terça-feira, 15 de novembro de 2016

RESENHAS DOS FILMES DA FRANQUIA HARRY POTTER(2001-2011) PARTE 1



Para entrar no clima da estreia do filme  “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, um spin off do universo mágico de Harry Potter, cuja história será completamente original ao filme ao contrário dos oito filmes do protagonista que foram retiradas partes dos livros. Aproveitar esse clima, este hype, para   escrever minhas resenhas dos oito filmes lançados entre 2001-2011.
Nesta primeira parte vou comentar dos filmes Harry Potter e a Pedra Filosofal, Harry Potter e a Câmara Secreta e Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. 



HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL (2001)




Baseado no primeiro livro que foi publicado na Grã-Bretanha em 1997, somente em 2000 foi quando a obra ganhou a sua edição brasileira publicada pela Editora Rocco com certo atraso. Este filme contou em sua direção do americano Chris Columbus, o primeiro de uma série de quatro diretores que dirigiram os oito filmes da franquia HP. Que na época já tinha um vasto currículo em dirigir e produzir filmes voltados para crianças com o intuito bem família.  Como Gonnies(1985), Esqueceram de mim(1990),  Esqueceram de Mim 2(1992),  Uma Babá quase Perfeita(1993) e Um Herói de Brinquedo(1996).  Este primeiro filme quase contou com a direção de Steven Spilberg, que chegou a cogitar  a escalação do nome de Haley Joel Osment,  o astro mirim de O Sexto Sentido(1999), com quem inclusive este estrelou A.I-Inteligência Artificial(2001) deste mesmo diretor. Acontece que a Warner seguindo a risca a sugestão da autora J.K.Rowling,  eles deram preferência a selecionar só atores britânicos para darem vida aos celebres personagens dos livros. Com exceção de Richard Harris, o primeiro ator que deu vida  a Alvo Dumbledore que era irlandês, boa parte do elenco eram de atores  britânicos. Na época em que ele foi lançado a autora J.K.Rowling ainda não tinha concluído completamente a saga. Só tinha publicado até o quarto livro Cálice de Fogo, os três seguintes vieram posteriormente. A maneira como ela foi conduzida e adaptada para a época com o Harry Potter, representando a figura de um garotinho órfão seguindo a formula campbeliana da jornada do herói, sendo  maltratado pelos tios mostrou-se ser um bom acerto e que de repente tem sua vida mudada ao completar 11 anos quando descobre que é um bruxo e foi selecionado para estudar na conceituada Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e que o mundo bruxo existe em paralelo com os do trouxas que é como os bruxos chamam os não-bruxos. Apesar do primeiro livro não ser muito grosso como os quatro últimos, neste também houve muitas drásticas modificações no roteiro, teve personagens  que precisavam ser descartados, cenas importantes para a fluidez da obra no livro  tiveram de serem cortadas dentro do espaço de tempo do filme, o que terminou apresentando  alguns furos de roteiro. Que apesar disso tudo, souberam como apresentar um bom design de produção, cenários magníficos que deram vida a fantasia de Hogwarts, junto com a trilha magistral do John Williams que é o maior maestro da história do cinema,  tudo isso  serviu para compensar os pequenos deslizes apresentado neste primeiro filme. Que apresentou a jornada do protagonista em seu primeiro ano em Hogwarts, onde lá conhece seus grandes companheiros Rony e Hermione, descobre um segredo do seu passado que lhe foi ocultado, até se deparar com o perigo de Voldemort a solta na escola, onde ele traz alguns elementos detetivescos com toques de humor tipicamente britânicos. No Rotten Tomatoes este filme a aprovação de 78% pela avaliação critica. Provando que ter sido possível.







HARRY POTTER E A CÂMARA SECRETA (2002)






Baseado no segundo livro publicado na Grã-Bretanha em 1998 também muito tardiamente ganhou sua edição brasileira pela Editora Rocco publicada também no ano 2000, este  filme contou novamente com a direção de Chris Columbus. Apresentando a jornada do Harry em seu segundo ano na Escola de Magia e Bruxaria  de Hogwarts. Desta vez ele procura usar o seu faro detetivesco para investigar o mistério dos alunos petrificados pelo Basilisco, cujo mistério envolve um segredo da Câmara Secreta em um passado muito distante. E isto tem mais uma vez o dedo de Lord Voldemort. Entre alguns fatos curiosos a se comentar do filme está na questão dele ter sido o último a contar com Richard Harris no papel de Alvo Dumbledore que faleceu  no dia 25 de Outubro de 2002 faltando poucos dias para o lançamento oficial  do filme nos cinemas.  Este filme recebeu uma aprovação maior do Rotten Tomatoes em relação a “Pedra Filosofal” que foi de 85% . Arrecadou uma boa soma de bilheteria, mas mesmo assim dividiu algumas opiniões da critica especializada. Em muitas coisas o filme não saiu da zona de conforto que foi bem apresentado no anterior, mas em outros aspectos, mostrou um bom empenho no design de produção. Uma das coisas mais falhas que este filme apresentou foi quanto ao furo de roteiro é em relação do uso da  poção polissuco transformar identicamente a pessoa em outra, mas não adquiri a personalidade e no momento onde Harry e Rony estavam ao lado de Draco Malfoy  disfarçado de Crabbe e Goyle quase entregaram o disfarce em situações que se o Malfoy não fosse tão ingênuo teria notado. 





HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN (2004)






Baseado no terceiro livro publicado na Grã-Bretanha em 1999, ganhando  sua edição brasileira pela Editora Rocco publicada também no ano 2000 em conjunto ao primeiro e  segundo livro da saga.  Foi a partir deste que nos podemos observar algumas mudanças mais perceptíveis, uma delas foi a mudança da direção. Sai de cena  Chris Columbus e entrou o mexicano Alfonso Cuarón que foi o segundo dos quatro diretores que dirigiram a franquia Harry Potter no cinema. Antes de dirigir um filme da franquia  HP, Cuarón já vinha  de um currículo respeitável  tendo dirigido quatro filmes poucos conhecido do público, sendo  dois em seu pais natal, o México como” Sólo cun tu pareja”(1991) e “E sua mãe também”(2001) e dois filmes estadunidenses como “A Princesinha”(1995) e “Grandes Esperanças”(1998) . Mas foi graças a “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, que representou um divisor de águas importante para sua carreira tornando o seu nome conhecido mundialmente, principalmente quando dez anos depois ele seria bastante premiado como melhor diretor em 2014 como o Oscar por exemplo pelo filme “Gravidade”(2013). Neste filme já dá para notar umas importantes mudanças na direção, principalmente no que diz respeito a parte visual.  Saia aquele tom colorido iluminado dos filmes dirigidos por Columbus. E entrava o tom escuro de caráter mais sombrio da saga, que de algum ou de outro esta transição foi importante para acompanhar o crescimento dos protagonistas dando assim um tom mais adulto a obra. Principalmente na maneira como ficaram representados a figura dos dementadores. Foi também a partir deste filme, que eles colocaram o irlandês  Michael Gambon para assumir o papel de Dumbledore no lugar de seu conterrâneo Richard Harris. Gambon  assumiu este papel até a conclusão da franquia. Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é o que de toda franquia arrecadou menos receita em bilheteria. Ainda assim é um filme que agradou e muito a critica por apresentar esta transição visual do cenário escapista de toda esta fantasia do mundo bruxo.  É neste terceiro ano de Harry em Hogwarts que o mundo bruxo vive em alerta com a fuga de Sirius Black em Azkaban, acusado de ter matado os pais de Harry. É neste ambiente o mistério com a aparição do Pedro Pettigrew que muitos achavam  estarem quando estava vivo na sua forma de animago como o rato de estimação dos Weasley,  Perebas. É neste filme que temos a importante no aparição no arco de Remo Lupin como Professor de Defesa contra as Artes das Trevas, que pertenceu ao antigo grupo dos marotos formado pelo seu pai Tiago Potter, Sirius Black e Pedro Petitgrew. É ele quem se tornará o importante aliado de Harry nas futuras batalhas contra o temido Lorde das Trevas como ocorre nos livros. Este apesar de apresentar algumas melhoras nas transições dos filmes, também pecou por apresentar muitos cortes de cenas importantes dos livros. Apresentando inclusive como furos de roteiro o fato de que como o tempo rodo os gêmeos Fred e Jorge Weasley sabendo do código de abrir e fechar o mapa do maroto, não tenham percebido pelas pegadas que denunciavam que o tempo todo o ratinho de estimação da família era um homem. E mais difícil mesmo de digerir é o fato do Vira-Tempo só ser usado neste filme, podendo alterar todos os eventos da saga. E no que alteraria criaria mais furo, por mexer justamente com o tempo como acontece em obras de ficção científica que mexem com esta atmosfera como “De volta para o futuro” por exemplo. De todo jeito foi um filme importante para a franquia.

Na próxima postagem  eu comentarei sobre os filmes Harry Potter e o Cálice de Fogo, Harry Potter e a Ordem da Fênix, Harry Potter e  o Enigma do Príncipe, Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1 e  Parte 2 

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