No dia 26 de Março de 2016, um sábado de Páscoa, fui
finalmente experimentar a minha tão sonhada expectativa de prestigiar o grande
blockbusther estrelado pelos dois mais icônicos heróis da DC Comics que foi
“Batman Versus Superman:A Origem da
Justiça” no Cinemark do Shopping Midway Mall.
Antes de conferir o filme, eu tinha conferido diferentes
opiniões criticas a respeito da obra. Algumas foram positivas, outras
negativas, com base nisso vou colocar aqui minha impressões do filme sem
entregar muito spoiler, e aconselho o seguinte se você for muito fã dos quadrinhos da DC Comics e mesmo assim vai querer
conferir o filme, mesmo o ingresso sendo caro, então ignore estas criticas,
inclusive esta minha que você estiver lendo, e tire suas próprias conclusões.
Bom esclarecido isto vamos para a minha análise.
Bom, começar primeiramente introduzindo um fato curioso, é
que eu tinha programado para conferir este filme um dia antes na sexta-feira,
mas como ainda são os primeiros dias de estreia, portanto os ingressos estavam
esgotados, e eu então decidi comprar antecipadamente e marquei minha poltrona
na última fileira. No dia D, já bem em cima da hora, cheguei com a sala
escura, lotada, e passando um monte de trailer, o primeiro que estava passando
era o brasileiro “Mais forte que o mundo”, baseado na história real do lutador de MMA José Aldo, em seguida
vieram “Esquadrão Suicida” e outros
filmes, como os seguintes os que estão previsto para estrearem em abril como “O
Caçador e a Rainha do Gelo” e “ Capitão América: Guerra Civil”.
Antes de o filme começar, teve um merchandising destinado ao filme até a hora dele começar
para valer. Na abertura ele apresenta,
uma nova forma de introdução da origem do Batman, já deixando de cara
que o Batman é o personagem central na história. Apresentando uma nova visão da
sua infância quando testemunhou os pais morrerem durante um assalto numa noite no beco de Gotham após sair de uma
sessão de cinema, o curioso é que a sessão de cinema que ele estava assistindo
era de “Excalibur”, um clássico filme épico de 1981, inspirado nas lendas
arturianas. Nesta introdução aparecem os créditos, ao som da trilha da dupla de
maestro Hans Zimmer e Junker XL carregado de um tom de ópera. Depois desta
introdução, a história apresenta Bruce Wayne/Batman (Ben Afleck) chegando a
Metropolis para tratar de assuntos de negócios das suas Empresas Waynes, quando
é surpreendido pelo ataque de Superman(Heny Cavill) com Zod(Michale Shannon). É
neste momento onde ele aparece como testemunha ocular daquele evento em
Metropolis, que podemos sentir bem nitidamente o seu desejo pessoal de vingança e de querer se confrontar com o Superman,
principalmente depois que viu que entre
os prédios destruídos neste confronto, estava o de sua empresa, onde muitos dos
seus funcionário foram mortos ou mesmo ficaram incapacitados. Pode se concluir,
que este inicio do filme, se situa ainda no acontecimento mostrado em “O Homem
de Aço”(2013).
Depois a trama vai seguindo mostrando as consequências
após aquele incidente em Metropolis, tendo
a opinião pública dividia a respeito d as ações do Superman. Muitos ainda
ficando com medo em relação a ameaça que
ele pode ocasionar sendo um alienígena. Pude sentir que no desenvolver da trama, algumas
coisas a Warner procurou dar uma
corrigida em alguns pontos que ficaram furados em “Homem de Aço”. O Planeta
Diário, o famoso jornal que publica as ações do Superman em Metropolis foi dado
maior importância, principalmente no que diz respeito ao núcleo do jornal.
Laurence Fishburne tem se mostrado bem mais a vontade e situado no papel do
Perry White neste filme, do que em relação a Homem de Aço, principalmente ao
construir sua essência de chefe
mau-humorado. Assim como a Amy Adams no papel da Lois Lane tem se
mostrado bem mais situada no papel da Lois Lane trabalhando bem a sua essência
de intrépida repórter, apesar de cair no comodismo imposto pelo roteiro de a
transforma-la na mocinha indefesa, protegida pelo herói ou a simples
namoradinha do herói. O mesmo posso descrever que Henry Cavill no papel
principal do Superman, tem mostrado mais vigor, potencial e estando bem mais
familiarizado neste papel do que em relação a “Homem de Aço”, onde ele parecia
não estar muita a vontade pela crise existencial que ele mostrava, em
compensação a parte que mais peca é quando ele fazendo Clark Kent na função de
jornalista do Planeta Diário, parece não conseguir encontrar um bom tom para
incorporá-lo com um jeito mais cômico, patético, para servir como seu disfarce.
Em paralelo, somos apresentados um pouco da construção do
Batman. Lá é mostrado o Bruce Wayne na
batcaverna com o seu fiel mordomo conselheiro Alfred. Discutindo sobre os
planos para encarar o Supeman, no decorrer da trama aparece alguns dos mais
importantes esperados no arco da história, o Lex Luthor e a Mulher-Maravilha
como os trailers já entregavam. Num filme que tem um tempo de duração muito
longo, com uma produção muito grandiosa, onde dá para sacar que a real intenção
da DC/Warner de investir de forma bem pretensiosa na expansão do Universo DC no
cinema, para concorre no mesmo patamar da Marvel Studios. Isto fica bem
explicito. O que por um lado é visto como uma forma positiva de criar um bom
contraponto, também existe alguns da aposta ser bastante arriscada. Posso descrever que o filme me apresentou
alguns fatores que me agradaram e também dos que me desagradaram assim como
foi descrito por vários críticos. Dos que me agradaram posso destacar quatro fatores, o primeiro foi a forma da estética
apresentar um teor sério do inicio ao fim, com um ritmo super-pesado e com sua
fotografia escura com tonalidades que carregar uma identidade de filme muito
adulto, sem precisar de muitos alívios cômicos. O segundo envolveu a maneira
como a Mulher-Maravilha foi aqui apresentada, onde ela foi comendo pelas
beiradas para conquistar o seu espaço, Gal Gadot trabalhou bem a maneira como a
personagem ao ser apresentada na identidade civil de Diana Prince,
surpreendendo na cena de batalha gerando aplausos na plateia do cinema. O terceiro
foi Ben Affleck no papel do Batman me surpreendeu, inicialmente eu fiquei
bastante receoso desde que a Warner anunciou em 2013 o nome dele para ser o
novo Batman no cinema, que causou o maior reboliço nas mídias sociais, muitos
fanboys dcnautas radicais protestaram por diversos fatores, como o fato de que
muitos carregavam ainda fresco na memória a intepretação do Batman por Christian Bale na Trilogia Batman Begins
do Christopher Nolan e a própria experiência bizarra que foi quando ele fez o Demolidor no filme da
Fox lançado em 2003, do qual muitos não gostaram nada do resultado. Neste filme Affleck pelo menos conseguiu se
redimir pela mancada que foi fazer o Demolidor, pois como Batman ele já
apresentando bem estabelecido, com mais idade e experiência e com uma essência
mais dramaticamente denso, ele mostrou carregar o peso para segurar o filme. E
o quarto fato, ou melhor dizendo fatores
no plural que me agradou foi ver Jeremy
Irons no papel do mordomo Alfred, mostrou ter
bem desenvolvido a sua pose de intelectual, de refinamento e a importância da sua figura paternal conselheira e
colaborativa que são bem típicas da sua
essência nos quadrinhos. Além disso também me agradou ver a pincelada
do tom fotográfico que criou toda uma ambientação de seriedade ao filme, a atriz Amy Adams ter trabalhado melhor a
essência da sua Lois Lane do que em
relação a “Homem de Aço”. Eles terem conseguido costurar alguns pontos soltos
deixados em Homem de Aço. E por fim me agradou o clima da porradaria bem coreografada
entre os dois heróis. Agora nos fatores
que me desagradaram no filme foi no que diz respeito a maneira como foi
construída o enredo propriamente dito. Eu tenho visto muitos críticos crucificarem o
Zack Snyder sendo o responsável pelo que o filme resultou a ponto de se
questionarem como a Warner o tenha escolhido para dirigir uma megaprodução
deste calibre, principalmente que sua maior falha é ele não saber como dirigir
elenco e peca por construir uma história.
Ok, Snyder pode não ser um dos diretores mais genais da atualidade do
cinema, apesar dessa sua falha, ele pode
menos mostra ter um bom olho para criar o tom estético do filme e criar efeitos
especiais. A gente precisa entender
primeiramente que o Snyder assim como qualquer profissional contratado de uma empresa
age de acordo com o que ela manda e desmanda, e neste caso as falhas aqui no
filme que me desagradaram não está muito na escolha do Snyder para dirigir o
filme, mas sim na maneira como a Warner propôs em um filme muito grandioso,
muito volumoso na pretensão de expandir o Universo de Heróis da DC no cinema,
propôs fazer em único filme muita coisa que não daria tempo para explorar e
deixou o filme muito indefinível.
Ele foi uma sequencia de Homem de Aço, ao mesmo tempo foi um reboot do Batman sendo introduzido como suposto vilão do filme, foi a introdução da Mulher-Maravilha na trama para servir como gancho para seu filme solo, mostrou alguns easter eggs para servir como pistas para o filme da Liga da Justiça tudo isto leva a crer que Snyder não pode ser responsável sozinho. A imposição do estúdio é o que pode causar alguns problemas como exemplo, para compreender esta minha linha de raciocino basta a gente lembrar de por exemplo na Marvel Studios, não são os diretores que definem os filmes com a sua visão particular, mas sim a direção executiva do estúdio que os contrata e estabelece que em todos os filmes do seu Universo de Heróis todos estejam coesos, todos se conectem pensando no pesado esquema do marketing, para despertar o interesse no filme deste herói, um esquema que ao tempo é o seu ponto forte, também representa o grande calcanhar de Aquiles do Studio porque com esta política que eles adotam para seus filmes, isto termina ocasionando numa relação conflituosa entre alguns diretores, como foi o caso de Edgar Wright, que tinha contratado para dirigir o Homem-Formiga, mas que durante a fase a produção sair do projeto após inúmeros conflitos e dai ele acabou sendo substituído pelo Peyton Reed. Aqui no caso, posso descrever que a Warner se precipitou bastante em querer com este trabalhar todo a expansão dos heróis de uma forma diferente da que a Marvel tinha trabalhado. Fora o fato deles trabalharem dois vilões que não tinham muito peso para sustentar o filme inteiro, Lex Luthor foi apresentado de uma forma muito bobinha, eles colocaram um jeito muito suavizado na sua essência ambiciosa e megalomaníaca numa trama muito intensamente dramática, que não pareceu muito ameaçador, ficava com um estilo mais caricato parecendo um alivio cômico forçado e irritante, Jesse Eisenberg até que não desempenhou mau o papel, o problema é o fato dele se limitar demais a imposição do roteiro, e comparado a maneira como Gene Hackman incorporava este papel na clássica quadrilogia de 1978-1987, Eisenberg ainda está muito atrás de chegar a supera-lo. E Apocalipse que aparece no momento clímax da porrada do Batman contra o Superman, também não funcionou muito, teria surpreendido se os trailers não tivessem entregado tanto o filme. Henry Cavill como já disse já disse acima, está bem a vontade no papel do Superman, o mesmo não se pode dizer do seu desempenho como Clark Kent, o jornalista do Planeta Diário, o seu disfarce civil. Também me desagradou o tanto de excesso de efeitos especiais pirotécnicos, o que terminou servindo para complementar o roteiro falho, ainda mais sendo uma trama de super-heróis, o enredo apresenta um tom mais voltado para o escapismo principalmente na cenas dos pesadelos do Batman, o que torna o filme muito rocambolesco, com um monte de licenças poéticas que em alguns momentos nos deparamos com algumas inverossimilhanças e com alguns furos de roteiros. Mas pior mesmo o que me desagradou foi numa cena onde sem querer acabou proporcionando um momento cômico, que terminou quebrando o ritmo do filme.Assim como o 3D tirando uma cena ou outra acabou ficando bastante dispensável.
Ele foi uma sequencia de Homem de Aço, ao mesmo tempo foi um reboot do Batman sendo introduzido como suposto vilão do filme, foi a introdução da Mulher-Maravilha na trama para servir como gancho para seu filme solo, mostrou alguns easter eggs para servir como pistas para o filme da Liga da Justiça tudo isto leva a crer que Snyder não pode ser responsável sozinho. A imposição do estúdio é o que pode causar alguns problemas como exemplo, para compreender esta minha linha de raciocino basta a gente lembrar de por exemplo na Marvel Studios, não são os diretores que definem os filmes com a sua visão particular, mas sim a direção executiva do estúdio que os contrata e estabelece que em todos os filmes do seu Universo de Heróis todos estejam coesos, todos se conectem pensando no pesado esquema do marketing, para despertar o interesse no filme deste herói, um esquema que ao tempo é o seu ponto forte, também representa o grande calcanhar de Aquiles do Studio porque com esta política que eles adotam para seus filmes, isto termina ocasionando numa relação conflituosa entre alguns diretores, como foi o caso de Edgar Wright, que tinha contratado para dirigir o Homem-Formiga, mas que durante a fase a produção sair do projeto após inúmeros conflitos e dai ele acabou sendo substituído pelo Peyton Reed. Aqui no caso, posso descrever que a Warner se precipitou bastante em querer com este trabalhar todo a expansão dos heróis de uma forma diferente da que a Marvel tinha trabalhado. Fora o fato deles trabalharem dois vilões que não tinham muito peso para sustentar o filme inteiro, Lex Luthor foi apresentado de uma forma muito bobinha, eles colocaram um jeito muito suavizado na sua essência ambiciosa e megalomaníaca numa trama muito intensamente dramática, que não pareceu muito ameaçador, ficava com um estilo mais caricato parecendo um alivio cômico forçado e irritante, Jesse Eisenberg até que não desempenhou mau o papel, o problema é o fato dele se limitar demais a imposição do roteiro, e comparado a maneira como Gene Hackman incorporava este papel na clássica quadrilogia de 1978-1987, Eisenberg ainda está muito atrás de chegar a supera-lo. E Apocalipse que aparece no momento clímax da porrada do Batman contra o Superman, também não funcionou muito, teria surpreendido se os trailers não tivessem entregado tanto o filme. Henry Cavill como já disse já disse acima, está bem a vontade no papel do Superman, o mesmo não se pode dizer do seu desempenho como Clark Kent, o jornalista do Planeta Diário, o seu disfarce civil. Também me desagradou o tanto de excesso de efeitos especiais pirotécnicos, o que terminou servindo para complementar o roteiro falho, ainda mais sendo uma trama de super-heróis, o enredo apresenta um tom mais voltado para o escapismo principalmente na cenas dos pesadelos do Batman, o que torna o filme muito rocambolesco, com um monte de licenças poéticas que em alguns momentos nos deparamos com algumas inverossimilhanças e com alguns furos de roteiros. Mas pior mesmo o que me desagradou foi numa cena onde sem querer acabou proporcionando um momento cômico, que terminou quebrando o ritmo do filme.Assim como o 3D tirando uma cena ou outra acabou ficando bastante dispensável.
No balanço geral, o filme não me decepcionou nem me surpreendeu, eu ficou num certo meio termo em relação a obra quanto a ideia de que ele poderia ter sido melhor. Concluo aconselhando a Warner abrir mais os olhos e tomar mais cuidado. Se ela tem monopólio sobre os heróis da DC Comics e tem o desejo de se arriscar explorá-los como grandes blockbusthers para concorrer no mesmo patamar dos da Marvel ela pode fazer isso, desde que tenha consciência quanto aos riscos para não acabar não se queimando depois.
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