Na noite de Quinta-Feira, 12
de Outubro de 2017, fui conferir ao tão aguardado Blade Runner 2049, sequencia de Blade
Runner-O Caçador de Androides(1982). Neste filme, a trama gira em torno da
Los Angeles futurista, passados 30 anos após Deckard(Harrison Ford) o Blade
Runner daquele filme anterior eliminar a ameaça dos replicantes construídos pela
Tyrell Corporation, que tinham chegado a Terra clandestinamente, colocando a
paz e a ordem sob ameaça. Nestes longos
anos depois que Deckard tinha sumido do mapa levando consigo a Rachael(Sean
Young) após enfrentar Roy Batty.
A Tyrell Corporation foi extinta, e os replicantes criados por uma nova corporação passaram a integrar a sociedade como uma forma de continuarem a possibilitarem a sobrevivência da raça humana, trabalhando em cantos pesados e hostis. É neste cenário que somos conduzidos por K(Ryan Gosling), um replicante que assume a função de ser o Blade Runner da vez, cuja função é aposentar antigos modelos de replicantes que vivem a solta. Ele tem como sua vida se resumir a conversar com sua namorada virtual Joi(Ana de Armas). Ao longo da trama vão ocorrendo muitas reviravoltas investigativas que o levam a pontos sobre o mistério da nova rebelião dos replicantes.
É dessa forma que o enredo mantendo aquela mesma atmosfera noir e investigativa do anterior sob a direção do canadense Denis Villeneuve nos transmite uma sensação muito mais melancólica, mais hostil graças ao ótimo trabalho da direção de arte do filme trazendo um belo trabalho com as paletas de cores para cada cena, como na cena onde K. caminhando pelo deserto a gente pode observar um estouro da tela todo em vermelho e amarelo, cores caracteristicamente quentes trazendo um clima sujo, calorento, hostil e muito desconfortável ao espectador. Villeneuve soube bem como conduzir a direção melhor do que Ridley Scott cuja participação no filme é apenas como produtor.
Assim como o anterior ele também traz no roteiro mensagens muito complexas, com tons muito filosóficos que o tornando tão mais cabeça quanto o primeiro. O Blade Runner de 1982 na época que estreou não conquistou tanto o público, nem mesmo foi bom de bilheteria por causa dos problemas que Ridley Scott enfrentou na produção, especialmente na hora de fazer a montagem que resultou em um filme difícil para o público da época compreender que só com o tempo, depois que foram feitas novas exibições no cinema mostrando as versões definitivas de Ridley Scott é que o filme foi ganhando status de cult, tudo isso muito graças ao legado que ele serviu de muita influencia para o gênero da ficção científica com a criação do sub-genero cyberpunk que inspirou outras obras do segmento como Matrix, Akira, Ghost in The Shell entre outros beberam muito da fonte de Blade Runner, obra que foi adaptado do livro Androides sonham com ovelhas elétricas publicado em 1968 de autoria de Philip K. Dick(1928-1982).
Um dos mais importantes autores desse gênero literário. Com Blade Runner 2049 podemos então compreender que um bom filme mesmo sendo complexo pode trazer uma profunda mensagem, principalmente ao refletir sobre a frieza do mundo caótico em que vivemos, da falta de empatia de um com o outro e os juízos de valor que temos mania de colocar nos outros, a trilha do Hans Zimmer e de Benjamin Wallfisch pode até não se igualar a trilha de Vangelis do filme de 1982, que a tornou icônica cujos arranjos criam o tom para a atmosfera de cada cena como o clima apaixonante entre Deckard e Rachael que a tornaram sinônimo de sensualidade ou mesmo a música da final num tom de sintetizador eletrônico que a tornou um símbolo da ciência robótica dentre outros. O arranjo criado por estes dois maestros para Blade Runner 2019 traz uma característica mais melancólica, mesclado a elementos de suspense e ação também. Uma sintonia muito perfeita. Se você é fã do primeiro, garanto que deve gostar muito desse. Recomendo.
A Tyrell Corporation foi extinta, e os replicantes criados por uma nova corporação passaram a integrar a sociedade como uma forma de continuarem a possibilitarem a sobrevivência da raça humana, trabalhando em cantos pesados e hostis. É neste cenário que somos conduzidos por K(Ryan Gosling), um replicante que assume a função de ser o Blade Runner da vez, cuja função é aposentar antigos modelos de replicantes que vivem a solta. Ele tem como sua vida se resumir a conversar com sua namorada virtual Joi(Ana de Armas). Ao longo da trama vão ocorrendo muitas reviravoltas investigativas que o levam a pontos sobre o mistério da nova rebelião dos replicantes.
É dessa forma que o enredo mantendo aquela mesma atmosfera noir e investigativa do anterior sob a direção do canadense Denis Villeneuve nos transmite uma sensação muito mais melancólica, mais hostil graças ao ótimo trabalho da direção de arte do filme trazendo um belo trabalho com as paletas de cores para cada cena, como na cena onde K. caminhando pelo deserto a gente pode observar um estouro da tela todo em vermelho e amarelo, cores caracteristicamente quentes trazendo um clima sujo, calorento, hostil e muito desconfortável ao espectador. Villeneuve soube bem como conduzir a direção melhor do que Ridley Scott cuja participação no filme é apenas como produtor.
Assim como o anterior ele também traz no roteiro mensagens muito complexas, com tons muito filosóficos que o tornando tão mais cabeça quanto o primeiro. O Blade Runner de 1982 na época que estreou não conquistou tanto o público, nem mesmo foi bom de bilheteria por causa dos problemas que Ridley Scott enfrentou na produção, especialmente na hora de fazer a montagem que resultou em um filme difícil para o público da época compreender que só com o tempo, depois que foram feitas novas exibições no cinema mostrando as versões definitivas de Ridley Scott é que o filme foi ganhando status de cult, tudo isso muito graças ao legado que ele serviu de muita influencia para o gênero da ficção científica com a criação do sub-genero cyberpunk que inspirou outras obras do segmento como Matrix, Akira, Ghost in The Shell entre outros beberam muito da fonte de Blade Runner, obra que foi adaptado do livro Androides sonham com ovelhas elétricas publicado em 1968 de autoria de Philip K. Dick(1928-1982).
Um dos mais importantes autores desse gênero literário. Com Blade Runner 2049 podemos então compreender que um bom filme mesmo sendo complexo pode trazer uma profunda mensagem, principalmente ao refletir sobre a frieza do mundo caótico em que vivemos, da falta de empatia de um com o outro e os juízos de valor que temos mania de colocar nos outros, a trilha do Hans Zimmer e de Benjamin Wallfisch pode até não se igualar a trilha de Vangelis do filme de 1982, que a tornou icônica cujos arranjos criam o tom para a atmosfera de cada cena como o clima apaixonante entre Deckard e Rachael que a tornaram sinônimo de sensualidade ou mesmo a música da final num tom de sintetizador eletrônico que a tornou um símbolo da ciência robótica dentre outros. O arranjo criado por estes dois maestros para Blade Runner 2019 traz uma característica mais melancólica, mesclado a elementos de suspense e ação também. Uma sintonia muito perfeita. Se você é fã do primeiro, garanto que deve gostar muito desse. Recomendo.
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