Numa
época como esta onde estamos entrando no clima das festas natalinas e de fim
ano, os cinéfilos, principalmente jornalistas ou mesmo produtores de conteúdo do youtube costumam fazer balanços anual para publicar em mídias especializadas em
cinema um balanço entre quais dos filmes
lançado ao longo de cada ano foram
melhores e quais foram piores. Tarefa que pode parecer simples, mas não é.
Mesmo porque como sempre acontece, todos os filmes que chegam na primeira semana de janeiro até a época do carnaval ou
mesmo até ocorrer a tradicional cerimonia
do Oscar. Ainda chegam tardiamente
filmes do ano anterior, diversos fatores pode se explicar o porquê de nos
primeiros meses do ano, nossas salas de cinema exibem tardiamente os filmes do
ano anterior. Do começo janeiro até a época das festividades do carnaval é período das longas férias escolares
de verão e eles destinam os catálogos principalmente de desenhos da Disney, ou
mesmo produções live action de apelo familiar para serem exibidos nesta época.
Assim como é nesta época que começa o aquecimento para a cerimonia do Oscar, e
após serem definidos quais vão concorrer os filmes principalmente os de apelo
mais dramático que estrearam nos EUA no anterior por este motivo é tardiamente
são exibidos em nossas salas de cinema. É o próprio de analisar entre melhor e pior
depende de muitas variáveis, do quanto ele foi avaliado em IMDB em Rotten
Tometoes entre estes fatores.
Foi
pensando nisto que portanto a seleção dos
balanços dos filmes que assisti em 2016, será apenas dos que vi nas telonas.
Nesta primeira parte vou fazer o meu
balanço dos filmes lançado no primeiro semestre de 2016 que conferi nas
telonas.
QUARTO
DE GUERRA
Comecei
o segundo dia de 2016 conferindo
Quarto de Guerra filme de 2015 na sala da Rede Cinepólis do Natal
Shopping. Um filme bem despretensioso, que eu assisti muito por insistência de
minha mãe. Mas que mesmo assim me sensibilizou bastante a maneira como ele
aborda a prática da fé sem parecer piegas, ou mesmo querer ser muito
doutrinário. É um filme bem reflexivo que aborda sob o ponto de vista da
complexidade das relações humanas centrado na família Jordan, que vivem uma
confortável vida de classe média, mas que por trás dessa fachada confortável
vivem um constante relacionamento conflituoso, a ponto de desgastar a relação
do casal, e acabarem esquecendo-se da filha. Tudo isso vai aos poucos mudando
quando Elizabeth, uma corretora de imóveis se afeiçoa a uma senhora cliente que
a aconselha a buscar Jesus constantemente para tentar sensibilizar o coração
frio de seu marido Tony. E aos poucos vai dando resultado. Uma abordagem bem
sutil, sem parecer muito chato, mas muito filosoficamente profundo e positivo.
Recomendo para quem gosta de filme que mostrem outras perspectivas e quer fugir
um pouco dos megablockbusthers.
O
BOM DINOSSAURO
A
tão aguardada animação da Pixar com tema de dinossauro que ainda foi de 2015
que foi assistir na sala do Cinemark no Midway Mall. Carregado
de uma formula bem típica da Pixar que é nas entrelinhas proporcionar mais do
que um desenho para divertir crianças, mas também sempre carregado de um teor
reflexivo. Principalmente quando o
protagonista Arlo, um filhote de apatossauros se depara com um menino selvagem
que ele batiza de Spot. Neste cenário pré-histórico alternativo de imaginar os
dinossauros representados por Arlo, além de dividirem o espaço com os humanos,
são os que também mostram terem desenvolvido habilidades de agirem e se
comunicarem como seres humanos, enquanto os humanos representados pelo Spot
ainda agem como animais e não desenvolveram habilidades comunicativas. De
maneira geral, a formula como a Pixar concebeu este filme me tocou muito. Nem
parece, que ela enfrentou um tremendo trabalhão para conceber este filme, que
estava previsto para estrear em 2014, mas devido a conflitos criativos, acabou
sendo adiado para 2015. Foi um filme que valeu a pena de assistir.
SNOOPY-CHARLIE
BROWNS-PEANUTS-O FILME
Filme que
assisti durante as festividades do carnaval no Cinemark do Shopping Midway
Mall. Tanto no aspecto da história ou mesmo no quesito visual artístico o filme
foi muito sensacional. Baseado nas tirinhas do cartunista americano Charles M.
Schulz(1922-2000) que tiveram suas primeiras publicações em 1950, portanto
tanto o cão quanto as crianças já tem 65 anos e nunca envelheceram. Trazendo
uma nova roupagem visual em computação gráfica CGI, produzida pela Blue Sky, a
mesma responsável por “Era do Gelo”.Mas mantendo em seu escopo do roteiro a
mesma essência dos personagens das tirinhas, sob uma nova ótica com diálogos as
vezes mais adultos, a trama de Snoopy mostrou ser um filme sensacional.
DEADPOLL
O filme
deste super-herói mais improvável de
virar sucesso, dentre os fatores para a descrença está por ser produzido pela Fox, a quem os fanboys
Marvetes mais desprezam. Outro também fator que muitos viam como improvável era
do filme contar com Ryan Reynolds como protagonista. Que neste gênero de
super-herói não teve muita sorte. Mas dentre todos está o fato dele ser um
sujeito não muito conhecido do grande público, carregar uma essência muito insana
e violenta que por isso mesmo teria uma classificação altíssima que podia por
só afetar a bilheteria. Mesmo com todos
estes fatores de risco mostrou-se uma grande surpresa. Mesmo com poucos
recursos o filme conseguiu surpreender por apresentar a figura mantendo sua essência
dos quadrinhos como fato dele ser um sujeito tagarela e viver quebrando a
quarta parede. O seu roteiro foi surpreendente apresentando piadas
referenciais, não se levando nada a sério. Com uma surpreendente trilha sonora
que trouxe revivals de canções de sucesso dos anos 1980. Com muita violência explicita
dos quadrinhos, muita erotização e todos os elementos do Deadpool dos
quadrinhos estavam lá. Mostrando que filme de super-herói também pode ser feito
para adultos.
O CAÇADOR
E A RAINHA DO GELO
Continuação
de “Branca de Neve e o Caçador”(2012), a trama deste que assistir no Natal
Shopping. Surpreendeu-me bastante pela maneira como eu sem muita expectativa
fui conferir ao filme sem esperar nada.
A trama deste filme desta vez dirigida pelo francês Cedric Nicolas-Troyan,
que em “Branca de Neve e o Caçador” foi dirigido pelo britânico por Rupert
Sanders. Trazendo-nos uma história bem pretensiosa da expansão da clássica
fabula da Branca de Neve e os Sete Anões, criada por dois escritores alemães, os
Irmãos Grimm no século 19. Mantendo todos os toques de escapismo com um ar mais
sombrio do que em relação ao anterior que o tornam uma grande referencia como filme
de fantasia. Desta vez sem a presença nos apresentou a saga do caçador Eric
antes de se aventurar com a Branca de Neve e depois para encarar uma nova
aventura contra Ravenna e sua irmã Freya.
COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ
Com um roteiro
carregado de um teor muito profundamente filosófico, o que por este
motivo o torna para mim mais drama, do que propriamente uma comédia
romântica. O casal protagonista Will e
Louisa sabem bem equilibrar os dois elementos, onde em cada cena podemos
perceber o timing certo para ser engraçado para criar um efeito cômico
ele é bem trabalhado, e quando a cena tem de ser triste eles também sabem como
encontrar o tom certo para sentir e perceber o timing dramático carregado de
muitos toque de fineza britânica, coisa que o difere dos clichês
exagerados das comédias americanas. Ainda que seja muito sutil, não
deixa de tratar de forma realista, principalmente no aspecto que envolve o protagonista Will após ficar tetraplégico num acidente de moto estar
mesmo objetivando mesmo a tirar a própria vida. Mesmo tendo se apaixonado por sua cuidadora Louisa, uma mulher que aceitou este emprego após ter sido demitida da cafeteria onde trabalhava como garçonete.
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