sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ANÁLISE DO FILME SEX TAPE: PERDIDO NA NUVEM(2014)





Na noite de Sábado, 23 de Agosto de 2014, fui conferir desta vez uma sessão de cinema no Midway Mall bem diferente, sai um pouco dos grandes títulos blockbusthers de ação, que são sempre os mais aguardados e geram enorme expectava pelo grande apelo de marketing pesado, para desta vez assistir a um filme de comédia bem apimentada. Estou-me referindo a “Sex Tape: Perdido na Nuvem”.

Muitos podem achar de certa forma uma bobagem ou mesmo uma posição muito cafajeste de minha parte o que vou colocar sobre as principais e reais motivações que eu tive para conferir o filme, mas ainda assim seria uma hipocrisia da minha parte não admitir que foi para apreciar sim a bela Cameron Diaz atuando   quase o filme inteiro sem roupa.

Afinal de contas quem nunca teve o desejo de ver a bela Cameron Diaz completamente despida em algum filme estrelado por ela, ainda mais depois que 20 anos atrás quando ela estrelou o primeiro papel da sua vida que foi como a sexy cantora Tina Carlyle em “O Máskara” (1994), ou mesmo mostrando ser boa de briga sem perder o charme como a Natalie Cook em “As Panteras” (2000).

Não há muito do que posso avaliar sobre o filme, mesmo porque como é um título de comédia sem muito apelo comercial de um  blockbusther, o seu título por si só já entrega qual será sua proposta a apresentar para o público, portanto, posso dizer que o vou colocar   aqui não carrega nada de spoiler.

Posso descrever que este mais recente filme tem bem a característica de ser aquele tipo de filme de comédia cuja abordagem lida bem com as situações corriqueiras que envolvem a rotina do típico cenário do casal moderno representado por Annie(Cameron Diaz)  e Jay(Jason Segel) que tentam  reacender   a velha chama da paixão  sexual dos tempos em que namoravam na juventude antes de virem  a casar  e constituírem família que passaram a tomarem demais o tempo deles.

Eu pessoalmente gosto de assistir a filmes de comédias, mas não são todos os comediantes que conseguem me proporcionar uma risada fácil, como citei acima o exemplo de “O Máskara”, onde a então deslumbrante  Cameron Diaz fazia sua estreia nas telonas no filme que tinha o careteiro Jim Carey como protagonista,  os filmes deste conseguem me provocar uma risada mais fácil mesmo que alguns críticos que pontuem isto como ponto negativo do ator por  ele querer forçar muito risada. É neste esquema de fazer muitas caretas que entra também Eddie Murphy, mesmo que estes sejam massacrados pelos críticos por forçarem a piada com a careta, mesmo assim os filmes estrelados por estes conseguem me cativar e provocar uma risada mais fácil do que em comparação ao filmes de Adam Sandler que eu o acho muito insosso, o tempo todo ele tenta provocar a risada falando alguma coisa que tente parecer inteligente, mas termina não saindo como devia a ponto de ficar muito tedioso.  Robin Williams que faleceu três semanas atrás sobre circunstâncias misteriosas com 63 anos, era um dos comediantes cujos filmes me provocavam risadas também mais fácil, principalmente com os filmes que carregavam temáticas bem voltadas para crianças como Hook(1991),  Uma Babá Quase Perfeita(1993) ou mesmo em Jumanji(1995), filmes nos quais eu ainda moleque assistia muito.   Assim como os filmes de humor circense da trupe dos Trapalhões, as comedias pastelão de Leslie Nielsen, também os estrelados pelo Leandro Hassum como em Vestido pra Casar que eu fui conferir no sábado anterior a Sex Tape.

Já no caso dos filmes estrelados pelas atrizes-comediantes, eu dificilmente costumo gastar um ingresso para assistir, mesmo porque boa parte delas costuma fazer papeis de mocinhas bobinhas que vivem esperando o par perfeito que seja seu príncipe de conto de fadas em comédias românticas. Eu posso assistir este gênero de filme depois que for lançado em catalogo de DVDs ou em Blu-Ray ou se por sorte eu sintonizar em algum canal de televisão aberta ou fechada e o filme tiver passando, confesso que me arrisco sim a vê-los. Mas gastar o meu ingresso numa sala de cinema mesmo não é muito do meu feitio. No caso da Cameron Diaz eu costumo abrir uma exceção porque ela consegue fazer bons filmes de comédias sem precisar fazer mocinhas bobas e transmitem sensualidade com o seu charme como pude conferir em Sex Tape.

Bom, mas voltando ao foco em Sex Tape, o filme ele simplesmente não carrega muitas surpresas, trata-se de uma história com enredo fechado e muito previsível, sem a pura intenção de se fazer uma franquia. O que seria para o meu ponto de vista muito desnecessário.

Como já coloquei acima, não tenho muito do que avaliar sobre o roteiro do filme, ele basicamente carrega uma trama simples, colocando dessa maneira chega até a soar que o filme teve um orçamento modesto, mas em se tratando de contar com a superstar Cameron Diaz como a personagem principal do filme, com certeza o cachê que ela deve ter cobrado a Sony ainda mais para encarar muitas cenas expondo seu corpo todo despido não deve ter saído nada barato.

No filme basicamente é a Cameron Diaz quem é responsável por segurá-lo, principalmente depois da sua personagem Annie resolve inventar de fazer junto com seu marido Jay a maluquice de aproveitar um dia em que eles estão alegres, já que Annie conseguiu ser contratada por uma empresa de publicidade para virar garota-propaganda de um produto voltado para a família pelo fato deles ficarem super fascinados com a sua atuação de blogueira onde escreve textos em que compartilha suas experiências de mulher comum.  E sem as crianças por perto, Annie resolve manda-las passar a noite na casa da sua mãe. Eles resolvem  aproveitar para compensar  o tempo perdido em que ficaram em abstinência sexual.



Ambos então entram em comum acordo de filmarem a transa deles para deixarem registrados para sempre ficando assim de recordação daquele momento.  O ipad do casal os filma tentando as mais diferentes posições sexuais fazendo a sua versão bem particular de um filme pornô. Depois de longas horas filmando as tentativas mais inusitadas que cada um faz para se posicionar sexualmente seguindo os mandamentos de um livro que ensina quais as posições mais corretas para um casal transar.  Annie resolve pedir ainda sonolenta para Jay apagar aquele vídeo do ipad. Só que no dia seguinte eles descobrem que o vídeo sem querer foi parar nos ipads das diversas pessoas que eles compartilharam e jogado na nuvem do aparelho e será a partir desta mancada  dos dois que tem inicio a jornada deles tentarem irem de cada um dos ipads para destruir o  conteúdo do vídeo comprometedor do casal, atraindo muitas confusões.

Como poderia resumir a respeito do filme, ele simplesmente tem um bom enredo que aborda de forma suavemente cômica, mas sem muito didatismo na questão do tema tabu da sexualidade dos casais da atualidade bem representados pelas figuras de Annie e Jay.

Eu poderia definir que o filme é sim uma comédia romântica, mas sabendo ser bem temperada.  Fora a Cameron Diaz que eu já iniciei pontuando as brilhantes performances que ela demonstra com muita naturalidade não se importando em ficar despida.  Também posso pontuar o brilhante desempenho de Jason Segel, que mesmo não sendo tão conhecido do grande público como a Cameron, ele já tem um longo currículo em outros filmes, entre eles destaco “Professora sem Classe” (2011), outro filme estrelado pela mesma atriz, dirigido pelo mesmo diretor Jason Kasdan este mesmo não por acaso já o tinha dirigido numa série de TV Freaks and Geeks(1999-2000). Ele interpreta bem o personagem que representa bem a típica figura do patriarca que sustenta a família trabalhando numa rádio onde ele mexe mais nos equipamentos técnicos e é um bom expert na área musical. Também destaco a participação de Jack Black outra das grandes estrelas de comédias da atualidade que neste filme faz uma excelente ponta no papel  do dono de um site de vídeos pornôs caseiros de quem o casal Annie e Jay vai tentar ir atrás procurar investigar se o vídeo não foi parar justamente ali. E outros rostos não tão conhecidos que mesmo assim sabem como aproveitar o timing das cenas e das falas dos seus respectivos papeis mesmo sendo puramente secundários cuja presença serve apenas para enfeitar.


Para encerrar minha análise do filme, posso colocar que ele tem uma trama que segue bem coerente a sua proposta que é tratar do tema tabu da sexualidade entre os casais de hoje, é bem filme terapêutico para qualquer discutir a relação sexual de uma forma a não parece como coloquei acima com um  tom tão de muito didatismo ficando um filme muito tediosamente cabeça, para quem pensa em ver um filme cabeça recomendo assistir “De olhos bem fechados”(1999), último filme de Stanley Kubrick que além de ser carregado de muito erotismo também tem muito diálogos cabeças ou quem sabe algum filme de motivação pessoal ou de superação como “Sociedade dos Poetas Mortos”(1989), com a atuação brilhante do falecido Robin Williams.   Aborda também de uma forma irreverente a hipocrisia da sociedade atual num contexto geral que explora e incentiva tanto a cultura banal do sexo que na hora de discutir acaba ficando complicado, pois tem uma postura arcaica, muito puritana.   E isso o filme sabe fazer com maestria.  Como já havia explicado acima, a trama do filme carrega um conteúdo mais simples, por não se tratar de um grande título de blockbusther, eu não tenho como avaliar outros quesitos técnicos como a questão da estética visual, por exemplo, como já coloquei acima visualmente o filme sendo de um enredo aparentemente mais modesto de comédia, ele não se utiliza do artificio de explorar efeitos especiais que possam proporciona a plateia aquela sensação de surrealismo surtado total, aquele brilho de truques mágicos circenses como aconteceu em “Guardiões da Galáxia”.  Visualmente o brilho fica por conta do belo corpo sem da Cameron Diaz que é de fazer qualquer um ficar excitado e com vontade de ejacular.  Seja na posição em que está, não senti muitas falhas de enquadramento da câmera, se tiveram ficaram para mim imperceptíveis.












Basicamente “Sex Tape” é um filme que recomendo assistir principalmente quem quer fugir dos blockbusthers e se estiver acompanhado de seu/sua parceiro(a) melhor ainda para quem sabe apimentar mais a relação.  Também coloco meus parabéns a quem teve a brilhante ideia  de criar este subtítulo em português de “Perdido na Nuvem”. Porque justamente ele ficou bem encaixado também a proposta do filme, já que a nuvem no linguajar do ipad é um lugar onde alguns arquivos são expostos para a grande rede de computadores, a Internet. E no caso justamente do vídeo sexual de Annie e Jay se perder e se espalhar para outros ipads, isto se mostrar ser bem coerente. Tem críticos que não gostam muito desta ideia dos distribuidores escolherem títulos em português  nos filmes que além de não ser fiel a tradução original, muitas vezes foge a proposta. No caso de Sex Tape, este adicional subtítulo se mostrou uma escolha perfeita, pois condiz justamente com a  sua proposta ao público. No mais só mesmo conferindo nas telonas.

 

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