Nesta última quinta-feira estreou Vidro(Glass, EUA, 2019), filme que fecha o ciclo da trilogia do diretor M. Night Shymalan, um indiano naturalizado norte-americano.
Cujo inicio começou há quase vinte anos, no longínquo ano de 2000, com Corpo Fechado(Unbreakable, EUA, 2000). Este em questão que vai ser abordado nessa crítica, foi o quarto filme de sua carreira, sendo o primeiro pós-sucesso com O Sexto Sentido( The Sixth Sense, EUA, 1999), que foi responsável por alavancar sua carreira por trabalhar um roteiro surpreendente, um terror psicológico bem fora da caixinha com uma surpreendente revelação com uma abordagem sobre o mundo existencialista e onde ele começou a imprimir o seu estilo próprio de fazer cinema, nos enquadramentos e nas paletas de cores.
O estrondoso sucesso de O Sexto Sentido, rendeu seis indicações ao Oscar, entre eles o de melhor diretor. O filme contou como estrela principal, o grande astro da época Bruce Willis na pele do psicólogo infantil Malcolm Crowe, cuja presença foi bastante fundamental em toda a história, principalmente no arco do menino Cole( Haley Joel Osment) e para toda a reviravolta que ocorre numa ótima abordagem sobre existencialismo, um interessante reflexo ao que estava acontecendo naquele clima de expectativa para a chegada do século 21, onde ao mesmo tempo que era visto como um novo bom começo, também trazia receios em relação principalmente ao bug dos computadores trazerem um clima apocaliptico. Com isso Shymalan investiu no seu projeto seguinte que foi Corpo Fechado, onde ele trouxe novamente Bruce Willis como seu astro principal para desta vez interpretar o papel do guarda de segurança David Dunn, um homem que descobre que tem superpoderes após sofrer um acidente de metrô e isto vai direcionar todo o mote do filme.
A trama começa primeiramente com a premissa nos apresentando o nascimento do antagonista Elijah Price(Samuel L.Jackson). Que ao nascer recebe o diagnóstico de osteogênese imperfeita, uma doença rara na qual os ossos se quebram facilmente. Logo depois dessa premissa a trama nos apresenta a David dentro do metrô numa conversa com a moça, onde podemos bem observar um enquadramento em plano sequencia sem cortes de edição que será nesse lugar que vai ocorre o acidente e será nesse acidente onde ele foi o único sobrevivente que sua vida mudará para sempre, já que muita coisa no seu corpo vai criando uma sensação de invulnerabilidade a ponto dele ficar parecendo um super-herói e disso vão se resultar em muitas coincidências, especialmente nas que os levam a conhecer Elijah Price. Que depois de adulto se tornou dono de uma galeria, e super obcecado pelo universo dos super-heróis já que por causa do problema que o levou a passar boa parte da sua infância indo e vindo para os hospitais, ele encontrava refugio nas leituras em quadrinhos dos super-heróis e teorizava demais a existência de alguém inquebrantável que fosse o seu oposto. É dessa maneira que ele descobre a existência de David Dunn e vive na cola dele. E dessa forma vai girando em torno de todo o desenrolar deste mistério, cheio de quebra-cabeças e com uma surpreendente reviravolta impressionante.
É curioso analisar que naquele período que Corpo Fechado foi lançado trazendo esta abordagem referente aos super-heróis, filmes desse gênero eram difíceis de verem como uma grande aposta de lucro, naquele ano de 2000, por exemplo, o único filme desse gênero lançado foi X-Men, um filme da Marvel então de propriedade da Fox, que até aquele momento nem pensava em fazer seus próprios filmes e construir um Universo Compartilhado, porque estava super endividada. Na época em que foi lançado o filme não agradou muito a critica, que parecem não terem compreendido o sentido do enredo. Cujo formato narrativo era meio lento e ás vezes um tanto arrastado. Eu fui assistir ao filme quando foi lançado na época que foi exibido na antiga sala de cinema do Natal Shopping então do Grupo Severino Ribeiro, que ficava localizado no primeiro piso em frente a Praça de Alimentação. Me lembro vagamente, eu já era adolescente de ter ficado um pouco confuso com o sentido da trama, especialmente do texto que só depois que fui assistir de novo na Netflix é que pude compreender o fato trazer bem referencias ao mundo dos super-heróis, e isto fica evidente numa cena onde Elijah está numa cadeira de rodas dentro de uma comic shop, que é como a maneira como é chamada uma loja especializada em vender quadrinhos. Dentre outras coisas. Os dois atores principais desempenharam perfeitamente os seus respectivos papeis para este filme. Bruce Willis no papel do David Dunn desempenhou brilhantemente as camadas dele sendo um cara de vida normal, que de repente tem sua vida mudada após ser o único sobrevivente de um acidente de metrô que faz ele adquirir super poderes que ele não acredita ter. Já Samuel L. Jackson desempenhou muito bem o papel do Elijah Price, um sujeito muito obcecado pelo universo dos super-heróis e que por isso mesmo passará a ficar na cola do David Dunn. Destacar também, a rápida participação do próprio diretor encenando o papel de um suspeito de terrorismo que é parado por David na cena do estádio de futebol.
Uma ironia ao fato do filme retratar este tipo de cena um ano antes do atentado terrorista as Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova York em 11 de Setembro de 2001. Num balanço geral, Shymalan neste filme procurou transmitir a sua ideia reflexiva sobre o mundo do super-heróis e da provável existência deles em nosso mundo real, apesar de na época este filme não ter sido bem visto pela critica, especialmente pelo formato da narrativa e pelo texto bastante incompreensível. Pelo menos na parte dos enquadramentos de câmeras, os planos e as paletas de cores transmitiram bem de uma forma impecável a atmosfera do filme ao espectador e junto a trilha sonora tensa assinada por James Newton Howard, que já havia trabalhado antes para o diretor em O Sexto Sentido e posteriormente seria presença frequente na produção musical de seus futuros filmes, ou seja, seu parceiro constante. Depois deste filme o diretor dirigiu uma série de outros que não atraíram tanto a critica e a bilheteria quanto foi com O Sexto Sentido. Dos poucos que eu assisti dele após Corpo Fechado, foi A Vila(The Village, EUA, 2004) que não chega a superar nenhum desses, mas pelo menos apresentou uma trama surpreendente e inesperada. A quem ficou interessado em ver Corpo Fechado para poder ir ver Vidro é só procurar na Netflix.
Cujo inicio começou há quase vinte anos, no longínquo ano de 2000, com Corpo Fechado(Unbreakable, EUA, 2000). Este em questão que vai ser abordado nessa crítica, foi o quarto filme de sua carreira, sendo o primeiro pós-sucesso com O Sexto Sentido( The Sixth Sense, EUA, 1999), que foi responsável por alavancar sua carreira por trabalhar um roteiro surpreendente, um terror psicológico bem fora da caixinha com uma surpreendente revelação com uma abordagem sobre o mundo existencialista e onde ele começou a imprimir o seu estilo próprio de fazer cinema, nos enquadramentos e nas paletas de cores.
O estrondoso sucesso de O Sexto Sentido, rendeu seis indicações ao Oscar, entre eles o de melhor diretor. O filme contou como estrela principal, o grande astro da época Bruce Willis na pele do psicólogo infantil Malcolm Crowe, cuja presença foi bastante fundamental em toda a história, principalmente no arco do menino Cole( Haley Joel Osment) e para toda a reviravolta que ocorre numa ótima abordagem sobre existencialismo, um interessante reflexo ao que estava acontecendo naquele clima de expectativa para a chegada do século 21, onde ao mesmo tempo que era visto como um novo bom começo, também trazia receios em relação principalmente ao bug dos computadores trazerem um clima apocaliptico. Com isso Shymalan investiu no seu projeto seguinte que foi Corpo Fechado, onde ele trouxe novamente Bruce Willis como seu astro principal para desta vez interpretar o papel do guarda de segurança David Dunn, um homem que descobre que tem superpoderes após sofrer um acidente de metrô e isto vai direcionar todo o mote do filme.
A trama começa primeiramente com a premissa nos apresentando o nascimento do antagonista Elijah Price(Samuel L.Jackson). Que ao nascer recebe o diagnóstico de osteogênese imperfeita, uma doença rara na qual os ossos se quebram facilmente. Logo depois dessa premissa a trama nos apresenta a David dentro do metrô numa conversa com a moça, onde podemos bem observar um enquadramento em plano sequencia sem cortes de edição que será nesse lugar que vai ocorre o acidente e será nesse acidente onde ele foi o único sobrevivente que sua vida mudará para sempre, já que muita coisa no seu corpo vai criando uma sensação de invulnerabilidade a ponto dele ficar parecendo um super-herói e disso vão se resultar em muitas coincidências, especialmente nas que os levam a conhecer Elijah Price. Que depois de adulto se tornou dono de uma galeria, e super obcecado pelo universo dos super-heróis já que por causa do problema que o levou a passar boa parte da sua infância indo e vindo para os hospitais, ele encontrava refugio nas leituras em quadrinhos dos super-heróis e teorizava demais a existência de alguém inquebrantável que fosse o seu oposto. É dessa maneira que ele descobre a existência de David Dunn e vive na cola dele. E dessa forma vai girando em torno de todo o desenrolar deste mistério, cheio de quebra-cabeças e com uma surpreendente reviravolta impressionante.
É curioso analisar que naquele período que Corpo Fechado foi lançado trazendo esta abordagem referente aos super-heróis, filmes desse gênero eram difíceis de verem como uma grande aposta de lucro, naquele ano de 2000, por exemplo, o único filme desse gênero lançado foi X-Men, um filme da Marvel então de propriedade da Fox, que até aquele momento nem pensava em fazer seus próprios filmes e construir um Universo Compartilhado, porque estava super endividada. Na época em que foi lançado o filme não agradou muito a critica, que parecem não terem compreendido o sentido do enredo. Cujo formato narrativo era meio lento e ás vezes um tanto arrastado. Eu fui assistir ao filme quando foi lançado na época que foi exibido na antiga sala de cinema do Natal Shopping então do Grupo Severino Ribeiro, que ficava localizado no primeiro piso em frente a Praça de Alimentação. Me lembro vagamente, eu já era adolescente de ter ficado um pouco confuso com o sentido da trama, especialmente do texto que só depois que fui assistir de novo na Netflix é que pude compreender o fato trazer bem referencias ao mundo dos super-heróis, e isto fica evidente numa cena onde Elijah está numa cadeira de rodas dentro de uma comic shop, que é como a maneira como é chamada uma loja especializada em vender quadrinhos. Dentre outras coisas. Os dois atores principais desempenharam perfeitamente os seus respectivos papeis para este filme. Bruce Willis no papel do David Dunn desempenhou brilhantemente as camadas dele sendo um cara de vida normal, que de repente tem sua vida mudada após ser o único sobrevivente de um acidente de metrô que faz ele adquirir super poderes que ele não acredita ter. Já Samuel L. Jackson desempenhou muito bem o papel do Elijah Price, um sujeito muito obcecado pelo universo dos super-heróis e que por isso mesmo passará a ficar na cola do David Dunn. Destacar também, a rápida participação do próprio diretor encenando o papel de um suspeito de terrorismo que é parado por David na cena do estádio de futebol.
Uma ironia ao fato do filme retratar este tipo de cena um ano antes do atentado terrorista as Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova York em 11 de Setembro de 2001. Num balanço geral, Shymalan neste filme procurou transmitir a sua ideia reflexiva sobre o mundo do super-heróis e da provável existência deles em nosso mundo real, apesar de na época este filme não ter sido bem visto pela critica, especialmente pelo formato da narrativa e pelo texto bastante incompreensível. Pelo menos na parte dos enquadramentos de câmeras, os planos e as paletas de cores transmitiram bem de uma forma impecável a atmosfera do filme ao espectador e junto a trilha sonora tensa assinada por James Newton Howard, que já havia trabalhado antes para o diretor em O Sexto Sentido e posteriormente seria presença frequente na produção musical de seus futuros filmes, ou seja, seu parceiro constante. Depois deste filme o diretor dirigiu uma série de outros que não atraíram tanto a critica e a bilheteria quanto foi com O Sexto Sentido. Dos poucos que eu assisti dele após Corpo Fechado, foi A Vila(The Village, EUA, 2004) que não chega a superar nenhum desses, mas pelo menos apresentou uma trama surpreendente e inesperada. A quem ficou interessado em ver Corpo Fechado para poder ir ver Vidro é só procurar na Netflix.
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