sábado, 28 de setembro de 2019

MEU CAUSO DO CORINGA CONFUNDIDO COM UM JÓQUEI







Olá Grandes Super-Heróis, no vídeo de hoje vou comentar aqui sobre o meu causo com o Coringa para aproveitar a semana da estreia de seu filme solo "Coringa"(Joker, EUA, 2019) protagonizado por Joaquin Phoenix.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

O Caos Arrebatador de "O Bandido da Luz Vermelha"

 







"O Bandido da Luz Vermelha" é um dos mais importantes filmes da história do cinema brasileiro. E mesmo depois de 50 anos, o longa continua sendo uma experiência cinematográfica arrebatadora.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

MEUS PRÓS E CONTRAS A ESCOLHA DE JOSS WHEDON PARA DIRIGIR O REBOOT DO X ...

 





Olá Grandes Super-Heróis, no vídeo explico aqui os meus pós e contras a ideia de Joss Whedon ser escolhido diretor do reboot dos X-Men dentro do MCU.

sábado, 21 de setembro de 2019

DIVALDO- O MENSAGEIRO DA PAZ- A PRÁTICA DA CARIDADE SEM PRETENSÕES DOUTRINÁRIAS

                UM OLHAR  PARA REFLETIR SOBRE A CARIDADE.  



Definir a importância  de Divaldo Franco apenas como um  simples médium, escritor de inúmeros livros espiritas  seria diminuir muito a importância do que ele realmente representa como um bom exemplo de herói nacional que anda faltando por ai, principalmente como caridoso filantropo. Um tipo que sempre luta pela paz, pela caridade e não representado na figura de tipos utópicos, demagógicos  construídos  de homens valentes e divinizados guerreiros  ou mesmo de mártires representando o combate eterno do  bem contra o mal armado. No caso de Divaldo, a sua maneira de combater o mal não é através de armas, mas sim com as  palavras transcritas e psicografadas com os espíritos, transformadas em livros. 


É nesse aspecto e muito mais que vamos conhecer através da sua cinebiografia  Divaldo-O Mensageiro da Paz(Brasil, 2019). Com direção  e roteiro de Clovis Mello, a trama foi toda estruturada em apresentar Divaldo em três diferentes fases da vida dele. O primeiro momento do filme é mostrado  como era sua  infância em Feira de Santana/BA.  




Vivendo uma vida comum numa família simples junto dos pais e de seus irmãos. Nesta primeira fase  do enredo  é retratado Divaldo(João Bravo na primeira fase) criança  já mostrando os seus primeiros sinais mediunidade. Que apareceu justo no momento em que ele enfrentou o seu primeiro abalo familiar, que foi quando sua irmã mais velha comete suicido. Isso deixou sua família bastante abalada, a ponto de ficaram super decepcionados quando na Igreja que costumavam frequentar, o Padre se recusou a rezar uma missa por ela. A segunda fase do filme começa com Divaldo(Nessa fase quem o interpreta é Guilherme Lobo) já na juventude  enfrentado outro abalo familiar  que foi quando seu irmão José foi encontrado morto na rua numa noite festiva de São João. É aonde também ocorre uma importante transição em sua vida. Já que será a partir desse momento  que com a sua mediunidade mais forte, acaba conhecendo uma importante senhora chamada de Laura(Ana Cecilia Costa) que é médium e ela será a responsável  por  leva-lo a capital  Salvador, e acolhido em sua casa. Passará a aprimorar mais a sua habilidade mediúnica que arruma alguns empregos públicos para conseguir se sustentar. Retrata também os muitos desafios que ele terá de enfrentar para poder se dedicar ao seu trabalho de mediunidade e de caridade. Principalmente quando ele teve de abrir mão de uma vida normal como qualquer pessoa comum, como por exemplo, de constituir família. Principalmente por ele sempre viver em contato constante com os espíritos, como a sua mentora espiritual Joana de Angelis(Regiane Alves). E também é mostrado o seu contato com Chico Xavier(Álamo Facó),  e o momento onde ele quase foi a loucura tentando se matar e conhecendo Nilson(Papel de Bruno Suzanno na primeira fase e Oswaldo Mill na segunda fase) seu companheiro e amigo da caridade,  será na terceira e conclusiva  fase  que o filme retrata o momento dele já o respeito e conhecido filantropo enfrentando outros desafios de sua vida, outras tormentas, outras provas e expiações.   





E conclui com ele sendo aplaudido para um público num teatro, com o próprio em pessoa. E recebendo o reconhecimento pelo seu trabalho filantrópico com a Mansão do Caminho, os livros publicados dentre outros trabalhos caridosos.  A maneira como o diretor Clovis Mello estruturou todo o mote do filme  a dividindo em fases distintas da vida do Divaldo, ficou excelente, crível. Moldou todo o perfil de Divaldo em suas mais diferentes camadas principalmente a de ser humano, numa obra que não foi fácil de ser executada, principalmente para captar recursos e patrocínio ainda na etapa de pré-produção, mas que no final se mostrou bastante recompensador. Segundo o próprio diretor declarou, que a maior preocupação dele com relação a obra, não foi fazer dela uma simples cinebiografia com tom de docudrama, mas sim de apresentar e propagar-se as mensagens de respeito e amor ao próximo independente do credo. 




 Isso me deixou bem evidente que a intenção do filme não é de doutrinar ninguém, mas sim de transmitir a emoção de valores de amor ao próximo sem julgamento. Nesses tempos tão difíceis em que cada vez mais  a sociedade está muito materialista e muito mais individualista  e egocêntrica, levando ao aumento exorbitante de altos índices de depressão e suicídio e cada vez mais nos deparamos com exaltações a heróis superficiais, principalmente os que ostentam uma vida glamorosa coisa que com Divaldo não faz  desse jeito.





 Ele sempre se manteve humilde e simples, e sempre amando ao próximo. Clovis  Mello se preocupou bem  em dosar o texto o deixando não tão melosamente  denso e choroso, imprimiu uns bons toques  de comédia para o público poder ter um bom respiro, mas no momento certo com bom timing, do mesmo jeito que no drama ele soube como conduzir e direcionar o timing do drama.  Muito disso se deve ao roteiro, que contando com a consultoria do próprio Divaldo  dá para se notar que ele não colocou tanta licença poética. O filme apresentou uma impecável direção de arte, com belos enquadramentos panorâmicos em planos abertos mostrando um pouco da linda arquitetura de Feira de Santana e da Salvador de outras décadas, principalmente nas arquiteturas clássicas e com fotografia com paletas de cores vibrantes que dão vida a obra e os figurinos com toques vintage também ficaram impecáveis.  Também merece destaque, o brilhante casting de elenco que conta com muitas participações estelares.  





Com destaque para Bruno Garcia, protagonizando o Divaldo Franco na terceira fase do filme, com ele mais amadurecido e já conseguindo lidar muito bem e com muita carga de responsabilidade da sua missão como médium divulgador e mensageiro da paz e cuja principal missão é o trabalho com a caridade. Além dele no filme, o mesmo  papel  também é protagonizado  por Guilherme Lobo com ele jovem na segunda fase onde mostrou um desempenho seguro dele agindo  bastante imaturo e caindo nas armadilhas do sucesso e com suas inseguranças, mostrando como qualquer pessoa que estivesse no lugar e muitas se questionando e  o menino João Bravo que o protagoniza criança na primeira fase também se mostrou excelente. Também merece destaque o ótimo desempenho de Marcos Veras, comediante da nova geração do humor brasileiro que no filme interpreta   o Espírito Obsessor, papel completamente  diferente do que ele está acostumado a fazer que atormenta o Divaldo desde criança. Regiane Alves como a Joana de Angelis também está brilhante no papel da mentora espiritual do Divaldo colocando todo  aquele ar sereno a personagem e para concluir destaco aqui a participação de Álamo Facó que ficou perfeitamente crível como Chico Xavier na cena onde é mostrado Divaldo visitando a casa dele.  No balanço geral, posso descrever que Divaldo-O Mensageiro da Paz é um filme que merece sim ser assistido, independente  do seu credo religioso, é um filme que vem bem a calhar neste atual momento  em que vivemos uma sociedade completamente intolerante, polarizada, facilmente influenciável por energias negativas da cultura inútil, imoral e totalmente materialista, individualista e egoísta.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

BACURAU-O RETRATO DE UM BRASIL RESISTENTE


Imaginem como seria o cenário do sertão nordestino em um futuro não muito distante  sofrendo uma ameaça externa de um grupo paramilitar americano tentando eliminar toda a sua  população, com uma cidade anárquica  que não existe no mapa? É com essa premissa que o tão comentado filme do momento Bacurau(Brasil, 2019) nos apresenta em sua curiosa abordagem que eu pude conferir na tarde de sábado, feriado de 07 de Setembro, não por acaso Dia da Independência do Brasil no Shopping Midway Mall. 


Contando com a  direção de dois diretores:  Kleber Mendonça Filho e  Juliano Dornelles este inclusive já havia trabalhado em outro filme do Kleber Mendonça Filho que foi Aquarius(Brasil, 2016). Onde assumia a função de diretor de arte do filme.  Os dois juntos conseguiram conduzirem bem a trama, especialmente porque foram eles quem a roteirizaram. Construindo um excelente  enredo que retrata bem o cenário do atual momento delicado da política no Brasil, numa fictícia localização do sertão nordestino que não se encontra mais no mapa.  Com um povoado  vivendo esquecido pelo Poder Público, onde o Prefeito Tony Junior só aparece ali em época de eleição para pedir voto, e a população inteira se junta contra ele e também os invasores formado por um grupo paramilitar americano que querem eliminar a população inteira.  O filme apresentou uma excelente direção de arte, principalmente nos planos panorâmicos do sertão da fictícia Bacurau  com todo aquele ar bucólico onde foram filmadas nos municípios potiguares de Palheiras, Acari e no Sertão do Seridó  com uma fotografia incrível usando de muitas paletas de  cores quentes para criar aquela sensação bem desconfortável e escaldante do ambiente. Eles também exploraram bem elementos de muita ação, usando até do terror mais gore nas cenas de tiroteio, com um texto que mescla bem elementos mais dramáticos com elementos cômicos, que são bem colocados na dose certa. O filme conta  em seu elenco com a participação de Sonia Braga, a única grande estrela num elenco cujo casting não contêm a participação de grandes star talents de telenovelas. No filme ela interpreta o papel da Domingas, a única médica da região. 



Aqui ela não tem tanto destaque, mesmo porque o protagonismo mesmo envolve a região de Bacurau e toda a sua população.  Ainda assim o desempenho dela no filme é brilhante, num papel completamente diferente dos que ela já fez, ouso até em descrever que há muito tempo ela já deixou apenas simbolizada como a eterna sex symbol por causa da Gabriela-Cravo e Canela, como muita gente ainda insiste em assimila-la. 





Boa parte dos atores que compõe o casting do filme são formado em sua maioria por ilustres desconhecidos do grande público, boa parte deles são de gente amadoras que são de moradores das próprias regiões que serviram de locações para as filmagens. Os diretores tiveram optaram dessa forma  porque eles quiseram imprimir um tom mais realista a obra. Mesmo que se note que em alguns momentos  as atuações deles sejam muito falhas. Mas que, em compensação, o resultado final se mostrou perfeito, nota-se até pelos próprios diálogos o  jeito como eles falam a dicção  do sotaque ser bem ao natural. Também do elenco merece destaque menção a participação de  Udo Kier, interpretando Michael que chefia o grupo paramilitar americano contratado  para eliminar a população de Bacurau, um alemão com longo currículo em estrelar produções de Hollywood sempre no terror e no  exploitation.  O seu desempenho no papel é brilhante, principalmente na maneira como ele desempenha todo o lado desumano, frio  e sociopático como ele elimina qualquer um que esteja a seu caminho, onde matar para ele virou uma profissão e uma diversão, ele não é o único gringo a compor o casting  deste filme que também conta com Ali Wilow, por exemplo,  que compõe o núcleo dos seus comandados.  Que desempenham os seus respectivos papeis, dialogando num inglês fluente  e isto pode ser bem notado pelo sotaque, com muitas legendas. 




Além do brilhante  elenco também merece destaque  a excelente trilha sonora, em especial a  instrumental moderna  de sintetizador tocada pelo americano John Carpenter que cria uma boa atmosfera de tensão em conjunto também com a excelente trilha tocada bucólica cantada por grandes talentos brasileiros como  Gal Costa, Geraldo Vandré, Sérgio Ricardo dentre outros. Por estes e outros motivos que Bacurau merece sim ser assistido, pois ele é um tipo que mescla bem diferentes gêneros, há elementos de faroeste com o cenário bucólico onde Bacurau é representada como se fosse uma Terra Sem Lei onde os forasteiros tentam acabar com a população, mas o povo mostra sua resistência. Ao contrário dos faroestes tradicionais aqui eles não tem a representação de um cowboy pistoleiro para defender a cidade para virar o icônico herói. Quem defende a cidade  é a própria população, onde cada um se torna o herói. Com elementos de terror gore, exploitation, com ficção cientifica, principalmente quando eles se deparam um OVNI, pensando ser um disco voador. Com um texto cheio de pitadas cômicas, ao mesmo tempo que também sabe ser dramático nos apresentando uma excelente alegoria ao que vem acontecendo em nosso país, cujo futuro político anda bastante incerto. Mas temos esperança que dias melhores virão. 

terça-feira, 3 de setembro de 2019

IRREVERSÍVEL- O FILME MAIS PERTURBADOR QUE JÁ VI.



Alguém já assistiu a Irreversível?(Irreverble, França, 2002) Eu já, há muito tempo e ele é bastante barra pesada a ponto de gerar muito incomodo e repulsa para quem assiste, principalmente na cena sem cortes em plano sequência  da Alex(Mônica Bellucci) sendo estuprada num túnel subterrâneo durante longas horas de muita angústia gerando um enorme desconforto claustrofóbico. Em conjunto a fotografia muito escura e a sua estética ser bem fora da caixa não sendo linear, começar pelo fim e é concluído pelo começo como uma forma de trazer uma reflexão do que aconteceu pode ser mudado, por esse o título do filme é irreversível. Este filme do argentino Gaspar Noe, responsável pela direção e roteiro, compõe a galeria do estilo cinematográfico da New French Extremity. É um tipo de filme que não foi feito para agradar todo mundo, inclusive quando foi exibido no Festival de Cannes ninguém da plateia ali presente teve coragem de ver o filme até o fim de tão perturbador que é a sua atmosfera. Só quem aprecia o estilo alternativo, mais cult de fazer cinema é quem pode talvez gostar do filme. Se você tiver estômago para assistir a este filme então recomendo Irreversível. Com destaque principal  para o elenco que contou com o então casal estelar do cinema francês Vincent Cassel e Mônica Bellucci como o casal protagonista Marcos e Alex, mostrando uma química e entrosamento em cena.













  







segunda-feira, 2 de setembro de 2019

PRÓS E CONTRAS HOMEM-ARANHA NO MCU

  






Olá Grandes Super-Heróis, aqui vão as minhas análises dos filmes do Homem-Aranha no MCU. Neste clima de muita incerteza quanto aos rumos do Cabeça de Teia na Marvel por causa da novela envolvendo a briga judicial entre a Marvel e a Sony.
PRÓS E CONTRAS HOMEM-ARANHA DA SONY PRÉ-MCU
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domingo, 1 de setembro de 2019

ERA UMA VEZ....EM HOLLYWOOD-UMA ODE AO CINEMA NO ESTILO BEM TARANTINO



ERA UMA VEZ....EM HOLLYWOOD-UMA ODE AO CINEMA NO ESTILO BEM TARANTINO


Quentin Tarantino, sempre quem ouve falar do  nome desse diretor, com certeza deve assimilar bastante ao seu peculiar estilo de trabalhar uma estética cinematográfica bem fora do comum. Uma das principais características da sua estética autoral está no formato da narrativa não-linear de contar uma história, a divisão por capítulos como se parecessem uma leitura de livro, unindo ao roteiro com um texto ácido, transgressor, anárquico, bastante sarcástico, com os diálogos bem boca sujas  dos seus personagens com boas sacadas de humor  referencias  e cheio também de um alto teor de violência extremamente gráfica beirando ao gore. E  o  seu mais recente filme Era Uma Vez...Em Hollywood(Once Upon a Time....In Hollywood, EUA, 2019), segue bem a cartilha do que ele já estabeleceu desde Pulp Fiction(EUA, 1994) que representou um verdadeiro divisor de águas para a sua carreira no cinema, juntando a isso a sua maneira, mas de forma brilhante abordando a metalinguagem dedicada ao próprio cinema.  Ou seja, sua paixão pela sétima arte. 














No filme, o diretor usou como base o fato que aconteceu em 1969, onde a atriz Sharon Tate então na época com 26 anos, casada com o diretor Roman Polanski e grávida de 8 meses. Foi brutalmente assassinada por uma irmandade comandada por Charles Manson(1934-2017), que a mataram por engano, na verdade eles queriam executar o produtor musical Terry Melcher(1942-2004), com quem Charles nutriu uma forte mágoa e um  rancor por este não ter investido em sua carreira musical. E não foi só ela, como também eles cometeram uma série de outros assassinatos depois, como o do Casal LaBianca.  Estes assassinatos que neste ano de 2019 completaram 50 anos, são retratados neste mais novo filme do  Tarantino, onde aqui ele não se preocupou muito com a reconstituição da veracidade do fato  como num formato de  docudrama, mas sim se utilizando de muitas licenças poéticas para poder construir a sua ótica narrativa. No filme,  a gente acompanha a jornada de Rick Dalton(Leonardo DiCaprio), um popular  astro das séries de tv  do gênero western, tentando se lançar em Hollywood e sempre na companhia de seu inseparável dublê Cliff Booth(Brad Pitt), é durante esta sua jornada que mostra ele tendo contando com Marvin Schwartz(Al Pacino) um influente empresário do showbussines para  agenciar sua carreira. Nisso é mostrado ele morando numa luxuosa mansão dos artistas, onde ele se torna vizinho do casal Roman Polanski e da Sharon Tate(Margot Robbie) e mostra também suas preparações para encenar os filmes, entre elas a Cliff sendo treinado por Bruce Lee(Mike Moh). Ao longo do filme é mostrado Rick Dalton tendo sua carreira alavancada tendo sua carreira alavancada quando vai para a Itália estrela o western spaghetti onde vira uma estrela em ascensão e Cliff se aventura em conhecer a temida irmandade da Família Manson responsável pelo brutal assassinato da Sharon Tate, no qual ele neste filme acaba sendo impedindo graças a intervenção de Rick e Cliff. 




A maneira como Tarantino abordou a temática sobre a própria sétima arte, usando de um evento verídico  sem precisar reconstituir o fato como aconteceu onde quem nos conduz a história são dois protagonistas fictícios, no caso o Rick e seu duble Cliff. Aparecem alguns personagens reais como Charles Manson, Bruce Lee, Sharon Tate dentre outros. Mas que são muito pontuais. E quem já está bem familiarizado com  estilo peculiarmente tarantinesco  de fazer cinema, com a maneira não-linear como ele conduz a narrativa com um texto ácido, com diálogos muito bem escritos  cheio de sarcasmos, ironias, falando nos personagens muito boca sujas dentre outros quesitos que se tornaram a marca do diretor. Como o nível mais barra pesada e grotesco da violência gráfica beirando ao gore.  Tudo isso junto é bem explorado de forma crível no filme, além dele justamente prestar uma singela homenagem ao próprio cinema. A direção de arte do  filme se utilizou de uma incrível estética visual que bem remente aos formatos dos filmes dos anos 1960, com muitos filtros e paletas de cores bem vibrantes, principalmente no destaque as cores mais solares dos figurinos. Os figurinos também estão impecáveis, a cenografia brilhante reproduzindo a atmosfera dos anos 1960. Destaque também para os carros com aquele ar bem vintage e as cenografias dos bastidores das filmagens dos westerns, um dos gêneros preferidos do Tarantino também ficaram impecáveis. 





Fora também a trilha sonora bem contagiante que toca muitos sucessos dos anos 1960 a cada cena. No elenco merecem destaque Leonardo DiCaprio como Rick Dalton, o astro dos western em busca do seu lugar ao sol em Hollywood.  DiCaprio tem se mostrado bem amadurecido em sua carreira, há muito tempo ele  já tinha deixado de ser só mitificado como o simples galãzinho que enlouquecia as mulheres desde que foi revelado ao estrelado em Titanic(EUA,1997). O ator mostrou uma completa entrega ao papel, mostrando a quantas ele assim como Rick Dalton é capaz de fazer para incorporar e se entregar as nuances, e todas as camadas a função de ator exige. Também merece destaque a participação de Brad Pitt como o dublê Cliff Booth, um profissional que assume uma função importante no cinema, pois é ele quem arrisca sua vida para fazer uma cena perigosa que nenhum ator tem coragem de fazer. 






O ator incorpora bem as nuances do papel, principalmente na forte relação de amizade dele com Rick, além de incorporar  bem a nuance dele se sentir a sombra do astro principal, e não tem o seu trabalho reconhecido. Um fato curioso a mencionar é que estes dois astros principais da obra carregam em comum o fato de  já haverem  trabalhado antes com Tarantino cada um em filmes diferentes deste diretor. Brad Pitt participou de Bastardos Inglórios(Inglorious Basterd, EUA, 2009) e Leonardo DiCaprio em Django Livre(Django Unchained,EUA,2012). Além desses como protagonistas, também merece destaque a participação da Margot Robbie como a Sharon Tate, a atriz que teve sua vida ceifada pelo grupo da Família Manson, ela desempenha bem o papel graças ao perfeito trabalho de caracterização, mesmo mostrando alguns sinais de deslocamento da trama, não parece que o seu  arco foi bem desenvolvido. Também merecem destaque Mike Moh, vivendo Bruce Lee(1940-1973), grande astro do Kung Fu, mostrando uma brilhante performance dele ensinando técnicas coreográficas de luta aos dublês e numa composição de caracterização impressionante, mesmo diante da polêmica causada pela família do Bruce Lee diante da maneira como ele ficou representado no filme.   





O veterano e fera Al Pacino está incrível fazendo uma participação no filme como Marvin Schwartz(1928-1997), ele existiu de verdade, foi um importante publicitário do meio do showbussines e aparece em alguns momentos se reunido num bar com Rick Dalton para discutir negócios sobre os filmes. Em um balanço geral, Era Uma Vez....em Hollywood é um bom exemplo de filme que presta uma linda homenagem ao cinema. No melhor estilo tarantinesco, mostrando que ainda mantém muito boa forma e bom vigor para fazer filmes mais autorais, numa época como nossa atual em que diretores do  nível dele  tem perdido seu espaço para fazer filmes mais autorais, mais intimistas  para o cinema blockbuster,  mas ainda assim podemos ter espaço para apreciar filmes de bons diretores que se preocupam em contar uma boa história. Além do filme apresentar  muitas referências e homenagens ao cinema dos anos 1960, com muita dose de homenagem e referências, um dos momentos mais incríveis do filme  foi a festa na mansão da Playboy, uma das mais importantes marcas de revistas masculinas no mundo, criada por Hugh Hefner(1926-2017) em 1953. Onde lá aparece as famosas  coelhinhas com seus característicos adereços que simbolizam o coelho da marca da revista. Diante de tudo o que já foi descrito posso concluir que Era Uma Vez...Em Hollywood é uma da melhores obras-primas que já vi sobre o próprio cinema.