segunda-feira, 23 de março de 2015

ANÁLISE DO FILME "KINGSMAN-SERVIÇO SECRETO"


Na noite de Quarta-Feira, 18 de Março de 2015, fui conferir no Cinepólis do Natal Shopping ao filme “Kingsman-Serviço Secreto”.

Kingsman foi um filme que me surpreendeu pela imprevisibilidade, pela agilidade e por ter uma brilhante trilha sonora que carrega bem o tom do suspense do filme.












 

Ele é muito o tipo do filme cuja trama não é para se levado muito a sério, mesmo porque o tempo todo há diálogos que tiram muito sarro dos filmes de espionagem, colocando aquelas boas tiradas cômicas que sabem como sair no tempo certo, assim como é no tempo certo  que senti  o momento mais tenso da ação sendo bem apresentado, com o clima do  suspense podendo  em alguns momentos sendo  levado com muita seriedade.  Posso definir que a estrutura de seu roteiro sabe como mesclar uma trama de espionagem com pitadas de comédias e ação.













Inspirado numa história em quadrinho de Mark Millar, o seu enredo gira em torno de Gary “Eggsy”Unwin(Taron Egerton), um delinquente juvenil que reside num bairro barra pesada das periferias londrinas, onde divide o teto com sua mãe, seu padrasto um sujeito não muito boa praça com quem ele não vai muito com a cara e uma meia-irmã recém-nascida

Um dia ele tem a chance de poder melhorar de vidar ao ser procurado por Harry Hat/Galahaad(Colin Firth) para entrar na Kingsman.

A Kingsman no filme é “ uma sociedade secreta formada por agentes super treinados, e onde cada um dos raros escolhidos assumia o nome de um dos cavaleiros da Távola Redonda, a começar pelo chefe, Arthur (Michael Caine), Merlin (Mark Strong), Lancelot (Jack Davenport), etc.” (Trecho extraído da coluna Claquete do jornalista Newton Ramalho Jr  publicado no dia 13 de Março de 2015).















 

O detalhe mais curioso da Kingsman como o filme bem apresenta é que além dos agentes usarem como traje especifico, o terno e a gravata que criam bem aquele ideal de glamourização desta profissão como os filme de 007 apresentaram e por assim dizer serviram bem idealizar os feitiches tantos femininos por se imaginarem seduzidas pelas táticas do charme de um James Bond em alguma festa chique ou mesmo porque não do imaginário  masculino  que com certeza gostariam de se sentirem um pouco JB para pegar alguma espiã gatona com uma beleza chamativa  para se deitar da cama depois de uma arriscada missão. Está também no fato que a partir do momento quando o Eggys  entra no recrutamento e ao ser apresentado aos companheiros de treinamento, fica surpreso ao observar   que lá ele é o único que vem do berço de uma humilde família proletária, enquanto que o resto inclusive as duas  únicas garotas do grupo são todos do berço de famílias abastadas. É que entre os mais ultra modernos, todos eles utilizam óculos, dando aquele charme intelectual.













 

Enquanto vai ocorrendo a fase de teste de Eggsy na Kingsman, onde ele acaba não passando, principalmente por ter fraquejado em um desafio importante que sem entregar spoiler,  envolvia o teste psicológico que exigia dele agir com muita frieza para matar os alvos.  O filme  também vai apresentando a figura do ameaçador antagonista  do filme Richmond Valentine(Samuel L. Jackson), um sujeito muito megalomaníaco que sonha em implantar um chip na mente  de várias pessoas espalhadas pelo mundo para no momento certo todos ao estarem sob o efeito dele se autodestroem, a pretexto de salvar o mundo da praga humana que destrói a Terra. Se bem que ele mostra ser um excêntrico covardão que morre de medo de ver sangue. Ele conta com Gazelle(Sofia Boutela) como sua assistente de maldade, que usa como armas bem inusitadas umas próteses afiadas  nas pernas onde  qualquer chute no adversário pode causar um ferimento mortal.



















 

Kingsman é como eu poderia resumir é uma verdadeira caixinha de surpresas para quem gosta de filmes de espionagem, isto porque  consegue unir diferentes elementos detetivescos principalmente da cultura pop britânica como as evidentes referencias aos filmes de 007, que além de usar um elegante traje de gala, e armamentos surreais com impressionantes cenas de shows visuais criando uma atmosfera até um pouco cartunesca com direito a uma câmera lenta estilo Matrix  para criar mais suspense e tensão que foi a sensação que ele me proporcionou entre outros fatores que deixam bem evidente suas referencias a franquia como já citei também pode ser bem observado que a Gazelle, a capanga de Valentine  bem remete a figura de muitos excêntricos capachos dos  muitos vilões megalomaníacos enfrentado  pelo homem que tem “permissão para matar” entre um em especial é o  gigante Jaws(Richard Kiel) com sua dentadura de aço que já foi capacho de Karl  Stromberg em “007-O Espião que me amava(1977) e do Hugo Drax em “007 Contra o foguete da morte”(1979)  assim como o próprio Valentine tem uma referencia muito maior neles, mesclado um pouco ao elemento de humor dos filmes de Austin Powers, somado ao humor de “Sr. e Sra. Smith” com o suspense mais seriamente  dos filmes de Jason Bourne, torna Kingsman por assim um filme de estilo único.






































 

Fora também o próprio fato como bem descrevi do trecho extraído da coluna de Newton Ramalho Jr. deles serem representados por uma sociedade secreta que remete as características típicas dos cavaleiros medievais das lendas do Rei Arthur, como o fato do local onde ocorre o encontro ser chamado de Távola Redonda e eles usarem codinomes que  rementem aos heróis das lendas arturianas, como Arthur, Lancelot, Guinevere entre outros exemplos e outras características típicas do modo de vida bem representados no filme.

Para encerrar coloco aqui minhas avaliações de elenco e direção.

Colin Firth está excelente no papel do Agente Galahad, um cara que pelo porte e aparência de professor universitário ninguém sequer desconfia que ele seja um bem treinado agente, que faz brilhantes coreografias de luta, sendo este o responsável por recrutar Eggsy desde que ele era bem pequeno, desde quando o pai dele que foi agente da Kingsman morreu numa operação no Oriente Médio há 18 anos como bem é mostrado logo de cara na abertura do filme, um pequeno spoiler. Também no elenco conta com a participação de dois rostos conhecidos de filmes inspirados em quadrinhos que também dão um show a parte como Michael Caine(o Mordomo Alfred da trilogia “Batman-Cavaleiro das Trevas”) está magnifico como o mentor da Kingsman de codinome Arthur assim como Samuel L. Jackson( o Nick Fury dos filmes da Marvel) está brilhante no papel do Valantine tornando ele o tipo que é comicamente cativante. Assim como também posso o brilhante do estreante Taron Egerton, como o Eggsy que tem muito potencial para quem sabe um novo astro de Hollywood de quem muitos poderão ouvir muito falar do nome, ele está ótimo como protagonista carregando bem diferentes tons de personalidade que faz ele ficar muito cativante ao longo de todo o desenvolvimento do  filme.  Representando a figura tipicamente do herói que foi acidentalmente destinado a virar o herói. Baseado talvez na teoria do Joseph Campbell sobre “A Jornada do Herói”, que serve muito de base para roteiristas de cinema e dos próprios quadrinistas também, mas que de toda forma carrega todo sentido. Já que ele simboliza uma proximidade maior com a realidade por representar a figura de um adolescente que vivem numa família bem desajustada, que faz ele seguir por um caminho não muito correto e vê a oportunidade de ter uma segunda chance ao ser recrutado no grupo seleto da Kingsman. Sendo o  único representante  da periferia num ambiente muito elitizado. Por fim não posso deixar elogiar a excelente direção precisa de Matthew Vaughn que soube trabalhar não só não na direção como também na adaptação, ele mostrou ter mostrou ter bem competência numa trama de espionagem sabendo ser bem comedido entre um tom de comédia com a tensão provocada pelo suspense sendo bem amarrado. Algo que ele já havia  trabalhado bem anteriormente em “X-Men: Primeira Classe”(2011).  E por fim a perfeita trilha musical orquestrada por Henry Jackman criando bem ambientação tensa para o filme assim como há umas músicas que foram sucessos antigos de décadas atrás que foram revitalizadas no filme que proporcionam ao filme aquele aspecto de amenização, aliviada cômica. No balanço geral, Kingsman é um filme bem recomendável  para diversos públicos assistir, seja formado por um público juvenil  que podem se identificarem bastante com as situações vividas por Eggsy ou talvez quem sabe  pelo público mais adulto de gosto mais refinado, amantes de um bom filme de espionagem que vão se surpreender ao perceber muitas referencias   de outros filmes do gênero estando bem carregado neste onde nem preciso dizer que ele é muito carregado de licenças poéticas pela quantidade infinitas de explosões e muitas acrobacias a ponto de alguém com olhar mais atento poder perceber algum erro de produção em alguma situação apresentada no filme ou talvez apresentar  algum furo no roteiro.  No mais garanto que Kingsman vale a pena de ser assistido.  Vale pelo ingresso.

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