Para
entrar no clima da estreia do filme “Animais
Fantásticos e Onde Habitam”, um spin off do universo mágico de Harry Potter,
cuja história será completamente original ao filme ao contrário dos oito
filmes do protagonista que foram retiradas partes dos livros. Aproveitar esse
clima, este hype, para escrever minhas resenhas dos oito filmes lançados entre 2001-2011.
Nesta primeira parte vou comentar dos filmes Harry Potter e a Pedra Filosofal, Harry Potter e a Câmara Secreta e Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban.
HARRY
POTTER E A PEDRA FILOSOFAL (2001)
Baseado
no primeiro livro que foi publicado na Grã-Bretanha em 1997, somente em 2000
foi quando a obra ganhou a sua edição brasileira publicada pela Editora Rocco
com certo atraso. Este filme contou em sua direção do americano Chris Columbus,
o primeiro de uma série de quatro diretores que dirigiram os oito filmes da
franquia HP. Que na época já tinha um vasto currículo em dirigir e produzir filmes
voltados para crianças com o intuito bem família. Como Gonnies(1985), Esqueceram de mim(1990), Esqueceram de Mim 2(1992), Uma Babá quase Perfeita(1993) e Um Herói de
Brinquedo(1996). Este primeiro filme
quase contou com a direção de Steven Spilberg, que chegou a cogitar a escalação do nome de Haley Joel Osment, o astro mirim de O Sexto Sentido(1999), com
quem inclusive este estrelou A.I-Inteligência Artificial(2001) deste mesmo
diretor. Acontece que a Warner seguindo a risca a sugestão da autora
J.K.Rowling, eles deram preferência a
selecionar só atores britânicos para darem vida aos celebres personagens dos
livros. Com exceção de Richard Harris, o primeiro ator que deu vida a Alvo Dumbledore que era irlandês, boa parte
do elenco eram de atores britânicos. Na época em que ele foi lançado a
autora J.K.Rowling ainda não tinha concluído completamente a saga. Só tinha
publicado até o quarto livro Cálice de Fogo, os três seguintes vieram
posteriormente. A maneira como ela foi conduzida e adaptada para a época com o
Harry Potter, representando a figura de um garotinho órfão seguindo a formula
campbeliana da jornada do herói, sendo maltratado pelos tios mostrou-se ser um bom
acerto e que de repente tem sua vida mudada ao completar 11 anos quando
descobre que é um bruxo e foi selecionado para estudar na conceituada Escola de
Magia e Bruxaria de Hogwarts e que o mundo bruxo existe em paralelo com os do
trouxas que é como os bruxos chamam os não-bruxos. Apesar do primeiro livro não
ser muito grosso como os quatro últimos, neste também houve muitas drásticas
modificações no roteiro, teve personagens
que precisavam ser descartados, cenas importantes para a fluidez da obra
no livro tiveram de serem cortadas
dentro do espaço de tempo do filme, o que terminou apresentando alguns furos de roteiro. Que apesar disso
tudo, souberam como apresentar um bom design de produção, cenários magníficos
que deram vida a fantasia de Hogwarts, junto com a trilha magistral do John
Williams que é o maior maestro da história do cinema, tudo isso serviu para compensar os pequenos deslizes
apresentado neste primeiro filme. Que apresentou a jornada do protagonista em
seu primeiro ano em Hogwarts, onde lá conhece seus grandes companheiros Rony e
Hermione, descobre um segredo do seu passado que lhe foi ocultado, até se
deparar com o perigo de Voldemort a solta na escola, onde ele traz alguns
elementos detetivescos com toques de humor tipicamente britânicos. No Rotten
Tomatoes este filme a aprovação de 78% pela avaliação critica. Provando que ter
sido possível.
HARRY
POTTER E A CÂMARA SECRETA (2002)
Baseado
no segundo livro publicado na Grã-Bretanha em 1998 também muito tardiamente
ganhou sua edição brasileira pela Editora Rocco publicada também no ano 2000,
este filme contou novamente com a
direção de Chris Columbus. Apresentando a jornada do Harry em seu segundo ano
na Escola de Magia e Bruxaria de
Hogwarts. Desta vez ele procura usar o seu faro detetivesco para investigar o
mistério dos alunos petrificados pelo Basilisco, cujo mistério envolve um
segredo da Câmara Secreta em um passado muito distante. E isto tem mais uma vez
o dedo de Lord Voldemort. Entre alguns fatos curiosos a se comentar do filme
está na questão dele ter sido o último a contar com Richard Harris no papel de
Alvo Dumbledore que faleceu no dia 25 de
Outubro de 2002 faltando poucos dias para o lançamento oficial do filme nos cinemas. Este filme recebeu uma aprovação maior do
Rotten Tomatoes em relação a “Pedra Filosofal” que foi de 85% . Arrecadou uma
boa soma de bilheteria, mas mesmo assim dividiu algumas opiniões da critica
especializada. Em muitas coisas o filme não saiu da zona de conforto que foi
bem apresentado no anterior, mas em outros aspectos, mostrou um bom empenho no
design de produção. Uma das coisas mais falhas que este filme apresentou foi
quanto ao furo de roteiro é em relação do uso da poção polissuco transformar identicamente a
pessoa em outra, mas não adquiri a personalidade e no momento onde Harry e Rony
estavam ao lado de Draco Malfoy disfarçado
de Crabbe e Goyle quase entregaram o disfarce em situações que se o Malfoy não
fosse tão ingênuo teria notado.
HARRY
POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN (2004)
Baseado
no terceiro livro publicado na Grã-Bretanha em 1999, ganhando sua edição brasileira pela Editora Rocco
publicada também no ano 2000 em conjunto ao primeiro e segundo livro da saga. Foi a partir deste que nos podemos observar
algumas mudanças mais perceptíveis, uma delas foi a mudança da direção. Sai de
cena Chris Columbus e entrou o mexicano
Alfonso Cuarón que foi o segundo dos quatro diretores que dirigiram a franquia
Harry Potter no cinema. Antes de dirigir um filme da franquia HP, Cuarón já vinha de um currículo respeitável tendo dirigido quatro filmes poucos conhecido
do público, sendo dois em seu pais
natal, o México como” Sólo cun tu pareja”(1991) e “E sua mãe também”(2001) e
dois filmes estadunidenses como “A Princesinha”(1995) e “Grandes Esperanças”(1998)
. Mas foi graças a “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, que representou
um divisor de águas importante para sua carreira tornando o seu nome conhecido
mundialmente, principalmente quando dez anos depois ele seria bastante premiado
como melhor diretor em 2014 como o Oscar por exemplo pelo filme “Gravidade”(2013).
Neste filme já dá para notar umas importantes mudanças na direção, principalmente
no que diz respeito a parte visual. Saia
aquele tom colorido iluminado dos filmes dirigidos por Columbus. E entrava o
tom escuro de caráter mais sombrio da saga, que de algum ou de outro esta
transição foi importante para acompanhar o crescimento dos protagonistas dando assim um tom mais adulto a obra.
Principalmente na maneira como ficaram representados a figura dos dementadores.
Foi também a partir deste filme, que eles colocaram o irlandês Michael Gambon para assumir o papel de
Dumbledore no lugar de seu conterrâneo Richard Harris. Gambon assumiu este papel até a
conclusão da franquia. Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é o que de toda
franquia arrecadou menos receita em bilheteria. Ainda assim é um filme que agradou
e muito a critica por apresentar esta transição visual do cenário escapista de
toda esta fantasia do mundo bruxo. É
neste terceiro ano de Harry em Hogwarts que o mundo bruxo vive em alerta com a fuga
de Sirius Black em Azkaban, acusado de ter matado os pais de Harry. É neste
ambiente o mistério com a aparição do Pedro Pettigrew que muitos achavam estarem quando estava vivo na sua forma de
animago como o rato de estimação dos Weasley, Perebas. É neste filme que temos a importante
no aparição no arco de Remo Lupin como Professor de Defesa contra as Artes das
Trevas, que pertenceu ao antigo grupo dos marotos formado pelo seu pai Tiago
Potter, Sirius Black e Pedro Petitgrew. É ele quem se tornará o importante
aliado de Harry nas futuras batalhas contra o temido Lorde das Trevas como ocorre nos livros. Este
apesar de apresentar algumas melhoras nas transições dos filmes, também pecou
por apresentar muitos cortes de cenas importantes dos livros. Apresentando
inclusive como furos de roteiro o fato de que como o tempo rodo os gêmeos Fred
e Jorge Weasley sabendo do código de abrir e fechar o mapa do maroto, não
tenham percebido pelas pegadas que denunciavam que o tempo todo o ratinho de
estimação da família era um homem. E mais difícil mesmo de digerir é o fato do
Vira-Tempo só ser usado neste filme, podendo alterar todos os eventos da saga.
E no que alteraria criaria mais furo, por mexer justamente com o tempo como
acontece em obras de ficção científica que mexem com esta atmosfera como “De
volta para o futuro” por exemplo. De todo jeito foi um filme importante para a franquia.
Na próxima postagem eu comentarei sobre os filmes Harry Potter e o Cálice de Fogo, Harry Potter e a Ordem da Fênix, Harry Potter e o Enigma do Príncipe, Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1 e Parte 2
Nenhum comentário:
Postar um comentário