Em maio, vamos ter o lançamento de X-Men: Apocalipse. Este
será o oitavo filme da franquia X-Men, os heróis mutantes da Marvel produzidos
pela Fox. X-Apocalipse promete ser o filme que irá fechar todo o ciclo da
trilogia reboot da franquia que começou com X-Men: Primeira Classe(2011), cuja
trama vai acontecer após os eventos alterados de Dias de um futuro esquecido
que causou uma imensa bagunça na
cronologia do universo mutante no cinema, criando assim uma linha do tempo alternativa, este filme
provavelmente pode ser o último com as estrelas principais como a Jennifer
Lawrence no papel da Mística. Além disso, ele também irá determinar os rumos
futuros da franquia, a depender da critica e da bilheteria, que se for um
fracasso talvez, a Fox ceda para a Marvel, isto dependendo de algum acordo,
enquanto isto vamos ver uma interminável batalha judicial por sua guarda. Muitos
fanboys marvetes devem estarem bastante receosos neste momento a respeito de
que este filme que pode determinar os rumos
jurídicos desta franquia ou mesmo quem sabe torcendo o nariz para que ele pudesse vingar. Chega a ser
estranho pensar que a Marvel não detenha
propriedade para fazer os filmes dos mutantes, para que eles possam estarem
incluídos dentro de sua cronologia de filmes. Bom, mas de todo modo, a gente
precisa perceber que a Marvel para ser hoje este império no cinema no atual
cenário, não teria sido possível se não
fosse pela Fox. Uma frase muito recorrente que os historiadores sempre se
utilizam é “Quem não conhece a sua história, está condenado a repeti-la”. E isto de certo modo faz algum sentido em
relação ao que a Marvel Comics viveu há
mais de vinte anos, mais precisamente
quando ao longo da década de 1990, ela enfrentou um tremendo sufoco
financeiro, estava quebrada, tinha caído num buraco a ponto de decretar oficialmente falência em 1996. Foi dai então que para se salvar daquele
cenário delicado que se encontrava, ela decidiu tomar a seguinte atitude drástica que era a única solução
possível de fazer naquele momento da
qual hoje ela se arrepende com razão, foi vender os seus principais personagens
para os estúdios de cinema. E a Fox era um desses estúdios interessados e
adquiriu assim a franquia X-men, se não fosse por ela, talvez hoje ela não
teria tanto vigor para criar um próprio
estúdio de cinema e adaptar os seus filmes para manter um controle criativo. A
Fox nestes longos 16 anos que vem produzindo e lançado filmes da
franquia X-men, pode até não ter acertado em proporcionar uma adaptação fiel as
Hqs, ainda mais depois de fazer reboots em forma de prequels da franquia, para
não perder o direito de adaptação,
principalmente depois que a Marvel decidiu ela mesma criar em 2004 seu estúdio
de cinema e bancar seus próprios filmes.
No entanto, com certeza se não
fosse ela a Marvel não teria ainda que comendo pelas beiradas conquistado a
mídia inexplorada que era o cinema. E isto ficou evidente quando em 2002, a
Sony lançava o Homem-Aranha. Como já fiz
anteriormente em relação aos filmes da Fase 1 e da Fase 2, dos filmes da Marvel
Studios, com os filmes de Superman e de Batman. Vou colocar aqui minhas
análises, minhas impressões, alguns
fatos curiosos sobre os filmes da franquia mutante e o esquema de avaliação
será nas notas de 1,0 a 5,0. Nesta primeira parte da postagem eu faço de quatro
filmes da franquia que são formados pelos filmes da trilogia original que
compõe de X-Men,X-Men 2 e X-Men-O Confronto Final e complementando com X-men:Origens-Wolverine, o spin-off solo do
Wolverine. Em outra postagem, vou fazer dos filmes que formam a
trilogia reboot como X-men Primeira Classe e X-men Dias de um futuro esquecido,
em complemento farei de Wolverine:
Imortal.
X-MEN(2000)
Comentar sobre este primeiro
X-Men me faz sentir uma certa
nostalgia, isto porque na época em que fui conferir a este filme eu era apenas
um adolescente roliço de 15 anos. Na ocasião eu fui já bem familiarizado com o
universo mutante, porque eu já conhecia em partes a essência do que esta
franquia tratava, porque eu tinha
crescido acompanhando uma série animada que passava no antigo programa matinal
infantil da Rede Globo, que era a TV Colosso. Portanto, não foi difícil para
mim ir assistir, apesar de até então nunca sequer tinha lido uma edição gibi
dos mutantes, seja nos tradicionais formatinhos com acabamento simples e
qualidade inferior ou nos inovadores
formatos americanos com acabamento da melhor qualidade, o que era visto como um
luxo. Curioso lembrar que no local onde fui
assistir a este filme, foi na antiga sala de cinema do Natal Shopping, que na
época não era dessa atual Rede Cinepolis, que funciona no terceiro andar do
Shopping. Naquela ocasião, a sala de
cinema que tinha no Natal Shopping era de propriedade do Grupo Severiano
Ribeiro que funcionava no andar térreo em frente a Praça de Alimentação, cuja
entrada era numa rampa. Eu já
frequentava esta sala desde quando eu era criança, quando o shopping foi inaugurado em 1992. Na época ainda não
tinha outras opções de salas de cinema
aqui em Natal-RN, além do Natal Shopping. Tinha do Cine Rio Verde, que ficava
lá no centro comercial da cidade, pelas bandas de Cidade Alta, em frente a
Catedral Nova, que simbolizava em Natal um resquício ainda ativo dos cinemas de bairros que funcionavam nas importantes avenidas
comerciais da cidade e andavam em decadência, que tinham surgido a partir da
década de 1940, após a “invasão” americana ocorrida na cidade que serviu de
base área para tropas dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial, funcionava no
mesmo local do antigo Cine Rio Grande e foi desativado alguns anos depois, e
hoje funciona uma Igreja Evangélica. Na época, ainda não existia a sala do Praia
Shopping, o estabelecimento já existia desde 1997, mas foi somente em 2003
que a rede de cinema Moviecom seria inaugurada neste shopping. Também não
existia o Shopping Midway Mall, que só seria inaugurado em 2005, e por
coincidência naquele mesmo ano, a antiga sala do Grupo Severiano Ribeiro
fecharia as portas no Natal Shopping. No
ano seguinte após a inauguração, chega a sala da Rede Cinemark no Midway e só depois
em 2013 é inaugurada a Cinepolis
no Natal Shopping. É curioso me lembrar que quando fui assistir foi numa tarde
de sábado, 12 de Agosto de 2000, após sair da minha atividade de arte num ateliê que eu frequentava na
época. Eu fui programado para assistir a
sessão das 17:00, horas, tinha chegado em cima da hora, mas mesmo assim pude
comprar o ingresso. E quando entrei a sala já estava passando o último trailer
antes do filme começar, tinha ficado decepcionado em não achar um canto, mas
não desisti acabei assistindo em pé no fundão, onde funcionavam os banheiros
masculinos e femininos e fica no entra e sai das pessoas, mas ai tive a sorte
de duas lanterninhas que ficaram lá vigiando, e quando uma delas me viu lá no
fundão me chamou e disse que tinha um canto vago para mim e foi ai então que
terminei assistindo sem nenhum problema. O mais inusitado aconteceu dias depois
de eu ter assistido aquela sessão, quando eu ainda na época estava no meu
colegial, cursando o nível fundamental veio uma atividade de redação onde relatei
esta experiência de ter assistido a esta sessão de X-men. Talvez eu
nem sequer imaginava aquilo poderia despertar esta atividade de
blogueiro resenhista de cinema como estou agora. Bom, após esta rápida explicação vai entrar no
foco da análise do filme.
Sobre este primeiro filme posso começar descrevendo que na época que a Fox lançou,
ela não tinha a pretensão de fazer uma
expansão, com filmes compartilhados para fazer um crossover como futuramente a
Marvel adotaria após criar seu próprio estúdio quando saiu da lama com as adaptações de cinema feita pela
Fox e Sony ao longo desta primeira
década do século 21. O filme foi lançado
nos EUA em 14 de Julho de 2000, enquanto que no Brasil chegou no começo de
agosto. Estes dois meses simbolizam um
período bem estratégico para os estúdios
lançarem mega filmes blockbusthers,
porque é a época dourada do Verão Americano.
A Fox lançou alguns anos após ter adquirido o direito de fazer a
adaptação para o cinema, eles negociaram a compra em 1994, bem no momento em
que a Marvel vivia no fundo do poço com a crise que a abateu na década de 1990,
mas o seu desenvolvimento já vinha sendo
trabalhado desde 1989, com um projeto apresentado por James Cameron. No processo de construção de elaboração do
roteiro, é curioso o fato dele contar
com a participação de Joss Whedon nos bastidores, o futuro diretor do filme dos
Vingadores lançado doze anos depois na equipe de roteirista deste primeiro
X-Men. Para dirigir, eles contrataram Bryan Singer, que na época ainda não era
um diretor famoso. Antes de X-men ele só
tinha dirigido apenas quatro filmes no
currículo sendo o primeiro um curta que
foi” Lion´s Den”(1988), depois passaria a dirigir longas-metragens a partir de
“Public Acess”(1993), seguido de “Os
Suspeitos”(1995) e de “O Aprendiz”(1998). Pode-se dizer que X-men tornou-se uma grande aposta de
blockbusther em sua carreira para
aquele Verão Americano do ano 2000,
tornando-se um grande divisor de
águas para conseguir lhe dar mais notoriedade, ainda ser formos analisar que
ele sendo gay assumido dirigindo uma trama onde os heróis defendem o mal maior
como o preconceito, isto também ajudou e muito a ele compreender e transmitir a essência dos heróis, mesmo nunca
tendo lido sequer um gibi de X-men. A escalação e contratação dos atores também
contêm uns fatos muitos curiosos. Boa
parte dos atores escalados para os respectivos papeis, não eram muito conhecidos do grande público
quando estrelaram este filme. Provavelmente para diminuir custos com cachês
muito altos que muitos dos grandes astros e estrelas vistos como as minas de
ouro de Hollywood poderiam exigir. Boa
parte deles que participaram deste primeiro X-Men eram bem multinacionais, o que condiz
bem a essência da diversidade que envolve a própria característica de quando a
equipe surgiu em 1963, que já teve
muitos componentes gringos em suas edições. Hugh Jackman é o primeiro exemplo
bastante curioso ao ser escalado para ser o Wolverine, o ator que é australiano
quase que não conseguiu ser o Wolverine que estava destinado a outro ator, que
desistiu porque já estava envolvido em outra produção blockbusther para ser
também lançado naquele verão de 2000 antes de X-men. Não chega a ser estranho o
fato de Jackman natural de um país da Oceania, conhecido pelas suas belas
praias paradisíacas, onde se pratica o surf e tem como peculiaridade o
canguru como animal símbolo e que por coincidência neste mesmo ano em que o primeiro filme foi lançado a
Austrália estava no centro das atenções
mundiais por sediar o importante
evento esportivo que eram os Jogos
Olímpicos na capital Sidney, tenha sido escalado para interpretar um membro gringo da equipe
que é natural do Canadá e isto pode ser bem percebido pela sua mutação animal
está ligada a uma espécie muita característica de lá do pais que é o urso carcaju
que o povoado local o chama de
Wolverine, e do qual este apresenta
características bem típicas como o olfato aguçado, as garras só serem soltas no
momento do perigo e principalmente sua característica de ser solitário, antes
de estrelar X-Men, Jackman tinha feito poucos filmes na carreira, mas este foi
responsável pelo destaque e notoriedade
a sua carreira. Além dele, o elenco
contou com dois atores britânicos que interpretaram os papeis mais
importantes do filme, que foram Patrick Stewart para fazer o mentor da equipe
Charles Xavier, este já veterano no
cinema e na TV. E Ian McKellen para ser o Magneto, personagem que cria bom
contraponto ao Professor X, também
veterano assim como Patrick Stewart. É
curioso pensar que McKellen assim como o
diretor Bryan Singer também é gay
assumido e isto ajudou bem a ele compor
e transmitir bem a essência do Magneto, que em contraponto
ao Professor X que é um defensor da causa mutante, só que mais moderada, ele
também representa esta característica, mas com uma posição radical a ponto de
praticar o terrorismo extremista. Tudo
isso envolvendo a própria carga dramática que ele viveu quando criança quando vivia na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial, e
lá foi caçado e mandado para um campo de concentração nazista por ser judeu. Há
quem diga que a ideia desses dois lidere da causa mutante criarem este
contraponto tenham inspiração nos lideres do movimento negro nos EUA como Martin Luther
King(1929-1968) ter inspirado o Professor X com sua luta igualdade, mas
pacifista. Enquanto que Magneto tenha sido inspirado em Malcom X(1925-1965)
pela sua postura extremamente radical, assim como Magneto desprezava os
humanos, Malcom X desprezava os brancos. No todo assim, a parte irônica tenha haver com
o fato de que na vida real, talvez por serem conterrâneos Ian McKellen e
Patrick Stewart viraram grandes amigos. De vez em quando eles
postam fotos nas redes sociais se divertindo e souberam cada um a seu um tom de
refinamento bem típico da interpretação europeia, que Patrick Stewart que o
diga, já que tem formação teatral shakespereana o que ajudou na carga dramática
do personagem. Outro também gringo do elenco, ou melhor dizendo, uma gringa é
Famke Janssen que fez a Jean Grey. A
holandesa já tinha um relativo currículo de filmes antes de ser a Jean
Grey, dentre estes eu destaco para “007
contra GoldenEye”(1995), onde ela fazia a bond-girl Xenia Onatopp, uma
ex-piloto de caça da antiga União Soviética que simbolizava a figura da femme
fatale que atrai o sedutor espião britânico James Bond para o perigo, era a
capanga da Organização Janus. O fato mais curioso é que neste filme de 007
também contou com outro ator que estaria em futuro da primeira franquia de
X-men que é o Alan Cumming fazendo o hacker Boris Grishenko, capanga da Janus
que faria o Noturno em X-Men 2. No filme, a atriz demonstrou um bom desempenho na essência dela trabalhando tanto na parte científica,
quanto sendo a importante figura de comando na equipe e ao mesmo tempo sinônimo
da paixão do Wolverine. Além desses,
também contou com outros atores
gringos, sendo três canadenses como Anna
Paquin a Vampira, que bem antes deste
papel, ela já tinha começado ainda
garotinha com apenas 10 anos, estrelando “O Piano”(1993), uma produção
britânica, australiana e franco-neozelandesa onde ela fazia a filha da protagonista do
filme, uma pianista muda vivida por Holly Hunter que lhe rendeu o premio de Melhor Atriz Coadjuvante no
Oscar de 1994. Outros canadenses
no filme foram Shawn Ashmore que fez o
Bobby, bem antes deste filme ele só tinha feito alguns papeis para TV, neste filme fez uma participação bem limitada,
apenas sugerindo ser o par romântico da
Vampira. Também teve Tyler Mane, outro canadense presente no filme fazendo o
Dente-de-Sabre que no filme atua como um capacho do Magneto, nunca tinha feito
nenhum filme na carreira antes desse, e por fim, para fechar o ciclo de atores
gringos presentes no primeiro filme de X-men, temos o escocês Ray Park fazendo
Groxo, também sendo limitado a figura do capacho do Magneto assim como o Dentre-de-Sabre
antes dele estrelar este filme ele tinha sido o Darth Maul em “Star
Wars-Episódio 1-A Ameaça Fantasma”(1999). Já quanto ao resto estadunidense contou
com Halle Berry como a Tempestade que antes de ganhar visibilidade por este
papel, ela já tinha um vasto currículo em filmes dos mais variados gêneros, dos
mais dramáticos como “Febre da Selva”(1991) e “O Destino de uma vida”(1995) e
até mesmo numa comédia meio bobinha como a versão live-action de “Os
Flitstones”(1994). É curioso pensar que a personagem dela tem uma função muito
importante assim como a Jean Grey, que posteriormente ela seria a Bond Girl
Jinx no filme “007-Um novo dia para morrer”(2002), assim como anteriormente
aconteceu a Famke Janssen, após este filme ela chegou a estrelar outra heroína
de quadrinho no cinema que foi a “Mulher-Gato”(2004). Também teve James Marsden
fazendo o Ciclope, que já vinha de um currículo respeitado no cinema antes
desse papel no qual ele até que não trabalhou mal, o único problema está no
fato da produção neste e nos filmes seguintes não terem sabido como desenvolver
a essência dele como comandante da equipe, o coitado ficou muito sujeito a
viver na dor de cotovelo por causa do Wolverine ter lhe roubado a cena. E por fim destaco a Rebecca Ronjim no papel da
Mística, que apesar de não ter virado uma queridinha de Hollywood como se
tornou posteriormente Jennifer Lawrence
quando assumiu a Mística em X-Men:
Primeira Classe(2011), ainda assim demonstrou uma performance perfeita no
papel. Apesar de não ter mostrado muito
o seu potencial de comando na Irmandade dos Mutantes que ela bem mostra nas Hqs,
mostrou ótimas performances na coreografias de luta perfeitas e trabalhou bem sua essência de capanga fiel ao Magneto e
também posso destacar que ela ficou perfeitamente caracterizada como a
personagem que consistia num traje cheio
de camadas de próteses com muita tinta
azul pintada em todo o corpo que criava um bom efeito visual da sua metamorfose
e não deixava transparecer que ela estava completamente sem roupa neste
figurino ao mesmo tempo que não deixou bizarramente carnavalesca a ponto dela
ficar provocantemente sexy, e aliás sexy ele se mostraria posteriormente
quando estrelou “Femme Fatale”(2002) fazendo uma cena de strip-tease bem
picante. No quesito da trama, eles
mostraram terem construído um roteiro
que procurou ser um pouco mais pé no chão e com tom sério e um pouco mais realista, já que na época o
gênero de filmes de super-heróis tinha ficado bastante saturado, durante o
final dos anos 1970, passando por toda a década de 1980 e até o final da década
de 1990, com os dois heróis icônico da
DC Comics, a concorrente da Marvel, Superman e Batman tinham ganhado
quadrilogias produzidas pela Warner onde viveram na era de ouro. Mas depois que
o gênero foi perdendo o vigor depois do fracasso de Batman & Robin(1997), a
partir daquele momento este gênero foi completamente enterrado. Uma boa
oportunidade da Fox ir comendo pelas beiradas para reconquistar o
publico com este gênero. E uma das
coisas mais acertadas neste filme, foi eles colocarem um tom mais sério em tudo
que diz respeito ao filme. O figurino é
a parte que mais chama atenção deixando bem evidente esta identidade visual,
todos padronizados, em tom mais escuro e sem alguns usarem máscaras como o
Wolverine. Em nenhum momento é apresentado algum tom chamativo colorido,
talvez para não ficar muito cartunesco, a ponto de ser visto como um filme
muito bobo e infantilizado e inclusive para as heroínas eles tiveram o cuidado
de não fazerem algo muito provocantemente sexy. Um dos pontos certos que eles souberam como estabelecer cada
macaco no seu galho. Sem precisar se utilizar de algum didatismo de explicar a
origem de como o grupo se formou, aqui tivemos o Professor X com a sua equipe
mutante já estabelecida e do outro tivemos Magneto com sua Irmandade. A história desse primeiro
teve a introdução de mostrar o Magneto criança em um campo de concentração na
Polônia em 1944. Uma maneira bem interessante de apresentar e destacar um pouco
de sua essência. Mais para frente a trama corta para o momento onde passamos a
ver o seu desenvolvimento apresentando a Vampira na casa de um namorado, antes
de entrar para os X-Men. Outra boa maneira de destaca-la, já que ela seria o
ponto importante para o plano
maquiavélico do Magneto. Ai depois temos
a Jean Grey se conflitando e batendo boca com o Senador Robert Kelly(Bruce
Davison) no Congresso Americano pelo”
Acto do Registro Mutante”, a presença deste no arco do filme é também um ponto importante porque será por
meio dele que os mutantes vão ficar sabendo do plano maquiavélico do Magneto. E também por meio da Vampira em sua jornada
solitária caminhando pela região nevada
de Alberta, no Canadá, que nos deparamos com o Wolverine participando de uma
disputa de duelo no ringue. É numa cena de
Wolverine encarando Dente-de-Sabre que conhecemos em ação Ciclope e Tempestade
e eles então levam Wolverine e Vampira para a Escola Xavier de Superdotados. É neste momento que se desenrola todo o escopo
da trama mostrando a equipe mutante. Foi na época uma aposta bem arriscada, mas
ele souberam como criar uma boa história para o público que tendia a gostar de
outras tendências de gêneros de
blockbusther daquele começo de século 21, e o que dominava eram as tramas de
ficção científica cibernética como o fenômeno “Matrix”(1999), por exemplo. Como já antecipei, eles souberam como elaborar
o roteiro apesar de apresentar algumas
escorregadas, uns furos que foram mais
sentidos quando a franquia ganharia mais filmes, mas que vou deixar para
comentar na postagem analisando Primeira Classe, Wolverine: Imortal e Dias de
um futuro esquecido. Bryan Singer como
já antecipei dirigiu muito bem o filme, comprou a proposta da trama, mesmo
nunca tendo sequer uma edição da revista
de X-Men. Também destaco a excelente
fotografia do filme que passa um tom de seriedade. A trilha do maestro Michael
Kamen (1948-2003) é um espetáculo a parte, pois ele criou um excelente
arranjo orquestral em tom nostálgico que bem remete a
música de abertura do desenho clássico
da década de 1990. Ele também contou com as pontas pequenas de outros
mutantes importantes na história que foram mostrados no filme apenas como
figurantes que é o caso de Kitty Pride(Sumela
Kay), Pyro(Alexander Burton) e Jubileu(Katrina Florece). Já preparando o
terreno para os próximos filmes. No balanço geral, este primeiro X-Men foi a
melhor produção já apresentada para uma adaptação conquistou até a critica
recebendo a aprovação no Rotten Tomates de 82%. A minha nota para este film e é 5,0.
X-MEN 2(2003)
Logo após o primeiro ter conquistado a critica e a
bilheteria veio este segundo filme da franquia que foi lançado num ano
importante que marcava a comemoração dos 40 anos da primeira publicação das
revistas dos mutantes. Numa história que manteve o mesmo ritmo e vigor do anterior.
Com um enredo inspirado numa importante
edição das graphics novels “Deus Ama, o Homem Mata” publicado nos anos 1980 e
de autoria de Christopher Claremont e de Brent Eric Anderso.Ele começa com uma ótima
abertura mostrando Noturno(Alan Cumming) na Casa Branca enfrentando todos os seguranças para
matar o Presidente dos Estados Unidos. Um incidente que já deixava evidente qual a motivação para o plano do
General William Striker(Brian Cox). Com o seu projeto de caça aos mutantes
aprovado pelo Governo Americano. Depois a trama vai se desenvolvendo em mostrar
a equipe passeando num museu com os seus alunos pequenos após eles terem
impedido o incidente provocado pelo Magneto na Estátua da Liberdade. Podemos
aqui bem ver a Jean Grey sentido um mal-estar, o que já deixava evidente o
despertar da entidade da Fênix. Enquanto é mostrado o Wolverine novamente em
sua jornada para se auto-conhecer, procurar saber do seu passado,
principalmente quando vai até o Lago Alkail que serve para sua base. Cuja
presença de Strike na trama envolve justamente isto. Enquanto que Magneto
continua aprisionado numa cela especial. Mas termina recebendo um soro de
Strike para contar a localização. Em paralelo, aparece a Mística com o disfarce
do Senador Kelly, planejando a fuga do Magneto e descobrindo no computador do
Striker um dossiê comprometedor de um projeto de extermínio dele dos mutantes. Também
mostra a figura da Lady Letal que age como simples capanga do Strike, sua única
utilidade. Mostra também a Mística na Casa Branca com o disfarce do Senador Kelly, planejando a
libertação do Magneto. Com isso, ocorre o momento importante do filme que é
quando Strike manda suas tropas invadirem a Escola, vemos o grupo se
fragmentar. Principalmente depois que todo mundo se ferra, com o Professor X,
Ciclope e boa parte dos alunos aprisionados na base secreta de Strike. De um
lado temos Tempestade e Jean indo atrás
de Noturno numa Igreja em Boston, já no outro
lado Wolverine acompanha o trio jovem formado pelo Homem de Gelo, a
Vampira e o Pyro para fugirem das tropas de Strike, enquanto que os outros
alunos são levados por Colossos e Kitty. Bobby/Homem de Gelo chega a abriga-los na sua
casa, mas no momento em que sua família mostra-se espantada com a revelação de
que ele era um mutante, seu irmão o denuncia e a policia aparece para fazer
tumulto, mas são salvos por Jean e Tempestade no X-Jet, mas durante o voo sofrem uma
espécie de blitz área no qual são atingidas pelos bombardeios, onde no momento em
que ocorre a queda do avião, Magneto aparece junto a Mística, após conseguir ser solto da prisão para se aliarem
na missão de salvarem Xavier e os outros da mão de Strike. Neste momento podemos notar um leve furo de
roteiro em relação a adaptação do quadrinho, dependendo de qual for o seu ponto de
vista que envolve uma cena de quando a Mística está cara a cara com o Noturno, ela não
aparece sequer apresentar uma reação que demonstre que ela é mãe do Noturno, ela olha para ele de uma forma fria,
insensível e indiferente. Algo que inclusive aqui sequer foi mencionado alguma
relação de Noturno com o passado da Mística. Pior mesmo é quando o Noturno aparecer em X-men: Apocalipse como
eles vão explicar esta relação maternal do dois, já que a linha cronológica dos
filmes foi alterada após os eventos de “Dias de um futuro esquecido”. O mais curioso ocorre na cena, onde após o
diluvio da represa de Alkail na qual Jean se sacrificou, podemos ver o
surgimento da Fênix. O que serviria como
pista para o próximo filme. Como bem já
adiantei neste segundo filme da primeira franquia de X-men, Bryan Singer e a Fox mostrou mais uma vez
vitalidade e competência para proporcionar
um ótimo filme, melhor em muitas coisas do que em relação ao anterior, recebendo inclusive
no Rotten Tomatoes uma aprovação de 87% na época. O elenco também manteve o
mesmo vigor e afiação em relação aos seus personagens. Inclusive os interpretes dos personagens
mais novos presentes neste destaco mais uma presença de atores gringos
condizendo bem a essência de diversidade pregada pelos mutantes. O escocês Alan Cumming é o primeiro que destaco no papel
do Noturno, cuja tom da caracterização o deixou extremamente sensacional, e o
show de efeitos especiais do seu tele transporte já bem
mostrava o quanto que o personagem tinha um peso importante para a trama. Outro escocês presente no filme é Brian Cox
no papel de Wiliam Strike, onde mostrou trabalhar bem a essência dele como o tipo
ameaçador, mesmo não sendo mutante. Ele conseguiu o tom certo para o personagem
que mostra que tinha peso para segurar o filme. Contou também com três canadenses que
fazem parte do núcleo da Escola que aparecem completamente apagados no filme,
ficando inúteis, só servindo de enfeite para a cereja do bolo, que são Daniel
Cudmore como Colossus, Katie Stuart como
Kitty Pride, Kea Wong como Jubileu e por
fim Steve Bacic como o Dr. Hank McCoy. Para finalizar sobre o elenco destaco a
presença de Aaron Stanford no papel do Pyro que no começo compunha a equipe no
núcleo do trio jovem com Vampira e Homem
de Gelo, onde ele fazia o tipo cômico irritante até decidir se bandear para o
lado do Magneto. Um detalhe curioso
sobre a trilha sonora deste é que ela passou a ser assinada por John Ottman que
assumiu o lugar que no filme anterior tinha sido de Michael Kamen, que faleceu no mesmo ano
este foi lançado em consequência de uma
complicação cardíaca, ele sofria de uma esclerose múltipla. Ele conseguiu
manter o mesmo arranjo que o anterior criou inspirado no clássico desenho animado de 1992-1997, do qual
inclusive Michael Kamen foi o arranjador. No balanço geral, este segundo conseguiu
mostrar mais uma motivação para a Fox
produzir mais um filme dos mutantes. A minha nota para este filme é 5,0.
X-MEN-O CONFRONTO FINAL(2006)
O terceiro filme desta primeira franquia cinematográfica
mutante, é o que mais divide opiniões entre os fanboys marvetes mais
exaltadamente apaixonados. Com roteiro
livremente baseado no arco “The X-Men Phoenix Saga” publicado entre o período
de Janeiro a Outubro de 1980 da autoria
da parceria entre Chris Claremont e John
Byrne. Este filme não contou com a presença de Bryan Singer na direção, porque
estava envolvido no projeto da Warner de
“Superman-O Retorno” que foi lançado neste mesmo ano. No lugar dele, a Fox
contratou Brett Ratner para assumir a
direção, um amigo pessoal de Bryan Singer, que antes de se aventurar a dirigir este mega blockbusther, ele já
carregava nas costas um longo currículo,
antes do cinema dirigiu videoclipes de cantores de rap e hip hop, depois disso veio a dirigir alguns filmes de ação e comédia como “A Hora do Rush”(1998) e “Um homem de
família”(2000) e dirigiu o suspense
“Dragão Vermelho”(2002), uma refilmagem de um filme de 1986, que preludia os eventos de “O
Silencio dos Inocentes”(1991). Só por este aspecto da mudança de direção os mais indignados fanboys responsabilizam
pelo resultado desastrosamente bagunçado que o filme se transformou. Apesar de figurar bem na bilheteria, a critica
no entanto não ficou satisfeita com o que
o enredo do filme resultou, no Rotten Tomatoes, a sua pontuação foi de
58%, muito abaixo das pontuações dos filmes antecedentes. Mas no fundo,
analisando friamente, o filme mesmo não tendo mudado de diretor, a critica com certeza não mudaria de opinião a este respeito.
Mesmo porque, precisamos ver que a maior
falha, o maior erro de mão que a Fox colocou foi ao incluir a Saga da Fênix na
trama, modificando sua essência de entidade cômica, para uma evolução mutante
da Jean Grey isto por si só já não agradaria mesmo com Singer no comando. A trama até que começa bem mostrando duas interessantes premissas que se passam na
cena de prólogo que já apresentam qual será o escopo do filme. A primeira
apresenta Professor X e Magneto juntos, aparentando estarem mais jovem, isto
porque ela se passa vinte anos antes dos
acontecimentos deste filme, chegando a casa da Jean Grey quando pequena para recrutá-la como sua
primeira aluna, mesmo esta premissa sendo sensacional para gerar uma
boa ideia da temática do filme dando destaque para ela, ainda assim apresenta
alguns furos de roteiro que seriam sentidos nos filmes seguintes da segunda
franquia, iniciada em 2011 com “X-Primeira Classe”. O primeiro a se observar diz respeito a forma de
apresentar o Professor X já careca e ainda andando normalmente. Já o segundo
envolve o fato de Magneto mencionar que eles estavam começando a formar a
primeira escola. E ainda há terceiro
furo a se observar que envolve a Jean Grey aqui ser uma menina que aparenta ter
10 anos, bem diferente da versão adolescente vivida pela Sophie Turner em
“X-Apocalipse”. Outra também boa
premissa apresentada no filme é a que ocorre paralelo a visita do Professor X e
Magneto na casa da Jean, diz respeito a apresentação do mutante Anjo criança
mutilando suas asas no banheiro, até que de repente seu pai aparece e fica
chocado. Este vai ser responsável pela
criação da cura dos mutantes, depois de estudar o poder do mutante Sanguessuga, já que a habilidade
mutante deste envolvia a anulação de qualquer mutante que tentasse se aproximar dele.
É com isso que temos o Projeto da Cura
Mutante. Algo que gera o maior rebuliço em toda a população. Depois de apresentar estas duas premissas, o
filme vai chegando ao momento presente, passado um ano após os acontecimentos de
X-Men 2, aqui temos a equipe treinando numa simulação com o Sentinela. Ciclope ainda permanece melancólico pela perda da Jean
Grey, enquanto que a maioria fica muito preocupada com o anuncio público do
projeto do Governo Americano de Cura Mutante. Ciclope recebe um chamado telepático de Jean,
e retornar ao mesmo local onde ela se sacrificou. Ciclope fica surpreso com a ressurreição dela,
ela o hipnotiza com o beijo mortal. É a partir dai que temos o grande peso do
desenvolvimento dela para a história. Nesse ínterim também mostra o Magneto
começando a mexer os pauzinhos para
recrutar alguns mutantes marginais para
fazer o seu ato terrorista, a ponto de
convencer Jean a lutar do seu lado. A
maneira como este terceiro filme
resultou até que pessoalmente eu não achei ruim, o grande ponto falho mesmo esteja na maneira
como a Fox não acertou em trazer a entidade cósmica da Jean Grey, a Fênix para
ser colocada numa trama muito realista,
ainda mais com um tom muito político. Isso não ficou muito bom, além do mais o
filme pecou muito em eliminar os personagens mais importantes do filme. Dentre
estes o mais absurdo foi o da Mística sendo atingida por uma seringa que a transforma numa mulher sem
poderes mutantes, a quem Magneto descarta. Aliás, não é explicado sobre de que forma ela foi capturada. Ciclope é pouco aproveitado neste filme, isto
acontece pelo fato do seu interprete James Marsden ter sido escalado por Bryan
Singer para fazer Superman-O Retorno. A Vampira também é descartada porque
resolve aderir ao projeto da cura, quer ficar sem os seus poderes, temos a
morte do Professor X pela Jean completamente consumida pela Fênix, o Magneto
tem um fim ridículo perdendo os poderes mutantes com a seringa atingida pelo
Fera e Jean e sacrificada pelas garras de adamantium do Wolverine. O qual este
fica desconsolado. Boa parte do elenco que acompanha desde o primeiro filme,
mesmo mostrando-se bem afiados nos papeis, ainda assim deixavam transparecer sinais físicos de aparentes cansaços e já não pareciam mostrar a mesma
vitalidade, o mesmo pique, o mesmo vigor para encarar novamente os seus
respectivos personagens. Ainda sobre o elenco assim como o primeiro, ele também
apresentou atores multinacionais, principalmente para os personagens novos
que atuavam secundariamente. Condizendo
com a essência de diversidade da equipe mutante. Boa parte deles canadenses,
conterrâneos de Anna Paquin e Shawn
Ashmore, que foram Kelsey Grammer como Hank McCoy/Fera que aparece
irreconhecível com o tom da caracterização, onde ele aqui assumi a importante
função de ser o porta-voz da causa mutante em um cargo do governo e até demonstra
alguma utilidade, mas limitado ao roteiro.
Ellen Page, a ativista da causa LGBT fazendo no filme o papel da Kitty
Pride que vive grudada no Homem de Gelo o filme inteiro, a ponto de parecer que
os dois vão formar uma par romântico deixando a Vampira com ciúme. Daniel Cudmore como Colossos. E Cameron Bright que fez o Sanguessuga, o
garotinho careca alvo da tensão, a expressão que ele apresenta já mostrava o
peso que ele gerava para segurar o filme. Contou também com três britânicos no elenco,
Vinie Jones fez o Fanático, Olivia Williams como a Moira MacTargett, cuja
presença chega a intrigar alguns fanbooys, pelo fato de aqui ela não ter envelhecido
nada, manteve a beleza jovial e sendo
representada na profissão de enfermeira, que em “X-Primeira Classe” ela era uma
agente da CIA. E por fim, Julian Richings como o Mutante-Organizador. Outro
gringo, melhor dizendo gringa que esteve presente no elenco do filme foi da
dominicana Dania Ramirez como Calisto. Por fim destaco os autênticos
norte-americanos Eric Dane que fez o mutante Homem-Múltiplo, cujo único momento
interessante no filme é quando ele usa sua mutação para enganar os bem
treinados agentes federais numa floresta, onde ele faz piada da
situação, Ben Foster no papel do Anjo, que apesar da trama uma boa premissa
dele no começo que vai envolver o
Projeto Cura Mutante, não gera tanta carga dramática para dar importância ao filme. Por fim, do
elenco destaco também a presença de Bill Duke num papel que gera muita controvérsia de boa parte dos fanboys que é ele fazendo o Trask, isto
principalmente envolvendo o fato da sua
altura, seu porte físico e a própria etnia dele gerar esta polêmica, já
que posteriormente este mesmo personagem voltaria a franquia no papel de Peter
Dinklage. Um mesmo personagem sendo neste filme sendo vivido por um cara alto de
porte físico aparentemente gordinho e
negro ainda por cima, seria vivido por um anão, branco caucasiano em um filme posterior. Que
confusão. No balanço geral, o filme apesar destas falhas, consegue ainda assim
ser agradável. Mesmo porque ele de forma tímida apresentou algumas tendências
usadas pela Marvel Studios como uma
cena pós-crédito onde apresentava
a “ Dra. Moira MacTaggert verifica um paciente em coma que cumprimenta
com a voz de Xavier, dando a entender que antes de ser vaporizado por Jean
Grey, enviou sua consciência para a do paciente em estado terminal. Assustada,
Moira indaga: "Charles “?”*
Também apresentou alguns importantes easter eggs para os
filmes posteriores como a presença dos Sentinelas que estariam em “X-Men: Dias
de um futuro esquecido”. Entre outras
coisas. Por este motivo que a minha nota
para este filme é 3,5.
X-MEN:ORIGENS-WOLVERINE(2009)
Para finalizar esta primeira parte das avaliações dos filmes
da primeira franquia X-Men, comento sobre o controverso "X-Men:
Origens-Wolverine”. Dirigido pelo sul-africano Gavin Hood, condizendo a ideia
de diversidade pregada de uma forma muito sutil nos enredos das Hqs dos
mutantes. A ideia da Fox de fazer a
primeira expansão do universo mutante com este filme, pode se dizer que foi
para não perder o direito de adaptação cinematográfica. Já que nesta época,
final da década de 2000, a Marvel estava
começando a engatinhar no cinema com “Homem de Ferro”(2008). E com o sucesso obtido por este filme ela
começava a ir comendo mesmo pelas beiradas. É como bem já antecipei no começo
da descrição, um filme bastante controverso entre os fãs marvetes mais
puritanos. Principalmente envolvendo a maneira como o Deadpool foi inserido neste filme.
De uma forma muito grotesca, muito bizarra, que por ironia foi vivido pelo
mesmo Ryan Reynolds, mas que conseguiu se redimir do público com o filme solo
do Deadpool lançado este ano. Mas a maneira como ele foi representado no filme, é o menor dos
problemas se formos analisar outros
fatores. A maneira como o enredo foi construído cheio de falhas, um reflexo justamente do clima
tenso que teve nos bastidores entre o diretor e os executivos da Fox, por causa dos
constantes conflitos criativos que fizeram a critica odiar o filme pelo roteiro
fraco, mal escrito e sem muita inspiração. Se bem que em compensação, o filme
conseguiu arrecadar bem na bilheteria, muito graças a presença de Hugh Jackman
novamente no papel, foi quem carregou o filme inteiro nas costas. Quando
começa, ele até apresenta uma interessante premissa que se passa no Canadá, em
1845, mostrando o Wolverine quando criança testemunhando um incidente familiar,
é neste momento onde ele descobre sua mutação. Também somos apresentados a
figura do Dentre-de-Sabre como seu irmão de criação. É neste momento que ele
foge de casa e começa sua jornada solitária participando de algumas guerras,
sempre na companhia do Dentre-de-Sabre até chegar ao momento eles são
recrutados pelo General Wiliam
Strike(Danny Huston) quando estavam no Vietnã para fazerem um servicinho sujo na equipe dele de mercenários.
Eles então roubam as pedras de uma tribo na África, que é o adamantium, após isto ele
percebe um sinal de treta e resolve sair fora
seguindo o seu rumo. Com o passar do tempo o filme vai se enveredando por uns caminhos
confusos, principalmente quando é implantando o Adamantium no Wolverine, o seu
relacionamento com Kaylan e muitos furos de roteiro apresentado no filme,
dentre o mais bizarro envolve a aparição do Professor X levando o grupo de jovens mutantes
aprisionados na Ilha de Strike para irem a Escola Xavier para superdotados, onde ele é apresentado
já careca, mas ainda andando normalmente. Dentre estes jovens, estava o Ciclope
ainda um adolescente que é capturado numa cena onde ele estava no colégio pelo
Dente-de-Sabre. O mesmo que vai retornar a franquia em X-Apocalipse como um
adolescente com o Professor X já cadeirante e careca. Assim como as cenas do Wolverine no Laboratório ao implantar as garras de Adamantium não batem com o que
foi mostrado nos filmes antecedentes desta franquia. Onde nos flashbacks das
memórias dele, era mostrado ele ficando ensanguentado e sofrido, coisa que aqui
isto não acontece, ele aparentar sofrer nem fica ensaguentado. Do elenco, como já destaquei tivemos Hugh Jackman novamente
no papel, Ryan Reynolds apresentando a primeira vez como o Deadpool que não foi muito agradável. Tivemos Liev Schreiber
no papel do Dente-de-Sabre, que de todos os personagens apresentados no filme é
o que mais consegue se destacar, mostrou que sua presença dava um peso para
sustentar uma trama muito fraca. A representação dele no papel consegue se sair
melhor em relação a maneira como Tyler Mane representou este mesmo personagem
no primeiro filme lançado em 2000. Não que este tenha desempenhado mal o papel, acontece
que a maneira como o Dente-de-Sabre foi apresentado apenas figurando como um capacho do Magneto
na Irmandade dos Mutantes, mas sem muito desenvolvimento e profundidade aquilo
pecou muito. Já neste filme foi mostrado com uma essência bem mais trabalhada,
mostrando uma personalidade determinada e que não está sujeito a submeter aos
mandos e desmandos de ninguém. Também contou com Danny Huston no papel de William Strike,
sendo representado um pouco mais jovem, na casa dos 40 para 50 anos de idade.
Que foi defendido muito bem por Brian Cox em X-Men 2. Neste ele até que não está mal no papel,
principalmente na cena onde ele aparece, já deixa transparecer a influencia
dele na implantação das garras do adamatium no
Wolverine, só que no decorrer do filme a atenção a ele foge completamente ao
foco, um fato curioso sobre este ator é que vem do berço de uma importante família artística,
neto do ator Walter Huston(1884-1950),
filho do ator John Huston(1906-1987) e
irmão da atriz Anjelica Huston .
O filme também contou no elenco com will i.am, o cantor da
banda Black Eyed Peas fazendo o mutante Espectro, que faz aquele tipo do alivio cômico irritante,
forçado e completamente inútil. Também contou com Lynn Colliins no papel da
Kayla, a paixão do Wolverine. E como não
podia deixar faltar, também contou com a presença de atores multinacionais. O
canadense Kevin Durand é responsável pelo papel do Blob. Outro também canadense
presente no filme foi Taylor Kitsch como
Gambit. O alemão, naturalizado inglês Dominic Monaghan foi responsável pelo papel do Bolt. O australiano
Tim Pocock, conterrâneo de Hugh Jackman foi responsável por fazer o Ciclope
mais jovem, outros conterrâneos do protagonista que estiveram no filme foram
Troye Sivan que foi o menino que interpretou o Wolverine criança na cena inicial e
Tahyna Tozzi que fez a Emma Frost, representada como a irmã da Kayla que era uma prisioneiras na base
de Strike, numa versão juvenil que gera controvérsias entre os marvetes, que na
próxima postagem de análises criticas e avaliações da segunda franquia dos
mutantes é que vou entrar mais a fundo neste aspecto. Por fim também contou
com o britânico Scott Adkins fazendo o duble
do Deadpool naquela versão
horrenda. No balanço geral, a Fox mesmo arriscando, não estava errada de querer
expandir o Universo Mutante da qual ela
tem propriedade cinematográfica com este spin-off do Wolverine. O filme até mostrou-se
ser bem promissor, mas depois apresentou umas escorregadas em consequência das
tretas nos bastidores, com um roteiro cheio de furos e pouco envolvente. A minha
nota para este filme é 2,0.
Bom aqui foram as minhas análises e avaliações dos filmes da primeira franquia X-Men.
*https://pt.wikipedia.org/wiki/X-Men:_O_Confronto_Final
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