de moral, com as cenas de pancadarias suavizadas com os recursos das  onomatopeias das Hqs, que  criava um efeito visual  bem cartunesco tudo isso pensado em atrair o público das crianças com o intuito comercial de licenciar brinquedos. Portanto dá para se descontar o fato de que a trama do filme saída da série de tv apresente este teor bem bobinho. Pode se dizer que ele foi pensado em algo parecido ao que eu pessoalmente  vivenciei com Guardiões da Galáxia, eu não conhecia nada das histórias desta equipe cósmica da Marvel  antes de assistir no cinema e fiquei fã influenciado por esta mídia. Isto também aconteceu em relação a geração dos anos 1960 que tiveram o primeiro contato com Batman através desta série de TV e ficaram fãs do herói por causa disso. Bom depois desta longa introdução vou então fazer minha análise deste filme.  Como já adiantei, este filme apresenta um enredo muito bobinho, nada comparado a essência do que ele  representava do herói sombrio das Hqs. Os efeitos especiais mostrados neste filme  são bem toscos, isto por causa dos recursos na época serem bem escassos, o que fica bem evidente pela cena do Batman sendo mordido por um tubarão de borracha. O que já o torna bem datado, mas ainda assim divertido para se assistir e não o levar muito a sério. As caracterizações dos personagens também não é uma coisa magnifica, tem um aspecto exageradamente carnavalesco. Mas ainda assim levando em conta a época em que a série estava sendo produzida dá para dar uma perdoada. É preciso considerar que indiretamente a popularidade desta série serviu para trazer de volta uma personagem pertencente a galeria de vilões do Batman que estava sumida das revistas desde que foi implantado o órgão da Comics Code Authority. A Mulher-Gato que sempre foi responsável por despertar  a paixão no herói tinha sido apagada justamente por isto, ela está presente no filme sendo interpretada pela ex-miss EUA Lee Meriwether que substituiu Julie Newmar que era a Mulher-Gato na série de Tv, provavelmente o motivo dela não participar desta versão cinematográfica tenha haver com algum conflito de agenda. O charme e popularidade que ambas mostraram nesta adaptação despertaram o interesse do retorno da felina aos quadrinhos. Inclusive é curioso observar como  Meriwether faz uma Mulher-Gato seduzindo Batman se fazendo passar por uma jornalista da imprensa russa da antiga URSS com o nome de Kitka.

Um detalhe que se for analisado por outro ponto de vista, era bem uma alegoria a época da Guerra Fria, e a Mulher-Gato com esta encenação lembrava um pouco  das sensuais bond girls.  Além da Mulher-Gato, o filme conta com basicamente todos os personagens darie sendo interpretados pelos mesmos atores. Adam West é quem faz o Batman, que mesmo não mostrando um aspecto estético bem  atlético, ainda assim soube como cativar o público mostrando uma essência detetivesca e com tom amenizado, divertido  para se adequar a um entretenimento família. Burt Ward foi quem fez o Robin dando suas memoráveis tiradas de "Santo alguma  coisa Batman" sempre que o Morcego solucionava algum problema, e formava a dupla dinâmica. Além desses principais, o elenco do filme também contou com Neil Hamilton(1899-1984) vivendo o  sério Comissário Gordon, Starffod Repp(1918-1974) fazendo o Chefe O´Hara, o companheiro de policia de  Jim Gordon,  ao contrário deste  que já existia nos quadrinhos de Batman desde sua primeira edição em 1939, o Chefe Hara foi criado exclusivamente para a série que de um certo modo serviu para criar um contraponto, enquanto que Gordon mantinha sua essência séria, ele fazia um tipo mais caracterizado  para o alivio cômico, principalmente por sua essência de bonachão. E do núcleo de vilões, como já havia adiantado da Mulher-Gato,  com exceção dela cuja atriz teve de ser substituída. Os outros três atores que formam o quarteto malvado estão presente. Cesar Romero(1907-1994) foi o responsável por fazer a figura de um Coringa mais amenizado, sem parecer ser  tão psicótico, mais para o divertido. É curioso pensar que nos bastidores da série ele era o responsável por criar uma tremenda dor de cabeça a produção, principalmente por ele se recusar  tirarem o seu bigode, que poderia atrapalhar na maquiagem, mas mesmo assim ele insistia em manter este bigode e os coitados dos produtores tinham que se virarem na maquiagem  para esconder este bigode. Que a olho nu nem ficava perceptível.  Também contou com Burgess Meredith(1907-1997)fazendo o Pinguim também com um teor bem ameno, cuja principal característica era com o seu guarda-chuva que soltava gás.  Frank Gorshin(1933-2005) como o Charada também apresentando um teor bem amenizado e divertido. No  balanço geral posso descrever que este filme como  um bom exemplo de obra-prima trash, bem voltado para o público que representou a geração que cresceu vendo o seriado que os divertia, portanto ele vale a pena conferir para se divertir e sentir um pouco de nostalgia. Agora se você que estiver lendo esta postagem, gosta de sua essência sombria apresentada em importantes arcos dos quadrinhos, então não recomendo assistir este filme. Minha nota é 4,5.



BATMAN(1989)


















Agora sim vou comentar sobre o primeiro filme lançado pela Warner no final dos anos 1980.

Lançado no ano em que o herói completava 50 anos de sua primeira publicação.  Este filme dirigido pelo Tim Burton, que na ocasião ainda não era um celebre diretor com um nome de peso como muitos conhecem hoje em produzir filmes mais autorais.  Ele ainda estava engatinhando em sua experiência de dirigir longas-metragens, até então só tinha no currículo dirigido curtas-metragens. Antes de Batman ele só tinha dirigido de longas-metragens apenas “As grandes aventuras de Pee Wee”(1985) e “Os Fantasmas se divertem”(1988). Portanto posso descrever que dirigir Batman simbolizou um grande divisor de águas em sua carreira, já que foi a sua primeira investida num mega  blockbusther com investimento pesado. Ainda mais chegando aos cinemas bem na época bastante disputada   e esquentada pelos estúdios que são o início das férias de verão do hemisfério norte. Pode-se definir que Batman foi a grande febre daquele Verão Americano de 1989.  Quando Tim Burton assumiu a direção ele e toda a Warner penaram para conseguir escalar um bom ator para o papel. Vários dos maiores astros com os caches mais caros foram sondados para o papel, mas todos se recusaram por diferentes motivos. Quando finalmente foi definido o nome de Michael Keaton para o papel, boa parte do público rejeitou esta escolha achando que ele um ator de comédia não iria convencer fazendo um herói mais sério, mais sombrio e enviaram muitas cartas de protesto a Warner que não adiantou de nada, semelhante ao que aconteceu quando em 2013 a mesma Warner definiu o nome de Ben Affleck para ser o novo Batman do cinema em “Batman Vs Superman:A Origem da Justiça” que chega agora em Março de 2016. Aliás pode-se dizer que Tim Burton acertou bem a mão na hora de construir o corpo do enredo, cujo roteiro precisou ser reescrito infinitas vezes até chegar ao acabamento final. Neste filme, Burton   soube bem como extrair a essência sombria que o herói tinha dos quadrinhos, que boa parte do público até então não conhecia, estava mais acostumado com aquela visão colorida, cartunesca e bem infantilizada da clássica série de TV dos anos 1960. A começar pelo fato dele não ter de apresentar o personagem explicando sua origem, aqui ele foi direto ao objetivo de já estabelecer o herói como herói em ação, combatendo o crime noturno em Gotham City.  Além do personagem principal, o filme também apresentou outros personagens interessantes, alguns conhecidos dos gibis, outros criados originalmente para o filme. Dos personagens conhecidos das Hqs estão o mordomo Alfred Pennyworth vivido pelo britânico Michael Gough(1916-2011). Que incorpora bem a essência do personagem com o seu  estilo tipicamente inglês de ser e assumir a função de tutor de Bruce Wayne e mostraria isto também ao longo dos três filmes seguintes. Também muito frequente das revistas que esteve presente no filme é o Comissário James Gordon interpretado por Pat Hiingle(1924-2009), tanto neste quanto nos filmes seguintes, a sua essência como importante autoridade policial em Gotham não foi bem trabalhada, a ponto de ficar sem função em todos os filmes, algo que nas Hqs a função dele era essencial, principalmente como contato do Batman. Outro também conhecido das revistas e que também esteve presente neste filme clássico foi Harvey Dent, que no filme não vira Duas-Caras, apenas age na função de promotor público de Gotham City, foi interpretado por Billy Dee Williams, que na época era então famoso por fazer o Lando Calrissian nos dois filmes clássicos da trilogia de Star Wars que foram “O Império Contra-Ataca” (1980) e em “O Retorno de Jedi” (1983).  Williams conseguiu trabalhar razoavelmente bem   o papel dentro dos limites impostos pelo roteiro, parece que na época tanto o público, quanto a crítica não fez tanto alarde com a mudança de etnia do personagem sendo interpretado no filme  por um ator negro. Assim como conta com o clássico vilão Coringa, vivido magistralmente por Jack Nicholson, que de todos os atores do filme, foi o que recebeu o mais alto cachê. A maneira como ele apresentou o Coringa    no filme, na  figura de um mafioso submisso de Carl Grissom, que antes de virar o Coringa como nós conhecemos era chamado de Jack Napier, que virou por causa do Batman. Nicholson foi responsável um dos momentos mais memoráveis do Coringa no filme que foi a frase “Você já dançou com o Diabo a luz do luar”. Que caracterizou bem o seu perfil psicótico, bem o contraste do estilo da interpretação amena e divertida de Cesar Romero no seriado dos anos 1960. Outra personagem também existente nas Hqs que esteve presente no filme apesar de não ser muito conhecida da maioria dos fãs é a fotojornalista Vick Vale, personagem que surgiu nos quadrinhos a partir de Batman#49, publicado em Outubro/Novembro de 1948.  No filme ela foi interpretada por Kim Basinger, que na época estando bem no auge da beleza, figurava como uma das grandes musas do cinema, principalmente após estrelar o picante” Nove e Meia Semanas de Amor”(1986) que a tornou uma sex symbol * dos anos 1980, que aparece para investigar e cria um envolvimento amoroso por ele, representando o par romântico dele.  É curioso pensar que Bob Kane criou a personagem inspirada na então estonteante musa do cinema Marilyn Monroe(1926-1962) e que para o filme, Kim Basinger não foi a primeira escolha para o papel, eles tinham pensado primeiro em Sean Young que estava certa para ser Vick Vale, mas devido a uma queda de cavalo que a deixou lesionada isto ocasionou na sua substituição pela Kim Basinger que desempenhou bem o papel dando peso para sustentar o filme. Já os personagens que não tinham nos quadrinhos e foram criados para o filme destaco  em comentar três que mais me chamam a atenção.  Carl Grissom, o chefe da máfia de Gotham onde o Coringa trabalhava, no filme foi interpretado por Jack Palance(1919-2006) no seu pouco tempo de tela trabalhou bem o personagem. Também é apresentado Alicia Hunt, interpretada Jerry Hall que fazia aquela figura da gostosa da máfia, e é quem Coringa a utiliza como cobaia de seu experimento cirúrgico muito doido. Por fim tem Alexander Knox vivido pelo ator Robert Whul, que era o jornalista que investigava o Batman e que por isso  tinha proximidade com a Vick Vale.  Um fato curioso deste personagem criado para é o fato dele ser homônimo de um celebre ator e escritor canadense Alexander Knox(1907-1995), que provavelmente deve ter sido com este propósito de prestar uma homenagem Isto é só uma suposição minha. Outro fato curioso sobre Knox é que a produção tinha pensado em matar o personagem após este ser atropelado acidentalmente pela Vick Vale, mas como eles terminaram gostando do personagem acabou ele permanecendo vivo até o fim do filme. No filme ele vivencia uma interessante cena engraçada onde ao chegar na sala de imprensa do jornal onde trabalha ele é achincalhado pelos colegas que não acreditam a sua história que o Batman existia e o entregam um tosco desenho caricaturado com a assinatura do criador do herói Bob Kane.  Como já havia antecipado, o diretor Tim Burton conseguiu estabelecer o seu nome graças a este filme, onde bem podemos observar algumas características que se   tornaram suas marcas  registradas em todos os filmes, como o o efeito visual escuro da fotografia  que criou um aspecto sombrio e bem noir ao filme, a trilha sonora do maestro Danny Elfman também está incluída neste filme que cria uma ótima ambientação ao clima sério do filme, posso resumir num balanço geral que ele soube bem acertar  a mão no que queria propor. Minha nota é 5,0.


 





BATMAN-O RETORNO(1992)



























O segundo filme da franquia clássica do Batman produzida pela Warner.  Mantendo Tim Burton na direção, que aceitou dirigir apesar de sua relutância, aceitou por insistência da Warner.  Ele também passou pelo processo penoso do primeiro de ser várias vezes reescrito, até chegar ao resultado final desejado. Tim Burton conseguiu acertar a mão novamente ao apresentar o que mantinha as mesmas características do primeiro, com sua trama mostrando um tom sombrio, sua fotografia escura, principalmente nas cenas noturnas que lhe davam todo um aspecto noir e gótico, assim como a incrível trilha sonora do Danny Elfman que criou toda a ambientação para a atmosfera pesada do filme.  O enredo carrega uma interessante premissa de apresentar um pouco da origem do antagonista Pinguim, um dos clássicos vilões da galeria do Batman. Na cena de prelúdio é apresentado o Pinguim quando bebê gerado do berço do casal abastado Cobblepot que ao verem a criança de aparência bizarra resolvem jogá-lo num rio que o direciona ao esgoto. E será este o lugar da sua base estratégica como líder de uma quadrilha formada por ex-artistas circenses. Que ele conheceu quando foi encontrado e o submeteram a virarem a grande atração do circo dos horrores. E será no cenário da Gotham em plena festividade do natal que a história vai sendo conduzida. Além do Pinguim ser a ameaça principal do nosso herói, ele ainda terá de encarar a Mulher-Gato e o empresário ganancioso Max Schrek.  No quesito do elenco, Michael Keaton como Bruce Wayne/Batman neste filme mostrou estar mais a vontade e bem mais situado e seguro ao personagem do que em relação ao primeiro.  O celebre comediante Danny DeVito ficou perfeito como o Pinguim, vilão clássico da galeria do Batman, tanto no quesito da caracterização com um aspecto bem feio e nojento, inclusive com as suas mãos com dedos pregados, feito na medida a ponto dele não ficar visualmente caricato, quanto também na maneira como trabalhou sua essência de grande mafioso, com umas pitadas cômicas sem esquecer da seriedade e ambicionando ser prefeito de Gotham City.  Michelle Pfeiffer como a bela Mulher-Gato, a vilã clássica que desperta o coração do heróis desde a década de 1940 ficou estonteante no filme.  Bem no auge da beleza com 34 anos na época do filme e também figurando como uma das grandes musas do cinema entre os anos 1980 e 1990. Neste filme ela trabalhou bem todas as nuances que envolviam a personagem, da Selina Kyle como uma simples e submissa secretária de Max Shreck, que deixava um ar discreto de que mantinha uma relação de amante por ele, isto, claro é só uma suposição minha. Onde no filme ele é quem foi o responsável por transformá-la na Mulher-Gato, principalmente por fazê-la jogar na janela do prédio de sua empresa com intuito de ser uma queima de arquivo já que ela sabia de muitas das falcatruas de Shreck Do momento onde ela no chão atrai um monte de gatos que a mordem, e em seguida vemos então o momento antológico ao chegar no seu apartamento entra em surto, destruindo tudo a sua volta é que acompanhamos a sua transição de virar a sensual felina que desperta o coração do Morcego de Batman.  Foi nesta cena que ela criou no improviso o traje sensual da personagem, cujo modelo conseguiu desenhar todo o belo corpo da atriz, ficando de um forma que a eternizou como um dos trajes mais sensualmente vistos no cinema, tornando assim um dos seus papeis mais marcantes. Assim como foi responsável pelas memoráveis cenas dela fazendo muitas acrobacias circenses, chicotadas, e até a encarnando na essência do felino como miando e até lambendo-se todinha e dando um beijo mortal em Max Schrek, tudo ajudou muito a atriz a compor a essência da personagem de uma forma que a tornou a mais memorável do filme.  Inclusive serviu para tornar a Mulher-Gato, a maior sex symbol dos quadrinhos.  Ela que por ironia como eu já tinha colocado na descrição do filme Batman de 1966 foi a personagem que mais sofreu nas mãos do órgão da Comics Code Autorithy por causa de seu apelo sensual e por despertar a paixão no personagem. Mostrou que nada podia apaga-la e o filme foi a prova. Digo isto de uma forma um pouco tendenciosa, porque este filme eu acompanhei várias vezes que passou na TV e por isso que sempre tive a visão da Mulher-Gato por meio desta atriz. Por fim do elenco destaco Christopher Walken, que ficou esplendido no papel do Max Shreck, um tipo criado especificamente para o filme, cujo nome curiosamente Tim Burton escolheu em homenagem a um célebre ator alemão(1879-1936) que foi o vampiro Nosferatu no clássico do cinema expressionista de 1922 de F.W.Munau(1888-1931). Do qual Tim Burton tem uma imensa adoração e que foram eles a base para sua carreira no cinema. No balanço geral, se mostrou bem mais superior do que o primeiro em muitos aspectos, inclusive se forem analisar há uma cena na festa a fantasia de Shreck onde podemos ouvir uma versão instrumentalizada e dançante de “U Can´t touch this” do rapper MC Hammer que era sucesso no começo dos anos 1990, um detalhe que cria bem um aspecto datado ao filme. Tudo isto pode-se dizer que serviu bem para tornar o filme a maior sensação daquele Verão Americano de 1992. A minha nota para este filme é 5,0.












BATMAN ETERNAMENTE(1995)

















Para construir Batman Eternamente, a Warner resolveu apostar num teor mais amenizado. E como o estilo de Tim Burton mesmo rendendo era visto como muito pesado, o próprio inclusive fez declarações que alguns patrocinadores, como a rede de fast foods McDonald´s estavam interferindo demais na sua obra. Por um destes motivos é que eles resolveram mudar e contrataram Joel Schumacher para dirigir que já vinha de um currículo respeitado. Enquanto que Burton esteve envolvido como produtor. Schumacher que ao contrário de Tim Burton, que quando foi contratado pela Warner para dirigir os filmes antecedentes, nunca foi muito fã dos quadrinhos do Morcego, apenas aceitou como uma grande aposta de ganhar mais visibilidade na carreira.  Schumacher era muito fã das histórias e conhecia muito a fundo cada parte essencial da sua galeria dos seus personagens. Mesmo assim não se mostrou muito suficiente para acertar a mão ao proporcionar um bom filme. Principalmente ao tentar adequar a ideia de ao fazer amenizado para uma história família, ele acabou se perdendo um pouco nos próprios objetivos, que comparado a série clássica dos anos 1960, esta versão ficou muito bizarra.

Uma das coisas que ele mais pecou, foi na ideia de incluir mamilos na caracterização do herói que ficou com um aspecto muito tosco, além de apresentar uma cena dele se vestindo que ficou uma coisa muito apelativa.  Fora o fato da maneira como ele exageradamente colocou muitos aspectos coloridos demais, chamativos demais, e não muito dosado, fez o filme ficar com um aspecto visual muito carnavalesco, muito caricato, cartunesco e infantilizado, principalmente numa cena do circo, onde é apresentado o Robin. O elenco deste filme até que se desempenho bem razoável os seus respectivos papeis, apesar de encarem muitas tretas nos bastidores.  Val Kilmer que assumiu o papel de protagonista no lugar de Michael Keaton viveu em constante conflito nos bastidores com o diretor e toda a produção a ponto de ficar de fora de Batman & Robin(1997).  Kilmer não foi único a gerar esta dor de cabeça a Schumacher nos bastidores, Tommy Lee Jones e Jim Carey, que faziam a dupla de vilões do filme Duas-Caras e Charada também viviam em pé de guerra durante as filmagens, a ponto do diretor decidir não trabalhar mais com eles, com exceção de Carey com quem ele voltaria a trabalhar em “Número 23”(2007), ele nunca mais escalou Tommy Lee Jones para trabalhar nos seus filmes.

Pegando este gancho, posso descrever que Lee Jones como Duas-Caras até que não ficou muito péssimo no papel, principalmente por ter conseguido trabalhar bem o personagem já estabelecido como vilão sem se preocupar em explicar sua origem e já mostrando a sua essência ameaçadora, o único porém está na maneira como foi concedida o tom da  sua maquiagem colocada  no ator para caracterizá-lo como o personagem, a maneira como fizeram a metade do seu rosto desfigurado fez ele parecer muito caricato, carnavalesco e criou um aspecto muito artificial.  Já Jim Carey mesmo sendo conhecido pelo seu jeito comodista de só fazer os mesmos papeis, onde em todos ele sempre faz uns caras bobalhões e se utilizar da careta para força um pouco a risada, como o vilão Charada até que não se apresentou tão mal, apesar da maneira como ele construído pela produção ter sido um tanto bobinha para torna-lo um tipo suavizado para o filme, principalmente num plano bobo de vingança. Estes que pertencem a galeria dos vilões clássicos. Ainda sobre o elenco, Val Kilme como já adiantei foi responsável por criar muitas tretas nos bastidores, isto, digamos pode até ser sentido pela maneira  como deixou transparecer não está muito a vontade no papel e não mostrar sequer um sinal de carisma.  Chris O´Donnel no papel do Robin, melhor dizendo dos Robins, já que Schumacher colocou os elementos de três personagens que assumiram o manto do velho parceiro do Morcego. Mesclou Dick Grayson com Jason Todd e Tim Drake. De Dick Grayson foi colocado sua origem circense, e a motivação da tragédia familiar. Já de Jason Todd foi colocado o elemento dele roubando o Batmóvel e de Tim Drake é a maneira como ele descobre a identidade do Batman.  O´Donell que na época já tinha um currículo respeitado quando virou o Robin no cinema, ele até que consegue mostrar se sobressair no filme, principalmente numa interessante cena em que usa de uma metodologia para secar a própria roupa que ficou sensacional. Nicole Kidman como a psiquiatra Chase Meridian, que já vinha de um bom currículo no cinema, mas que era então conhecida como a Senhora Tom Cruise, desempenhou bem no filme a função da personagem ser o par romântico do herói num tipo criado especialmente para o filme. Chega a ser irônico pensar que a ideia de Schumacher ao colocar a atriz no filme que ela foi pensada para ser a Hera Venenosa, mas depois descartou a ideia ao ver que com dois vilões num mesmo filme poderia ficar muito difícil de trabalhar cada um individualmente. Terminou resultando que a Hera Venenosa foi incluída no filme seguinte “Batman & Robin” na pele de Uma Thurman. Por fim do elenco, posso também destacar a presença de Drew Barrymore como a Sugar, uma das assistentes do Duas-Caras, cujo adereço chamativo do decote sensual é a maior prova do nível que Schumacher chegou ao colocar um tom muito carnavalesco ao filme, apesar dela ter ficado bonita com aquilo. Bom de resto posso concluir que o filme apesar das falhas, não foi de todo ruim. Já a trilha deste filme foi orquestrada por Eliott Goldenhall  que assumiu a função que foi de Danny Elfman nos filmes dirigidos por Burton. A orquestra apesar de ter um tom meio genérico, ainda assim serve bem para ambientação que também contou com a música “Kiss from a rose” interpretado pelo cantor Seal que foi um dos sucessos nas paradas das rádios americanas daquela época. Apesar de não ter agradado muito a crítica especializada, o filme conseguiu arrecadar muita grana, figurando inclusive como a segunda maior bilheteria de 1995. Por isto mesmo que minha nota para este filme é 3,5.






BATMAN & ROBIN(1997)   


















Para finalizar esta minha primeira parte de avaliação dos filmes de Batman, faço minha descrição do filme “Batman & Robin”. O último da quadrilogia de Tim Burton e Joel Schumacher.  Posso descrever que este filme apresentou muita coisa que simbolizou a sua grande ruina, que fez a Warner enterra-la a partir daquele momento. Como se Joel Schumacher não tivesse bastado ter colocado muita coisa tosca em Batman Eternamente, neste aqui ele foi além do tom carnavalesco e cafona das caracterizações do personagem, além da própria trama demonstrar sinais de saturação ao público. Mesmo apresentando um bom elenco, eles não foram os suficientes para sustentarem uma trama muito sem consistência, além de conter supostas insinuações de relacionamento gay de Batman e Robin, além da maneira como os personagens apresentados no filme não parecem darem peso. George Clooney que na época não era muito famoso, é quem ficou responsável pelo papel do Batman no lugar de Val Kilmer após este ter brigado com a produção nos bastidores de Batman Eternamente, ficando então de fora. O que ele até fez bem diga-se de passagem, porque imagino que até hoje ele carrega muitos motivos para ter mágoas muito maiores por este trabalho, isto porque do jeito que Batman & Robin desagradou e tanto para a crítica especializada que detonou o filme, e isto influenciou na própria arrecadação menor da bilheteria naquele ano de 1997 e ainda pior, é consequentemente a este resultado ele terminou recebendo indicações do Framboesa de Ouro, a premiação mais indigesta da carreiras dos atores. E neste quesito Kilmer se salvou, pois ao recusar trabalhar em Batman & Robin, terminou que   Clooney é quem pagou o pato ao assumir este papel no filme, onde da maneira que resultou,  estigmatizou o ator a ponto deste ser  lembrado como o papel mais constrangedor de sua carreira. Clooney mostrou-se muito perdido e apático no filme, já Chris O´Donnel como Robin até consegue se sobressair, mas não  demonstra peso para salvar o filme. Assim como Alicia Silverstone no papel da Batgirl, que na época era uma conhecida estrela da cultura pop  teen  dos anos 1990 foi a responsável por uma heroína que ela até representou bem, o único porém foi a maneira que modificaram a sua essência. No filme, ela foi apresentada como Barbara Wilson, a sobrinha do mordomo Alfred Pennyworth, sendo que nos quadrinhos ela é a identidade secreta de Barbara Gordon, a filha do Comissário Gordon.  Arnold Schwarzenegger no papel do vilão Mr.Freeze, que já era muito conhecido na época em Hollywood por fazer o papel dos heróis durões, os brucutus dos filmes de ação da década de 1980, no filme como vilão ficou com um aspecto muito bobo e caricato, tanto no quesito da maquiagem carnavalesca, quanto no tom tosco do seu figurino robótico e a maneira como ele encena um coral com seus capangas com pantufas como adereço  é ridícula, força muito a comédia. Uma Thurman como a Hera Venenosa também não salvou o filme do naufrágio, ainda mais pela maneira muito exageradamente chamativo o tom de seu figurino, além dela contar com o Bane como seu ajudante também ficou muito bizarro. Além de apresentar um momento onde Batman apresenta o Bat-Cartão que fez o filme ficar muito exageradamente cômico, a ponto de perder a seriedade. Todos fatores ocasionaram no fiasco que o filme resultou em crítica e bilheteria a ponto da Warner optar por desistir de Batman.  Schumacher ficou com a carreira estigmatizada após a ruina deste filme, da qual até hoje ele faz declarações públicas de pedir perdão ao fãs pelo que fez. Já Clooney conseguiu se reerguer na carreira após este filme, e ao contrário de Kilmer, não parece carregar muita mágoa pelo papel, já que de vez em quando faz algumas declarações públicas deste papel, o que Kilmer nunca fez.  Chris O´Donnel  e Alicia Silverstone foram os que tiveram suas carreiras bastante prejudicadas por este filme. O´Donnel ainda permanece atuando, mas em produções menores. Já Alicia Silverstone abandonou a carreira e hoje em dia encontra-se desvinculada do meio artístico.  Uma Thurman também saiu no prejuízo por causa do filme, mas conseguiu se reerguer graças a Quentin Tarantino a escalou para estrelar Kill Bill Vol.1 e Vol.2 lançado entre 2003-2004.  Onde neste filme, ela conseguiu voltar a ter visibilidade na carreira. Por fim Schwarzenegger também teve um relativo prejuízo por este filme. Posteriormente ele faria uns filmes de ação  mais medianos, depois deixou a carreira artística por um tempo para se dedicar  a política. Só retomado com a franquia “Os Mercenários” onde ele voltou a ter mais visibilidade.  Para encerrar coloco como nota para este filme 2,5.


Bom aqui foi então a primeira parte da minha lista avaliativa dos filmes de Batman. Onde inclui o filme de 1966, derivado da clássica série de televisão com os quatros filmes que compõe a franquia clássica dos anos 1980-1990 dirigidos por Tim Burton e Joel Schumacher. Onde aqui acompanhamos a sua ascensão e queda.
Na parte 2 da postagem vou fazer uma lista avaliativa só sobre a trilogia de Christopher Nolan que foi responsável por ressuscitar e reerguer a franquia Batman nos idos dos anos 2000.














FONTE:
http://omelete.uol.com.br/quadrinhos/artigo/batman-e-a-iseducao-do-inocentei/ 
http://www.guiadosquadrinhos.com/personagem/chefe-o-hara-%28miles-o-hara%29/7770 

*Palavra inglesa que traduzido fica simplesmente Símbolo Sexual.
 http://legiaodosherois.uol.com.br/lista/11-curiosidades-sobre-batman-eternamente.html/7

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