Na noite de Domingo, 03 de Agosto de 2014, fui finalmente
conferir ao tão aguardado filme da Marvel Studios, um dos blockbusthers mais
caros e mais arriscados já produzidos até agora pelos estúdios da grande
editora Marvel. Estou me referindo a “Guardiões da Galáxia”.
Apesar deles terem surgido em 1969 na revista Marvel Super
Heroes #8, ainda assim eles eram uma
equipe pouco conhecida de boa parte do
público leigo em quadrinhos. Sempre que
fui acompanhando os noticiários em diversos sites de entretenimento e canais de
vídeos do Youtube sobre o filme, como por exemplo, Omelete ou mesmo a Legião
dos Heróis. Sempre se pontuava muito dos riscos que o filme poderia ocasionar
primeiro porque esta equipe de heróis mesmo pertencendo ao selo Marvel, eles
nunca foram produzidos com a pretensão de serem comercializados para a editora,
faziam parte do esquema das publicações alternativas.
A aparição deles em algumas publicações sempre foi bastante
discreta, confesso que antes de conferir ao filme eu era bastante ignorante
quanto à base da revista onde eles serviram de inspiração. E por causa disto houve um tremendo receio tanto
da minha parte como também de boa parte dos críticos de que o filme pudesse
ser um grande fiasco nas bilheterias.
Como muitos também tiveram um pouco de receio de que as
críticas pudessem detonar este filme, e havia diversos motivos para se ocorrer
este risco, começando pela sua proposta muito surreal de ter como pano de fundo
todo o universo fantasticamente fabuloso e fantasioso do espaço, o que por si
só já geraria um mega custo no orçamento para criar toda a estética dos efeitos
especiais sendo tudo praticamente feito em computação gráfica, inclusive dois
componentes do grupo como o Groot e o Rocket Racon.
Quando fui acompanhando as noticias das primeiras imagens,
dos primeiros trailers, as primeiras repercussões dos críticos não foram muito
positivas, porque eles tinham
apresentado só a parte com diálogos cômicos, a ponto de muitos poderem achar que o filme poderia ficar infantilizado
demais fora o fato deles consumirem
muito pesado em efeitos especiais para criar em computação gráfica ou mesmo nos
modelos pesados de maquiagens cheios de
cores que poderiam criar nos atores um ridículo aspecto caricatamente carnavalesco. E o fato da equipe de heróis ser composta por
sujeitos com perfis dúbios, isso também gerou o grande fator de risco para o
filme virar um fracasso e tender a quem
sabe ganhar um prêmio Framboesa de Ouro.
Que de algum modo isto se mostrou uma tremenda bobagem,
porque mesmo assim o filme conseguiu me surpreender bastante. Como coloquei acima, eu jamais tinha lido uma
revista dos Guardiões da Galáxia antes de conferir ao filme, e para se ter uma
ideia do quanto eu sou muito ignorante no que diz respeito as HQs dos Guardiões da Galáxia, eu nunca tinha nem
ouvido sequer referencias destes heróis em outras mídias. Só a nível de comparação que vou fazer com outros filmes dos heróis do selo Marvel, há exatos quatorze anos quando fui conferir
ao primeiro filme dos mutantes X-Men(2000),
na antiga sala de cinema do Grupo Severiano Ribeiro do Natal Shopping onde eu
na época já era um roliço
adolescente de 15 anos, mesmo sem nunca ter lido uma edição sequer dos
quadrinhos dos mutantes, eu já tinha mais ou menos uma ideia de qual era a proposta deles porque
eu tinha acompanhando e ainda carregava muito
fresco na minha memória uma série
animada deles que passava na antiga
grade infantil matutina da Rede Globo,
aquela série animada intitulada
X-Men: The Animated Series, produzida entre os anos de 1992-1997, tinha sido
exibida em dois programas diferentes,
primeiro no programa Tv Colosso(1993-1996) e depois no Angel Mix(1997-2000), então apresentado
pela Angélica.
Só depois que assisti aquele filme foi que passei a me
interessar pela leitura das HQs tanto da Marvel quanto da sua concorrente DC
Comics e fui passando aos poucos a colecionar, até chegar a umas edições mais
sofisticadas em capas duras.
A mesma coisa também aconteceu quando em 2002, foi lançado o
primeiro filme do Homem-Aranha dirigido por Sam Haimi. E quando fui conferir
também na antiga sala do Grupo Severiano Ribeiro, mesmo que um tanto
tardiamente já tendo adquirido e lido algumas edições do aracnídeo, mesmo assim
eu já tinha uma ideia de qual era sua proposta por ter acompanhado a série
animada produzida na mesma época que X-men, ou seja, também na década de 1990 e
assim como os mutantes ele também passava constantemente na antiga grade
infantil da Globo também passou na Tv Colosso
e depois no Angel Mix.
E logo em seguida quando vieram outros filmes dos heróis
inspirados no selo Marvel, eu com algum conhecimento prévio que já tinha por já
ter lido algumas historias que eram acompanhas nas sagas principais me
possibilitou a conferir o primeiro filme do Homem de Ferro, depois Thor,
Capitão América e Vingadores.
Um dado curioso, é que neste filme a formação do grupo que
nós somos apresentadas não se trata da formação originalmente clássica. Na primeira formação, o grupo era formado pelo
Major Vance Astro único humano do grupo, Martinex T'Naga, um humanoide
cristalino natural de Plutão, Charile-27, um soldado jupteriano e Yondu
Udonta ser de pele azul natural de
Centauro-IV. Assim que surgiram nas
publicações a atuação do grupo era apenas secundarias tendo participações
nos eventos das edições do Quarteto Fantástico.
A formação do grupo apresentado no filme, como Star-Lord,
Rocket Racoon, Groot, Gamora e Drax só passariam a compor a equipe nas revistas
a partir de Maio de 2008, na edição de Guardiões da Galáxia (Vol.2)#1, antes
destes fazerem parte da nova formação, cada um já havia aparecido
individualmente nas revistas dos heróis mais consagrados da editora, sendo Groot um humanoide gigante em forma de
árvore o mais antigo do grupo, sua primeira aparição data de bem antes do
surgimento dos Guardiões da Galáxia , foi na revista “Tales of Atonish”,
publicada em Novembro de 1960. Já o
resto que compõe a equipe foram surgindo
logo após a primeira publicação dos
Guardiões originais, sendo cada um em diferentes revistas, assim como Groot.
Star-Lord, o único humano do grupo e responsável pelo comando surgiu na revista
Marvel Preview #4 publicado em Janeiro de 1976, Drax, O Destruidor surgiu na
revista do Homem de Ferro em Iron Man #55, publicado em Fevereiro de 1973, o
invocado baixinho em forma de guaxinim Rocket Racoon surgiu em Marvel Preview#7
publicado em Junho de 1977 e por fim Gamora, a única componente feminina do
grupo que assumiu um papel duvidoso por ser apresentada prestando serviço a
Thanos surgiu na revista Strage Tales #180, publicado em Junho de 1975.
Bem depois desta longa introdução que eu fiz, vou então
descrever o que eu achei do filme procurando não entregar muito spoiler.
A trama do filme inicia-se de uma forma bem dramática
passando-se no ano de 1988, mostrando o pequeno Peter Quill, sentado numa
cadeira com os fones nos seus ouvidos, escutando uma música no antigo aparelho
de fita cassete com a seleção das musicas que ele gostava e que sua mãe havia
gravado para ele. As fitas cassetes na
década de 1980 e até o começo dos anos 1990, na fase pré-internet equivalem ao
que hoje se faz com baixar música fazendo download no computador e colocando
num pen-drive ele é reproduzido em todo o tipo de som.
Nessa primeira passagem do filme onde é mostrado a infância
do futuro Star-Lord, ou Senhor das Estrelas como foi adaptado na dublagem
brasileira. Podemos sentir nos transpor
a qual o tipo de música que ele estava ouvindo no seu aparelho de som que é no
caso a balada melancólica “I´m not in love”, sucesso em 1975 da banda 10cc, que
expressava bem o estado de espirito que ele estava vivendo naquele momento assim que aparece um senhor, seu avô que o chama
para se despedir de sua mãe que se encontrava
deitada num leito de hospital supostamente com um câncer em estado terminal numa cena
muito emocionante. Peter sem falar
sequer uma frase já demonstra pelo próprio silencio a dor de ver sua mãe morrer
na sua frente e vendo sua mãe pedir para
segurar sua mão. Coisa que ele acaba não fazendo e resolve correr completamente
transtornado, é no momento que ele fica de fora do hospital que aparece uma
nave dos piratas espaciais Ravagers onde ele é abduzido onde a partir dai sua jornada espacial,
intergaláctica vai sendo conduzida ao presente.
Um filosofo alemão chamado Arthur Schopenhauer(1788-1860)
tem uma interessante frase a respeito do que para ele é a definição de música:
“A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não
compreende”. E isto faz bem sentido para
o que posso descrever a respeito da personalidade de Peter Quill. Isto porque em todo o decorrer do filme, onde
ele mesmo não sendo uma produção musical tem uma linda e excelente trilha
sonora retro que cria bem o contraste com a atmosfera e estética futurista que
o filme com temática de batalha intergaláctica tende a proporcionar. Já que iniciei falando em trilha musical posso
dar outro destaque musical muito presente no filme, a “Hooked on a feeling”,
interpretado pela banda sueca Blue Sweden cuja canção que fez enorme sucesso
nas paradas do rádio em 1974, foi uma regravação de um sucesso de B. J.Thomas,
que a laçou em 1969. Esta canção especifica
é o que tem mais me chamou a atenção porque ela é constantemente tocada nos
trailers, principalmente no trecho em que o vocalista grita: “HAHAHAN, Hooked
on a felling”. Junto a outras músicas
muito retro que o filme e o próprio Peter Quill fazem todas as referencias aos
anos 1970 e 1980, como no filme Footloose.
Já que são as únicas lembranças que ele carrega da Terra, termina por torna-lo
um filme muito cativante.
Voltando a descrever sobre o filme, nos passados 26 anos
após Peter (Chris Pratt) ter sido abduzido pela nave dos Ravagers, ele agora
adulto e autodenominado como “Senhor das Estrelas”, vive uma vida errante de
mercenário do espaço, aparece num planeta para roubar objeto sagrado em forma
de uma esfera metálica, mas ai ele termina sendo interceptado por um alienígena
kree, que é subordinado de Ronan, O Acusador (Lee Pace), este é apresentado
como comandante capacho do Thanos (Josh Brolin), o personagem bastante
aguardado por muitos, principalmente depois que ele fez uma breve aparição nos
créditos finais de Os Vingadores (2012), onde quem foi o responsável por
incorporá-lo foi Damon Poitier. Sobre Thanos, muitos pode até me massacrar
sobre o que vou descrever dele neste filme, mas mesmo assim vou colocar o eu
achei da presença dele neste filme deixou um pouco a desejar, porque
basicamente em boa parte do longa o vilão age de uma forma bastante secundária
representando a típica figura do poderoso chefão dos kree que apenas manda e
desmanda, mas não entra em confronto direto com a equipe de heróis. Para quem
esperava um confronto direto dos Guardiões com Thanos, foi de certa forma decepcionante.
O que posso resumir
da impressão sobre como ficou a função de Thanos no filme é que ele
simplesmente foi incluído apenas para ser um recheio a mais no prato. Cabendo ao Ronan a função de ser o
vilão-central com quem eles acabam por combaterem.
Voltando a comentar sobre Peter Quill, é por causa deste
roubando um objeto místico, que tem inicio a sua jornada de tentar fugir de
muita gente que o cobiça, como os Kree, por exemplo, passando pelos ravagers, também
é procurado como criminoso pela guarda nova de Xandar. É lá que ele vai se deparar com três dos seus
quatro companheiros de aventura espacial, que também são tão criminosos quanto
ele, como a Gamora(Zoe Saldaña) trabalhando para Thanos, a dupla cômica
bromance do filme, o guaxinim
invocado Rocket Raccon(Voz de Bradley
Cooper na versão americana) e a arvore
humanoide Groot(Voz de Vin Diesel), que só sabe falar apenas “Eu sou Groot”.
Por azar do destino eles terminam sendo presos, e será na
cadeia que eles vão conhecer o quinto componente da equipe, o Drax(Dave
Bautista) um sujeito que carrega o
sentimento de extrema raiva de Ronan por ele ter no passado exterminado toda
sua família, e desde então prometeu vinga-los.
Será a partir desse encontro dos cinco na cadeia que terá
inicio a jornada aventuresca deles como equipe de heróis que terão o grande
desafio de encarar Ronan.
Para resumir, poderia descrever que o filme sobre diferentes
aspectos ele conseguiu me surpreender, ainda mesmo sabendo que haveria certos
riscos pontuados pelos mais diferentes críticos, achei brilhante a maneira como
foi roteirizado e construído todo o que envolve o enredo, a estética também
está uma maravilha. A maneira como vai sendo construído o desenvolvimento
individual dos protagonistas é algo que impressiona. Cada um a seu modo
consegue cativar a sua maneira bem peculiar. Eles souberam como bem pontuar os diálogos
cômicos no timing certo, do mesmo há o timing certo para o drama.
Toda a atmosfera galáctica que a trama remete bem aos filmes
clássicos de ficção cientifica no espaço, ali fica muito evidente as
referencias a Star Wars por exemplo. Principalmente pela trilha sonora retro
das músicas preferidas do líder grupo Peter, que carrega como única lembrança
da Terra aquele aparelho de som com a fita cassete. A atmosfera galáctica
mesclada ao clima retro de sua trilha musical dão ao filme um bom contraste. Um
outro ponto interessante que posso colocar que mais gostei no filme é na
escalação de elenco, Chris Pratt, que é um ator desconhecido de muita gente faz
bem o papel carismático do aventureiro interestelar e líder do grupo
Peter/Senhor das Estrelas, Zoe Saldaña a
quem os fãs de Avatar devem se lembrar dela ao fazer o papel a princesa Na´vi
Neytri como dublê na captura de movimento é a responsável pelo papel da Gamora,
outra alienígena em seu currículo de atriz que desta sem precisar se fazer de
dublê de captura de movimento para não ser utilizado nenhum recurso de
computação gráfica. A personagem com a pele toda pintada de verde consegue mostrar ser bem habilidosa nas
coreografias de luta onde se saiu
perfeita, muito mais do que se podia esperar e sabe bem desenvolver a sua personalidade charmosa.
O lutador de artes marciais mistas e fisiculturista Dave
Bautista está perfeito no papel do Drax, além do seu porte físico atlético ter
se mostrado com certeza a escolha certa para desempenhar e mostrar bom desenvolvimento tanto nas coreografias de
luta quanto ao construir sua personalidade impulsiva.
Já Bradley Cooper eu não tenho muito do que avaliar, mesmo
porque como na sessão que eu assistir era dublado em português então
basicamente o deixarei passar batido, agora já Vin Diesel, astro da franquia de Velozes e
Furiosos, ao emprestar sua voz ao Groot,
mesmo só repetindo “Eu sou Groot”, que inclusive o próprio passou pela imensa ralação de
repetir a mesma frase em diferentes línguas, ou seja, por causa do Groot ele teve de passar por uma tremenda Torre de
Babel, e no caso na sessão dublada que
assisti foi mantida a própria voz do Diesel onde dessa maneira ele pôde bem
transmitir nas mais diferentes tonalidades de vozes quais eram suas sensações,
seus sentimentos, quando estava alegre, quando estava triste tudo isso ficou
uma maravilha.
Assim como também posso destacar a presença da veterana
Glenn Close que está ótima no papel secundário da Comandante Irani Rael, assim
como o Benicio Del Toro está excelente no excêntrico papel do
Colecionador.
De resto, poderia descrever que o filme está uma maravilha
como já colocado acima, toda a sua estética visual da atmosfera intergaláctica do
filme, faz o espectador ter a grande sensação de viajar no espaço. A maneira
como eles mesclam bem o contraste da atmosfera futurista com o clima retro musical
consegue transmitir ao filme uma maneira de cativar o público, mesmo com esta
temática surreal. Boa parte dos personagens ficaram bem caracterizados, seja
tanto os feito artificialmente em computação gráfica ao que ficaram com as
respectivas peles pintadas como é o caso da Gamora e do Drax, eu poderia bem
dizer assim como outros críticos já haviam definido é que o filme faz você uma incrível
sensação de você ler as páginas de quadrinhos, pelo show de cores que é também
apresentado em outros personagens secundários.
Componentes dos Guardiões:
Senhor das Estrelas
Gamora
Drax
Rocket Racoon
Groot
Componentes dos Guardiões:
Para finalizar, eu poderia definir a respeito das caracterizações
de todos os personagens da trama ficaram perfeitas, seja no aspecto digital da
computação gráfica ou mesmo manualmente falando com o tipo de tinta ou mesmo
maquiagem usada para pintar de boa parte dos atores, poderia definir que eles
souberam bem como dar uma equilibrada, souberam ousar sem exagerar, a ponto de
não ficar como coloquei acima muito carnavalesco, como também posso colocar que o filme
não ficou carregado de um aspecto muito cartunesco e
menos ainda carrega uma atmosfera muito circense, e nesse aspecto a meu ver eles souberam acertarem
bem no tom que ficou perfeito em 3D. Eles souberam como dosar o aspecto colorido da
caracterização de cada personagem fazendo cada um ter seu timing, onde posso de
certa forma definir que eles conseguiram criar um tipo de entretenimento feito
tanto para divertir criança quanto adulto. Essa boa dosagem da caracterização em Guardiões,
foi o que a respeito de comparação faltou
um pouco no recente “O Espetacular Homem-Aranha 2-A Ameaça de Electro”, onde a escolha da caracterização do vilão
central Electro(Jamie Foxx) inspirado na
sua versão ultimate com a pele toda
pintada de azul fez ele ficar parecendo com um ridículo aspecto cartunesco a
ponto de torna-lo um vilão muito bobinho na trama. Como é tradição em todos os filmes dos heróis
de selo Marvel o filme conta com uma discreta aparição Stan Lee, que chegou a
gerar certas dúvidas porque segundo o que eram noticiados nos sites, havia
muitos rumores de que ele não iria
aparecer no filme, e há também uma cena adicional depois dos créditos que para
quem esperava ver uma pista com os
Vingadores 2- A Era de Ultron pode ter uma grande decepção, pois a cena em si
mostra um simples dialogo entre o Colecionador com o pato alienígena Howard,
que década de 1980 inspirou um filme que foi um tremendo fiasco nas
bilheterias, sendo no entanto considerado um cult movie. Será que este personagem bizarro vai por acaso
aparecer na sequencia de Guardiões da Galáxia.
Só esperando mesmo para crer.
Galeria de inimigos dos Guardiões:
Thanos
Galeria de inimigos dos Guardiões:
Thanos
FONTE:
Video: Dossiê- A Origem dos Guardiões da Galáxia.
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