Continuando a minha lista de
avaliações com os balanços dos filmes de
2016. Destaco agora os filmes que vi nas telonas ao longo do segundo semestre deste
ano. A partir de Julho até Novembro.
Parte 1:
http://brenocinefilo.blogspot.com.br/2016/12/meu-balanco-dos-filmes-de-20161.html
Parte 1:
http://brenocinefilo.blogspot.com.br/2016/12/meu-balanco-dos-filmes-de-20161.html
Um spin-off de Procurando
Nemo da Pixar, surpreendeu bastante por o seu teor mais reflexivo em comparação
ao anterior. Com a trama tendo enfoque a Dory, em sua jornada para se auto
descobrir sobre seu passado, principalmente pelo fato dela lidar com o drama de
sofrer de perda de memória recente. A Pixar mais uma vez soube como se superar
com um filme desse calibre.
Filme em desenho produzido pela
Warner, que nos trouxe uma adaptação do sensacional arco de Alan Moore
publicado nos anos 1980. Como um filme em desenho voltado para adultos, ele conseguiu bem
cumprir a função que talvez em animações da Disney não veríamos. o escopo do
roteiro nos transpôs bem aquela característica sombria do Morcego vigilante
noturno, onde os traços representam de uma forma bastante precisa nos detalhes
e pela própria maneira insana e sádica com que o vilão Coringa é bem
representado aqui. Aliás, o próprio que
é a atração principal da obra, não aparece nos primeiros minutos de filme.
Apesar de apresentar alguns momentos que me desagradaram, mas é um filme que
vale a pena ser assistido.
O tão aguardado filme
inspirado na equipe pouco conhecida de vilões que prestam serviço na surdina e
suicida ao Governo Americano em troca de diminuição de pena. Dividiu opiniões de certa forma. Apesar desses fatores, o filme
em si, apesar das falhas de roteiro, podendo até apresentar muitos furos ou
mesmo inconsistências no ritmo muito acelerado, que não dá nem para respirar, e
a própria falta de mão para ser conduzido, apesar disso, entrega um bom filme
para ser divertido. Apenas isso, cumpre o que se propõe a ser uma trama mais adulta,
inclusive há diálogos em que eles falam mesmo palavrões. Inclusive eu já
esperava que uns dos componentes morreria na primeira missão suicida. Os
personagens estão incríveis, com destaque para a Arlequina roubando todas as
cenas. Apesar das situações inexplicáveis. A trilha achei ok, apesar de gerar
os problemas para os ritmos das cenas, entre estas destaco a que eu mais gostei
foi “Symparty for the Devil”, um sucesso dos Rolling Stones gravado em 1968.
Que de alguma forma, dentre todas era a que mais conseguiu captar a essência da
equipe. Muito mais do que “Bohemian Rhapsody”, clássica canção do Queen gravada
em 1975, do qual os trailers viviam vendendo. Esquadrão Suicida vale ser assistido novamente para ser compreendido.
Inspirado no livro de Ramson
Riggs, dirigido por Tim Burton, apresentou carregar muitos elementos bem
autorais do diretor. Ainda que em alguns deixe a desejar apresentando situações
inexplicáveis com furos de roteiro. Para quem aprecia os filmes autorais do Tim
Burton este é um prato cheio.
Filme que fui conferir no
Natal Shopping, um puro suspense, cheio de tensão e intrigas.
O filme dirigido
por Gavin O´Connor consegue cumprir muito bem ao objetivo para o qual foi
feito, que é ser puro entretenimento de ação, mesclado com toques de suspense
policial. A cereja do bolo para essa receita de sucesso nas telinhas, foi esse
tipo de herói com características bem peculiares das pessoas com autismo. Deu para notar o quanto cuidadoso o diretor
precisou ser para não generalizar nem estereotipar modelos, ainda que possa
decepcionar em alguns momentos. Mas de resto mostra-se um filme bem
despretensioso. Tecnicamente o filme apresenta um tom fotográfico escuro que
combina com a atmosfera tensa e misteriosa para prender a plateia, mas para
amenizar a tensão também passeia por belos cenários panorâmicos de florestas e
bons jogos de câmeras. As cenas de pancadarias estão muito bem coreografadas,
mas já são elementos clichê de filme
desse estilo. O roteiro é instigante, envolvente e segue com fluidez. Bem
despretensioso, inicia com pitadas de didatismo para explicar a plateia as
principais características do autismo, de modo que possam compreender a
complexidade do protagonista. Na parte do elenco, Ben Affleck como Christian
Wolff está surpreendente neste papel, ele mostra um bom desempenho ao incorporar
um herói que fora a parte clichê dos heróis de filmes de ação sendo bom na porrada e no tiro, demonstra também um bom desempenho
ao representar as suas nuances como autista, principalmente na parte das
estereotipias, como os rituais de assoprar as mãos antes de pegar em qualquer
coisa ou mesmo cantar uma canção para se acalmar e evitar de se auto agredir,
ele consegue transmitir os anseios que o personagem apresenta a ponto de
mostrar que sua interpretação carrega um peso para segurar o filme. Um filme além de
envolvente pela ação, também carrega um tom reflexivo sobre as habilidades que
os autistas de auto funcionamento podem bem mostrar suas habilidades.
Um filme bastante
pretensioso da Marvel, mostrando realmente a que veio ao trazer numa aposta bem
arriscada em um herói desconhecido de grande parte do público, só os marvetes
mais assíduos é que conhecem bem a essência dele. Principalmente no aspecto que
envolve ele mexer com as artes ocultas, que o faz viajar por diferentes
dimensões. Sejam elas cósmicas, interdimedisionais, dimensões ocultas, mundos
paralelos, realidades alternativas entre
outros fatores que já o tornam por si só
um tipo bastante surreal, completamente fora da realidade com todo este
escapismo que aqui mencionei sobre este herói que teve sua primeira publicação
em 1963. Apresenta um enredo empolgante com uma
boa premissa sobre a origem do herói do antes e depois, também vai se
desenrolando e fluindo com muitas camadas de ação cheias de truques incríveis
de câmeras que criam excelentes efeitos distorcidos que bem remetem a Matrix ou
mesmo “A Origem”, com esta atmosfera de
fantasia ficando perfeitas no 3D sem parecer artificial ajudando bastante na
construção de todo o seu escopo. O roteiro peca em alguns momentos, principalmente pela
maneira como ele coloca as piadas no meio dos diálogos cujas cenas são muito
sérias, isto termina causando uma quebra de ritmo. Esta formula Marvel tem
gerado nos grupos das redes sociais onde
faço parte muitas criticas
pesadas, a ponto de muitos reclamarem
com razão de já estarem cansado de ver a
mesma coisa em todos os filmes desse Universo Cinematográfico Marvel. A direção
do filme é de Scott Derrickson, que antes deste já tinha dirigido filmes de terror,
um motivo que já me gerava muita preocupação principalmente pelo fato deste
mexer com elementos sobrenaturais, mas ele soube bem acertar no tom do dentro
do padrão Marvel.
No balanço geral, foi um filme
surpreendente que cumpriu a sua meta a que se propôs dando inicio ao novo ciclo
no Universo Cinematográfico Marvel.
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