quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

COMENTANDO SOBRE RATATOUILLE PARA EXPLICAR A REJEIÇÃO DA CRÍTICA A MULHER-MARAVILHA 1984

 

SERÁ MESMO QUE TODO CRÍTICO QUE ODIOU MULHER-MARAVILHA 1984

É UM ANTON EGO DE RATATOUILLE?





 

 

Eu ainda não fui ver  Mulher-Maravilha 1984, e nem sei se ainda irei ver nos cinemas, já que ainda  não me sinto muito inseguro em entrar novamente numa sala de cinema vendo este desgraçado vírus da COVID-19 ainda ameaçando a vida de muita gente e dizimando mais vidas. Porém, tenho acompanhado bastante  as notícias sobre as repercussões desanimadoras envolvendo  o filme que a crítica especializada  não gostou, o  Rotten Tomattoes, um site composto por diferentes críticos e com base nas avaliações dão notas podres quando é ruim e frescas quando é boa, dependendo da porcentagem,  que antes deu um certificado de aprovação nas sessões exclusivas da crítica especializada nas prévias,  depois que chegou aos cinemas e nas semanas seguintes de exibição  deu um péssimo certificado de aprovação  ao filme e as repercussões dos canais de Youtube negativas  tem sido unânimes. Eu mesmo tenho sentido isso  sempre que posto algum link de sites com notícias  sobre Mulher-Maravilha  1984 no feed do Facebook  na página do meu Grupo do Cinema com Super-Herói   quando posto de qualquer site sobre a arrecadação do filme que tem noticiado como grande o que é para ser questionável, sempre tem alguém comentando que a obra é uma bosta. O que tem gerado toda uma saraivada de ataques polarizados da parte de  dcnautas  contra a crítica especializada, principalmente na Internet. Com os canais do Youtube inclusos.




Essa sensação de hostilização, ojeriza desse  público com  a opinião da  crítica  especializada me remeteu a animação da Pixar Ratatouille(EUA, 2007).

Mas, vocês leitores devem estarem se perguntando: Por quê disso me remeter a animação da Pixar que não tem nada haver? Não é nem um filme de super-herói? Calma,  eu  vou explicar, no filme temos a história do ratinho  Remmy(Voz original de Patton Oswald e na versão BR por Phillipe Maia), que sempre foi diferente da sua colônia de ratos, porque ele desenvolveu uma ótima habilidade olfativa e era bastante apreciador da boa culinária.




Queria mostrar essa sua capacidade para a arte de cozinhar e ser um gourmet, e tinha como grande ídolo o chef August Gusteau(Voz original de Brad Garret e na versão BR foi dublada por José Santa Cruz), o dono do conceituado e glamouroso  restaurante de Paris, o  Gusteau´s.




É ao ver o noticiário na TV da casa de uma senhora no campo,  onde sua colônia de ratos estava estabelecida sobre o Restaurante que ele descobre que Gusteau faleceu e ao  ver que, por exemplo, lá conhece Anton Ego(Voz original de Peter O´Toole e de Lauro Fabiano na Versão BR), um ferrenho crítico gastronômico, que se acha o dono da razão, e tem a última palavra,  sendo entrevistado  depois de fazer  uma crítica horrível sobre os últimos pratos do restaurante que fez ele perder uma das cinco estrelas a ponto do Gusteau ser ameaçado de fechar as portas. Ao ser descoberto e botado para fora da casa dessa velhinha, Remy se separa do seu bando e vai a Paris em busca de seu sonho. Sempre ouvindo e conversando  inconscientemente o Gusteau em sua mente. Com seu famoso lema:  “Qualquer um pode ser um cozinheiro”. Ao chegar ao restaurante, conhece o atrapalhado do Alfredo Liguini(Voz original de Lou Romano e na versão BR dublada pelo  célebre ator global Thiago Fragoso), que consegue um emprego de ajudante de cozinha, onde vai conviver entre a equipe com tipos bem esquisitos como o Skiner(Voz original de Ian Holm e na versão BR dublada por Marcio Simões), um nanico muito autoritário que vai se revelar o grande antagonista da obra. Principalmente o grande segredo para o Liguini um atrapalhado que não cozinhava  nada, conseguir fazer bons pratos vai ser  graças a ajuda do rato Remy que o manipula pegando nos fios de  seus  cabelos a quem ele chama carinhosamente de Mini Chefe. Além desse, também conhecerá Colette(Voz original de Jeanne Garofallo e na versão BR dublada pela então célebre atriz da Rede Globo Samara Fellipo). A única mulher na equipe da cozinha do Gusteau´s, que será sua orientadora-auxiliar, e com quem vai viver um par romântico.








A forma como dá certo a parceria do Liguini com o Remy, e quando este descobre que era herdeiro do Gusteau que vai dar uma nova respirada no restaurante atrair seus antigos clientes. Ao mesmo tempo que também vai afetar um pouco a parceria, já que Liguini ficou tão impressionado e deslumbrado  com o sucesso que ao deixar  subir muito a  sua  cabeça, acaba ignorando Remy e quando flagra este deixando sua colônia roubando as comidas do cofre do restaurante o expulsa de vez da sua vida.

Até o momento que aparece o grande desafio que é quando o Anton Ego, o temido crítico gastronômico aparece durante uma coletiva dele de imprensa e o desafia a fazer um dos pratos para ele para ser analisado na sua crítica do jornal.

E ai que Liguini se desespera e resolve ir atrás do Remy, fazer as pazes com ele e preparar um prato que tenha a difícil missão de agradar ao exigente  Anton Ego.  




Para piorar, Liguini resolve contar toda a verdade para a sua antiga equipe que ele era uma fraude, e quem cozinhava de verdade era um rato,  todos indignados o abandonam, até mesmo Collete, então todos os membros da sua colônia é quem resolvem ajudá-lo a preparar o prato para a pessoa mais desagradável, mais  intragável e mais indigesta de lidar que é o temido crítico gastronômico Anton Ego sempre repetindo a palavra “perspectiva”, como seu mantra para ser  surpreendido. E justo neste momento que aparece duas pessoas ameaçando denunciar o estabelecimento por calamidade de saúde  pública  como o Vigilante Sanitário e Skinner para se vingar por ter sido expulso do restaurante.  É então que Remy resolve preparar o Ratatouille, um dos pratos mais caracteristicamente francês de legumes com guisado bem rustica, que  o exigente do Anton Ego ao experimentar aquele prato entra num momento de êxtase de quando lembra de sua infância quando vivia uma vida modesta no campo e tinha uma verdadeira paixão por aquele prato preparado  por sua mãe.





      Então, ele exigi ao Liguini apresentar quem foi o responsável pelo prato, Liguini convence Ego a esperar todo mundo sair, e quando o restaurante já  estava completamente  vazio  e que  Liguini apresenta a Ego que aquele prato foi feito por um bando de ratos, Ego vai embora e no seu escritório escreve em sua máquina datilográfica a sua crítica no jornal  ao prato do Gusteau´s, fazendo até uma autoanalise sobre a função dele como crítico de arte, no caso gastronômico e rasga mil elogios com o restaurante, com o prato que lhe foi oferecido que mexeu com seus sentimentos. Apesar da crítica positiva do Ego, isto não impediu o fechamento do estabelecimento, por conta do problema de ameaça a saúde pública com a infestação dos ratos.

Liguini e Collete terminam o filme abrindo outro estabelecimento com o nome de Ratatouille, onde o  rato Remy vira o cozinheiro  e Anton Ego torna-se seu cliente mais assíduo dizendo como última frase me surpreenda ao se dirigir ao Remy.





O filme contou  com a direção de Brad Bird que já carregava uma extensa carreira na animação desde os anos 1980, antes de se aventurar na Pixar tinha dirigido O Gigante de Ferro(The Iron Giant, EUA 1999) para a Warner. E na Pixar, além de Ratatouille dirigiu Os Incríveis (The Incredibles, EUA, 2004)e Os Incríveis 2(The Incredibles 2, EUA, 2018).




Depois de Ratatouille, um filme que teve uma produção bastante problemática, Brad Bird foi se dedicar a dirigir produções em live action como Missão Impossível: Protocolo Fantasma (Misson: Impossible-Ghost Protocol, EUA, 2011) e Tomorrowland-Um Lugar Onde Nada é Impossível(Tomorrowland,EUA,2015).

 Mesmo com muitos percalços durante toda a etapa de produção que envolveram muitos conflitos criativos  de ideias durante a concepção do roteiro, a obra realmente conseguiu cumprir bem o seu objetivo característico da Pixar que foi trazer um ar reflexivo e filosófico com as sutilidades  do roteiro sobre as realizações dos nossos sonhos, dos nossos objetivos, bem representado na figura do rato Remy e com sua vocação para a gastronomia.




A forma como o filme prestou uma singela homenagem a paixão pela arte gastronômica, representada tanto na paixão dos protagonistas que é o   rato Remy e o Liguini, que fazem dela sua profissão quanto na figura pouco amigável do Anton Ego, o crítico gastronômico que vive perseguindo o Restaurante Gusteau´s.




O Anton Ego em especial é o que mais posso aqui destacar e me concentrar como principal motivo do meu questionamento que lancei a respeito da má repercussão de Mulher-Maravilha 1984 da critica especializa os tornarem vistos como o antagonista dessa obra da Pixar, principalmente pela reação dos DCnautas que amaram o filme. Que apesar de não ter nada a ver, mas pelo menos tem uma característica que reflete bem mais ou menos essa sensação  que o público dcnauta tem com relação aos que trabalham na  critica especializada por ojerizarem o filme.





Isso porque de alguma forma a maneira como o personagem foi pincelado na obra como vilão bem  representa essa sensação de ódio do público a quem trabalha como crítico especializado  de arte, seja em qual área que for, no caso de Ratatouille  que é  gastronomia,  o Anton Ego representou bem a sensação ao qual o espectador  sentia ódio por ele detonar o Restaurante Gusteau´s  isto pode ser bem perceptível pela forma como concebido o seu design de caracterização  com um rosto esguio e anguloso, um nariz adunco para criar aquela personalidade intimidadora e egocêntrica ao personagem, o olhar frio e intimidador,  em conjunto aos ângulos de câmera em contra-plongés, que posicionadas abaixo dele deram aquele ar de superioridade e grandeza ao personagem. Que em conjunto ao seu figurino sempre elegante todo vestido  de preto com cachecol roxo e sapatos pretos,  e com um porte intelectualizado usando  óculos e com uma pele pálida que lembrava um vampiro sanguessuga, aquilo ajudou a compor o perfil  soturno, sombrio e pouco amigável do  personagem, o que também pode ficar evidente pela maneira como foram trabalhadas as luzes e as   sombras ao seu redor, como nas cenas ambientadas dele sentado em seu escritório digitando em sua máquina datilográfica a sua crítica ao Gusteau´s. Que ajudaram a compor a atmosfera sombria, pesada e negativa  que o personagem carrega em todo o filme, que na versão original foi dublado pelo já falecido astro de Lawrence da Arábia(Lawrence of Arabia, EUA, 1962) Peter O´Toole(1932-2013) que sendo britânico  imprimiu bem no personagem uns toques elegância  em sua  fala, que na versão brasileira foi dublado por Lauro Fabiano(Dublador do Alvo Dumbledore nas séries de filmes de Harry Potter), onde ambos fizeram trabalhos de vozes  incríveis ao representaram cada nuances e trejeitos de fala do personagem, especialmente na forma delicada,  refinada e elegante  que dava bem aqueles toques esnobes, egocêntrico e bastante intimidador ao Ego, cujo nome já entregava esta característica, do estudo do ego da psique humana,  que   só depois dele experimentar o Ratattouile do Rato Remy é que extasiado em sua cartase, quando ao dar umas garfadas  naquele prato  o fez lembrar da nostálgica lembrança de sua humilde  infância no campo,  quando sua mãe preparava um prato idêntico aquele, ele  então    foi mudando seu conceito, e quando descobriu que foi preparado por um rato, acabou escrevendo em seu texto uma crítica positiva ao Gusteau´s e criticou  a própria crítica. Cuja função é falar bem ou mal de qualquer coisa, que isto é até fácil, mas acaba esquecendo outros olhos e outras visões do que uma coisa que a ignora a primeira vista pode nos surpreender demais.

Também do elenco de  vozes originais, outro ator famoso que faleceu recentemente, o também britânico Ian Holm(1931-2020), eternamente lembrado como o Bilbo Bolseiro da clássica trilogia de O Senhor dos Anéis, formada por O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (The Lord of the Rings The Fellowship of the Ring, Nova Zelândia, EUA, 2001), O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (The Lord of the Rings: The Two Towers,Nova Zelândia, EUA,2002), e Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei(The Lord of the Rings: The Return of the King, Nova Zelândia, EUA, 2003).  Na animação de Ratatouille  ele é quem ficou encarregado de fazer a voz original do Skinner, sujeito bastante mal humorado e bastante mal intencionado, que vai fazer de tudo para puxar o tapete do Liguini e  que na versão brasileira  coube a Marcio Simões(Dublador do Gênio na animação de 1992 de  Aladdim da Disney com voz de Robin Williams e também  no live action de 2019 estrelado por Will Smith) representar a sua voz num trabalho perfeito de incorporar o jeito de falar gritado, grosseiro  e irritante dele.

Também  merece menção do seu casting de vozes da versão brasileira, os  destaques  as participações de Thiago Fragoso e Samara Felippo, dois jovens  astros em evidência e com a carreira em ascensão  da Rede Globo na época, fazendo as vozes na animação  do  Liguini e da Colette, o casal protagonista da obra. Thiago Fragoso mostrou boa desenvoltura e uma boa sacada no trabalho de voz que incorporou  para o personagem, especialmente no timming cômico dele agir muito pateticamente e abobalhado imprimindo carisma a  um perfil de um tipo  malandro e  um tanto picareta,  aproveitador e cara de pau, principalmente no que dizia respeito a ele incorporar  um sujeito que estava enganando  todo mundo fingindo-se que era um  talentoso gastrônomo, ainda mais  depois que descobre ser filho bastardo do Gusteu´s, temática bem pesada para ser abordado  num desenho infantil,  quanto na verdade não passava de uma marionete humana de um rato, que este sim era um talentoso  gourmet, os créditos que ele levava por essa mentira  subiram  tanto a cabeça dele a ponto de não perceber a armadilha que estava entrando, mas teve sua jornada de redenção depois. E Samara Felippo,  como a voz da  Colette mostrou um bom desempenho dela, na personalidade  bem exigente, rigorosa, rígida,   empoderada e perfeccionista ao fazer dela  principalmente  nas suas falas  muito gritadas e até bastante afetadas  quando perdia a cabeça com o Liguini com quem  acaba se apaixonando, mesmo depois de descobrir o quão babaca e pilantra que ele se mostrou depois. E o Phillipe Maia(Dublador do Matt Murdorck na série do Demolidor da Netflix)  como o rato Remy também ficou crível ao trabalhar bem a personalidade em diferentes camadas que fazia o público se importar com ele na sua jornada de realizar seu sonho de ser reconhecido pelo que sabia fazer melhor.  E fora que é  bastante perceptível o quanto o filme traz toda uma atmosfera vintage em sua cenografia de uma  Paris, ambientado talvez nos anos 1980, visto que Ego escreve suas críticas numa máquina datilográfica, o modelo de TV que Remy assisti na casa de campo de uma senhora ao noticiário sobre o Gusteu´s é de tubo polegadas,  e é lido em jornal impresso enfim.

No balanço geral, posso concluir que Ratatouille mostrou ser  um bom exemplo para entendermos esta sensação de ojeriza que nesse atual momento os fãs dcnautas tem em relação ao que a critica especializada vem detonando a obra de Mulher-Maravilha 1984.  Ok, que aqui nessa obra o foco é na arte gastronômica, mas que também é valido para o cinema, principalmente  com relação ao sentimento do público que amou Mulher-Maravilha 1984, tem pela crítica especializada que detonou a obra. Onde aqui o Ego, o crítico gastronômico desde o começo   nos foi pincelado como grande vilão,  a ponto que ele carregava algum traço de  perfil vilanesco, como bem destaquei em seu design de caracterização para destruir o Gusteau´s e tudo  que ele dizia era uma palavra final. Mas se  fomos observando em suas diferentes camadas que não foi bem assim. Principalmente, quando ele experimenta o prato do Ratatouille feito pelo Remy, pudermos observar uma outra camada dele que mostrou ao dar a primeira garfada no Ratatouille  lhe remetendo ao deja vu de   quando se deliciava com este mesmo prato que ele experimentava na sua humilde infância no campo feito por sua mãe, compreendemos as razões do porque ele era tão apaixonado pela arte da gastronomia e transformou a sua paixão na sua profissão,  não como chefe de cozinha e dono de um grande restaurante, mas, como um trabalho intelectual, a obra não especifica se ele é jornalista,  que escreve suas críticas numas colunas de jornais. É ai que o negócio vai mudando de figura, quando percebemos que ele também era um ser humano cheio de falhas e defeitos, e que também pode errar mudar de opinião, seja para o bem ou para o mal.

Enfim, isso também é um exemplo válido para explicar  a respeito dessa sensação que Mulher-Maravilha 1984 tem ocasionado nessa polarização entre o público que amou e a  critica que detestou. Ninguém é dono da verdade, tudo existe opiniões diferentes. O que é saudável e desde que seja tratado  com respeito e tolerância, até porque ninguém é igual neste mundo. O conceito de normal é muito variado, portanto, não vamos entrar em conflito por besteira, num momento tão complicado que vivemos.

A quem ainda não viu, ou já assistiu e quer dar uma revisitada em   Ratatouille, ficou interessado em conferir após ler esta minha crítica ao filme, ele se encontra disponível no serviço de streaming da Disney Plus.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

INSTINTO SELVAGEM: Um filme clássico e polêmico!

  


"Instinto Selvagem é um suspense erótico! OH YEAH! O filme sabe como deixar a gente segurando a respiração e ele teve muitas polêmicas antes, durante e depois das filmagens. Vem saber mais sobre Instinto Selvagem!"

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

STUDIO GHIBLI E HAYAO MIYAZAKI: A HISTÓRIA DE UMA LENDA | Retrato Omelete

   

"Aos 80 anos, o aclamado diretor Hayao Miyazaki continua conquistando uma legião de fãs com suas obras tocantes e inspiradoras. No Retrato Omelete de hoje, vamos acompanhar um pouco da vida, obra e legado desse marco na historia do cinema mundial."

sábado, 23 de janeiro de 2021

Limite (Mario Peixoto 1931) - Drama/Aventura

  

"LIMITE, 1929/31, Rio de Janeiro, RJ
FILME EM DOMÍNIO PÚBLICO: FICHA TÉCNICA: prd, dir, arg, rot e mtg: Mário Peixoto, asd: Ruy Costa e Brutus Pedreira; fot: Edgar Brasil; asf e cam: Ruy Santos; gep e dim: Brutus Pedreira; mus: Quarteto La Mer, Eric Satie, Debussy, Borodin, Ravel, César Frank, Clair de Lune, Stravinsky, Sacré du Printemps e Prokofiev; ext: Mangaratiba, Iate Santa Maria e Estúdios da Cinédia; aps: Cinédia; p&b; 35mm, 120 min; gen: drama/aventura; ELENCO: Taciana Rei, Olga Breno, Mário Peixoto, Raul Schnoor, Carmen Santos, Iolanda Bernardes, Brutus Pedreira, Ruy Costa, Edgar Brasil. SINOPSE: O tema é a ânsia do homem pelo infinito, seu clamor e sua derrota. A situação é um barco perdido no oceano com três náufragos: um homem e duas mulheres. O filme começa no barco, onde os náufragos estão abatidos, deixaram de remar e parecem conformados com seu destino. Uma das mulheres conta sua história: mesmo com a cumplicidade de seu carcereiro, não encontra a paz. Tenta trabalhar, mas a monotomia a esmaga. O homem reanima a outra moça caída no fundo do barco. Ela também conta sua história: em virtude de um casamento infeliz e desastrado com um pianista bêbado, a mulher sente-se esmagada pela monotonia e pela tirania da vida matrimonial. O homem conta sua história: viúvo, tem um caso de amor com uma mulher casada. Há alegria e tristeza. Visitando o túmulo de sua esposa, encontra o marido da amante, que lhe diz que ela é leprosa. A água acaba no barco. Um barril visto ao longe pode ser a salvação: o homem pula na água e não reaparece à tona. Em desespero, a segunda mulher se atira à primeira, que a agride. Desencadeia-se uma tempestade. No mar calmo que retorna está apenas a primeira mulher agarrada a um destroço. Lentamente a imagem se dissolve num mar de luzes. COMENTÁRIOS: Clássico do Cinema Brasileiro. A trilha sonora contempla músicas de Villa-Lobos e Debussy, entre outros. Nos anos 70 o filme foi restaurado, mas jamais foi exibido comercialmente. Diz a lenda, que o filme foi visto em Paris por Serguei Eisenstein, que o teria homenageado com um longo artigo na resvista Tapler. PRÊMIOS: Melhor Filme do Ano, Revista Cinearte, RJ, 1931. (fop: a-26) FONTE: DICIONÁRIO DE FILMES BRASILEIROS - Antônio Leão da Silva Neto"

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

O Que Faz Um Filme Ser À Frente de Seu Tempo?

  

"Você provavelmente já defendeu que um filme é "à frente de seu tempo". Mas o que faz um filme ser classificado assim?"

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

RESENHA DA HQ BATMAN 66 O EPISÓDIO PERDIDO.

   


Olá Grandes Super-Heróis, neste vídeo comentarei minha resenha da HQ O Epísódio Perdido da Linha Batman 66, que adapta o episódio intitulado o Crime Duplo do Duas Caras, que inseria o Duas-Caras como um dos vilões na série de 1966 enfrentado pela dupla dinâmica Batman e Robin. Episódio que foi roteirizado por Harllan Ellison(1934-2018). Mas que por um motivo não explicado acabou não sendo filmado e ficou engavetado e que graças a dupla Len Wein José Luis García-Lopez viu a luz do dia nesta adaptação em HQ publicada em 2015.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

OS MELHORES E OS PIORES FILMES DO MCU DA DÉCADA DE 2010.

 

OS BONS E OS RUINS DA MARVEL

NA DÉCADA DE 2010.

 

 

O ano de 2021 marca um novo   começo para a Marvel, onde ela agora neste  dia 15 de Janeiro vai finalmente lançar a série da Wandavision(EUA,2021) no Disney Plus. Marcando o início da sua Fase 4.

Que estava previsto para chegar ao catalogo em 2020, mas que por causa da Pandemia do Covid-19, teve de ser adiado do mesmo jeito outras séries do catálogo como Falcão e o Soldado Invernal e a série solo do Loki também sofreram com o vírus.

Do mesmo modo que isso também afetou o lançamento de dois filmes que dariam início  a nova fase que foram Viúva Negra e Eternos.

Nessa nova década do século 21 que começa oficialmente em 2021, o MCU vai ter um desafio dos grandes de manter cativo o público que foi conquistando ao longo da década de 2010.

Por isso mesmo listei aqui com base no meu gosto pessoal, sem seguir critérios de Top 10 e por ordem cronológica uma lista de seis filmes do MCU da década de 2010, sendo divididos em  três dos melhores e três dos piores.

Obs: Deixarei de fora dessa minha lista de melhores e piores   os filmes da franquia dos X-men da Fox e seus derivados e também o Quarteto Fantástico de 2015 antes da Fox ser comprada pela Disney,  a franquia Espetacular Homem-Aranha  antes do personagem ser adquirido pela Marvel com acordo com a Sony,  e a animação do Homem-Aranha no Aranhaverso   também produzida pela Sony, as séries originais da Netflix sobre os heróis urbanos da Marvel como Demolidor, Jéssica Jones, Luke Cage, Punho de Ferro e Justiceiro. E a animação Operação Big Hero 6 da Disney. Vou apenas me concentrar nos filmes que compõe o MCU.

OS MELHORES FILMES DO MCU NA DÉCADA DE 2010 POR ORDEM CRONOLOGICA:

VINGADORES(Avengers, EUA, 2012).




O primeiro Vingadores que contou com a direção do Joss Whedon para mim de todos entra em disparada como o melhor do MCU da década  de 2010,  porque a Marvel conseguiu o que seria impensável,  que era unir os seis grandes e poderosos heróis da Terra enfrentando uma ameaça mirabolante de Loki(Tom Hinddleston) usando o Tessaract, uma das joias do infinito para trazer a ameaça de uma raça alienígena dando início a Saga da Guerra Infinita. Onde para isso tinha feito antes da introdução aos pouco com os filmes solos  de alguns membros dessa primeira formação como Homem de Ferro, Thor, Capitão América e  Hulk, para assim conseguir inseri-los com o público bem familiarizado com cada um. O que acabou dando certo, ainda mais pelo grande elenco cheio de star talents, como Robert Downey Jr., Chris Evans, Scarlett Johansson, Samuel L. Jackson, Chris Hersworth, Mark Rufallo, Jeremy Renner e Tom Hinddleston. Numa grande e  mega produção. Merece ficar como a melhor.

CAPITÃO AMÉRICA-O SOLDADO INVERNAL(Capitain America-Winter Soldier, EUA, 2014).



Capitão América-O Soldado Invernal, figura na minha lista pessoal como o melhor filme do MCU da década de 2010, porque ele se mostrou muito importante para definir os novos rumos da Marvel  a partir  daquele momento  até finalizar na Fase 3. Principalmente nessa história dirigida pelos Irmãos Joe e Anthony Russo, eles souberam trazer os filmes da Marvel para outro nível, outro patamar  ao trabalhar a atmosfera de uma estética de espionagem e intrigas políticas,  onde o Capitão América  ao tentar  se adaptar a nossa realidade fora do seu tempo, se deparou  com dois fantasmas, o primeiro foi com  o Bucky, seu melhor amigo que ele pensava que estava morto em combate na Alemanha, estava vivo e tinha virado o mercenário assassino frio Soldado Invernal, e não se lembrava de nada de sua vida anterior, porque havia sofrido uma lavagem cerebral pelos soviéticos que o transformaram em Soldado Invernal. E o segundo fantasma é quando ele descobre que a Organização HIDRA, comandada pelo Caveira Vermelha durante a Segunda Guerra Mundial na Alemanha que ele acreditava que foi extinta com a morte do Caveira, na verdade estava bem viva e infiltrada na SHIELD. Será a partir desse  fatídico acontecimento neste filme  que a agência, então responsável por unir a equipe deixa de existir e a equipe  passa pela supervisão de Tony Stark, o que vai também culminar nos rumos de Capitão América: Guerra Civil (Capitan America:Civil War, EUA, 2016).

VINGADORES:ULTIMATO(Avengers:Endgame,EUA, 2019).



Vingadores:Ultimato  é o que eu consegui  eleger  como o melhor filme  do MCU da década de 2010. Sob a direção dos Irmãos Russo,  ele conseguiu fechar bem todo o ciclo da Guerra Infinita. E com ele  nos despedimos do Tony Stark, do Capitão América e da Viúva Negra. Enfim, com eles tendo que se reunirem para reunir as Joias do Infinito e trazer as vidas ceifadas por Thanos de volta. E este  foi  último que teve a participação de Stan Lee fazendo cameos. Já que ele havia morrido uns seis meses  antes do filme estrear.  Uma participação póstuma do Lee.

 

 

OS PIORES FILMES DO MCU NA DÉCADA DE 2010 POR ORDEM CRONOLOGICA:

THOR(EUA, 2011).



Este primeiro filme do Deus do Trovão, entra na minha lista dos piores, porque foi uma obra onde aqui já se podia notar a tamanha dificuldade que foi achar o tom para o personagem conseguir agradar ao público. Quando a história se passava em Asgard com aquele clima mais escapista de fantasia épica  a lá Senhor dos Anéis sob a direção do britânico Kenneth Brannagh trabalhou bem o tom mais sério mais shakespeariano de intriga palaciana. Já no momento que ocorre do personagem cair na Terra e se depara com a cientista Jane Foster(Natalie Portman), ai o tom muda de figura completamente quando ele vai para a comédia. Este problema da sua indefinição de tom foi sentido também no filme solo  seguinte do Deus do Trovão que foi  Thor:O Mundo Sombrio(Thor:The Dark World,EUA,2013) e nas participações em Vingadores(Avengers,EUA,2012) e em Vingadores-Era de Ultron(Avengers-Age of Ultron, EUA,2015). Só depois de Thor: Ragnarörk(EUA,2017) que graças a direção do Taika Waititi foi que o personagem finalmente conseguiu acertar o seu tom de se entregar a comédia e ter o seu ponto de virada com o público.

HOMEM DE FERRO 3(Iron Man 3, EUA, 2013).




O terceiro e último  filme solo do Vingador Dourado, representou um encerramento indigno para ele  visto a maneira como a mudança de direção, quem assumiu o posto de diretor foi Shane Black no lugar de Jon Fraveau, que havia dirigido os dois primeiros ao mesmo tempo que representava o segurança Happy Hogan,   com um tom de humor besta desagradou e muito. Que até começa promissor com a ameaça terrorista do Mandarim(Ben Kingsley), porém, quando a gente descobre a partir do final segundo ato, que aquele Mandarim que aparecia na TV ameaçador era um abobalhado que não passava de uma marionete do Dr. Killian(Guy Pearce), o negócio ficou tosco demais. Ainda hoje está difícil digerir essa ideia duvidosa.

 

 

 

 

VINGADORES-ERA DE ULTRON(Avengers-Age of Ultron, EUA, 2015).




E para encerrar, menciono aqui Vingadores: Era de Ultron, como o pior filme do MCU nessa década de 2010. Uma das razões para mim elegê-lo como o pior,  está no fato de que os conflitos criativos nos bastidores envolvidos entre Joss Whedon como diretor titular e Kevin Feige e todos os executivos da Marvel Studios. Whedon que foi demitido depois que o filme foi lançado, isso afetou de certo modo o filme. O que pode ser sentido pela forma como o Ultron foi muito mal trabalhado como grande vilão. Ele não conseguiu superar a popularidade de Loki. Fora a ideia duvidosa de criar um romance entre o Hulk e a Viúva Negra, que criou bastante novelesco ao filme a ponto de parecer brega e o Mercúrio ter sido mal explorado sendo sacrificado no final. Não tenho mais nada do que descrever.

 

 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

OS MEUS PRÓS E OS CONTRAS O FILME DO SERIADO BATMAN DE 1966

   

Olá Grandes Super-Heróis nesse vídeo, ainda continuando o especial dedicado aos 55 anos da clássica série do Batman de 1966, com um resenha sobre o filme lançado na época que manteve o mesmo elenco e a mesma pegada. Farei agora os meus prós e contras a respeito da obra .

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

OS 55 ANOS DO SERIADO BATMAN DE 1966

  



Olá Grandes Super-Heróis no vídeo de hoje será especial dedicado aos 55 anos da clássica série do Batman de 1966, com um resenha sobre o filme lançado na época que manteve o mesmo elenco e a mesma pegada.

sábado, 2 de janeiro de 2021

O Homem Elefante (1980), de David Lynch, filme completo e legendado em p...



A história de John Merrick (John Hurt), um desafortunado cidadão da Inglaterra vitoriana portador do caso mais grave de neurofibromatose múltipla registrado até então, tendo 90% do corpo deformado. Exibido como monstro em circos e considerado débil mental pela sua dificuldade de falar, é salvo por um médico, Frederick Treves (Anthony Hopkins). No hospital Merrick se libera emocionalmente e intelectualmente, além de mostrar ser uma pessoa sensível ao extremo. Sra. Kendal (Anne Bancroft), uma grande atriz, torna-se sua amiga e até a coroa britânica sensibiliza-se com o caso. Direção: David Lynch. Produção: Jonathan Sanger, Mel Brooks (não creditado). Produção executiva: Stuart Cornfeld. Roteiro: Christopher De Vore, Eric Bergen, David Lynch. Elenco: John Hurt, Anthony Hopkins, Anne Bancroft, John Gielgud, Wendy Hiller, Michael Elphick, Hannah Gordon e Freddie Jones. CURIOSIDADES DAS FILMAGENS A maquiagem do Homem-Elefante levava cerca de oito horas para ser feita a cada vez que era aplicada em John Hurt. Ao fim do dia mais doze horas eram necessárias para que ele voltasse a ter a cara limpa. O diretor Mel Brooks foi um dos produtores executivos do filme, tendo sido o responsável pela contratação de David Lynch e pela decisão de filmar em preto e branco. Entretanto, para evitar que o público considerasse o filme uma sátira pela simples presença de seu nome, Brooks pediu que não estivesse presente nos créditos do filme. Prêmios OSCAR 1981 Indicações: Melhor Filme Melhor Diretor Melhor Ator - John Hurt Melhor Roteiro Adaptado Melhor Trilha Melhor Edição Melhor Figurino Melhor Direção de Arte GLOBO DE OURO 1981 Melhor Filme/Drama Melhor Diretor Melhor Ator/Drama - John Hurt Melhor Roteiro CÉSAR 1982 Melhor Filme Estrangeiro BAFTA 1981 Melhor Filme Melhor Ator - John Hurt Melhor Direção de Arte Indicações Melhor Diretor Melhor Roteiro Melhor Direção de Fotografia Melhor Edição