Na noite de Quarta-Feira, 18 de Março de 2015, fui conferir
no Cinepólis do Natal Shopping ao filme “Kingsman-Serviço Secreto”.
Kingsman foi um filme que me surpreendeu pela
imprevisibilidade, pela agilidade e por ter uma brilhante trilha sonora que
carrega bem o tom do suspense do filme.
Ele é muito o tipo do filme cuja trama não é para se levado
muito a sério, mesmo porque o tempo todo há diálogos que tiram muito sarro dos
filmes de espionagem, colocando aquelas boas tiradas cômicas que sabem como sair
no tempo certo, assim como é no tempo certo
que senti o momento mais tenso da
ação sendo bem apresentado, com o clima do
suspense podendo em alguns
momentos sendo levado com muita
seriedade. Posso definir que a estrutura
de seu roteiro sabe como mesclar uma trama de espionagem com pitadas de
comédias e ação.
Inspirado numa história em quadrinho de Mark Millar, o seu
enredo gira em torno de Gary “Eggsy”Unwin(Taron Egerton), um delinquente
juvenil que reside num bairro barra pesada das periferias londrinas, onde
divide o teto com sua mãe, seu padrasto um sujeito não muito boa praça com quem
ele não vai muito com a cara e uma meia-irmã recém-nascida
Um dia ele tem a chance de poder melhorar de vidar ao ser procurado
por Harry Hat/Galahaad(Colin Firth) para entrar na Kingsman.
A Kingsman no filme é “ uma sociedade secreta formada por
agentes super treinados, e onde cada um dos raros escolhidos assumia o nome de
um dos cavaleiros da Távola Redonda, a começar pelo chefe, Arthur (Michael
Caine), Merlin (Mark Strong), Lancelot (Jack Davenport), etc.” (Trecho extraído
da coluna Claquete do jornalista Newton Ramalho Jr publicado no dia 13 de Março de 2015).
O detalhe mais curioso da Kingsman como o filme bem
apresenta é que além dos agentes usarem como traje especifico, o terno e a
gravata que criam bem aquele ideal de glamourização desta profissão como os
filme de 007 apresentaram e por assim dizer serviram bem idealizar os feitiches
tantos femininos por se imaginarem seduzidas pelas táticas do charme de um
James Bond em alguma festa chique ou mesmo porque não do imaginário masculino
que com certeza gostariam de se sentirem um pouco JB para pegar alguma
espiã gatona com uma beleza chamativa para se deitar da cama depois de uma arriscada
missão. Está também no fato que a partir do momento quando o Eggys entra no recrutamento e ao ser apresentado
aos companheiros de treinamento, fica surpreso ao observar que lá ele é o único que vem do berço de uma
humilde família proletária, enquanto que o resto inclusive as duas únicas garotas do grupo são todos do berço de
famílias abastadas. É que entre os mais ultra modernos, todos eles utilizam
óculos, dando aquele charme intelectual.
Enquanto vai ocorrendo a fase de teste de Eggsy na Kingsman,
onde ele acaba não passando, principalmente por ter fraquejado em um desafio importante
que sem entregar spoiler, envolvia o
teste psicológico que exigia dele agir com muita frieza para matar os alvos. O filme
também vai apresentando a figura do ameaçador antagonista do filme Richmond Valentine(Samuel L.
Jackson), um sujeito muito megalomaníaco que sonha em implantar um chip na
mente de várias pessoas espalhadas pelo mundo para no momento certo
todos ao estarem sob o efeito dele se autodestroem, a pretexto de salvar o
mundo da praga humana que destrói a Terra. Se bem que ele mostra ser um
excêntrico covardão que morre de medo de ver sangue. Ele conta com
Gazelle(Sofia Boutela) como sua assistente de maldade, que usa como armas bem
inusitadas umas próteses afiadas nas
pernas onde qualquer chute no adversário
pode causar um ferimento mortal.
Kingsman é como eu poderia resumir é uma verdadeira caixinha
de surpresas para quem gosta de filmes de espionagem, isto porque consegue unir diferentes elementos
detetivescos principalmente da cultura pop britânica como as evidentes
referencias aos filmes de 007, que além de usar um elegante traje de gala, e armamentos
surreais com impressionantes cenas de shows visuais criando uma atmosfera até
um pouco cartunesca com direito a uma câmera lenta estilo Matrix para criar mais suspense e tensão que foi a
sensação que ele me proporcionou entre outros fatores que deixam bem evidente
suas referencias a franquia como já citei também pode ser bem observado que a
Gazelle, a capanga de Valentine bem
remete a figura de muitos excêntricos capachos dos muitos vilões megalomaníacos enfrentado pelo homem que tem “permissão para matar”
entre um em especial é o gigante Jaws(Richard
Kiel) com sua dentadura de aço que já foi capacho de Karl Stromberg em “007-O Espião que me amava(1977)
e do Hugo Drax em “007 Contra o foguete da morte”(1979) assim como o próprio Valentine tem uma
referencia muito maior neles, mesclado um pouco ao elemento de humor dos filmes
de Austin Powers, somado ao humor de “Sr. e Sra. Smith” com o suspense mais
seriamente dos filmes de Jason Bourne,
torna Kingsman por assim um filme de estilo único.
Fora também o próprio fato como bem descrevi do trecho
extraído da coluna de Newton Ramalho Jr. deles serem representados por uma
sociedade secreta que remete as características típicas dos cavaleiros
medievais das lendas do Rei Arthur, como o fato do local onde ocorre o encontro
ser chamado de Távola Redonda e eles usarem codinomes que rementem aos heróis das lendas arturianas,
como Arthur, Lancelot, Guinevere entre outros exemplos e outras características
típicas do modo de vida bem representados no filme.
Para encerrar coloco aqui minhas avaliações de elenco e
direção.
Colin Firth está excelente no papel do Agente Galahad, um
cara que pelo porte e aparência de professor universitário ninguém sequer desconfia
que ele seja um bem treinado agente, que faz brilhantes coreografias de luta,
sendo este o responsável por recrutar Eggsy desde que ele era bem pequeno,
desde quando o pai dele que foi agente da Kingsman morreu numa operação no
Oriente Médio há 18 anos como bem é mostrado logo de cara na abertura do filme, um pequeno spoiler.
Também no elenco conta com a participação de dois rostos conhecidos de filmes
inspirados em quadrinhos que também dão um show a parte como Michael Caine(o
Mordomo Alfred da trilogia “Batman-Cavaleiro das Trevas”) está magnifico como o
mentor da Kingsman de codinome Arthur assim como Samuel L. Jackson( o Nick Fury
dos filmes da Marvel) está brilhante no papel do Valantine tornando ele o tipo
que é comicamente cativante. Assim como também posso o brilhante do estreante
Taron Egerton, como o Eggsy que tem muito potencial para quem sabe um novo
astro de Hollywood de quem muitos poderão ouvir muito falar do nome, ele está
ótimo como protagonista carregando bem diferentes tons de personalidade que faz
ele ficar muito cativante ao longo de todo o desenvolvimento do filme. Representando a figura tipicamente do herói
que foi acidentalmente destinado a virar o herói. Baseado talvez na teoria do
Joseph Campbell sobre “A Jornada do Herói”, que serve muito de base para
roteiristas de cinema e dos próprios quadrinistas também, mas que de toda forma
carrega todo sentido. Já que ele simboliza uma proximidade maior com a realidade
por representar a figura de um adolescente que vivem numa família bem
desajustada, que faz ele seguir por um caminho não muito correto e vê a
oportunidade de ter uma segunda chance ao ser recrutado no grupo seleto da
Kingsman. Sendo o único
representante da periferia num ambiente
muito elitizado. Por fim não posso deixar elogiar a excelente direção precisa
de Matthew Vaughn que soube trabalhar não só não na direção como também na
adaptação, ele mostrou ter mostrou ter bem competência numa trama de espionagem
sabendo ser bem comedido entre um tom de comédia com a tensão provocada pelo
suspense sendo bem amarrado. Algo que ele já havia trabalhado bem anteriormente em “X-Men:
Primeira Classe”(2011). E por fim a
perfeita trilha musical orquestrada por Henry Jackman criando bem ambientação
tensa para o filme assim como há umas músicas que foram sucessos antigos de
décadas atrás que foram revitalizadas no filme que proporcionam ao filme aquele
aspecto de amenização, aliviada cômica. No balanço geral, Kingsman é um filme
bem recomendável para diversos públicos
assistir, seja formado por um público juvenil que podem se identificarem bastante com
as situações vividas por Eggsy ou talvez quem sabe pelo público mais adulto de gosto
mais refinado, amantes de um bom filme de espionagem que vão se surpreender ao perceber
muitas referencias de outros filmes do gênero
estando bem carregado neste onde nem preciso dizer que ele é muito carregado de
licenças poéticas pela quantidade infinitas de explosões e muitas acrobacias a
ponto de alguém com olhar mais atento poder perceber algum erro de produção em
alguma situação apresentada no filme ou talvez apresentar algum furo no roteiro. No mais garanto que Kingsman vale a pena de
ser assistido. Vale pelo ingresso.