sábado, 10 de dezembro de 2016

MEU BALANÇO DOS FILMES DE 2016.2



Continuando a minha lista de avaliações com os  balanços dos filmes de 2016. Destaco agora os filmes que vi nas telonas ao longo do segundo semestre deste ano. A partir de Julho até Novembro. 
Parte 1:
 http://brenocinefilo.blogspot.com.br/2016/12/meu-balanco-dos-filmes-de-20161.html


PROCURANDO DORY







Um spin-off de Procurando Nemo da Pixar, surpreendeu bastante por o seu teor mais reflexivo em comparação ao anterior. Com a trama tendo enfoque a Dory, em sua jornada para se auto descobrir sobre seu passado, principalmente pelo fato dela lidar com o drama de sofrer de perda de memória recente. A Pixar mais uma vez soube como se superar com um filme desse calibre. 





BATMAN-A PIADA MORTAL 












Filme em desenho produzido pela Warner, que nos trouxe uma adaptação do sensacional arco de Alan Moore publicado nos anos 1980. Como um filme em desenho voltado para adultos, ele conseguiu bem  cumprir a função que talvez em animações da Disney não veríamos. o escopo do roteiro nos transpôs bem aquela característica sombria do Morcego vigilante noturno, onde os traços representam de uma forma bastante precisa nos detalhes e pela própria maneira insana e sádica com que o vilão Coringa é bem representado aqui.  Aliás, o próprio que é a atração principal da obra, não aparece nos primeiros minutos de filme. Apesar de apresentar alguns momentos que me desagradaram, mas é um filme que vale a pena ser assistido. 








ESQUADRÃO SUICIDA











O tão aguardado filme inspirado na equipe pouco conhecida de vilões que prestam serviço na surdina e suicida ao Governo Americano em troca de diminuição de pena. Dividiu opiniões  de certa forma. Apesar desses fatores, o filme em si, apesar das falhas de roteiro, podendo até apresentar muitos furos ou mesmo inconsistências no ritmo muito acelerado, que não dá nem para respirar, e a própria falta de mão para ser conduzido, apesar disso, entrega um bom filme para ser divertido. Apenas isso, cumpre o que se propõe a ser uma trama mais adulta, inclusive há diálogos em que eles falam mesmo palavrões. Inclusive eu já esperava que uns dos componentes morreria na primeira missão suicida. Os personagens estão incríveis, com destaque para a Arlequina roubando todas as cenas. Apesar das situações inexplicáveis. A trilha achei ok, apesar de gerar os problemas para os ritmos das cenas, entre estas destaco a que eu mais gostei foi “Symparty for the Devil”, um sucesso dos Rolling Stones gravado em 1968. Que de alguma forma, dentre todas era a que mais conseguiu captar a essência da equipe. Muito mais do que “Bohemian Rhapsody”, clássica canção do Queen gravada em 1975, do qual os trailers viviam vendendo. Esquadrão Suicida vale ser assistido novamente para ser compreendido. 





O LAR DAS CRIANÇAS PECULIARES




Inspirado no livro de Ramson Riggs, dirigido por Tim Burton, apresentou carregar muitos elementos bem autorais do diretor. Ainda que em alguns deixe a desejar apresentando situações inexplicáveis com furos de roteiro. Para quem aprecia os filmes autorais do Tim Burton este é um prato cheio.





O CONTADOR










Filme que fui conferir no Natal Shopping, um puro suspense, cheio de tensão e intrigas.

O filme dirigido por Gavin O´Connor consegue cumprir muito bem ao objetivo para o qual foi feito, que é ser puro entretenimento de ação, mesclado com toques de suspense policial. A cereja do bolo para essa receita de sucesso nas telinhas, foi esse tipo de herói com características bem peculiares das pessoas com autismo.  Deu para notar o quanto cuidadoso o diretor precisou ser para não generalizar nem estereotipar modelos, ainda que possa decepcionar em alguns momentos. Mas de resto mostra-se um filme bem despretensioso. Tecnicamente o filme apresenta um tom fotográfico escuro que combina com a atmosfera tensa e misteriosa para prender a plateia, mas para amenizar a tensão também passeia por belos cenários panorâmicos de florestas e bons jogos de câmeras. As cenas de pancadarias estão muito bem coreografadas, mas já são  elementos clichê de filme desse estilo. O roteiro é instigante, envolvente e segue com fluidez. Bem despretensioso, inicia com pitadas de didatismo para explicar a plateia as principais características do autismo, de modo que possam compreender a complexidade do protagonista. Na parte do elenco, Ben Affleck como Christian Wolff está surpreendente neste papel, ele mostra um bom desempenho  ao incorporar  um herói que fora a parte clichê dos heróis de  filmes de ação sendo bom na porrada e  no tiro, demonstra também um bom desempenho ao representar as suas nuances como autista, principalmente na parte das estereotipias, como os rituais de assoprar as mãos antes de pegar em qualquer coisa ou mesmo cantar uma canção para se acalmar e evitar de se auto agredir, ele consegue transmitir os anseios que o personagem apresenta a ponto de mostrar que sua interpretação carrega um peso para  segurar o filme. Um filme além de envolvente pela ação, também carrega um tom reflexivo sobre as habilidades que os autistas de auto funcionamento podem bem mostrar suas habilidades.



DOUTOR ESTRANHO.












Um filme bastante pretensioso da Marvel, mostrando realmente a que veio ao trazer numa aposta bem arriscada em um herói desconhecido de grande parte do público, só os marvetes mais assíduos é que conhecem bem a essência dele. Principalmente no aspecto que envolve ele mexer com as artes ocultas, que o faz viajar por diferentes dimensões. Sejam elas cósmicas, interdimedisionais, dimensões ocultas, mundos paralelos, realidades alternativas  entre outros  fatores que já o tornam por si só um tipo bastante surreal, completamente fora da realidade com todo este escapismo que aqui mencionei sobre este herói que teve sua primeira publicação em 1963. Apresenta um enredo empolgante  com  uma boa premissa sobre a origem do herói do antes e depois, também vai se desenrolando e fluindo com muitas camadas de ação cheias de truques incríveis de câmeras que criam excelentes efeitos distorcidos que bem remetem a Matrix ou mesmo “A Origem”, com esta  atmosfera de fantasia ficando perfeitas no 3D sem parecer artificial ajudando bastante na construção de todo o seu escopo. O roteiro peca  em alguns momentos, principalmente pela maneira como ele coloca as piadas no meio dos diálogos cujas cenas são muito sérias, isto termina causando uma quebra de ritmo. Esta formula Marvel tem gerado  nos grupos das redes sociais  onde  faço parte  muitas criticas pesadas, a ponto de muitos  reclamarem com razão de já estarem cansado  de ver a mesma coisa em todos os filmes desse Universo Cinematográfico Marvel. A direção do filme é de Scott Derrickson, que antes deste já tinha dirigido filmes de terror, um motivo que já me gerava muita preocupação principalmente pelo fato deste mexer com elementos sobrenaturais, mas ele soube bem acertar no tom do dentro do padrão Marvel.
No balanço geral, foi um filme surpreendente que cumpriu a sua meta a que se propôs dando inicio ao novo ciclo no Universo Cinematográfico Marvel.


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