sábado, 3 de dezembro de 2016

MEU BALANÇO DOS FILMES DE 2016.1



Numa época como esta onde estamos entrando no clima das festas natalinas e de fim ano, os cinéfilos, principalmente jornalistas ou mesmo produtores  de conteúdo do youtube  costumam fazer balanços anual  para publicar em mídias especializadas em cinema um balanço  entre quais dos filmes lançado ao longo de cada  ano foram melhores e quais foram piores. Tarefa que pode parecer simples, mas não é. Mesmo porque como sempre acontece, todos os filmes que chegam na primeira  semana de janeiro até a época do carnaval ou mesmo até  ocorrer a tradicional cerimonia do Oscar. Ainda chegam  tardiamente filmes do ano anterior, diversos fatores pode se explicar o porquê de nos primeiros meses do ano, nossas salas de cinema exibem tardiamente os filmes do ano anterior. Do começo janeiro até a época das festividades do  carnaval é período das longas férias escolares de verão e eles destinam os catálogos principalmente de desenhos da Disney, ou mesmo produções live action de apelo familiar para serem exibidos nesta época. Assim como é nesta época que começa o aquecimento para a cerimonia do Oscar, e após serem definidos quais vão concorrer os filmes principalmente os de apelo mais dramático que estrearam nos EUA no anterior por este motivo é tardiamente são exibidos em nossas salas de cinema.  É o próprio de analisar entre melhor e pior depende de muitas variáveis, do quanto ele foi avaliado em IMDB em Rotten Tometoes entre estes fatores.
Foi pensando nisto  que portanto a seleção dos balanços dos filmes que assisti em 2016, será apenas dos que vi nas telonas. Nesta primeira parte  vou fazer o meu balanço dos filmes lançado no primeiro semestre de 2016 que conferi nas telonas.


QUARTO DE GUERRA 


Comecei  o segundo dia de  2016  conferindo  Quarto de Guerra filme de 2015 na sala da Rede Cinepólis do Natal Shopping. Um filme bem despretensioso, que eu assisti muito por insistência de minha mãe. Mas que mesmo assim me sensibilizou bastante a maneira como ele aborda a prática da fé sem parecer piegas, ou mesmo querer ser muito doutrinário. É um filme bem reflexivo que aborda sob o ponto de vista da complexidade das relações humanas centrado na família Jordan, que vivem uma confortável vida de classe média, mas que por trás dessa fachada confortável vivem um constante relacionamento conflituoso, a ponto de desgastar a relação do casal, e acabarem esquecendo-se da filha. Tudo isso vai aos poucos mudando quando Elizabeth, uma corretora de imóveis se afeiçoa a uma senhora cliente que a aconselha a buscar Jesus constantemente para tentar sensibilizar o coração frio de seu marido Tony. E aos poucos vai dando resultado. Uma abordagem bem sutil, sem parecer muito chato, mas muito filosoficamente profundo e positivo. Recomendo para quem gosta de filme que mostrem outras perspectivas e quer fugir um pouco dos megablockbusthers.




O BOM DINOSSAURO



A tão aguardada animação da Pixar com tema de dinossauro que ainda foi de 2015 que foi assistir na sala do Cinemark no Midway Mall. Carregado de uma formula bem típica da Pixar que é nas entrelinhas proporcionar mais do que um desenho para divertir crianças, mas também sempre carregado de um teor reflexivo.  Principalmente quando o protagonista Arlo, um filhote de apatossauros se depara com um menino selvagem que ele batiza de Spot. Neste cenário pré-histórico alternativo de imaginar os dinossauros representados por Arlo, além de dividirem o espaço com os humanos, são os que também mostram terem desenvolvido habilidades de agirem e se comunicarem como seres humanos, enquanto os humanos representados pelo Spot ainda agem como animais e não desenvolveram habilidades comunicativas. De maneira geral, a formula como a Pixar concebeu este filme me tocou muito. Nem parece, que ela enfrentou um tremendo trabalhão para conceber este filme, que estava previsto para estrear em 2014, mas devido a conflitos criativos, acabou sendo adiado para 2015. Foi um filme que valeu a pena de assistir.




SNOOPY-CHARLIE BROWNS-PEANUTS-O FILME


Filme que assisti durante as festividades do carnaval no Cinemark do Shopping Midway Mall. Tanto no aspecto da história ou mesmo no quesito visual artístico o filme foi muito sensacional. Baseado nas tirinhas do cartunista americano Charles M. Schulz(1922-2000) que tiveram suas primeiras publicações em 1950, portanto tanto o cão quanto as crianças já tem 65 anos e nunca envelheceram. Trazendo uma nova roupagem visual em computação gráfica CGI, produzida pela Blue Sky, a mesma responsável por “Era do Gelo”.Mas mantendo em seu escopo do roteiro a mesma essência dos personagens das tirinhas, sob uma nova ótica com diálogos as vezes mais adultos, a trama de Snoopy mostrou ser um filme sensacional.




DEADPOLL



O filme deste  super-herói mais improvável de virar sucesso, dentre os fatores  para a  descrença está  por ser produzido pela Fox, a quem os fanboys Marvetes mais desprezam. Outro também fator que muitos viam como improvável era do filme contar com Ryan Reynolds como protagonista. Que neste gênero de super-herói não teve muita sorte. Mas dentre todos está o fato dele ser um sujeito não muito conhecido do grande público, carregar uma essência muito insana e violenta que por isso mesmo teria uma classificação altíssima que podia por só afetar a bilheteria.  Mesmo com todos estes fatores de risco mostrou-se uma grande surpresa. Mesmo com poucos recursos o filme conseguiu surpreender por apresentar a figura mantendo sua essência dos quadrinhos como fato dele ser um sujeito tagarela e viver quebrando a quarta parede. O seu roteiro foi surpreendente apresentando piadas referenciais, não se levando nada a sério. Com uma surpreendente trilha sonora que trouxe revivals de canções de sucesso dos anos 1980. Com muita violência explicita dos quadrinhos, muita erotização e todos os elementos do Deadpool dos quadrinhos estavam lá. Mostrando que filme de super-herói também pode ser feito para adultos.




O CAÇADOR E A RAINHA DO GELO 



Continuação de “Branca de Neve e o Caçador”(2012), a trama deste que assistir no Natal Shopping. Surpreendeu-me bastante pela maneira como eu sem muita expectativa fui conferir ao filme sem esperar nada.  A trama deste filme desta vez dirigida pelo francês Cedric Nicolas-Troyan, que em “Branca de Neve e o Caçador” foi dirigido pelo britânico por Rupert Sanders. Trazendo-nos uma história bem pretensiosa da expansão da clássica fabula da Branca de Neve e os Sete Anões, criada por dois escritores alemães, os Irmãos Grimm no século 19. Mantendo todos os toques de escapismo com um ar mais sombrio do que em relação ao anterior que o tornam uma grande referencia como filme de fantasia. Desta vez sem a presença nos apresentou a saga do caçador Eric antes de se aventurar com a Branca de Neve e depois para encarar uma nova aventura contra Ravenna e sua irmã Freya.






COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ 



Com um  roteiro carregado de um teor muito profundamente filosófico, o que por este motivo  o torna para mim mais drama, do que propriamente uma comédia romântica.  O casal protagonista Will e Louisa sabem bem equilibrar os dois elementos, onde em cada cena podemos perceber o  timing certo para ser engraçado para criar um efeito cômico ele é bem trabalhado, e quando a cena tem de ser triste eles também sabem como encontrar o tom certo para sentir e perceber o timing dramático carregado de muitos toque de fineza britânica, coisa que o difere dos  clichês exagerados das  comédias  americanas. Ainda que seja muito sutil, não deixa de tratar de forma realista, principalmente no aspecto que envolve  o protagonista Will após ficar tetraplégico num acidente de moto estar mesmo objetivando mesmo a tirar a própria vida. Mesmo tendo se apaixonado por sua cuidadora Louisa, uma mulher que aceitou este emprego após ter sido demitida da cafeteria onde trabalhava como garçonete.


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