Na noite de
Sexta-Feira, 22 de Abril de 2016, fui no Cinepolis do Natal Shopping conferir ao filme “O
Caçador e a Rainha do Gelo”, uma sequencia de “Branca de Neve e o
Caçador”(2012) produzida pela Universal Pictures.
Pessoalmente achei a trama um tanto mediana, tem lá suas
falhas, como qualquer filme, mas também carrega alguns bons momentos
interessantes, ainda que não sejam lá memoráveis.
Surpreendeu-me pela maneira como eu sem muita expectativa
fui assisti ao filme sem esperar nada. A trama deste filme desta vez dirigida pelo
francês Cedric Nicolas-Troyan, que em “Branca de Neve e o Caçador” foi dirigido
pelo britânico por Rupert Sanders.
Traz-nos aqui uma história bem interessante
e bem pretensiosa da expansão da
clássica fabula da Branca de Neve e os Sete Anões, criada por dois escritores alemães,
os Irmãos Grimm no século 19.
No começo temos uma introdução mostrando um prelúdio dos acontecimentos de Branca de
Neve e o Caçador. Quando a malvada e
ambiciosa Ravenna (Charlize Theron) dividia o trono de um reino com sua irmã
Freya(Emily Blunt) que assim como ela também é uma feiticeira com poder de
mexer com o gelo. Quando Ravenna descobre que sua irmã tinha se apaixonado e estava esperando uma filha, uma futura
herdeira do trono, ela então maquiavelicamente arquiteta um plano para matar o
bebê da irmã colocando o amado de Freya como seu bode expiatório.
Então ocorre
de Freya ficar muito chocada com aquela cena, e
completamente abalada com o rancor e a magoa no coração resolve então ir
para outra terra, formar um novo reino. No qual conquista com sua magia de
gelo, mata muitos adultos de um povoado local. Deixando somente as crianças
órfãs sobre sua responsabilidade e lançar lhes um feitiço para que eles fossem
submissos a ela, e somente a ela. Estariam isentos de sentirem sentimentos
bonitos como de amor. Consequência tão gelado que ficou o seu coração após aquela tragédia. Só
que passados muitos anos, onde todos se tornam adultos e bem treinados para a batalha, um desobedece esta ordem, que é o Eric(Chris
Hermsworth) que se apaixona por Sara(Jessica Chastian) e isto
deixa Freya indignada a ponto de armar
um feitiço que não vou explicar do que se trata aqui para não dar um spoiler,
já que ao longo do filme teremos muitas reviravoltas importantes que irá
envolver a jornada de Eric após este evento.
Já que depois disso ele inicia a sua aventura
solitária, e passados muitos anos após os eventos de “Branca de Neve e o
Caçador” no qual inclusive ela tem o seu nome constantemente mencionado, talvez
como uma forma de didatismo para ficarmos mais situado, é que que somos
apresentados a Eric após ter ajudado a Princesa a derrotar Ravenna é recrutado
para uma missão que diz respeito a ele proteger o antigo espelho mágico dela
que desperta a cobiça de Freya. E será
neste interim que ele vai conhecer dois anões como seus companheiros, ou melhor
dizendo quatro, porque aparecem duas anãs no meio que são responsáveis aquele
momento de alivio cômico a obra cômico ainda que forçado a obra mas que se
mostram uteis na batalha. A trama como já disse me surpreendeu, ele
carrega todo um tom o tempo todo de
suspense com uma atmosfera fabular, escapista e cheia de muito lirismo, todo um fetiche de magia e fantasia como
era a própria do clássico literário dos contos de fadas. Eu gostei muito da cenografia
ambientado totalmente na floresta, mostrando alguns seres fantásticos
computadorizados que criou bem atmosfera de fantasia ao qual o filme se propõe
a ser, a fotografia em tonalidade escura também é fascinante porque cria o tom sério e
dramático do filme, mostrando ser um filme bem adulto como o primeiro, principalmente
na maneira como o roteiro trata o ambiente das intrigas palacianas com um tom
pesado, com violência muito explicita e com personagens cheios de dubiedade o
filme inteiro. Os efeitos especiais são sensacionais, principalmente nas cenas
dos feitiços e no 3D ficou demais, e sendo este filme uma obra de fantasia, é
evidente que se pode esperar muito realismo, portanto há de dar um desconte nas
licenças poéticas que o filme apresenta, mesmo que alguns achem alguma gafe ou
mesmo algum furo de roteiro.
O panorama dos castelos no filme também foi a
parte que mais me surpreendeu e chamou minha e toda construção da ambientação europeia que casa bem com o fundo musical épico regido
por James Newton Howard que criou belos
arranjos orquestrais que cria todo um clima épico medievalesco ao filme que bem
remete um pouco a atmosfera poética de “O
Senhor dos Anéis” ou algo desse tipo. O elenco até se mostra bem afiado,
principalmente para as principais estrelas nos respectivos papeis. Charlize
Theron surpreende mais uma vez no papel da Ravenna, desta mais maquiavélica como
sempre. Emily Blunt no papel da Freya também está ótima, ela demonstra uma
enorme carga dramática ao desempenhar um papel de uma mulher que ao mesmo tempo
em que se demonstra amargurada ponto de
desprezar o sentimento de amor nos
outros e usá-los para seus objetivos ambicioso e fica nesta dubiedade. Um detalhe curioso que chamo
a atenção é o fato do nome Freya ser
referente de uma divindade da mitologia nórdica e germânica, de antigas
civilizações rusticas do vikings que
viviam em países muito frios e nevados
no inverno. O que bem está coerente o fato do nome desta bruxa do filme esteja
ligado a uma importante deusa que simboliza a
fertilidade, a luxuria, o amor, a sensualidade, a música, a guerra entre outras
características para os antigos povos do gelo que é o feitiço dela. São dos
povos que vem inclusive o Thor, o deus do trovão, que inspirou o herói da
Marvel, que inclusive está no filme. Melhor dizendo o seu interprete Chris Hersworth que repete o papel do Caçador Eric. Desempenhando
o personagem em suas sérias e um pouco cômicas em algumas cenas. Já Jessica Chastian como a Sara me pareceu um
pouco perdida e desencontrada no filme, não demonstrou que tinha peso para segurar
a história.
No balanço geral, achei a trama de “O Caçador e Rainha do
Gelo” boa no sentido mediana, não chega a ser melhor obra-prima dos filmes de
fantasia que eu já assisti em todos os tempos, pode se comparar aos moldes de
Harry Potter nem Senhor dos Anéis. Mas pelo menos mostra-se ser um divertimento
para quem pensa em apreciar um filme puramente surreal para imaginar ou mesmo
sonhar. Porque vamos ser sinceros de realismo e histórias trágicas já basta o
que os telejornais, os sites e as redes
sociais nos bombardeiam constantemente com uma
overdose de manchetes sobre roubalheira, corrupção que deixam todo mundo
indignado.
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