Minha seleção de imagens do filme de 1968, estrelado por Jane Fonda inspirado na heroína galática dos quadrinhos criada em 1962 pelo francês Jean-Claude Forrest(1930-1998).Ao som das músicas de abertura e encerramento.
sábado, 29 de abril de 2017
quarta-feira, 26 de abril de 2017
ANÁLISE CRÍTICA DO FILME BARBARELLA(1968)
Inspirado na obra em quadrinho do francês
Jean-Claude Forrest(1930-1998). Cuja primeira publicação saiu em 1962. Ela fez uma grande revolução no mercado de
quadrinhos na época, sendo responsável pelo surgimento de uma nova leva
de quadrinhos eróticos femininos, produzido por desenhistas europeus, criando
assim uma “Era de Ouro” dos quadrinhos eróticos europeus. Na onda dela vieram
Valentina, Jodele entre outras no mercado de quadrinhos eróticos.
O filme apresenta uma
atmosfera muito envolvente onde logo de cara pode se notar bem a essência dela
e o tamanho reflexo que ela bem representava
para o cenário da época revolucionária e conturbada que surgiu como foi a década de 1960 no
mundo. Mesmo o cenário sendo surreal, no
espaço com aqueles toques de escapismo bem sci fi, o roteiro trazia muitos
elementos que bem refletiam principalmente para a juventude rebelde da época
como por exemplo, o movimento hippie, a música da contra cultura e a revolução
sexual muitas coisas que a tornaram uma grande sex symbol daquela época.
Mostrando a heroína flutuando em sua nave fazendo striptease ao som de uma
envolvente balada com bons arranjos da época tocadas pela banda The
Glitterhouse, que também contou com a
produção musical de Bob Crewe(1930-2014)
responsável por cantar "An Angel is love" nas cenas dos créditos
finais do filme, a parte musical também contou com a colaboração de Charles
Fox, do francês Michel Magne(1930-1984),
James Campbell(1932-2010) e de Geoff
Love(1917-1991) responsáveis pelos arranjos instrumentais de cada cena.
Dirigido pelo francês Roger
Vadim(1928-2000), diretor do consagrado E
Deus Criou a Mulher(1956), estrelada pela sensual Brigitte Bardot. Com
roteiro de Terry Southern(1924-1995), famoso na época pelo seu estilo de
escrita satírico. Com a produção do italiano Dino de
Laurentiis(1919-2010), responsável por
ter comprado os direitos autorais, para adaptação ao cinema. Por fim estrelada
pela bela Jane Fonda, filha do ator Henry Fonda(1905-1982), e irmã do também
ator Peter Fonda, que por causa da personagem viraria uma símbolo sexual, e
também, esposa do diretor Roger Vadim.
Curioso analisar que antes do papel ficar com Jane Fonda, outras duas belas atrizes
europeias, que eram também consideradas as símbolos sexuais, musas
nos anos 1960, como a francesa Brigitte Bardot, ex de Vadim, e a italiana Sofia Loren tinham sido
as escaladas para protagonizar
Barbarella, mas ambas acabaram recusando. E foi ao saber disso, que
Vadim entusiasmado, conseguiu convencê-la a aceitar o papel. Pode se dizer que a junção destes diferentes
elementos, foram os responsáveis por terem transformado o filme numa obra-prima
do Cult movie, apesar do fracasso das bilheterias na época, mas serviu
inclusive de referências para a cultura pop, como por exemplo, a banda inglesa Duran Duran, tirou o seu nome
em referencia ao vilão do filme, vivido pelo ator Milo O´Shea(1926-2013), inclusive fizeram uma
música chamada de Eletric Barbarella
para o seu Medazzaland lançado em
1997. Conquistando a admiração de muitos fãs do gênero, chegando a considerar esse filme uma obra-prima
cult. Posso descrever sobre o filme, ele foi bastante inovador para a época,
conseguindo transpor a uma atmosfera única, mesclando pitadas de comédias, cenas de tiroteio
espacial, e muita, mas muita imaginação criativa, para uma época de recursos
tecnológicos tão escassos para se trabalhar na construção dos cenários gravados
tudo no chroma key e depois fazer a
montagem e a edição de cada cena mesmo não sendo nada sofisticado e limitado,
eles souberam como brincar com a arte do
surrealismo do cenário escapista espacial, com pitadas psicodélicas nesse
filme, com direito a algumas pitadas de erotismo. Eu posso definir que Barbarella
é de todas as heroínas das HQs, é a que tem mais apelo erótico, do qual ela
consegue se manter de forma atemporal. Ainda que não seja um bom exemplo de
filme de heroína a quem muitos esperam ver, por causa do tom sexista, ainda
mais nesse tempo presente de valor ao empoderamento feminino e do politicamente
correto, mesmo assim vale a pena dá uma conferida neste filme, pelo menos pela
curiosidade.
Sobre o formato do seu enredo,
ele até que trazia uma proposta bem interessante e que prometia ser
envolvente, ainda trazendo um toque detetivesco para a personagem, que remetia
as bond girls dos filmes de James Bond naquele ambiente futurista
espacial. Barbarella foi encarregada
pelo seu chefe a missão de investigar o
desaparecimento do cientista Duran Duran.
É durante esta sua jornada
detetivesca, que acompanhamos ela passar pela situações mais imprevisíveis e
inusitadas possíveis, principalmente
depois que a sua nave sofre uma pane, e cai num planeta habitado por seres de
comportamento um tanto bizarro, é então que a coisa vai ocorrendo por um outro
patamar, que para uns pode não fazer nenhum sentido. Por este motivo recomendo
ver este filme com a cabeça aberta, para assim vocês poderem entrar no clima da
viagem cósmica a que o filme se propõe e principalmente no que ela representava
para a época. Se você tiver um olhar muito atento vai poder perceber que do
inicio ao fim ela troca constantemente de vestuário. Numa dessa situações
ocorre quando sua nave entra em pane e cai em um planeta desconhecido. Onde lá vai se deparar com situações bem
inusitadas, peculiares e bizarras.
Como o fato de ser abordado
por duas meninas gêmeas falando um idioma estranho. Estas meninas jogam uma pedra na cabeça dela
que a faz cair. E no que ela cai, as duas a levam para um local onde se
concentram outras crianças gêmeas como elas. E essas crianças nada boazinhas a
amarram num pilar para ela ser devorada por uns bonecos assassinos, numa cena
muito tensa. Por sorte, aparece um caçador chamado Mark Hand(Ugo Tognazzi) e
este cara lhe dar uma carona para ela voltar a sua nave e lhe indica o caminho
até um reino chamado Sogo, localizado no
subterrâneo daquele planeta, e ao cair lá e com sua nave quebrada, ela conhece
outros inusitados amigos em sua jornada para procurar o Dr. Duran Duran. Como o
Professor Ping(Macel Marceau) responsável por consertar a sua nave quebrada, o
anjo cego Pygar(John Phillip Law), o atrapalhado revolucionário Dildano(David
Hemmings) que quer acabar com a tirania da Rainha Negra(Anita Pallenberg) e tem
uma cômica e inusitada cena de sexo com a protagonista, assim como a Rainha
Negra que se apresenta para ela como uma caçadora de recompensas e o próprio
Duran Duran que lhe é apresentado num momento importante que gera todo o ponto
da reviravolta da trama. Digo isto porque, no momento em que ele é apresentado
no filme, ele é sujeito que trabalha para a Rainha Negra, mas depois se
descobri qual o real plano que ele planeja um golpe de estado com um plano bem
mirabolante usando as lavas do Maximos para criar um apocalipse em Sogo.
O formato da trama do filme pode não fazer nenhum sentido a
primeira vista, é um tanto quanto
bagunçado, mas de todo jeito é preciso
deixar que ele seja apreciado com a cabeça aberta, para poder compreender como
era a visão da época viajando na atmosfera cósmica ao qual a crítica não
gostou, mas com o tempo foi virando referência cult, curiosamente além de já mencionar a banda
inglesa Duran Duran ter o seu nome em referência ao vilão e criaram uma
canção chamada Eletric Barbarella em
homenagem a heroína. O filme também serviu para outra inspiração musical,
no caso do videoclipe da canção Put
Yourself in my place lançado em 1994 da australiana Kylie Minogue onde ela
representa uma astronauta fazendo um striptease até ficar completamente
pelada na sua espaçonave em órbita
espacial assim como a Barbarella fazia na abertura do filme, um fato curioso sobre
esta cantora é que ela nasceu em 1968, mesmo ano que Barbarella era lançado nos
cinemas.
Mesmo não sendo um exemplo
de obra-prima cinematográfica do gênero
de ficção científica, principalmente pela precariedade da produção que
foi produzido nos estúdios do produtor Dino de Laurentiis em Roma e as
caracterizações de alguns personagens beiram um pouco ao ridículo do cafona de
tão brega que ficaram junto a tosqueira do cenário de Sogo ao ponto de
parecerem muito mais uma alegoria carnavalesca em um circo de quinta categoria
ou mesmo um teatro burlesco do que um filme aventuresco de ficção científica. Ainda assim é um filme
que tem seus méritos, principalmente pelo elenco. Além de contar com a bela Jane Fonda como
protagonista, desempenhando razoavelmente bem a personagem, principalmente no
jeito da ingenuidade mesclado com uma sensualidade mais sutil e usando suas deduções
detetivescas mais cômicas, meio pastelão. Ainda que aqui ela esteja um pouco
aquém do esperado mesmo assim ela até que se esforça para fazer a Barbarella
poder sustentar a trama. O filme também com uma variedade de atores
multinacionais para interpretar algumas camadas de personagens nas subtramas
apresentadas no filme. O francês Marcel Marceau(1923-2007), famoso mundialmente
como mímico no papel do Professor Ping mostra um bom desempenho no papel dentro
do limite imposto pelo roteiro mostrando um tom sereno com sua versatilidade
para se tornar o aliado dela, o italiano Ugo Tognazzi(1922-1990) responsável
pelo papel do caçador Mark Hand desempenha razoavelmente bem o papel desse sujeito que se
aproveita para transar com a heroína, mas cuja importância para o arco da
construção do enredo foi bastante irrelevante. O irlandês Milo O´Shea no papel
do vilão Duran Duran, surpreende neste filme principalmente quando ocorre a
reviravolta no climax do enredo dele ser a grande ameaça. O britânico David Hemmings(1941-2003) no papel
do atrapalhado revolucionário Dildano o representa de uma forma bem caricata,
beirando ao ridículo. A italiana Anita
Pallenberg fazendo a Rainha de Sogo faz uma excelente interpretação da personagem principalmente nas diferentes facetas que ela se apresenta para a
Barbarella, por fim, destaco o americano John Phillip Law(1937-2008), no papel
do anjo cego Pygar que o representa
bem de uma forma mais dramática, as
vezes parecendo um pouco canastrão, talvez pela imposição do roteiro. Mas mesmo
assim, pode se notar pela expressão facial serena dele um convencimento ao
papel.
Num balanço geral,
Barbarella pode não ser dos melhores exemplos de obras-primas adaptados de
quadrinhos, pode também não ser o melhor exemplo de filme estrelado por uma
heroína, ou mesmo ser o melhor exemplo de um filme do gênero ficção científica.
Mas, de todo jeito é uma obra que tem o mérito de ser bem atemporal e ter por
assim dizer despertado o interesse ao escapismo espacial. Curioso imaginar que
naquela mesma época que o filme foi lançado nos cinema, foi também a época que
o até hoje cultuado filme de Stanley
Kubrick(1928-1999) 2001-Uma Odisseia no
Espaço chegava aos cinemas e trouxe um legado maior ao gênero da ficção ao
qual pode se assim que muitos anos mais tarde, por exemplo, George Lucas bebeu
dessa fonte ao criar a sua célebre franquia de Star Wars e no ano seguinte, o mundo ficava pasmado com a chegada do Homem a Lua.
FONTE:
BARBARELLA 50 ANOS, MAS COM CORPINHO DE 25, Matéria da edição de Maio de 2012 da Revista Playboy.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Barbarella_%28filme%29
https://en.wikipedia.org/wiki/Electric_Barbarella
https://en.wikipedia.org/wiki/Electric_Barbarella
terça-feira, 18 de abril de 2017
MEU COMENTÁRIO DE A VIGILANTE DO AMANHÃ-GHOST IN THE SHELL
Olá Grandes Super-Heróis. No vídeo de hoje, eu faço meu comentário sobre o filme
A Vigilante do Amanhã, inspirado no
mangá Ghost in the Shell de Massamune Shirow com Scarlett Johansson no papel
principal da Major Mokoto Kusanagi. Nesse meu comentário sobre o filme, eu
avalio os quesitos de roteiro, direção, enredo e fotografia e alguns
comparativos com a versão em anime lançado em 1995. Curta, compartilhem e
divulguem. Para o alto e avante.
A Vigilante do Amanhã, inspirado no
mangá Ghost in the Shell de Massamune Shirow com Scarlett Johansson no papel
principal da Major Mokoto Kusanagi. Nesse meu comentário sobre o filme, eu
avalio os quesitos de roteiro, direção, enredo e fotografia e alguns
comparativos com a versão em anime lançado em 1995. Curta, compartilhem e
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Minha análise do filme A Vigilante do Amanhã no blog Breno
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Viúva Negra nos filmes da Marvel:
O Filme solo da Viúva Negra vai sair?
Anime Ghost in the Shell de 1995 legendado:
sábado, 15 de abril de 2017
ANÁLISE DO FILME A VIGILANTE DO AMANHÃ-GHOST IN THE SHELL(2017)
Na noite do Sexta-feira de Páscoa, 14
de Abril de 2017, fui conferir no Moviecom Praia Shopping, a única sessão do
filme A Vigilante do Amanhã, um filme
adaptado do mangá Ghost in The Shell
de Masamune Shirow publicado em 1989.
Confesso que pessoalmente eu nunca tinha lido esta mangá, a única coisa
que eu apenas sabia sobre esta obra é o
fato dela ter servido de inspiração para uma das mais magnificas obras do
cinema de ficção cientifica de todos os tempos que é Matrix(1999). A obra das “Irmãs” Wachowski, que na época que
lançaram este filme eram homens chamados Andy e Larry, e após fazerem uma cirurgia de
mudança de sexo, adotaram outros nomes.
Larry virou Lana e Andy virou Lily. Também havia conferido a versão em
anime desse mangá que foi lançado em 1995. Mas a obra mesmo ao qual o filme
aqui em questão bebeu da fonte eu nunca havia lido.
Apesar disso, pelo menos poderei fazer aqui uma análise sobre o filme
apenas como filme, sem precisar comparar ao mangá, bom em alguns momentos vou
colocar alguns comparativos com o anime de 1995. A minha análise será nos
quesitos técnico de roteiro, de personagens, elenco, direção, fotografia,
cenário, enredo, figurino e trilha sonora.
Começando pelo roteiro, antes de
começar eu alerto aos fãs mais fervorosos, mais apaixonados e mais extasiados dos
animes que ainda não viram ao filme, se vocês esperam uma adaptação fiel ao
material fonte, vocês com certeza vão se decepcionarem com que o filme sob a
direção do Rupert Sanders nos apresenta na tela com atores reais na pele de
grandes personagens cartunescos. O pano de fundo mantém aquela mesma atmosfera futurista cyberpunk com muitos toques
de intrigas corporativistas com hackeamento e cyberterrorismo que o anime
apresentava mas com uma abordagem bem diferente, a maneira como os roteiristas Jonathan Herman e
Jamie Moss construíram o escopo do enredo conseguindo trazer alguns elementos
essenciais que o anime tinha para o filme que bem funcionaram, mas por outro
lado tiveram o cuidado de darem uma maneirada em alguns aspectos que com
certeza não funcionariam. Quem ainda não teve a oportunidade de conferir ao
anime de 1995, sugiro que procurem darem uma olhada para ver como a história
ali é um pouco mais lenta, há momentos onde tem cenas sem diálogos em que os personagens
se arrastam pelo silêncio para criar um clima mais denso e filosoficamente reflexivo para a obra, algumas
cenas de ação para acontecer por causa dos diálogos descritivos demais o que
torna um filme muito cheio de didatismo do que puramente entretenimento.
Para quem é fã de anime, acho que não deverá se importar. Voltando ao filme, então tudo que eu aqui descrevi sobre o anime de 1995 com certeza não iria funcionar para um filme produzido por uma produtora americana, estrelado por uma grande atriz americana como Scarlett Johansson que dentre as atuais musas hollywoodianas é a que figura entre as que têm grande apelo perante o público.
Sendo voltado para um público muito vasto, amplo, que nunca sequer tinham ouvido falar do material fonte ao qual foram inspirados com certeza na característica que o anime apresentava não iria funcionar para este tipo de filme. Portanto, posso descrever que os roteiristas souberam bem como equilibrar na hora de construir a adaptação mantendo aquela mesma essência de ficção científica com uma pegada cheia de adrenalina. Toda a ação que o filme apresentou foi o que mais me surpreendeu bastante, não esperava nada por ele.
Além das brilhantes cenas de ação, também me surpreendi bastante com o clima denso de suspense que envolvia as intrigas corporativistas da Hanka Robotics, uma empresa tecnológica responsável por criar seres robóticos com a pele sintética que os tornavam identicamente humanos com a inteligência artificial, usados com o objetivo de enfrentar as grandes ameaças, como o cyber terrorismo. Com o mesmo pano de fundo do anime, mas com uma pegada mais ágil. Ainda assim, o filme apresenta em alguns momentos dos diálogos, uns tons reflexivos muito interessantes, principalmente no que diz respeito a falta de ética das grandes corporações em querer brincar de Deus, criando seres artificiais para escravizar, e estes não terem o direito ao livre arbítrio.
Já nos quesitos de elenco e personagens, temos a Scarlett Johansson no papel da protagonista a Major Mokoto Kusanagi, uma ciborgi construída na Hanka Robotics com pele sintética, não tem como não colocar aqui a grande polêmica que gerou a escolha dela para o papel de uma heroína de uma obra japonesa onde ela não carrega nenhuma feição asiática, sendo assim caracterizado como uma espécie Yellow Face. Mas de todo modo, a atriz conseguiu demonstrar bem o seu desempenho no papel, superando tanto nas cenas coreográficas de lutas com um rosto sério e badass, no qual ela já mostra ser bem manjada nisso na pele da Viúva Negra nos filmes do Universo Cinematográfico Marvel. Como também na parte mais dramática ao colocar uma essência mais humanizada na personagem, coisa que não é mostrado no anime, principalmente na subtrama do arco do enredo que envolve a sua jornada em busca do passado, se auto-conhecendo, e isto é sentido pelo seu olhar intenso e vibrante. Um mérito não só dela, como também dos roteiristas, que aproveitaram bem esta brecha para ser trabalhada e da direção do Rupert Sanders. Que soube como trabalhar com precisão, os planos e os enquadramentos de cada cena, muito bem editados, principalmente com a câmera lenta para criar mais tensão. Ainda sobre elenco e personagens também destaco o dinamarquês Pilou Asbaek como o pistoleiro Batou, o parceiro da Mokoto. Ele até que demonstra um desempenho razoável no papel, nada do que pode se exigir dele. Também destaco para Juliete Binoche no papel de Ouelet que desempenha bem o lado mais dramático como uma voz conselheira sábia para Mokoto apesar de em alguns ficar um tanto subutilizada. Dos atores japoneses presentes no filme, destaco para Takeshi Kitano no papel do Chefe Daisuke Aramaki, que é o responsável por coordenar as operações da Motoko. Para finalizar a analise do quesito elenco e personagens, Michael Pitt como o vilão Kuze demonstra um desempenho um tanto fraquinho para desempenhar um personagem com uma motivação tão complexa para uma inteligência que pudesse dá uma sustentação para a fluidez da trama. Já no quesito visual, a fotografia do filme é impecável, as tonalidades e paletas de cores escuras com os coloridos dos hologramas dos prédios trazem um contraste dando quase uma característica meio underground ao filme, bem casado ao cenário panorâmico urbano futurista dos carros e dos prédios criando toda uma atmosfera escapista com muitas licenças poéticas e criativas, um puro deslumbre. Para quem gosta do gênero ficção cientifica com certeza vai reparar que o filme carrega algumas semelhanças com os outros filmes do gênero como Blade Runner(1982), O Vingador do Futuro(1989) ou mesmo Minority Report(2002), misturado a isto temos um pouco de O Exterminador do Futuro com os ciborgs com peles sintéticas, tudo isso é o que eu posso resumir o que se pode esperar de A Vigilante do Amanhã.
Já no quesito trilha sonora, os arranjos criados para as cenas deste filme são incrivelmente sensacionais, com aquele som de sintetizador então criou um clima bem nostálgico como nos filmes de ação dos anos 1980. Por fim, no quesito do figurino posso resumir que em 100% ele reproduz as caracterizações futuristas como são no anime, principalmente na protagonista Mokoto Kusanagi que além do corte de cabelo ter ficado idêntico ao anime, também ficou perfeitamente idêntica a pele sintética visível usada por ela nas cenas onde ela aparece completamente pelada para o combate corpo-a-corpo. No balanço geral, posso descrever que A Vigilante do Amanhã pode até não um dos melhores exemplos perfeitos de adaptação de anime para o mercado hollywoodiano, nem mesmo pode ser considerado uma grande obra-prima da ficção científica. Mas de todo jeito é um filme que tem os seus méritos, apresenta mais acertos do que erros.
Para quem é fã de anime, acho que não deverá se importar. Voltando ao filme, então tudo que eu aqui descrevi sobre o anime de 1995 com certeza não iria funcionar para um filme produzido por uma produtora americana, estrelado por uma grande atriz americana como Scarlett Johansson que dentre as atuais musas hollywoodianas é a que figura entre as que têm grande apelo perante o público.
Sendo voltado para um público muito vasto, amplo, que nunca sequer tinham ouvido falar do material fonte ao qual foram inspirados com certeza na característica que o anime apresentava não iria funcionar para este tipo de filme. Portanto, posso descrever que os roteiristas souberam bem como equilibrar na hora de construir a adaptação mantendo aquela mesma essência de ficção científica com uma pegada cheia de adrenalina. Toda a ação que o filme apresentou foi o que mais me surpreendeu bastante, não esperava nada por ele.
Além das brilhantes cenas de ação, também me surpreendi bastante com o clima denso de suspense que envolvia as intrigas corporativistas da Hanka Robotics, uma empresa tecnológica responsável por criar seres robóticos com a pele sintética que os tornavam identicamente humanos com a inteligência artificial, usados com o objetivo de enfrentar as grandes ameaças, como o cyber terrorismo. Com o mesmo pano de fundo do anime, mas com uma pegada mais ágil. Ainda assim, o filme apresenta em alguns momentos dos diálogos, uns tons reflexivos muito interessantes, principalmente no que diz respeito a falta de ética das grandes corporações em querer brincar de Deus, criando seres artificiais para escravizar, e estes não terem o direito ao livre arbítrio.
Já nos quesitos de elenco e personagens, temos a Scarlett Johansson no papel da protagonista a Major Mokoto Kusanagi, uma ciborgi construída na Hanka Robotics com pele sintética, não tem como não colocar aqui a grande polêmica que gerou a escolha dela para o papel de uma heroína de uma obra japonesa onde ela não carrega nenhuma feição asiática, sendo assim caracterizado como uma espécie Yellow Face. Mas de todo modo, a atriz conseguiu demonstrar bem o seu desempenho no papel, superando tanto nas cenas coreográficas de lutas com um rosto sério e badass, no qual ela já mostra ser bem manjada nisso na pele da Viúva Negra nos filmes do Universo Cinematográfico Marvel. Como também na parte mais dramática ao colocar uma essência mais humanizada na personagem, coisa que não é mostrado no anime, principalmente na subtrama do arco do enredo que envolve a sua jornada em busca do passado, se auto-conhecendo, e isto é sentido pelo seu olhar intenso e vibrante. Um mérito não só dela, como também dos roteiristas, que aproveitaram bem esta brecha para ser trabalhada e da direção do Rupert Sanders. Que soube como trabalhar com precisão, os planos e os enquadramentos de cada cena, muito bem editados, principalmente com a câmera lenta para criar mais tensão. Ainda sobre elenco e personagens também destaco o dinamarquês Pilou Asbaek como o pistoleiro Batou, o parceiro da Mokoto. Ele até que demonstra um desempenho razoável no papel, nada do que pode se exigir dele. Também destaco para Juliete Binoche no papel de Ouelet que desempenha bem o lado mais dramático como uma voz conselheira sábia para Mokoto apesar de em alguns ficar um tanto subutilizada. Dos atores japoneses presentes no filme, destaco para Takeshi Kitano no papel do Chefe Daisuke Aramaki, que é o responsável por coordenar as operações da Motoko. Para finalizar a analise do quesito elenco e personagens, Michael Pitt como o vilão Kuze demonstra um desempenho um tanto fraquinho para desempenhar um personagem com uma motivação tão complexa para uma inteligência que pudesse dá uma sustentação para a fluidez da trama. Já no quesito visual, a fotografia do filme é impecável, as tonalidades e paletas de cores escuras com os coloridos dos hologramas dos prédios trazem um contraste dando quase uma característica meio underground ao filme, bem casado ao cenário panorâmico urbano futurista dos carros e dos prédios criando toda uma atmosfera escapista com muitas licenças poéticas e criativas, um puro deslumbre. Para quem gosta do gênero ficção cientifica com certeza vai reparar que o filme carrega algumas semelhanças com os outros filmes do gênero como Blade Runner(1982), O Vingador do Futuro(1989) ou mesmo Minority Report(2002), misturado a isto temos um pouco de O Exterminador do Futuro com os ciborgs com peles sintéticas, tudo isso é o que eu posso resumir o que se pode esperar de A Vigilante do Amanhã.
Já no quesito trilha sonora, os arranjos criados para as cenas deste filme são incrivelmente sensacionais, com aquele som de sintetizador então criou um clima bem nostálgico como nos filmes de ação dos anos 1980. Por fim, no quesito do figurino posso resumir que em 100% ele reproduz as caracterizações futuristas como são no anime, principalmente na protagonista Mokoto Kusanagi que além do corte de cabelo ter ficado idêntico ao anime, também ficou perfeitamente idêntica a pele sintética visível usada por ela nas cenas onde ela aparece completamente pelada para o combate corpo-a-corpo. No balanço geral, posso descrever que A Vigilante do Amanhã pode até não um dos melhores exemplos perfeitos de adaptação de anime para o mercado hollywoodiano, nem mesmo pode ser considerado uma grande obra-prima da ficção científica. Mas de todo jeito é um filme que tem os seus méritos, apresenta mais acertos do que erros.
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