domingo, 1 de maio de 2016

ANÁLISES DOS FILMES DA FRANQUIA X-MEN PARTE 1






















Em maio, vamos ter o lançamento de X-Men: Apocalipse. Este será o oitavo filme da franquia X-Men, os heróis mutantes da Marvel produzidos pela Fox.  X-Apocalipse promete  ser o filme que irá fechar todo o ciclo da trilogia reboot da franquia que começou com X-Men: Primeira Classe(2011), cuja trama vai acontecer após os eventos alterados de Dias de um futuro esquecido que causou uma imensa bagunça  na cronologia do universo mutante no cinema, criando assim  uma linha do tempo alternativa, este filme provavelmente pode ser o último com as estrelas principais como a Jennifer Lawrence no papel da Mística. Além disso, ele também irá determinar os rumos futuros da franquia, a depender da critica e da bilheteria, que se for um fracasso talvez, a Fox ceda para a Marvel, isto dependendo de algum acordo, enquanto isto vamos ver uma interminável batalha judicial por sua guarda. Muitos fanboys marvetes devem estarem bastante receosos neste momento a respeito de que este filme que pode determinar os rumos  jurídicos desta franquia ou mesmo quem sabe torcendo o nariz  para que ele pudesse vingar. Chega a ser estranho pensar  que a Marvel não detenha propriedade para fazer os filmes dos mutantes, para que eles possam estarem incluídos dentro de sua cronologia de filmes. Bom, mas de todo modo, a gente precisa perceber que a Marvel para ser hoje este império no cinema no atual cenário, não teria sido possível  se não fosse pela Fox. Uma frase muito recorrente que os historiadores sempre se utilizam é “Quem não conhece a sua história, está condenado a repeti-la”.  E isto de certo modo faz algum sentido em relação ao que a Marvel  Comics viveu há mais de vinte anos, mais precisamente  quando ao longo da década de 1990, ela enfrentou um tremendo sufoco financeiro, estava quebrada, tinha caído num buraco  a ponto de decretar oficialmente  falência em 1996.  Foi dai então que para se salvar daquele cenário delicado que se encontrava, ela decidiu tomar a seguinte atitude  drástica que era a única solução possível  de fazer naquele momento da qual hoje ela se arrepende com razão, foi vender os seus principais personagens para os estúdios de cinema. E a Fox era um desses estúdios interessados e adquiriu assim a franquia X-men, se não fosse por ela, talvez hoje ela não teria  tanto vigor para criar um próprio estúdio de cinema e adaptar os seus filmes para manter um controle criativo. A Fox nestes longos  16 anos  que vem produzindo e lançado filmes da franquia X-men, pode até não ter acertado em proporcionar uma adaptação fiel as Hqs, ainda mais depois de fazer reboots em forma de prequels da franquia, para não perder o direito  de adaptação, principalmente depois que a Marvel decidiu ela mesma criar em 2004 seu estúdio de cinema e bancar seus próprios filmes.   No entanto,  com certeza se não fosse ela a Marvel não teria ainda que comendo pelas beiradas conquistado a mídia inexplorada que era o cinema. E isto ficou evidente quando em 2002, a Sony lançava o Homem-Aranha.  Como já fiz anteriormente em relação aos filmes da Fase 1 e da Fase 2, dos filmes da Marvel Studios, com os filmes de Superman e de Batman. Vou colocar aqui minhas análises, minhas impressões,  alguns fatos curiosos sobre os filmes da franquia mutante e o esquema de avaliação será nas notas de 1,0 a 5,0. Nesta primeira parte da postagem eu faço de quatro filmes da franquia que são formados pelos filmes da trilogia original que compõe de X-Men,X-Men 2 e  X-Men-O  Confronto Final  e complementando com  X-men:Origens-Wolverine, o spin-off solo do Wolverine.  Em outra  postagem, vou fazer dos filmes que formam a trilogia reboot como X-men Primeira Classe e X-men Dias de um futuro esquecido, em complemento  farei de Wolverine: Imortal.











X-MEN(2000)





















Comentar sobre este primeiro  X-Men me faz  sentir uma certa nostalgia, isto porque na época em que fui conferir a este filme eu era apenas um adolescente roliço de 15 anos. Na ocasião eu fui já bem familiarizado com o universo mutante, porque eu já conhecia em partes a essência do que esta franquia  tratava, porque eu tinha crescido acompanhando uma série animada que passava no antigo programa matinal infantil da Rede Globo, que era a TV Colosso. Portanto, não foi difícil para mim ir assistir, apesar de até então nunca sequer tinha lido uma edição gibi dos mutantes, seja nos tradicionais formatinhos com acabamento simples e qualidade inferior  ou nos inovadores formatos americanos com acabamento da melhor qualidade, o que era visto como um luxo. Curioso lembrar que no local onde  fui assistir a este filme, foi na antiga sala de cinema do Natal Shopping, que na época não era dessa atual Rede Cinepolis, que funciona no terceiro andar do Shopping.  Naquela ocasião, a sala de cinema que tinha no Natal Shopping era de propriedade do Grupo Severiano Ribeiro que funcionava no andar térreo em frente a Praça de Alimentação, cuja entrada era numa rampa.  Eu já frequentava esta sala desde quando eu era criança, quando o shopping  foi inaugurado em 1992. Na época ainda não tinha outras opções de  salas de cinema aqui em Natal-RN, além do Natal Shopping. Tinha do Cine Rio Verde, que ficava lá no centro comercial da cidade, pelas bandas de Cidade Alta, em frente a Catedral Nova, que simbolizava em Natal um resquício ainda ativo  dos cinemas de bairros que  funcionavam nas importantes avenidas comerciais da cidade e andavam em decadência, que tinham surgido a partir da década de 1940, após a “invasão” americana ocorrida na cidade que serviu de base área para tropas dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial, funcionava no mesmo local do antigo Cine Rio Grande e foi desativado alguns anos depois, e hoje funciona uma Igreja Evangélica.   Na época, ainda não existia a sala do Praia Shopping, o estabelecimento já existia desde 1997, mas foi somente em 2003 que  a rede de cinema Moviecom  seria inaugurada neste shopping. Também não existia o Shopping Midway Mall, que só seria inaugurado em 2005, e por coincidência naquele mesmo ano, a antiga sala do Grupo Severiano Ribeiro fecharia  as portas no Natal Shopping. No ano seguinte após a inauguração, chega a sala da Rede  Cinemark no Midway e  só depois  em 2013  é inaugurada a Cinepolis no Natal Shopping. É curioso me lembrar que quando fui assistir foi numa tarde de sábado, 12 de Agosto de 2000, após sair da minha atividade  de arte num ateliê que eu frequentava na época.  Eu fui programado para assistir a sessão das 17:00, horas, tinha chegado em cima da hora, mas mesmo assim pude comprar o ingresso. E quando entrei a sala já estava passando o último trailer antes do filme começar, tinha ficado decepcionado em não achar um canto, mas não desisti acabei assistindo em pé no fundão, onde funcionavam os banheiros masculinos e femininos e fica no entra e sai das pessoas, mas ai tive a sorte de duas lanterninhas que ficaram lá vigiando, e quando uma delas me viu lá no fundão me chamou e disse que tinha um canto vago para mim e foi ai então que terminei assistindo sem nenhum problema. O mais inusitado aconteceu dias depois de eu ter assistido aquela sessão, quando eu ainda na época estava no meu colegial, cursando o nível fundamental  veio uma atividade de redação onde relatei esta experiência de ter assistido a esta sessão de X-men.  Talvez eu  nem sequer imaginava aquilo poderia despertar esta atividade de blogueiro resenhista  de cinema  como estou agora.  Bom, após esta rápida explicação vai entrar no foco da análise do filme.

Sobre este primeiro filme posso começar  descrevendo que na época que a Fox lançou, ela  não tinha a pretensão de fazer uma expansão, com filmes compartilhados para fazer um crossover como futuramente a Marvel adotaria após criar seu próprio estúdio quando saiu da  lama com as adaptações de cinema feita pela Fox e Sony ao longo  desta primeira década do século 21.  O filme foi lançado nos EUA em 14 de Julho de 2000, enquanto que no Brasil chegou no começo de agosto.  Estes dois meses simbolizam um período bem  estratégico para os estúdios lançarem mega  filmes blockbusthers, porque é a época dourada do Verão Americano.  A Fox lançou alguns anos após ter adquirido o direito de fazer a adaptação para o cinema, eles negociaram a compra em 1994, bem no momento em que a Marvel vivia no fundo do poço com a crise que a abateu na década de 1990, mas o  seu desenvolvimento já vinha sendo trabalhado desde 1989, com um projeto apresentado por James Cameron.  No processo de construção de elaboração do roteiro, é curioso o fato dele  contar com a participação de  Joss Whedon nos bastidores, o futuro diretor do filme dos Vingadores lançado doze anos depois na equipe de roteirista deste primeiro X-Men. Para dirigir, eles contrataram Bryan Singer, que na época ainda não era um diretor famoso. Antes de X-men ele  só tinha dirigido apenas quatro  filmes no currículo sendo o primeiro um curta  que foi” Lion´s Den”(1988), depois passaria a dirigir longas-metragens a partir de “Public Acess”(1993), seguido de  “Os Suspeitos”(1995) e de “O Aprendiz”(1998). Pode-se  dizer que X-men tornou-se uma grande aposta de blockbusther em sua carreira   para aquele Verão Americano do ano 2000,  tornando-se  um grande divisor de águas para conseguir lhe dar mais notoriedade, ainda ser formos analisar que ele sendo gay assumido dirigindo uma trama onde os heróis defendem o mal maior como o preconceito, isto também ajudou e muito a ele compreender  e transmitir a essência dos heróis, mesmo nunca tendo lido sequer um gibi de X-men. A escalação e contratação dos atores também contêm uns fatos muitos curiosos.  Boa parte dos atores escalados para os respectivos papeis,  não eram muito conhecidos do grande público quando estrelaram este filme. Provavelmente para diminuir custos com cachês muito altos que muitos dos grandes astros e estrelas vistos como as minas de ouro de Hollywood poderiam exigir.  Boa parte deles que participaram deste primeiro  X-Men eram bem multinacionais, o que condiz bem a essência da diversidade que envolve a própria característica de quando a equipe surgiu em 1963,  que já teve muitos componentes gringos em suas edições. Hugh Jackman é o primeiro exemplo bastante curioso ao ser escalado para ser o Wolverine, o ator que é australiano quase que não conseguiu ser o Wolverine que estava destinado a outro ator, que desistiu porque já estava envolvido em outra produção blockbusther para ser também lançado naquele verão de 2000 antes de X-men. Não chega a ser estranho o fato de Jackman natural de um país da Oceania, conhecido pelas suas belas praias paradisíacas, onde se pratica o surf e tem  como peculiaridade   o canguru como animal símbolo e que por coincidência neste mesmo ano  em que o primeiro filme foi lançado a Austrália estava no centro das atenções  mundiais  por sediar o importante evento esportivo que eram  os Jogos Olímpicos na capital Sidney, tenha sido escalado  para interpretar um membro gringo da equipe que é natural do Canadá e isto pode ser bem percebido pela sua mutação animal está ligada a uma espécie  muita característica de lá do pais que é o urso carcaju que o povoado local  o chama de Wolverine,  e do qual este apresenta características bem típicas como o olfato aguçado, as garras só serem soltas no momento do perigo e principalmente sua característica de ser solitário, antes de estrelar X-Men, Jackman tinha feito poucos filmes na carreira, mas este foi responsável  pelo destaque e notoriedade a sua carreira. Além dele, o elenco  contou com dois atores britânicos que interpretaram os papeis mais importantes do filme, que foram Patrick Stewart para fazer o mentor da equipe Charles Xavier, este  já veterano no cinema e na TV. E Ian McKellen para ser o Magneto, personagem que cria   bom contraponto ao Professor X,  também veterano assim como Patrick Stewart.  É curioso pensar que  McKellen assim como o diretor Bryan Singer  também é gay assumido  e isto ajudou bem a ele compor e  transmitir  bem a essência do Magneto, que em contraponto ao Professor X que é um defensor da causa mutante, só que mais moderada, ele também representa esta característica, mas com uma posição radical a ponto de praticar o terrorismo extremista.  Tudo isso envolvendo a própria carga  dramática que ele viveu quando criança quando vivia  na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial, e lá foi caçado e mandado para um campo de concentração nazista por ser judeu. Há quem diga que a ideia desses dois lidere da causa mutante criarem este contraponto tenham inspiração nos lideres do movimento negro nos EUA como Martin Luther King(1929-1968) ter inspirado o Professor X com sua luta igualdade, mas pacifista. Enquanto que Magneto tenha sido inspirado em Malcom X(1925-1965) pela sua postura extremamente radical, assim como Magneto desprezava os humanos, Malcom X desprezava os brancos.  No todo assim, a parte irônica tenha haver com o fato de que na vida real, talvez por serem conterrâneos Ian McKellen e Patrick Stewart viraram grandes amigos. De vez em quando eles postam fotos nas redes sociais se divertindo e souberam cada um a seu um tom de refinamento bem típico da interpretação europeia, que Patrick Stewart que o diga, já que tem formação teatral shakespereana o que ajudou na carga dramática do personagem. Outro também gringo do elenco, ou melhor dizendo, uma gringa é Famke Janssen que fez a Jean Grey.  A holandesa já tinha um relativo currículo de filmes antes de ser a Jean Grey,  dentre estes eu destaco para “007 contra GoldenEye”(1995), onde ela fazia a bond-girl Xenia Onatopp, uma ex-piloto de caça da antiga União Soviética que simbolizava a figura da femme fatale que atrai o sedutor espião britânico James Bond para o perigo, era a capanga da Organização Janus. O fato mais curioso é que neste filme de 007 também contou com outro ator que estaria em futuro da primeira franquia de X-men que é o Alan Cumming fazendo o hacker Boris Grishenko, capanga da Janus que faria o Noturno em X-Men 2. No filme, a atriz demonstrou um bom desempenho  na essência  dela trabalhando tanto na parte científica, quanto sendo a importante figura de comando na equipe e ao mesmo tempo sinônimo da paixão do Wolverine. Além desses,  também contou com  outros atores gringos, sendo  três canadenses como Anna Paquin  a Vampira, que bem antes deste papel, ela  já tinha começado ainda garotinha com apenas 10 anos, estrelando “O Piano”(1993), uma produção britânica, australiana e franco-neozelandesa  onde ela fazia a filha da protagonista do filme, uma pianista muda vivida por Holly Hunter que lhe rendeu o premio  de Melhor Atriz Coadjuvante  no  Oscar de 1994. Outros  canadenses  no filme foram Shawn Ashmore que fez o Bobby, bem antes deste filme ele só tinha feito alguns papeis  para TV, neste  filme fez uma participação bem limitada, apenas sugerindo  ser o par romântico da Vampira. Também teve Tyler Mane, outro canadense presente no filme fazendo o Dente-de-Sabre que no filme atua como um capacho do Magneto, nunca tinha feito nenhum filme na carreira antes desse, e por fim, para fechar o ciclo de atores gringos presentes no primeiro filme de X-men, temos o escocês Ray Park fazendo Groxo, também sendo limitado a figura do capacho do Magneto assim como o Dentre-de-Sabre antes dele estrelar este filme ele tinha sido o Darth Maul em “Star Wars-Episódio 1-A Ameaça Fantasma”(1999). Já quanto ao resto estadunidense contou com Halle Berry como a Tempestade que antes de ganhar visibilidade por este papel, ela já tinha um vasto currículo em filmes dos mais variados gêneros, dos mais dramáticos como “Febre da Selva”(1991) e “O Destino de uma vida”(1995) e até mesmo numa comédia meio bobinha como a versão live-action de “Os Flitstones”(1994). É curioso pensar que a personagem dela tem uma função muito importante assim como a Jean Grey, que posteriormente ela seria a Bond Girl Jinx no filme “007-Um novo dia para morrer”(2002), assim como anteriormente aconteceu a Famke Janssen, após este filme ela chegou a estrelar outra heroína de quadrinho no cinema que foi a “Mulher-Gato”(2004). Também teve James Marsden fazendo o Ciclope, que já vinha de um currículo respeitado no cinema antes desse papel no qual ele até que não trabalhou mal, o único problema está no fato da produção neste e nos filmes seguintes não terem sabido como desenvolver a essência dele como comandante da equipe, o coitado ficou muito sujeito a viver na dor de cotovelo por causa do Wolverine ter lhe roubado a cena.  E por fim destaco a Rebecca Ronjim no papel da Mística, que apesar de não ter virado uma queridinha de Hollywood como se tornou posteriormente  Jennifer Lawrence quando assumiu  a Mística em X-Men: Primeira Classe(2011), ainda assim demonstrou uma performance perfeita no papel. Apesar  de não ter mostrado muito o seu potencial de comando na Irmandade dos Mutantes que ela bem mostra nas Hqs, mostrou ótimas performances na coreografias de luta  perfeitas  e trabalhou  bem sua essência de capanga fiel ao Magneto e também posso destacar que ela ficou perfeitamente caracterizada como a personagem  que consistia num traje cheio de camadas de próteses  com muita tinta azul pintada em todo o corpo que criava um bom efeito visual da sua metamorfose e não deixava transparecer que ela estava completamente sem roupa neste figurino ao mesmo tempo que não deixou bizarramente carnavalesca a ponto dela ficar provocantemente  sexy, e aliás sexy ele se mostraria posteriormente quando estrelou “Femme Fatale”(2002) fazendo uma cena de strip-tease bem picante.  No quesito da trama, eles mostraram terem construído  um roteiro que procurou ser um pouco mais pé no chão e com tom sério e um pouco mais realista, já que na época o gênero de filmes de super-heróis tinha ficado bastante saturado, durante o final dos anos 1970, passando por toda a década de 1980 e até o final da década de 1990,  com os dois heróis icônico da DC Comics, a concorrente da Marvel, Superman e Batman tinham ganhado quadrilogias produzidas pela Warner onde viveram na era de ouro. Mas depois que o gênero foi perdendo o vigor depois do fracasso de Batman & Robin(1997), a partir daquele momento este gênero foi completamente enterrado. Uma boa oportunidade da  Fox  ir comendo pelas beiradas para reconquistar o publico  com este gênero. E uma das coisas mais acertadas neste filme, foi eles colocarem um tom mais sério em tudo que diz respeito ao filme. O  figurino é a parte que mais chama atenção deixando bem evidente esta identidade visual, todos padronizados, em tom mais escuro e sem alguns usarem máscaras como o Wolverine.  Em nenhum momento  é apresentado algum tom chamativo colorido, talvez para não ficar muito cartunesco, a ponto de ser visto como um filme muito bobo e infantilizado e inclusive para as heroínas eles tiveram o cuidado de não fazerem algo muito provocantemente sexy.  Um dos pontos certos  que eles souberam como estabelecer cada macaco no seu galho. Sem precisar se utilizar de algum didatismo de explicar a origem de como o grupo se formou, aqui tivemos o Professor X com a sua equipe mutante já estabelecida  e do outro tivemos Magneto com sua Irmandade. A história desse primeiro teve a introdução de mostrar o Magneto criança em um campo de concentração na Polônia em 1944. Uma maneira bem interessante de apresentar e destacar um pouco de sua essência. Mais para frente a trama corta para o momento onde passamos a ver o seu desenvolvimento apresentando a Vampira na casa de um namorado, antes de entrar para os X-Men. Outra boa maneira de destaca-la, já que ela seria o ponto  importante para o plano maquiavélico do Magneto.  Ai depois temos a Jean Grey se conflitando e batendo boca com o Senador Robert Kelly(Bruce Davison)  no Congresso Americano pelo” Acto do Registro Mutante”, a presença  deste no arco do filme é  também um ponto importante porque será por meio dele que os mutantes vão ficar sabendo  do plano maquiavélico do Magneto.  E também por meio da Vampira em sua jornada solitária caminhando pela região  nevada de Alberta, no Canadá, que nos deparamos com o Wolverine participando de uma disputa de duelo no ringue.  É numa cena de Wolverine encarando Dente-de-Sabre que conhecemos em ação Ciclope e Tempestade e eles então levam Wolverine e Vampira para a Escola Xavier de Superdotados.  É neste momento que se desenrola todo o escopo  da trama mostrando a equipe mutante.  Foi na época uma aposta bem arriscada, mas ele souberam como criar uma boa história para o público que tendia a gostar de outras tendências de  gêneros de blockbusther daquele começo de século 21, e o que dominava eram as tramas de ficção científica cibernética como o fenômeno “Matrix”(1999), por exemplo.  Como já antecipei, eles souberam como elaborar o roteiro apesar de apresentar  algumas escorregadas, uns furos  que foram mais sentidos quando a franquia ganharia mais filmes, mas que vou deixar para comentar na postagem analisando Primeira Classe, Wolverine: Imortal e Dias de um futuro esquecido.  Bryan Singer como já antecipei dirigiu muito bem o filme, comprou a proposta da trama, mesmo nunca  tendo sequer uma edição da revista de X-Men.  Também destaco a excelente fotografia do filme que passa um tom de seriedade. A trilha do maestro Michael Kamen (1948-2003) é um espetáculo a parte, pois ele criou um excelente arranjo orquestral em tom  nostálgico  que bem  remete a música de abertura do desenho clássico  da década de 1990. Ele também contou com as pontas pequenas de outros mutantes importantes na história que foram mostrados no filme apenas como figurantes que é o caso de Kitty Pride(Sumela  Kay), Pyro(Alexander Burton) e Jubileu(Katrina Florece). Já preparando o terreno para os próximos filmes. No balanço geral, este primeiro X-Men foi a melhor produção já apresentada para uma adaptação conquistou até a critica recebendo a aprovação no Rotten Tomates de 82%.  A minha nota para este film e é 5,0.










X-MEN 2(2003)


























Logo após o primeiro ter conquistado a critica e a bilheteria veio este segundo filme da franquia que foi lançado num ano importante que marcava a comemoração dos 40 anos da primeira publicação das revistas dos mutantes. Numa história que manteve o mesmo ritmo e vigor do anterior.  Com um enredo inspirado numa importante edição das graphics novels “Deus Ama, o Homem Mata” publicado nos anos 1980 e de autoria de Christopher Claremont  e de  Brent Eric Anderso.Ele começa com uma ótima abertura mostrando Noturno(Alan Cumming) na Casa Branca enfrentando todos os seguranças para matar o Presidente dos Estados Unidos. Um incidente que já deixava  evidente qual a motivação para o plano do General William Striker(Brian Cox). Com o seu projeto de caça aos mutantes aprovado pelo Governo Americano. Depois a trama vai se desenvolvendo em mostrar a equipe passeando num museu com os seus alunos pequenos após eles terem impedido o incidente provocado pelo Magneto na Estátua da Liberdade. Podemos aqui bem ver a Jean Grey sentido um mal-estar, o que já deixava evidente o despertar da entidade da Fênix. Enquanto é mostrado o Wolverine novamente em sua jornada para se auto-conhecer, procurar saber do seu passado, principalmente quando vai até o Lago Alkail que serve para sua base. Cuja presença de Strike na trama envolve justamente isto. Enquanto que Magneto continua aprisionado numa cela especial. Mas termina recebendo um soro de Strike para contar a localização. Em paralelo, aparece a Mística com o disfarce do Senador Kelly, planejando a fuga do Magneto e descobrindo no computador do Striker um dossiê comprometedor de um projeto de extermínio dele dos mutantes. Também mostra a figura da Lady Letal que age como simples capanga do Strike, sua única utilidade.  Mostra também  a Mística na Casa Branca  com o disfarce do Senador Kelly, planejando a libertação do Magneto. Com isso, ocorre o momento importante do filme que é quando Strike manda suas tropas invadirem a Escola, vemos o grupo se fragmentar. Principalmente depois que todo mundo se ferra, com o Professor X, Ciclope e boa parte dos alunos aprisionados na base secreta de Strike. De um lado  temos Tempestade e Jean indo atrás de Noturno numa Igreja em Boston, já no outro  lado Wolverine acompanha o trio jovem formado pelo Homem de Gelo, a Vampira e o Pyro para fugirem das tropas de Strike, enquanto que os outros alunos são levados por Colossos e Kitty.  Bobby/Homem de Gelo chega a abriga-los na sua casa, mas no momento em que sua família mostra-se espantada com a revelação de que ele era um mutante, seu irmão o denuncia e a policia aparece para fazer tumulto, mas são salvos por Jean e Tempestade no X-Jet, mas durante o voo sofrem uma espécie de blitz área no qual são atingidas pelos bombardeios, onde no momento em que ocorre a queda do avião, Magneto aparece junto a Mística, após  conseguir ser solto da prisão para se aliarem na missão de salvarem Xavier e os outros da mão de Strike.  Neste momento podemos notar um leve furo de roteiro em relação a adaptação do quadrinho, dependendo de qual for o seu ponto de vista que envolve uma cena de quando a Mística  está cara a cara com o Noturno, ela não aparece sequer apresentar uma reação que demonstre que ela é mãe do Noturno,  ela olha para ele de uma forma fria, insensível e indiferente. Algo que inclusive aqui sequer foi mencionado alguma relação de Noturno com o passado da Mística.  Pior mesmo é quando  o Noturno aparecer em X-men: Apocalipse como eles vão explicar esta relação maternal do dois, já que a linha cronológica dos filmes foi alterada após os eventos de “Dias de um futuro esquecido”.  O mais curioso ocorre na cena, onde após o diluvio da represa de Alkail na qual Jean se sacrificou, podemos ver o surgimento da Fênix.  O que serviria como pista para o próximo filme.  Como bem já adiantei neste segundo filme da primeira franquia de X-men,  Bryan Singer e a Fox mostrou mais uma vez vitalidade e competência para proporcionar um ótimo filme, melhor em muitas coisas do que em relação ao anterior, recebendo inclusive no Rotten Tomatoes uma aprovação de 87% na época. O elenco também manteve o mesmo vigor e afiação em relação aos seus personagens.  Inclusive os interpretes dos personagens mais novos presentes neste destaco mais uma presença de atores gringos condizendo bem a essência de diversidade pregada pelos mutantes.  O escocês  Alan Cumming é o primeiro que destaco no papel do Noturno, cuja tom da caracterização o deixou extremamente sensacional, e o show de efeitos especiais do seu tele transporte já bem mostrava o quanto que o personagem tinha um peso importante para a trama.  Outro escocês presente no filme é Brian Cox no papel de Wiliam Strike, onde mostrou trabalhar bem a essência dele como o tipo ameaçador, mesmo não sendo mutante. Ele conseguiu o tom certo para o personagem que mostra que tinha  peso para segurar o filme. Contou também com três canadenses que fazem parte do núcleo da Escola que aparecem completamente apagados no filme, ficando  inúteis, só servindo de enfeite para a cereja do bolo, que são Daniel Cudmore como Colossus,  Katie Stuart como Kitty Pride,  Kea Wong como Jubileu e por fim Steve Bacic como o Dr. Hank McCoy. Para finalizar sobre o elenco destaco a presença de Aaron Stanford no papel do Pyro que no começo compunha a equipe no núcleo do  trio jovem com Vampira e Homem de Gelo, onde ele fazia o tipo cômico irritante até decidir se bandear para o lado do Magneto.  Um detalhe curioso sobre a trilha sonora deste é que ela passou a ser assinada por John Ottman que assumiu o lugar que no filme anterior tinha sido de Michael Kamen, que faleceu  no mesmo ano  este foi lançado em consequência  de uma complicação cardíaca, ele sofria de uma esclerose múltipla. Ele conseguiu manter o mesmo arranjo que o anterior criou inspirado no clássico  desenho animado de 1992-1997, do qual inclusive Michael Kamen foi o arranjador.  No balanço geral, este segundo conseguiu mostrar  mais uma motivação para a Fox produzir mais um filme dos mutantes. A minha nota para este filme é 5,0.













X-MEN-O CONFRONTO FINAL(2006)


















O terceiro filme desta primeira franquia cinematográfica mutante, é o que mais divide opiniões entre os fanboys marvetes mais exaltadamente apaixonados.  Com roteiro livremente baseado no arco “The X-Men Phoenix Saga” publicado entre o período de  Janeiro a Outubro de 1980 da autoria da parceria entre Chris Claremont  e John Byrne. Este filme não contou com a presença de Bryan Singer na direção, porque estava envolvido no projeto da Warner  de “Superman-O Retorno” que foi lançado neste mesmo ano. No lugar dele, a Fox contratou  Brett Ratner para assumir a direção, um amigo pessoal de Bryan Singer, que antes de se aventurar a  dirigir este mega blockbusther, ele já carregava nas costas  um longo currículo, antes do cinema dirigiu videoclipes de cantores de rap e hip hop,  depois disso veio a dirigir  alguns filmes de ação e comédia  como “A Hora do Rush”(1998) e “Um homem de família”(2000)  e dirigiu o suspense “Dragão Vermelho”(2002), uma refilmagem de um filme  de 1986, que preludia os eventos de “O Silencio dos Inocentes”(1991). Só por este aspecto da mudança de direção  os mais indignados fanboys responsabilizam pelo resultado desastrosamente bagunçado que o filme se transformou.  Apesar de figurar bem na bilheteria, a critica no entanto não ficou satisfeita com o que  o enredo do filme resultou, no Rotten Tomatoes, a sua pontuação foi de 58%, muito abaixo das pontuações dos filmes antecedentes. Mas no fundo, analisando friamente, o filme mesmo não tendo mudado de diretor, a critica com certeza não mudaria de opinião a este respeito. Mesmo porque, precisamos  ver que a maior falha, o maior erro de mão que a Fox colocou foi ao incluir a Saga da Fênix na trama, modificando sua essência de entidade cômica, para uma evolução mutante da Jean Grey isto por si só já não agradaria mesmo com Singer no comando.  A trama até que começa bem mostrando  duas interessantes premissas que se passam na cena de prólogo que já apresentam qual será o escopo do filme. A primeira apresenta Professor X e Magneto juntos, aparentando estarem mais jovem, isto porque ela  se passa vinte anos antes dos acontecimentos deste filme, chegando a casa da Jean Grey   quando pequena para recrutá-la como sua primeira aluna,  mesmo  esta premissa sendo sensacional para gerar uma boa ideia da temática do filme dando destaque para ela, ainda assim apresenta alguns furos de roteiro que seriam sentidos nos filmes seguintes da segunda franquia, iniciada em 2011 com “X-Primeira Classe”.  O primeiro a se observar diz respeito a forma  de apresentar o Professor X já careca e ainda andando normalmente. Já o segundo envolve o fato de Magneto mencionar que eles estavam começando a formar a primeira escola.  E ainda há terceiro furo a se observar que envolve a Jean Grey aqui ser uma menina que aparenta ter 10 anos, bem diferente da versão adolescente vivida pela Sophie Turner em “X-Apocalipse”.  Outra também boa premissa apresentada no filme é a que ocorre paralelo a visita do Professor X e Magneto na casa da Jean, diz respeito a apresentação do mutante Anjo criança mutilando suas asas no banheiro, até que de repente seu pai aparece e fica chocado.  Este vai ser responsável pela criação da cura dos mutantes, depois de estudar o poder  do mutante Sanguessuga, já que a habilidade mutante deste envolvia a anulação de qualquer mutante que tentasse se aproximar dele.  É com isso que temos o Projeto da Cura Mutante. Algo que gera o maior rebuliço em toda a população.  Depois de apresentar estas duas premissas, o filme vai chegando ao momento presente, passado um ano após os acontecimentos de X-Men 2, aqui temos a equipe treinando numa simulação com o Sentinela.  Ciclope ainda permanece melancólico  pela perda da Jean Grey, enquanto que a maioria fica muito preocupada com o anuncio público do projeto do Governo Americano de Cura Mutante.  Ciclope recebe um chamado telepático de Jean, e retornar ao mesmo local onde ela se sacrificou.  Ciclope fica surpreso com a ressurreição dela, ela o hipnotiza com o beijo mortal. É a partir dai que temos o grande peso do desenvolvimento dela para a história. Nesse ínterim também mostra o Magneto começando a mexer  os  pauzinhos para recrutar alguns mutantes marginais  para fazer o seu  ato terrorista, a ponto de convencer Jean a lutar do seu lado.  A maneira como este  terceiro filme resultou até que pessoalmente eu não achei ruim,  o grande ponto falho mesmo esteja na maneira como a Fox não acertou em trazer a entidade cósmica da Jean Grey, a Fênix para ser colocada numa trama muito  realista, ainda mais com um tom muito político. Isso não ficou muito bom, além do mais o filme pecou muito em eliminar os personagens mais importantes do filme. Dentre estes o mais absurdo foi o da Mística sendo atingida  por uma seringa que a transforma numa mulher sem  poderes mutantes, a quem Magneto descarta. Aliás, não é explicado  sobre de que forma ela foi capturada.  Ciclope é pouco aproveitado neste filme, isto acontece pelo fato do seu interprete James Marsden ter sido escalado por Bryan Singer para fazer Superman-O Retorno. A Vampira também é descartada porque resolve aderir ao projeto da cura, quer ficar sem os seus poderes, temos a morte do Professor X pela Jean completamente consumida pela Fênix, o Magneto tem um fim ridículo perdendo os poderes mutantes com a seringa atingida pelo Fera e Jean e sacrificada pelas garras de adamantium do Wolverine. O qual este fica desconsolado. Boa parte do elenco que acompanha desde o primeiro filme, mesmo mostrando-se bem afiados nos papeis, ainda assim deixavam  transparecer sinais físicos de aparentes  cansaços e já não pareciam mostrar a mesma vitalidade, o mesmo pique, o mesmo vigor para encarar novamente os seus respectivos personagens. Ainda sobre o elenco assim como o primeiro, ele também apresentou atores  multinacionais, principalmente para os personagens novos que atuavam secundariamente.  Condizendo com a essência de diversidade da equipe mutante. Boa parte deles canadenses, conterrâneos de Anna Paquin  e Shawn Ashmore, que foram Kelsey Grammer como Hank McCoy/Fera que aparece irreconhecível com o tom da caracterização, onde ele aqui assumi a importante função de ser o porta-voz da causa mutante em um cargo do governo e até demonstra alguma utilidade, mas limitado ao roteiro.  Ellen Page, a ativista da causa LGBT fazendo no filme o papel da Kitty Pride que vive grudada no Homem de Gelo o filme inteiro, a ponto de parecer que os dois vão formar uma par romântico deixando a Vampira com ciúme.  Daniel Cudmore como Colossos.  E Cameron Bright que fez o Sanguessuga, o garotinho careca alvo da tensão, a expressão que ele apresenta já mostrava o peso que ele gerava para segurar o filme.  Contou também com três britânicos no elenco, Vinie Jones fez o Fanático, Olivia Williams como a Moira MacTargett, cuja presença chega a intrigar alguns fanbooys, pelo fato de aqui ela  não ter envelhecido nada, manteve a beleza jovial  e sendo representada na profissão de  enfermeira, que em “X-Primeira Classe” ela era uma agente da CIA. E por fim, Julian Richings como o Mutante-Organizador. Outro gringo, melhor dizendo gringa que esteve presente no elenco do filme foi da dominicana Dania Ramirez como Calisto. Por fim destaco os autênticos norte-americanos Eric Dane que fez o mutante Homem-Múltiplo, cujo único momento interessante no filme é quando ele usa sua mutação para enganar os bem treinados agentes federais numa floresta,  onde ele faz piada da situação, Ben Foster no papel do Anjo, que apesar da trama uma boa premissa dele no começo que vai envolver  o Projeto Cura Mutante, não gera tanta carga dramática  para dar importância ao filme. Por fim, do elenco destaco também a presença de Bill Duke num  papel que gera muita controvérsia de  boa parte dos fanboys  que é ele fazendo o Trask, isto principalmente envolvendo o fato da  sua  altura, seu porte físico e a própria etnia dele gerar esta polêmica, já que posteriormente este mesmo personagem voltaria a franquia no papel de Peter Dinklage.  Um mesmo personagem  sendo   neste filme sendo vivido por um cara alto de porte físico aparentemente gordinho  e negro ainda por cima, seria vivido por um anão, branco caucasiano em um filme posterior. Que confusão. No balanço geral, o filme apesar destas falhas, consegue ainda assim ser agradável. Mesmo porque ele de forma tímida apresentou algumas tendências usadas pela Marvel  Studios  como uma  cena pós-crédito onde apresentava  a “ Dra. Moira MacTaggert verifica um paciente em coma que cumprimenta com a voz de Xavier, dando a entender que antes de ser vaporizado por Jean Grey, enviou sua consciência para a do paciente em estado terminal. Assustada, Moira indaga: "Charles “?”*

Também apresentou alguns importantes easter eggs para os filmes posteriores como a presença dos Sentinelas que estariam em “X-Men: Dias de um futuro esquecido”.  Entre outras coisas. Por este motivo que a  minha nota para este filme é 3,5.















X-MEN:ORIGENS-WOLVERINE(2009)
























Para finalizar esta primeira parte das avaliações dos filmes da primeira franquia X-Men, comento sobre o controverso "X-Men: Origens-Wolverine”. Dirigido pelo sul-africano Gavin Hood, condizendo a ideia de diversidade pregada de uma forma muito sutil nos enredos das Hqs dos mutantes. A ideia da Fox de  fazer a primeira expansão do universo mutante com este filme, pode se dizer que foi para não perder o direito de adaptação cinematográfica. Já que nesta época, final da década de 2000,  a Marvel estava começando a engatinhar no cinema com “Homem de Ferro”(2008).  E com o sucesso obtido por este filme ela começava a ir comendo mesmo pelas beiradas. É como bem já antecipei no começo da descrição, um filme bastante controverso entre os fãs marvetes mais puritanos. Principalmente envolvendo  a maneira como o Deadpool foi inserido neste filme. De uma forma muito grotesca, muito bizarra, que por ironia foi vivido pelo mesmo Ryan Reynolds, mas que conseguiu se redimir do público com o filme solo do Deadpool lançado este ano. Mas a maneira como ele foi representado no filme, é o menor dos problemas se formos analisar  outros fatores. A maneira como o enredo foi construído cheio  de falhas, um reflexo justamente do clima tenso que teve nos bastidores entre o diretor e os executivos da Fox, por causa dos constantes conflitos criativos que fizeram a critica odiar o filme pelo roteiro fraco, mal escrito e sem muita inspiração. Se bem que em compensação, o filme conseguiu arrecadar bem na bilheteria, muito graças a presença de Hugh Jackman novamente no papel, foi quem carregou o filme inteiro nas costas. Quando começa, ele até apresenta uma interessante premissa que se passa no Canadá, em 1845, mostrando o Wolverine quando criança testemunhando um incidente familiar, é neste momento onde ele descobre sua mutação. Também somos apresentados a figura do Dentre-de-Sabre como seu irmão de criação. É neste momento que ele foge de casa e começa sua jornada solitária participando de algumas guerras, sempre na companhia do Dentre-de-Sabre até chegar ao momento eles são recrutados pelo General  Wiliam Strike(Danny Huston) quando estavam no Vietnã para fazerem um servicinho sujo na equipe dele de mercenários. Eles então roubam as pedras de uma tribo na África, que é o adamantium, após isto ele percebe um sinal de treta e resolve sair fora  seguindo o seu rumo. Com o passar do tempo  o filme vai se enveredando por uns caminhos confusos, principalmente quando é implantando o Adamantium no Wolverine, o seu relacionamento com Kaylan e muitos furos de roteiro apresentado no filme, dentre o mais bizarro envolve a aparição do Professor X  levando o grupo de jovens mutantes aprisionados na Ilha de Strike para irem a Escola Xavier para superdotados, onde ele é apresentado já careca, mas ainda andando normalmente. Dentre estes jovens, estava o Ciclope ainda um adolescente que é capturado numa cena onde ele estava no colégio pelo Dente-de-Sabre. O mesmo que vai retornar a franquia em X-Apocalipse como um adolescente com o Professor X já cadeirante e careca.  Assim como as cenas do Wolverine  no Laboratório ao implantar  as garras de Adamantium não batem com o que foi mostrado nos filmes antecedentes desta franquia. Onde nos flashbacks das memórias dele, era mostrado ele ficando ensanguentado e sofrido, coisa que aqui isto não acontece, ele aparentar sofrer nem fica ensaguentado. Do elenco, como já destaquei tivemos Hugh Jackman novamente no papel, Ryan Reynolds apresentando a primeira vez como o Deadpool  que não foi muito agradável. Tivemos Liev Schreiber no papel do Dente-de-Sabre, que de todos os personagens apresentados no filme é o que mais consegue se destacar, mostrou que sua presença dava um peso para sustentar uma trama  muito fraca.  A representação dele no papel consegue se sair melhor em relação a maneira como Tyler Mane representou este mesmo personagem no primeiro filme lançado em 2000. Não que  este tenha desempenhado mal o papel, acontece que a maneira como o Dente-de-Sabre foi apresentado  apenas figurando como um capacho do Magneto na Irmandade dos Mutantes, mas sem muito desenvolvimento e profundidade aquilo pecou muito. Já neste filme foi mostrado com uma essência bem mais trabalhada, mostrando uma personalidade determinada e que não está sujeito a submeter aos mandos e desmandos de ninguém. Também contou com  Danny Huston no papel de William Strike, sendo representado um pouco mais jovem, na casa dos 40 para 50 anos de idade. Que foi defendido muito bem por Brian Cox em X-Men 2.  Neste  ele até que não está mal no papel, principalmente na cena onde ele aparece, já deixa transparecer a influencia dele    na implantação das garras do adamatium no Wolverine, só que no decorrer do filme a atenção a ele foge completamente ao foco, um fato curioso sobre este ator é que vem do berço de uma importante família artística, neto do ator  Walter Huston(1884-1950), filho do ator  John Huston(1906-1987) e irmão da atriz Anjelica Huston .

O filme também contou no elenco com will i.am, o cantor da banda Black Eyed Peas fazendo o mutante Espectro, que  faz aquele tipo do alivio cômico irritante, forçado  e completamente inútil.  Também contou com Lynn Colliins no papel da Kayla, a paixão do Wolverine.  E como não podia deixar faltar, também contou com a presença de atores multinacionais. O canadense Kevin Durand é responsável pelo papel do Blob. Outro também canadense presente  no filme foi Taylor Kitsch como Gambit.  O alemão, naturalizado inglês  Dominic Monaghan foi  responsável pelo papel do Bolt. O australiano Tim Pocock, conterrâneo de Hugh Jackman foi responsável por fazer o Ciclope mais jovem, outros conterrâneos do protagonista que estiveram no filme foram Troye Sivan que foi o menino que  interpretou o Wolverine criança na cena inicial e Tahyna Tozzi que fez a Emma Frost, representada como a  irmã da Kayla que era uma prisioneiras na base de Strike, numa versão juvenil que gera controvérsias entre os marvetes, que na próxima postagem de análises criticas e avaliações da segunda franquia dos mutantes é que vou entrar mais a fundo  neste aspecto. Por fim também contou com o britânico Scott Adkins fazendo o duble  do  Deadpool naquela versão horrenda. No balanço geral, a Fox mesmo arriscando, não estava errada de querer expandir  o Universo Mutante da qual ela tem propriedade cinematográfica com este spin-off do Wolverine. O filme até mostrou-se ser bem promissor, mas depois apresentou umas escorregadas em consequência das tretas nos bastidores, com um roteiro cheio de furos e pouco envolvente. A minha nota para este filme é 2,0.


Bom aqui foram as minhas análises e avaliações dos filmes da primeira franquia X-Men.


*https://pt.wikipedia.org/wiki/X-Men:_O_Confronto_Final

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