sábado, 28 de outubro de 2017

REUNIÃO DA ACCIRN(ASSOCIAÇÃO DE CRÍTICOS DE CINEMA DO RIO GRANDE DO NORTE)

  





Olá Grandes Super-Heróis, confiram ai no vídeo de hoje o registro que
fiz do surgimento da ACCIRN(Associação dos Críticos de Cinema do Rio
Grande do Norte) ocorrido na manhã de sábado, 21 de Outubro de 2017 no
Campus da UNP da Roberto Freire.

LINK DO SITE DO SETCENAS:
http://www.setcenas.com.br/



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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

BLADE RUNNER 2049



Na noite de Quinta-Feira, 12 de Outubro de 2017, fui conferir ao tão aguardado Blade Runner 2049, sequencia de Blade Runner-O Caçador de Androides(1982). Neste filme, a trama gira em torno da Los Angeles futurista, passados 30 anos após Deckard(Harrison Ford) o Blade Runner daquele filme anterior eliminar a ameaça dos replicantes construídos pela Tyrell Corporation, que tinham chegado a Terra clandestinamente, colocando a paz e a ordem sob ameaça.  Nestes longos anos depois que Deckard tinha sumido do mapa levando consigo a Rachael(Sean Young) após enfrentar Roy Batty.


 
















A Tyrell Corporation foi extinta, e os replicantes criados por uma nova corporação passaram a integrar a sociedade como uma forma de continuarem a possibilitarem a sobrevivência da raça humana, trabalhando em cantos pesados e hostis. É neste cenário que somos conduzidos por K(Ryan Gosling), um replicante que assume a função de ser o Blade Runner da vez, cuja função é aposentar antigos modelos de replicantes que vivem a solta. Ele tem como sua vida se resumir a conversar com sua namorada virtual Joi(Ana de Armas). Ao longo da trama vão ocorrendo muitas reviravoltas investigativas que o levam a pontos sobre o mistério da nova rebelião dos replicantes. 















É dessa forma  que o enredo mantendo aquela mesma atmosfera noir  e investigativa do anterior sob a direção do canadense Denis Villeneuve nos transmite uma sensação muito mais melancólica, mais hostil graças ao ótimo trabalho da direção de arte do filme trazendo um belo trabalho com as paletas de cores para cada cena, como na cena onde K. caminhando pelo deserto a gente pode observar um estouro da tela todo em vermelho e amarelo, cores caracteristicamente quentes trazendo um clima sujo, calorento, hostil e muito desconfortável ao espectador. Villeneuve soube bem como conduzir a direção melhor do que Ridley Scott cuja participação no filme é apenas como produtor.  



















Assim como o anterior ele também traz no roteiro mensagens muito complexas, com tons muito filosóficos que o tornando tão mais cabeça quanto o primeiro. O Blade Runner de 1982 na época que estreou não conquistou tanto o público, nem mesmo foi bom de bilheteria por causa dos problemas que Ridley Scott enfrentou na produção, especialmente na hora de fazer a montagem que resultou em um filme difícil para o público da época  compreender que só com o tempo, depois que foram feitas novas exibições no cinema mostrando as versões definitivas de Ridley Scott é que o filme foi ganhando status de cult, tudo isso muito graças ao legado que ele serviu de muita influencia  para o gênero da ficção científica com a criação do sub-genero cyberpunk que inspirou outras obras do segmento como  Matrix, Akira, Ghost in The Shell entre outros beberam  muito da fonte de Blade Runner, obra que foi adaptado do livro Androides sonham com ovelhas elétricas publicado em 1968 de autoria de Philip K. Dick(1928-1982).













           














Um dos mais importantes autores desse gênero literário. Com Blade Runner 2049 podemos então compreender que um bom filme mesmo sendo complexo pode trazer uma profunda mensagem, principalmente ao refletir sobre a frieza do mundo caótico em que vivemos, da  falta de empatia de um com o outro e os juízos de valor que temos mania de colocar nos outros, a trilha do Hans Zimmer e de Benjamin Wallfisch pode até não se igualar a trilha de Vangelis do filme de 1982, que a tornou icônica  cujos arranjos criam o tom para a atmosfera  de cada cena   como o clima apaixonante entre Deckard e Rachael que a tornaram sinônimo de sensualidade ou mesmo a música da final num tom de sintetizador eletrônico que a tornou um símbolo da ciência robótica dentre outros. O arranjo criado por estes dois maestros para Blade Runner 2019 traz uma característica mais melancólica, mesclado a elementos de suspense e ação também. Uma sintonia muito perfeita. Se você é fã do primeiro, garanto que deve gostar muito desse. Recomendo.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

RESENHA DO FILME BLADE RUNNER- O CAÇADOR DE ANDROÍDES(1982)



Aproveitando o clima da semana do lançamento de Blade Runner 2049 faço aqui minha descrição sobre uma das melhores obras-primas que o cinema já produziu. O primeiro Blade Runner-O Caçador de Andróides( Blade Runner, EUA, 1982), que contou com a direção precisa e competente de Ridley Scott, a trilha sonora envolvente de Vangelis e com perfeitos e inteligentes diálogos. Inspirado na obra Androides Sonham com Ovelhas Elétricas(1968), de autoria de Philip K.Dick(1928-1982), que não pode conferir ao filme na época que foi lançado pois tinha falecido. 
















Na ocasião que foi lançado não chegou a fazer um sucesso, só com o tempo é que ele foi agraciado com o status de cult. Aquele cultuado filme da ficção científica dos anos 1980, se passava na Los Angeles imaginando como um futuro tecnológico, poluído,  sombrio e noir  de 2019, onde a raça robótica replicantes criados pela Tyrell Corporation passaram a se rebelar contra seu criador e terem uma vida humana própria. O que os tornaram grandes perigos. É neste ínterim que entra a figura do investigador Deckard assumindo a função de caçar cada um deles e ir os eliminando um por um.














 Ao longo da investigação vai eliminando Kowalski(Brion James), depois Zhora(Joanna Kassidy), Pris(Darryl Hannah) até chegar ao líder Roy Batty(Rutger Hauer) com quem enfrenta uma batalha insana apresentando uma grande reviravolta. Além desses replicantes ele também conhece Rachael(Sean Young) uma ajudante da Tyrel Corporation de quem ele abriu e por quem supostamente foi seduzindo a tornando simbolizada como femme fatale do filme. Ridley Scott, que na época já tinha um nome de prestigio após dirigir outra obra importante da ficção científica que foi Alien(1979) como eu já havia adiantado soube como conduzir a trama desse filme, mesmo tendo passado por infinitas dores de cabeça nos bastidores dessa problemática produção. Diversas foram as vezes que ele precisou ser reescrito até chegar ao resultado esperado, onde foram gravadas, editadas e montadas as mais diferentes versões do filme, inclusive há uma versão própria do diretor. Apesar dessas barreiras sofridas, o filme conseguiu ganhar status de cult com o tempo, apesar de na época não ter agradado a critica e rendido pouco na bilheteria. Mesmo assim, a maneira como o enredo foi construído trazendo uma ótima abordagem reflexiva e filosófica que pode ser notado pelos diálogos bem construídos nos mostrando como seria viver num mundo futuro tecnológico, onde os robôs podiam serem que nem os replicantes, agirem como nós de forma natural e com inteligência artificial.  Além de apresentar uma brilhante direção de arte que pode ser notado na fotografia escura em cenas noturnas mostrando um bom contraste com os efeitos das luzes de neon que iluminam a Los Angeles futurista, os figurinos aqui mostrados são bem discretos, apresentam nada de muito caricato a ponto de ficar toscamente carnavalesco o mesmo pode se descrever sobre os cortes de cabelos dos personagens, contendo também muita ação, suspense, com muito elemento de filme noir bem casado com trilha conduzida pelo maestro grego Vangelis que com sua sinfonia eletrônica produzida de sintetizador consegue transmitir o clima atmosférico científico e um tanto pesado do filme entre muitas outras a se definir sobre este primeiro Blade Runner. 














Do elenco destaco para Harrison Ford como Deckard protagonista do filme, na época que estrelou este filme ele já era famoso por viver dois heróis importantes do cinema na época como o Han Solo na franquia Star Wars e por protagonizar o arqueólogo Indiana Jones. Consegue transmitir seriedade no papel de um agente incumbido da missão de caçar os malvados androides que representam uma grande ameaça. Ele consegue segurar bem as pontas para conduzir o espectador ao mistério. 











Rutger Hauer como o antagonista Roy Batty transmite uma excelente interpretação do papel, entregando ao mesmo tempo em que ele é um sujeito com uma característica repulsiva também surpreende na impressionante cena final dele no arco da trama vendo sua vida chegar ao fim menciona a famosa frase memorável que tornou a mais marcante do cinema: “Eu vi coisas que vocês, humanos, não acreditariam. Naves de ataque em chamas nas bordas de Orion. Vi a luz do farol cintilar na escuridão perto do Portal de Tannhauser. Todos esses momentos ficarão perdidos no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer.” Frase que ele fez  criar no espectador um sentimento de ódio, também criou um sentimento de pena por ter sua vida definida por outras pessoas. Por fim, destaco para Darryl Hannah como a replicante Pris e Sean Young como Rachael. Darryl Hannah como Pris desempenha bem a função de ser uma espécie de assistente de Roy Batty, onde por trás daquele jeito charmoso feminino pode se esconder alguém muito perigoso. Sean Young representa bem uma típica figura daquela heroína femme fatale, que aparentemente tenta atrair o herói para o perigo, mas na verdade só quer ajuda-lo. Em um balanço geral, pode-se descrever que o primeiro Blade Runner é um bom exemplo de filme que merece ser visto e revisto para poder ser bem compreendido. Principalmente no que envolve a sua mensagem densa sobre o mundo em que vivemos, o torna bastante atual.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

KINGSMAN-O CÍRCULO DOURADO(2017)



No Domingo, 01 de Outubro de 2017, fui conferir no Midway Mall ao filme Kingsman-O Circulo Dourado, sequencia de Kingsman-Serviço Secreto.  















 Com relação ao primeiro, este filme não surpreende tanto, ele fica no mais do mesmo com relação ao anterior. Alguns personagens incluídos nesta história ficam bastante subutilizados no arco da trama. Tirando as boas coreografias das cenas de ação, que são uma perfeição, o roteiro deste ele é muito inconsistente. Parece que o diretor Matthew Vaughn não quis se arriscar a nenhuma inovação e preferiu se acomodar na formular que deu certo no anterior. 













Apesar dessas falhas, isto não tira o mérito do filme que é entreter, divertir. Apesar da trama não surpreender tanto quanto se esperava, pelo menos eles souberam bem como incluir na trama a Statsman, uma agência secreta dos EUA a quem Eggsy e Merlin vão atrás depois de verem a agencia ser destruída por Poppy(Julianne Moore) uma mulher megalomaníaca que comanda um cartel num fim de mundo  de uma ilha deserta onde a arquitetura do lugar tem um estilo todo peculiar e lá mantem como refém o cantor Elton John. Lá além de conhecerem agente com habilidades tão peculiares quanto eles, também descobrem que Harry “Gallahad” (Colin Firth) que eles achavam que estava morto por Valentine no filme anterior, na verdade estava vivo, mas sem memória nenhuma de sua vida na Kingsman. E para tê-lo de volta a ação, eles precisam esperar certo para que ele se readapte. No balanço geral, o filme pode até inovar em nada a ponto de causar o fator surpresa do primeiro, mas mantém algumas características essenciais que deram certo no anterior como o seu estilo refinado de humor britânico prestando uma homenagem a James Bond, a Austin Powers e outros elementos importantes do gênero espionagem, com algumas pitadas de diálogos referenciais. Muita adrenalina desenfreada, pancadaria, e muitas tão mirabolantes que desafiam até a lei da física. Kingsman-Círculo Dourado é um filme que vale a pena sim se assistir com o cérebro desligado, para digerir as muitas situações absurdas ou mesmo os furos mostrados no filme.