CONFIRAM EM PRIMEIRA MÃO O TRAILER LEGENDADO DE X-MEN:FÊNIX NEGRA QUE ESTÁ PREVISTO PARA CHEGAR AOS CINEMA EM FEVEREIRO DE 2019.
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
terça-feira, 25 de setembro de 2018
Por que tantas Startups na Califórnia? | Nerdologia
No Nerdologia de hoje vamos responder porque existem tantas Startups na Califórnia.
domingo, 23 de setembro de 2018
RESENHA DO FILME FÉRIAS DA PESADA(1985)
Descrever o que foi os anos
1980, é remeter aquele período bem transgressor onde tudo se podia, se permitia
e não havia a preocupação do
politicamente correto. No cinema dessa época especialmente era comum vemos
personagens fumando, se drogando ou mesmo com uma alta dose violência e com
muitas cenas de nudez aos extremos. Se
tem um exemplo de filme dessa época que bem ilustra o quanto essa época foi
transgressora, e muito sem limites é Férias da Pesada(Fraternitty
Vancation, EUA, 1985). Uma comédia juvenil B que apresentava divertidas
situações em doses além do permitido que
nos tempos de hoje seriam impossíveis de serem mostrados ou mesmo este tipo de filme não
ficaria cabível para a nossa época atual onde se preza tanto pelo politicamente
correto e especialmente com o empoderamento feminino que temos visto nos
últimos tempos. Este filme extrapola completamente o tom da sensualidade
especialmente ao estimular a cultuação ao apelo sexual feminino que nos tempos
atuais se alguém apresentasse esta ideia seria logo engavetado.
O enredo dele gira em torno de
Wendell Tvedt(Stephen Geoffreys), um jovem nerd atrapalhado que é calouro na Faculdade de Física, ele está
com as malas prontas para ir viajar a Palms Springs e curtir aquela ensolarado
verão californiano acompanhado de Joe(Cameron
Dye) e Mother(Tim Robbins) uma popular dupla de veteranos universitários
esportistas que vão acompanha-los com uma intenção bastante duvidosa de aproveitar que não vão pagarem nada para
irem caçarem umas gatas. Tudo pago pelos pais de Wendell. Chegando em Palms
Springs antes de irem em direção para
uma espécie de resort com piscina num quarto alugado de propriedade de um primo de Wendell eles vão para muitas
lojas de roupa para tornar Wendell mais agradável já que morrem de vergonha
alheia do seu comportamento atrapalhado de ser. É lá que vão ocorrer as mais
hilárias e bizarras situações que vão gerar altas confusões, bem típico de
anúncios de filmes da Sessão da Tarde. Ou de Cinema em Casa como costumava
passar no SBT.
Joe e Mother irão se meter
numa grande cilada, após levarem duas lindas mulheres Chrissie(Barbara
Crampton) e Marianne(Kathleen Kimmont) para o quarto onde estavam hospedados
para transarem quando de repente descobrem que foi tudo armação da dupla
formada por Chas( Leigh McCloskey) e Springer(Matt McCoy) seus colegas de
faculdade com quem não se bicam. Vivem constantemente em concorrência por eles
serem os maiorais e eles considerados os menores. Onde Chas faz uma aposta com
Joe para ver qual deles conseguiria
conquistar e transaria primeiro com a mulher mais linda daquele resort que é
Ashley Taylor(Sheree J. Wilson). Cada um
fazendo a maior maluquice para se aproximar dela com pretexto de conquista-la
para levar a cama. Joe inventa que havia terminado recentemente um namoro
duradouro e que está muito abalado para assim dessa forma ela morder a isca
para atraí-la, já Chas vai mais longe que isso. Primeiro chama a atenção dela
com uma manobra arriscada descendo de paraquedas acima do resort e cai na piscina. Onde
inventa como pretexto que estava se preparando para uma apresentação numa
faculdade onde iria abordar sobre sexo e
que estava escrevendo um livro. Depois participa de uma aula de ginástica dela
onde consegue chamar a atenção dela e ela morde a sua isca para o plano que envolve ela ser o
centro das atenções dessa armação para saber com qual ela irá transar.
Enquanto que o mote principal
envolvia a disputa de quatro cafajestes para ver com qual transaria a bela
gatona Ashley, temos também o arco da subtrama de Wendell mostrando o seu
envolvimento com Nicole Ferret(Amanda Bearse), uma linda garota com ar
angelical que ele conheceu numa noite no
bar com quem ele começa a namorar. Um
relacionamento que terminará depois que ele descobrir que o pai dela é o
turrão, rabugento e moralista Xerife de Palms Springs Chief Ferret(John Vernon)
que ele já havia tido o desprazer de conhecê-lo antes quando este foi preso na sua delegacia por
engano quando caiu do teto e foi parar na janela do quarto de uma senhora que por azar viu sua calça cair que o denunciou a policia por
atentado ao pudor. Enquanto isso nem Joe e nem Chas obtém sucesso nos seus
planos de transar com Ashley para ver qual venceria a aposta, logo depois eles
terminam sendo desmascarados por ela. Como se essa confusão não fosse o
bastante, eles recebem uma ligação de Nicole perguntando do paradeiro de
Wendell, que tinha sumido com o jipe deles. Joe e Mother então roubam o carro de Chas e vão atrás de
Wendell na mansão do Xerife e terminam indo parar na prisão. Eles só
conseguiram serem soltos graça a quem aos seus rivais que mobilizaram muita
gente no resort para irem na delegacia fazerem muito barulho para soltarem Joe
e Mother. Enquanto que Wendell terminou se dando bem no final das contas já que
ele ficou com Ashley que a conheceu na
estrada quando ela parou o carro para ajudá-lo.
O tom bem apelativo de
safadeza apresentado neste filme o torna bastante datado, especialmente pelo
tipo de abordagem que ele apresenta aqui, como por exemplo, a Ashley ser alvo
da aposta de Joe e Chas que se utilizam de manobras bizarras para se aproximar dela é uma coisa que nos
tempos de hoje com empoderamento feminino poderiam acusar este filme de
machista, assim como ele não se filtra em apelar para a sensualidade extrema ao mostrar o strip-tease de Chrisse e
Marianne para Joe e Mother ou mesmo eles
não terem o menor senso de ridículo ao mostrar a perversão de Mother tirando fotos da Ashley peladona da janela dela. Junto
também com as gírias apresentadas nos diálogos e a trilha sonora tocada traz características que
bem rementem aos anos 1980. Por ser considerado o tipo de comédia B, ele bem se
permitir a uma liberdade criativa, o que caso se fosse um filme A teria de com
certeza seguir algumas regras. A direção do filme é do James Frawley que já
tinha uma longa carreira antes de dirigir este filme. Do elenco destaco para
Stephen Geoffreys como Wendell, a maneira como ele imprimiu bem ao personagem que
se diferenciava de Joe e Mother por ser magrinho, baixinho e agir de forma
atrapalhada e agindo de forma bastante abobalhada com muitos toques de humor físico
fazem ele roubar as cenas constantemente numa representação bem caricata de
como era a visão do nerd há 30 anos atrás. Diferente de hoje onde você ser
nerd, é ser descolado, antigamente a visão que se tinha do nerd era de um
sujeito estranho, esquisito dentre outros estereótipos. O estereótipo que ele representou aqui neste filme hoje em
dia daria muita polêmica com certeza nas redes sociais, especialmente pela
maneira como o ator representa o personagem abobalhado com ar bastante ingênuo
a ponto de não perceber por exemplo, as intenções um tanto duvidosas e
maliciosas da dupla de amigos que os acompanham em viagem para Palms Springs
que curtem tudo de graça, pago pelos pais do Wendell, e ele é quem termina criando uma grande
surpresa ao acabar ficando com a disputada da Ashley. Outro nome do elenco a ser destacado é Tim
Robbins como Mother, um dos poucos que conseguiu fazer uma carreira de sucesso
em Hollywood. No filme ele desempenhou muito bem a figura do tipo conquistador
canastrão, mulherengo mas que termina sem conquistar nenhuma mulher. Cameron Dye como Joe desempenhou bem no
personagem um tom cafajeste que aceitou uma aposta com outro cafajeste para
transar com uma mina. Já Leigh McCloskey como o Chas desempenhou bem o papel
imprimindo um cinismo ao jeito narcisista e egocêntrico dele. Sheree J. Wilson no papel da Ashley imprimiu
bem no papel a figura de uma bela e disputada gatona com ar ingênuo, que
conseguia cair fácil na armadilha de dois cafajestes. Já Barbara Crampton e
Kathleen Kimmont como Chrissie e Marianne assumem bem a função que suas
personagens estabelecem dentro do roteiro sem muito aprofundamento. São bastantes
rasinha, assim como raso ficou representação de Matt McCoy como Springer, que
em boa parte filme ele só fica estabelecido como o companheiro do Chas, mas sem
muita função para o desenvolvimento da história. E por fim destacar para o excelente trabalho do falecido John Vernon que no filme fez um brilhante desempenho do turrão e
moralista Chief, o Xerife de Palms Springs. Um tipo bem peculiar que conseguia
ser engraçado, mesmo sendo o mais detestável da história.
Em um balanço geral, posso
descrever que Férias da Pesada, trata-se de um filme bastante datado, cujo mote se fosse
apresentado e produzido nos tempos de hoje
com certeza daria muito textão do facebook, o acusando de ser bastante
apelativo, principalmente na maneira como sensualiza a representação
feminina e como sempre a mulher vira de algum jeito um objeto de desejo. O teor teria de ser bastante amenizado. Algumas situações mostradas no filme podem gerar algumas estranhezas para nós brasileiros, como o fato de Wendell, um estudante universitário calouro ir para Palms Springs acompanhado de dois caras que mal conheciam, o que pode-se ser explicado pelo fato daquilo está bem representando uma típica característica do jovem americano querer ser independente e poder construir sua própria vida e fazer algo compartilhado. Curioso notar que no original, o título é Fratenitty Vacantion, que traduzido ao pé da letra seria mais ou menos como Férias Fraternais. O que poderia soar muito estranho. Mais estranho é o fato de que ele já foi veiculado com outros títulos muito diferentes como: A Primeira Transa de Um Nerd e Quando a Turma saí de Férias.
sábado, 22 de setembro de 2018
FILME MUNDO CÃO E A CRÍTICA AO BANAL.
Quem como eu, costuma
ler textos críticos sobre televisão escrito por colunistas de sites especializados já deve
ter ouvido falar de uma expressão chamada de Mundo Cão. Usada para
definir de forma pejorativa as situações apelativamente absurdas, ridículas,
sensacionalistas ou mesmo da mais pura baixaria usadas como recurso para atrair
mais audiência. Esta nomenclatura tem origem
no título de um filme italiano do gênero shockumentary¹ lançado em 1962
que perdeu a Palma de Ouro em Cannes para o brasileiro O Pagador de Promessas. O
filme continha cenas “de depravação e perversidade, recolhidas em vários países.”²
Com o intuito de fazer chocar e conseguiu. A partir disso, a nomenclatura de
Mundo Cão passou a ser associado a tudo de mais chocante e apelação a baixaria
para fazer um circo dos horrores passou a ser adotado no vale tudo pela
audiência dos programas de televisão, principalmente os de apelo popular com
tom agressivo.
Esse mesmo nome usado para
denominar esta situação absurda é o que também dá título ao filme brasileiro do gênero
suspense dirigido por Marcos Jorge. A trama de Mundo Cão(Bra, 2016) gira
em torno do técnico do Departamento de Combate a Zoonoses(Doenças infecciosas transmitidas dos
animais para os seres humanos) Santana(Babu Santana)um homem de vida pacata,
avesso as confusões. Que adora dividir entre a família formada por sua esposa
Dilza(Adriana Esteves) e os dois filhos Isaura e João(Thainá Duarte e Vini
Carvalho) com seu hobby de tocar bateria. Acontece que sua tranquilidade ficará
ameaçada logo após ele capturar um rottweiller que estava apavorando os alunos
de uma escola pública. Logo após ele capturar este cachorro e leva-lo para o
Departamento de Zoonose, passados três dias que o dono não tinha aparecido, ele
resolve então cumprir o procedimento de sacrificar o cachorro, um pouco antes
de ser sancionada a lei que proibia o sacrifico de animais abandonados que
passou a valer a partir de 2008. Acontece que poucas horas após cumprir este procedimento, o dono do
rottweiller aparece, e para o seu azar o
sujeito trata-se de um ex-policial que que faz fortunas com negócios escusos
chamado Nené(Lázaro Ramos), que desde a premissa do filme o apresentando
primeiramente num bar soltando seus dobermanns para atacar o dono do
estabelecimento por lhe passar a perna,
já demostrava que o sujeito não era flor
que se cheire.
Será a partir daquele momento
após sacrificar o rottweiller de Nené no Departamento de Zoonoses que a vida sossegada do Santana não será mais
a mesma. Isso porque Nené passa a atormentar a sua vida sequestrando o seu
filho João. Deixando ele e toda a sua
família preocupados, indo de delegacia em delegacia para procurar algo
sinal de vida do garoto. Como se não bastasse toda essa desgraça na sua vida,
ocorre de sua esposa Dilza morrer acidentada por um ônibus em um trânsito em
movimento. Será a partir disso que sua vida irá mudar completamente com este ponto de virada da trama onde
resolve fazer justiça com as próprias mãos. Planejando sequestrar Nené, fazê-lo comer o
pão que o diabo amassou e depois executá-lo, coisa ao qual ele se acovarda.
A direção do Marcos Jorge
consegue mostrar uma boa condução da história ao saber como aliar ao texto, conseguindo colocar uma boa dose de suspense com teor bem
barra pesada, com pitadas dramáticas e com levezas cômicas.
Aliado também ao bom elenco afiado
e bem escalados para trabalharem no filme,
o Babu Santana como Santana desempenha bem as diferentes camadas que ele
protagoniza na história de um cara pacato, boa praça, zeloso pela família,
caseiro, que tem sua vida mudada do avesso após matar o rottweiller cujo dono é um sujeito que não é flor que se
cheire e passa a atormentar sua vida a ponto dele ficar um obsessivo por vingança,
após os trágicos acontecimentos do sequestro de seu filho e da morte de sua
esposa Dilza, ele consegue transmitir bem ao público quais são as motivações para o
que está fazendo, a ponto de não ser a mais correta possível. Já Adriana
Esteves como Dilza, desempenha perfeitamente
no papel da típica figura da simples mulher do lar, recatada,
evangélica temente a Deus e mãe conservadora
preocupada e zelosa no filme de uma forma magistral, especialmente no momento
em que ela no desespero de buscar João, seu filho desparecido, ocorre dela
sofrer um acidente de ônibus e isto lhe tira a vida e o fim de seu arco na trama mostra uma enorme
para o ponto de virada que faz o Santana resolver ir atrás para fazer justiça
com as próprias mãos. Lázaro Ramos como o antagonista Nené mostra um bom desempenho no papel, colocando
ares de sutilezas no personagem, mesmo quando ele age de forma agressiva. Onde
a gente entende as suas motivações mesmo que também não fosse a mais correta possível.
Ele desempenha muito muitas camadas ao personagem, principalmente quando ele
mantém o pequeno João, o filho de Santana como seu refém. Ele muito espertamente
resolve para este se mostrar agradável ao menino o leva para o estádio de futebol
para assistir ao jogo do mesmo time que eles torcem, o Palmeiras.
Também destacar para o menino Vini
Carvalho como o pequeno João, filho caçula do Santana que se torna o alvo
do Nené para ser sequestrado, ele desempenha brilhantemente o papel
especialmente quando tem de chorar a
gente nota as lágrimas escorrendo dos seus olhos. A Thainá Duarte como a Isaura,
filha adolescente de Santana, também está brilhante no papel. Especialmente
após a segunda metade, no ponto de virada em que sua mãe morre sem ver o retorno
do João, que ela resolve ficar muda e se comunicar com a linguagem de sinais ou
em libras, usada para surdos. Ela se mostrará a grande surpresa para o ato
final. E para fechar o elenco, destacar para a participação de Paulinho Serra, ator
da nova safra de comediantes fazendo umas pontas bem engraçadas como o
companheiro do Santana no Departamento de Zoonoses com boas tiradas cômicas para dar uma leveza
ao tom barra pesada do filme.
No balanço geral, Mundo Cão trata-se de um filme que apresenta
um bom mote barra pesada que pode ser
que não agrade a todo mundo, especialmente no que envolve umas motivações muito
absurdamente fúteis e muitas vezes banais que geraram uma grande tempestade em
copo d´água na vida e que resultou em grandes tragédias, a ponto de ocasionar
um ciclo sem fim de violência. No caso Santana
se vingar de Nené por ter trazido a grande a desgraça em sua vida depois que
este matou o seu rottweiller. Ele bem reflete o que na realidade tem ocorrido com
o que a gente de vez em quando se depara constantemente nos noticiários sensacionalista
sobre violência dos crimes mais banais por motivos torpes e fúteis que levam
uma pessoa praticar, e nos tempos como os de hoje temos visto nas redes sociais
as pessoas não se tolerarem mais por suas diferenças, especialmente no atual
clima de incerteza do nosso atual cenário político e especialmente nesse ano eleitoral
onde todo mundo por suas paixões convicções e paixões partidárias doentias fazem
de tudo para conflitar com quem não pensa igual a ele e resolve não querer
falar mais com esta pessoa. Gerando assim novas ondas de intolerâncias.
E este filme aborda bem isso,
da forma mais escancarada possível.
¹N.T. Palavra
inglesa sem tradução no português que serve bem para definir “um tipo de gênero
de filmes documentais, algumas vezes parecidos com documentários de ficção,
representando temas e cenas sensacionalistas.”
Consultoria: Wikipédia:
²N.T. Trecho extraído do site
da Academia Brasileira de Letras em texto de Zuenir Ventura de sua matéria no
jornal O Globo, 30 de Abril de 2016.
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