terça-feira, 28 de dezembro de 2021

NÃO OLHE PARA CIMA: UMA SÁTIRA AO NEGACIONISMO DOS GOVERNANTES COM A CIÊNCIA

 

 

 

No último domingo de 2021, fui conferir a mais recente produção original da Netflix,  intitulada Não Olhe Para Cima (Don´t Look Up, EUA, 2021), cuja história é bastante satírica com o que temos vivenciado ultimamente com o negacionismo dos nossos governantes com a ciência. 





Ainda mais nesse clima de pandemia de COVID-19, onde aqui um grupo de cientistas tentar alertar a ameaça de um cometa chegando na Terra. Uma ótima tragicomédia parodiando o gênero catástrofe, cujo roteiro é magnífico. Muito bem dosado, contou com a direção de Adam Mckay  e com um incrível elenco estelar. Contando com Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Merly Streep e Jennifer Lawrence.  Recomendo.

sábado, 25 de dezembro de 2021

ANIME NATALINO: OS PADRINHOS DE TÓQUIO

 

Na manhã natalina de sábado, 25 de dezembro de 2021,  conferi a animação japonesa Padrinhos de Tóquio(Tokyo Godfathers, Japão, 2003). Dirigida pelo Satosh Kon(1963-2010). 






Que também assumiu outras funções ao lado de sua equipe que trabalhou nessa animação.  Apesar da animação trazer uma temática natalina. Ela não é um tipo de obra recomendada para se assistir com criança. Principalmente pelo fato dele apresentar umas pesadas temáticas adultas envolvendo  violência doméstica, adultério, abandonos enfim. Muito ao contrário do tanto de filmes de  Hollywood que exploram essa temática nessa para ganhar lucrar com aquele ar mais divertido. Ainda mais que o protagonismo são da figura dos moradores sem-teto, os mendigos. Que se tornam os protetores de uma criança abandonada no lixo. Uma metáfora cristã dos três Reis Magos visitando o Menino Jesus.  É curioso observar a temática da celebração natalina na visão sociocultural de um país como o Japão, cuja porcentagem de população cristã é pequena. Boa parte ou é budista ou xintoísta.  E cujo protagonismo é de uma parcela da sociedade japonês que a gente ignora existir num país que figura como a maior potência econômica do mundo em tecnologia, mas que tem uma cultura milenar. Que são os pobres moradores de rua simbolizados nos protagonistas Gin, Hana e Myuki. A Hana é quem do trio mais destaca por ser uma travesti que retrata bem a representação banal da comunidade LGBTQIA+ em todo mundo. Da discriminação homofóbica que eles sofrem diariamente. O filme tem disponível na Netflix. Apenas com áudio original e com legendas. O que para quem gosta de assistir qualquer animação dublada possa estranhar ouvindo na língua japonesa,  eles falando as vezes de uma forma gritada como se parecessem que estivessem brigando e estando sempre de humor. Ou mesmo acompanhar eles falando uma frase longa que na legenda é traduzida com uma curta ou frase curta virar uma frase longa na legenda. De todo jeito ver esse filme a nível de curiosidade.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

RESENHA DO FILME OS GUARDIÕES(2017)




Olá Grandes Super-Heróis, nesse vídeo vou comentar sobre um filme que assistir estes dias que é de uma equipe um tanto diferente. Ela não pertence nem a Marvel e nem a DC. Aliás, eles nem são dos EUA, mas sim da Rússia. Estou me referindo à Os Guardiões(Zaschitniki, Rússia, 2017)

Uma produção russa de 2017, que trazia uma proposta interessante de mostrar uma equipe de heróis formada pelo então Governo Soviético em plena Guerra Fria.

“Uma organização secreta chamada "Patriota" recrutou um grupo de super-heróis russos, modificando o DNA de quatro indivíduos, com o objetivo de defender o país de ameaças sobrenaturais. Arsus, Khan, Ler e Xenia representam os diferentes povos que compõem a União Soviética, e mantêm suas identidades bem guardadas para, também, não expor aqueles que têm a missão de proteger.”

Esse grupo é recrutado pelo exército russo, principalmente para impedir do malvado e gananciosos cientista August Kuratov, que usa da manipulação da eletricidade em seu corpo para seus fins maléficos.

Peço antecipadamente desculpas  se minha dicção em russo ficar horrível, principalmente para pronunciar os nomes do elenco e da direção envolvidos nessa obra. Que são bem complicados tanto de ler quanto de pronunciar. Bom, mas vamos lá.

O filme contou com a direção do armênio  Sarik  Andreasyan, o próprio também escreve o seu roteiro junto com Andrey Gravilov e Gevond Andreasyan que é o produtor e irmão do diretor da obra.

Que fizeram provavelmente para entrar na onda dos super-heróis em Hollywood, principalmente com as produções da Marvel Stúdios. Ainda mais pelo histórico de que como a Rússia sempre foi retratada de forma banal por Hollywood, inclusive nas histórias em quadrinhos de super-heróis durante décadas, fazia sentido a intenção deste filme  feito na Rússia para modificar a representação banal.

O elenco contou com atores, que provavelmente não sejam tão conhecidos do grande fora da Rússia. Tipo, já estiveram  presentes em produções famosas de Hollywood, ou mesmo nas produções de séries russas disponíveis nesses stremings.

Mais uma vez, peço desculpas pela minha péssima dicção para pronunciar os nomes dos principais atores que compõe o elenco.

Mas vamos lá, começo primeiro mencionando o nome de Anton Pampushny, que representou o Arsus, um dos que compõe o quarteto de super-herói, numa versão quarteto fantástico russa, cujo poder é o de se transformar em urso humanoide, Sebastien Sisak que faz o Ler, outro que também compõe a equipe superpoderosa para combater a ameaça de Kuratov, é o que tem a habilidade de fazer a terra tremer. Sanjar Madi que representou o Khan, uma espécie de ninja  que cobre o rosto com uma máscara preta e  usa umas  duas  espadas curvas, bem característico de um guerreiro espadachim. E fechando o elenco protagonista dos heróis, Alina Lanina que representou Xênia, a única mulher do grupo e com habilidade de ficar invisível, principalmente quando mexe com a água. O que bem enfatiza como eu já havia colocado antes em comparar Guardiões como uma espécie de Quarteto Fantástico Russo. É a que posso colocar que foi bem colocada com o intuito de virar uma objetificação erótica masculina, a prova disso é que na cena onde ela está testando no QG Militar da organização, um novo uniforme, desenvolvido por eles,  temos um momento onde a câmera dá um close anatômico na bunda dela, que só por isso você já pode tirar a conclusão de que ela foi mesmo pensada dentro da visão um tanto machista  de um  estereótipo sexualizado que o mundo tem da mulher russa.

Mas, enfim, também faço menção  as participações no elenco de Stanislav Shirin, que defendeu brilhantemente   o papel do grande antagonista da obra,  o diabólico  Dr. Kuratov, um sujeito bastante cruel,  vil,  detestável que usa da sua  inteligência para o mal, que em conjunto ao design de sua caracterização grotesca e  horrenda, cria um aspecto bastante medonho. E por fim menciono do elenco, a participação de Valeryia Shkirando ne pele da  Major Elena Larina, que é a parte fundamental dessa história, pois ela é quem vai comandar dentro da organização o  recrutamento de  cada um desses para formar uma equipe de super-heróis  ao descobrir e enfrentar a ameaça de Kuratov.

Num Balanço Geral, posso descrever que Os Guardiões, bem se caracteriza como um tipo de produção que vale a pena ser assistido, mais  a nível de curiosidade, principalmente por não ser uma produção americana que explora o gênero super-herói. No caso aqui, uma produção russa, que descaradamente pega muita coisa característica do gênero hollywoodiano, criando um quase plágio do Quarteto Fantástico da Marvel. É necessário assisti-lo de cabeça aberta sem muita expectativa de esperar algo que transgrida ao gênero. 

Para uma megaprodução nos níveis hollywoodianos para o gênero super-herói, como os efeitos especiais, a ação, a adrenalina, a explosão e o show de muita explosão, ele cumpriu bem essa função,    apresentando  um roteiro até que bem feito  originalmente para o filme, pois até onde pesquisei para elaborar o roteiro deste vídeo, lá não constava nenhuma inspiração de algum quadrinho de super-herói feito na Rússia. Com uma intenção bastante ousada e com muita pretensão no sentido comercialmente falando, tanto que foi até mostrado uma cena pós-crédito como a Major Larina fugindo de uma perseguição, deixando um gostinho de produzir uma sequência que provavelmente não vai sair por conta da bilheteria muito fraca na época do lançamento.

Portanto, se vocês forem assistir ao filme sem esperar grandes expectativas, assistir mais a nível de curiosidade mesmo,  talvez ele possa te agradar. Eu vi este filme assim a nível de curiosidade e confesso que me surpreendi bastante, em ver um tipo de filme do gênero super-herói que não é americano, mas que não deixa de ser bom de ser assistido. Já inclui  na minha lista de filmes preferidos de super-heróis.

Bom, vou terminando por aqui, se você não é inscrito no canal, se inscreva, me siga nas minhas redes sociais. Se você gostou do vídeo, aperte na mãozinha do like, pois ajuda e muito o meu canal a ser relevante. E comente aqui embaixo na barra de comentários o que você achou.

Muito obrigado e para o alto e avante e sempre vigilantes.

 


terça-feira, 2 de novembro de 2021

DUBLADORES DOS HERÓIS QUE PARTIRAM EM 2021

   

Olá Grandes Super-Heróis, nesse vídeo trago uma homenagem aos dubladores brasileiros que deram vozes aos heróis que amamos e que partiram em 2021. Nesse especial dedicado ao dia de finados.

domingo, 31 de outubro de 2021

CRÍTICA DE OS NOVOS MUTANTES(2020)

  

Olá Grandes Super-Heróis, nesse vídeo para entrar no clima do Halloween, comento sobre o filme de uma não bem equipe de heróis, mas encaram seres sobrenaturais. Estou me referindo a Os Novos Mutantes(The New Mutants, EUA, 2020), que eu tardiamente faço um vídeo de resenhas eu sei depois que vi disponível no serviço de streaming do TelecinePlay. Mas ainda assim comento para entrar nesse clima de Halloween. O filme que é inspirado numa expansão do universo X-MEN na FOX.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

DANÇA DAS CADEIRAS NA MARVEL: OS ADIAMENTOS PARA 2022

  

Olá Grandes Super-Heróis, nesse vídeo comento um pouco sobre os adiamentos divulgados ontem pela Marvel dos seus filmes para 2022.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

RESENHA DO FILME MÁ EDUCAÇÃO(2019)

 

A CORRUPÇÃO NO SISTEMA  EDUCACIONAL

 

 

Um dos principais pilares  que o educador tem em sua função de ensinar, principalmente ao educar os filhos dos outros,  envolve ensinar valores éticos, principalmente sobre honestidade e não construir sobre mentiras.




O mais respeitado educador brasileiro Paulo Freire(1921-1997), definia a função do educador na seguinte frase:

O Educador se eterniza em cada ser que educa.

Já Andrea Ramal define a função do educador como:

O Educador não é só expositor de conteúdos: ele desperta a paixão pelo saber e nos faz pensar, para além da escola, nas motivações da nossa vida.




No meu tempo de adolescente  estudante de ensino fundamental e médio, eu ouvia muito discretamente as conversas de diretores e de outros funcionários  da sobre a reclamação do mau comportamento dos alunos, um bando de desviantes quando perdiam a cabeça com eles e temendo pelo futuro deles, achando que eles tenderiam  a virarem mais um dos futuros políticos corruptos, ou mesmo como bem já ocorreu de um coordenador reclamar que político para roubar já aprendia a fazer isso desde criança mentindo para os país.

É são desses a quem nossos docentes, cobram ao fazerem greves pelos baixos salários.





Mas, porém, todavia, entretanto, e se por acaso eles não perceberem  que a prática da  corrupção também ocorre dentro do ambiente deles. Principalmente nos altos cargos de tesourarias que mexem com os repasses das verbas governamentais.

O filme  Má Educação (Bad Education, EUA,2019) explora bem esse  pior exemplo de prática da corrupção no sistema educacional.





Baseado em uma história  real, ocorrido em 2004, na Escola Pública do Distrito de Roslyn, em  Long Island onde o diretor-superintendente dessa instituição, Frank Tassone(Hugh Jackman)  era um cara que ninguém jamais podia suspeitar que por trás da maneira como conseguia alavancar a moral da escola a fazendo figurar entre as melhores escolas públicas norte-americanas,  levando inclusive as seus alunos a ingressarem em instituições universitárias conceituadas como Harvard e Yale, fazia roubando, desviando verbas para gastos pessoais.




Tassone mostrava ser um sujeito bastante admirável dentro da escola, era sempre atencioso com seus alunos e com a família deles. Participava de tudo que fosse relacionado aos eventos escolares, sempre sendo um bom incentivador dos alunos.   Sendo que ninguém sequer suspeitava dos segredos escusos de como ele roubava as verbas da escola e principalmente escondia uma vida dupla. Dentro da escola ao ser perguntado de sua esposa, ele dizia que era viúvo, mas,  na verdade, vivia se escondendo  no armário com sua homossexualidade, pois já era casado com um homem.




Tudo ocorria sem gerar tanta suspeita, até o momento onde ocorre de sua aluna Rachel(Geraldine Viswanathan), uma aspirante a jornalista que escreve para o pequeno jornal da escola, quando vai a sua sala para pedir uma rápida declaração sobre o ambicioso projeto dele, é que começaria a partir  uma investigação que o levou para a prisão e manchou para sempre a reputação dele.




O filme contou com a direção de Cory Finley, que junto ao seu roteirista Mike Makovsky, não por acaso um ex-aluno dessa instituição e que conviveu com Tassone. Ambos optaram aqui por em vez de ao contar a história verídica pela ótica da Rachel, a aluna da instituição começando a utilizar os seus dotes jornalísticos e um tanto amador,  inspirado na intrépida repórter Lois Lane das histórias do Superman, para trazer aquela estética inspirada ou mesmo seguindo nos moldes de filmes sobre instigação jornalística como Spotlight (EUA, 2015) ou mesmo The Post(EUA,2017). Onde poderia criar uma atmosfera romantizada da profissão, principalmente envolvendo o dilema dela se noticiava ou não.

Aqui não, eles optaram pelo foco na desconstrução da imagem de Tassone como herói da escola aos poucos, fazendo cair sua máscara. Principalmente quando outra gente da instituição também fazia suas roubadas das verbas escolares junto com Tassone como a coordenadora Pam Gluckin(Allison Janney), principalmente quando o filho numa balada termina sendo preso em flagrante, por exemplo e como ele colocava o seu marido como um  laranja. A obra contou em seu elenco com  Hugh Jackman protagonizando o Tassone, que  segurou muito bem o filme com sua ótima interpretação em todas as camadas de Tassone, o eterno Wolverine do cinema, desempenhou aqui o brilhantemente  papel do diretor que mostrava ser bem intencionado pela educação, mas diante de tanta mentira que ele construiu, principalmente na maneira como ele até mesmo acreditava nas próprias, especialmente na sua vida tripla, de esconder da escola que era gay, já muito bem casado com um homem e mantém isso quando se envolve com seu ex-aluno. A comunidade LGBTQIA+, com certeza se revoltaria com o tipo de representação banal que o filme criou a respeito da representatividade homoafetiva com tanto desrespeito e ataques homofóbicos que existem. Porém, temos de levar em conta que é um pouco difícil ter pena do cara que enganava todo mundo a sua volta, até mesmo o próprio marido. Foi muita canalhice o que ele fez. Allison Janney defendeu bem o papel da coordenadora Pam Gluckin, principalmente em sua subtrama mostrando que ela também teve uma participação na roubalheira da escola. E Geraldine Viswathan como a Rachel, a jovem estudante da instituição, aspirante a jornalista cuja matéria que publicou com toda essa denúncia foi que manchou a reputação de Tassone na escola, defendeu bem o papel apesar de sua subtrama ter sido a mais fraca, bem poderia ter um destaque a mais numa pegada de instigação jornalística, mas como tanto o diretor e o roteirista optaram por essa visão, fica compreensivo.

Ao caro leitor que for da área da educação,  tipo um professor ou mesmo pedagogo, ou trabalha num cargo de coordenação pedagógica de alguma escola pública ou particular,  eu não recomendo assistir esse filme, se quiser assistir mesmo assim, que o veja com a  cabeça aberta. Porque ele pode ser bastante depressivo para você dependendo logicamente  do seu estado de espirito, mostrando como até mesmo dentro do ambiente de ensino, não está imune de haver corrupção e esse ciclo vicioso não se acaba. Ainda mais que a trama foi baseada num fato verídico. Triste. Não.

Quem tiver um aparelho de SMARTV, como eu tenho é só procurar lá no catálogo de filmes que tem disponível e foi onde vi esse filme. Não confundir o título dessa obra em português com Má Educação  (La Mala Educación, Espanha, 2004), obra do espanhol Pedro Almodóvar.


quarta-feira, 13 de outubro de 2021

OS 10 ATORES DE FILMES DE SUPER HERÓIS EM FILMES DE 007


 Olá Grandes Super-Heróis neste vídeo cito e comento os nomes de alguns atores célebres por representarem super-heróis no cinema que já estiveram na série 007.
Ordem de apresentação: JEFREY WRIGTH O NOVO GORDON NO FILME THE BATMAN FOI O FELIX LEITER NOS FILMES CASSINO ROYALE, QUANTUM OF SOLACE E SEM TEMPO PARA MORRER. CHRISTOPHER WALKEN: O SHREK´S EM BATMAN: O RETORNO FOI O SORIN EM 007 NA MIRA DOS ASSASSINOS. ALAN CUMMING-O NOTURNO DE X-MEN 2 EM GOLDENEYE. FANKE JANSSEN A JEAN GREY DE X-MEN EM GOLDENEYE. HALLE BERRY A TEMPESTADE DE X-MEN E UM UM NOVO DIA PARA MORRER. DAVE BAUTISTA O DRAX DE GUARDIÕES DA GALÁXIA EM SPECTRE. MADS MIKELSEN O VILÃO DE DOUTOR ESTRANHO FOI O VILÃO DE CASSINO ROYAL

terça-feira, 5 de outubro de 2021

ESPECIAL 007: O JAMES BOND DO SÉCULO 21:DANIEL CRAIG.

 

                                                                O JAMES BOND DO SÉCULO 21:DANIEL CRAIG.

 

Aproveitando que 007 Sem tempo para morrer  já estreou nos cinemas após longos adiamentos causados pela pandemia,  marcando  a despedida de Daniel Craig do papel de James Bond após 15 anos no papel, vamos relembrar aqui analisando por ordem cronológica os quatros filmes da franquia em que ele representou o famoso e charmoso agente com licença para matar. Do mesmo critério, sem eleger do melhor ao pior ou de minha preferência pessoal.




007-CASSINO ROYALE(2006)




No primeiro da série 007 que Craig estrelou como James Bond que foi em 007- Cassino Royale(Casino Royale,  Reino Unido, EUA, Alemanha, Itália, República Tcheca,   2006) o 21º da franquia 007 que contou novamente  com a direção de Martim Campbell, que também já havia dirigido 007 Contra Goldeneye(1995). 





Curiosamente foi o primeiro protagonizado por Pierce Brosnan. Este primeiro filme  estrelado por Craig  marcou um reinicio para franquia a 007, ainda mais por escolherem adaptar o primeiro livro da série publicado por Ian Fleming(1908-1964) em 1953. A Eon Productions não havia conseguido adaptar o primeiro livro, porque Fleming havia vendido para outra produtora que fez uma adaptação esquecida para o cinema lançada em  1967 num filme em tom de comédia  satírica, com uma narrativa  não muito coesa, visto a consequência do caos nos bastidores com um roteiro que passou por diferentes mãos  e diferentes diretores dirigiram a obra a ponto de não conseguir qual tom seguiria, o  que  desagradou na época  a crítica especializada mesmo contando com um elenco de peso como Peter Sellers(1925-1980), Orson Welles(1915-1985), Woody Allen ou mesmo Ursula Andress, a bond girl do primeiro filme da série 007: O  Satânico Dr.No (Dr.No, Reino Unido, 1962). O que fez a  obra cair no ostracismo na posteridade. Sorte é que décadas depois, a EON conseguiu obter o direito de adaptação de Cassino Royale e o levou para as telonas. 





No enredo de Cassino Royale, “ James Bond está em uma missão que, se for completada com sucesso, vai o qualificar para ser um agente 00. Ele vai para Praga e mata um chefe de seção do MI6, Dryden, que vazou uma informação confidencial, e seu aliado, Fisher. Em outro lugar, um homem chamado apenas de Sr. White serve como intermediário apresentando o banqueiro Le Chiffre a um grupo terrorista que procura um paraíso fiscal para guardar seu dinheiro. Le Chiffre garante que não há riscos para o dinheiro, porém seus investimentos envolvem um risco considerável: ele vende a descoberto ações em companhias de sucesso e depois cria um ataque terrorista para afundar os preços das ações.”





Craig que na época que representou a primeira vez 007 nesse filme estava com 37 anos, ele se mostrou uma boa escolha para o papel, mesmo apresentando um rosto sem expressão. Muito carrancudo, ainda assim ele conseguiu imprimir ao personagem uma característica mais realista de um James Bond mais humano, nem sempre infalível, que sofria, mais dramático e menos escapista como estávamos acostumados ao longo das quatro décadas de franquia. Muito disso, graças ao roteiro que procurou fugir de algumas convenções já estabelecidas pela franquia clássica, aqui nesse primeiro filme onde Craig representou James Bond ele não tendo um momento picante com a donzela que ele protegeu após derrotar o seu alvo, isto já havia ocorrido antes em 007-A Serviço Secreto de Sua Majestade(Her´s Majestic Secret Service, Reino Unido, 1969), o único da série estrelado por George Lazenby como 007, onde ele terminou o filme se casando com a Tracy(Diana Rigg), mas que foi assassinada depois pela Spectre.




Do elenco de Cassino Royale,  começo  destacando a presença de Judi Denchi, a única remanescente da Era Pierce Brosnan, já que não tivemos nesse, nem no seguinte as presenças do Q. e da Moneypenny, que só retornariam na pele de outros atores apenas em 007-Operação Skyfall(2012).  O dinamarquês Mads Mikelsen foi o responsável por representar um dos vilões do filme, Le Chiffre, com uma cara apática e uma cicatriz no olho direito que mostra o nível de frieza e psicopatia dele. Ivana Miličević como a Valenka, a noiva e capanga do Le Chiffre. A francesa Eva Green que ficou encarregada de fazer Vesper Lynd, a bond girl que acompanha James Bond no perigo e perde a vida. Jeffrey Wright foi a representação de Felix Leiter, o primeiro ator preto no célebre papel do agente americano colaborador de James Bond e presença recorrente da série. Giancarlo Giannini como o René Mathis, o contato de James Bond em Montenegro, Jesper Christensen como o Mr. White, o cara que trabalha organização Quantrum, uma deixa para o próximo filme dessa Era Craig dentre outros.




O filme teve a produção musical assinada por David Arnold, com a canção de abertura You Know My Name cantada por Chris Cornell(1964-2017), cuja abertura se diferenciava por não ter tanta mulher nua fazendo coreografia, mas, Bond atirando em cartas de baralho, bem para remeter a temática do filme. Numa pegada bastante elétrica e cheia de adrenalina como é a franquia 007.

 

 

 

007-QUANTUM OF SOLACE(2008)




No segundo da série 007  que Craig estrelou como James Bond que foi em 007-Quantum Of Solace( Reino Unido, EUA, 2008) o 22º da franquia 007 que contou com a direção de Marc Foster.




“Neste filme, sequência direta de Casino Royale, Bond luta contra o rico empresário Dominic Greene, membro da organização Quantum que finge ser um ambientalista mas planeja armar um golpe militar na Bolívia para assumir o controle das reservas de água do país. Procurando vingar-se pela morte de Vesper Lynd, Bond recebe ajuda de Camille Montes, que também procura vingança.”




Depois de um bom começo para Craig em Cassino Royale, veio um atropelo com Quantum of Solace, uma verdadeira salada mista de ideias boas que na hora de serem executadas tiveram seus problemas.





O seu elenco contou com as participações da  ucraniana Olga Kurylenko como a  bond girl Camille Montes, agente do Governo Boliviano que se une para combater o vilão da história o General Medrano, personagem que foi muito bem representado no filme pelo mexicano Joaquin Cosio, um sujeito que não mede esforços para seus planos ambiciosos, como a de promover um Golpe de Estado na Bolívia. Camille tem motivos até pessoais de acabar com ele, isso porque ele foi responsável por executar sua família quando ela era muito criança.




Outros também nomes importantes do elenco a serem mencionados são o francês Mathieu Amalric que representou o Dominic Greene, o representante da Quantrum e aliado do General Medrano. Gemma Arteton como a Agente Felds que é morta por Medrano com corpo todo pintado de petróleo  fazendo referência Jill Matherson morta pintada de ouro no filme  Goldfinger(1964). Dentre outros.  




O filme contou de novo com a produção musical de David Arnold, com a música de abertura Another Day To Die cantada em dueto pelos cantores Alicia Keys e Jack White.

 

 

 

007-OPERAÇÃO SKYFALL(2012)




No terceiro filme da série 007   que Craig estrelou como James Bond que foi em 007-Operação Skyfalll(Skyfall,  Reino Unido, EUA, 2012) o 23º da franquia 007 que contou com a direção de Sam Mendes.




“O filme é uma sequência de Casino Royale e 007 - Quantum of Solace  une a franquia antiga com a nova. O filme se centra na investigação de Bond de um ataque realizado contra o MI6; o ataque é parte do plano de Raoul Silva, ex-agente do MI6, para humilhar, desacreditar e matar M como vingança por ela tê-lo abandonado. Skyfall tem a volta de dois personagens recorrentes da série após dois filmes: Q, interpretado por Ben Whishaw e Eve Moneypenny, interpretada por Naomie Harris. Neste filme temos a última aparição de Judi Dench como M, papel que ela interpretou nos seis filmes anteriores.”




Depois de umas derrapadas em Quantum Of Solace, Daniel Craig fez um bom trabalho nesse filme. Mostrou de alguma forma ou de outra soube como acertar nas cenas de ação, nas cenas tensas e também com uma certa pitada de diálogos cômicos. Muito disso se deve a forma como o direcionamento de Sam Mendes e o próprio roteiro ajudaram bem o filme a se superar e fugir um pouco da suas convenções naquele ano em que a série 007 estava completando 50 anos.




O seu elenco contou com Javier Badem como Raoul Silva, cujo nome verdadeiro era Thiago Rodriguez, o ex-agente do MI6, que virou um perigoso terrorista-cibernético. Albert Finney(1936-2019) como Kincade, o zelador da Skyfall, fazenda que conta a história do passado de James Bond. Ben Winshaw que foi o responsável por promover o retorno do Q. que durante muito tempo foi papel de Desmond Llewelyn(1914-1999), durante Eras de Sean Connery(1930-2020), Roger Moore(1927-2017), Timonthy Dalton e Pierce Brosnan.  Naomie Harris representando a Moneypenny que foi apresentada de maneira diferente, primeiro em combate e depois como secretária, papel que durante muito foi Lois Maxwell(1927-2007)nas Eras de Sean Connery e Roger Moore. Depois de Caroline Billis nos filmes estrelados por Dalton e Samantha Bond nos filmes estrelados por Brosnan. A francesa Berénice Marlohe como a Séverine, a bond girl que foi ex-amante de Silva. Ralph Fiennes como o Garreth Malory, o Chefe do Comitê de Segurança do Reino Unido. Que vai assumir a função de ser o novo Chefe M. no final. Onde inclusive aqui tivemos uma despedida digna a atriz Judi Dench no papel. A única remanescente da Era Pierce Brosnan, teve aqui uma despedida a altura, onde aqui ao contrário de seus antecessores no papel que foram: Bernard Lee(1908-1981) e Robert Brow(1921-2003). Onde o primeiro que  representou o papel pela última vez em 007 Contra o Foguete da Morte(Moonraker,Reino Unido,1979), ia participar de 007-Somente Para Seus Olhos(For Your Eyes Only, Reino Unido, 1981), quando veio a óbito antes de gravar o filme, o que resultou de por respeito a sua memória, M. ficou ausente do filme. E quando Robert Brown o sucedeu em 007 Contra Octopussy(Octopussy, Reino Unido, 1983) e ficou até a última vez em 007-Permissão para a Morte(Licence to kill, Reino Unido, 1989), nesse em que ele participou foi quando a EON Productions enfrentou um período complicado, um furacão quando a MGM decretou falência e entrou na década de 1990 enfrentou uma longa e intensa batalha judicial sob a franquia 007, o que levou ao longo de seis anos sem produção inédita até o lançamento de 007 Contra Goldeneye(Goldeneye, Reino Unido, EUA, 1995) com toda a reformulação do elenco onde a partir desse primeiro filme estrelado por Brosnan foi que Judi Denchi assumiu o papel da M. E a maneira como foi feita a sua despedida da série foi mesmo honrosa, principalmente na maneira onde ao contrário dos filmes anteriores da série onde ele imprimiu um ar de  imponência, aqui não, ele ficou sob a mira da ameaça do Silva até ser morta por ele. Dentre outra participações que estiveram no filme.




O filme contou com a produção de Thomas Newman que teve Adele cantando na abertura, cuja performance foi capaz de fazer um feito inédito para a longa  história da série 007 que pela primeira vez foi premiado com  um Oscar. Isso ocorreu na edição do Oscar de 2013 na categoria de Melhor Canção Original com a Categoria de Melhor Edição de Som.




007 CONTRA SPECTRE(2015)




No quarto e penúltimo filme  da série 007  que Craig  estrelou como James Bond que foi em 007 Contra Spectre(Spectre,  Reino Unido, EUA,  2015) o 24º da franquia 007 que contou com a direção novamente de Sam Mendes.




Após impedir um atentado terrorista na Cidade do MéxicoJames Bond (Daniel Craig) é afastado do serviço por M (Ralph Fiennes) e desobedece ordens para descobrir mais sobre um assassino que encontrou no México. Enquanto M enfrenta forças políticas para manter o serviço secreto vivo, Bond descobre que o matador era empregado de uma organização criminosa, mais tarde revelada como SPECTRE, a qual Bond já tinha enfrentado nos filmes antigos, que tinha entre seus membros todos os vilões dos primeiros filmes de 007. Mais tarde é revelado que Le Chiffre, Dominic Greene e Raoul Silva também fazem parte dessa organização.




Neste filme os eventos de Casino Royale (2006)007 - Quantum of Solace e Skyfall são alinhavados e encaixados num quebra-cabeças que por trás estava o tempo todo a SPECTRE arquitetando os planos e sendo derrotados por James Bond.”








Posso descrever que Craig neste filme me causou bastante  impacto e surpresa, apesar de não esperar tanta coisa inovadora e  por questões óbvias, posso descrever que  ele basicamente reapresentou ao público algumas características da essência dele que ficaram um pouco apagados desde Cassino Royale.  Ele demonstrava que ainda estava com muito fôlego para encarar muita porradaria e muita adrenalina, mesmo já sentindo o peso da idade.




Carregado de umas eletrizantes  sequencias de ação e perseguição de tirar o fôlego. Carregado também  de muitas licenças poéticas, porque  tipo mesmo o clássico agente britânico não sendo essencialmente  nenhum super-herói  com poderes sobre humanos, ainda assim aquelas sequencias arriscadas  de explosões, prédios caindo, tumultos e Bond brigando em um helicóptero desgovernado entre outros fatores e ele conseguir se safar e sobreviver sem nenhum arranhão são as coisas mais improváveis de acontecer na realidade, mesmo para quem trabalhe no ramo arriscado da espionagem. Tudo isto para ir atrás do seu principal alvo que é um representante da Spectre. 

Do elenco presente nesse filme estão a francesa Lea Seydoux como a Dra. Madeline Swan, filha do Mr. White, que tem um envolvimento amoroso com Bond. Christoph Waltz como Blofeld, um personagem na história da série, retornando neste filme.  A bela italiana Monica Bellucci como a Lúcia Sciarra, a viúva do mafioso italiano Marco Sciarra, que Bond estava perseguindo no México no começo da História que era membro da SPECTRE, e a quem Bond vai atrás dela na Itália no momento em que ela estava no cemitério, enterrando o marido que vai seduzi-la para ir atrás de informações. Dave Bautista, já na época famoso por protagonizar o Drax em Guardiões da Galáxia (Guardians of Galaxy, EUA, 2014), representou no filme o papel do Mr.Hinx, capanga da Spectre, num estereotipo bem idêntico ao de outros célebres que já tiveram na série, um sujeito alto, forte e com cara de mal-encarado. Dentre outros.

Novamente o filme teve a produção musical  de Thomas Newman, com a  canção de abertura Writing´s on the Wall, cantada por Sam Smith que foi premiado novamente premiado nas categoria de Melhor Canção Original na edição do Oscar de 2016.

E por aqui encerro, as postagens de análises dedicadas a franquia. Como acho muito difícil ir assistir ao mais recente da série 007, Sem Tempo Para Morrer  na tela do cinema, ainda pelo medo do coronavírus, marcando a despedida de Daniel Craig no papel, vou deixar de fora a resenha de filme. Quem eu o incluía nas postagens do ano que vem dedicado aos 60 anos da série 007.