sábado, 29 de abril de 2017

BARBARELLA

  






Minha seleção de imagens do filme de 1968, estrelado por Jane Fonda inspirado na heroína galática dos quadrinhos criada em 1962  pelo francês Jean-Claude Forrest(1930-1998).Ao som das músicas de abertura e encerramento.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

ANÁLISE CRÍTICA DO FILME BARBARELLA(1968)
























   Inspirado na obra em quadrinho do francês Jean-Claude Forrest(1930-1998). Cuja primeira publicação saiu em 1962.  Ela fez uma grande revolução no mercado de quadrinhos na época,  sendo  responsável pelo surgimento de uma nova leva de quadrinhos eróticos femininos, produzido por desenhistas europeus, criando assim uma “Era de Ouro” dos quadrinhos eróticos europeus. Na onda dela vieram Valentina, Jodele entre outras no mercado de quadrinhos eróticos.























O filme apresenta uma atmosfera muito envolvente onde logo de cara pode se notar bem a essência dela e  o tamanho reflexo que ela bem  representava  para o cenário da época revolucionária e conturbada  que surgiu como foi a década de 1960 no mundo. Mesmo o cenário sendo  surreal, no espaço com aqueles toques de escapismo bem sci fi, o roteiro trazia muitos elementos que bem refletiam principalmente para a juventude rebelde da época como por exemplo, o movimento hippie, a música da contra cultura e a revolução sexual muitas coisas que a tornaram uma grande sex symbol daquela época. Mostrando a heroína flutuando em sua nave fazendo striptease ao som de uma envolvente balada com bons arranjos da época tocadas pela banda The Glitterhouse, que também contou  com a produção musical  de Bob Crewe(1930-2014) responsável por cantar "An Angel is love" nas cenas dos créditos finais  do filme,  a parte musical  também contou com a colaboração de Charles Fox, do francês  Michel Magne(1930-1984), James Campbell(1932-2010)   e de Geoff Love(1917-1991) responsáveis pelos arranjos instrumentais de cada cena.
















Dirigido pelo francês Roger Vadim(1928-2000), diretor do consagrado E Deus Criou a Mulher(1956), estrelada pela sensual Brigitte Bardot. Com roteiro de Terry Southern(1924-1995), famoso na época pelo seu estilo de escrita satírico. Com a produção do italiano Dino de Laurentiis(1919-2010),  responsável por ter comprado os direitos autorais, para adaptação ao cinema. Por fim estrelada pela bela Jane Fonda, filha do ator Henry Fonda(1905-1982), e irmã do também ator Peter Fonda, que por causa da personagem viraria uma símbolo sexual, e também, esposa do diretor Roger Vadim.  Curioso analisar que antes do papel ficar com  Jane Fonda, outras duas belas atrizes europeias,  que eram também  consideradas as símbolos sexuais, musas nos  anos 1960,  como a francesa Brigitte Bardot, ex de Vadim,  e a italiana Sofia Loren tinham  sido  as escaladas para protagonizar  Barbarella, mas ambas acabaram recusando. E foi ao saber disso, que Vadim entusiasmado, conseguiu convencê-la a aceitar o papel.  Pode se dizer que a junção destes diferentes elementos, foram os responsáveis por terem transformado o filme numa obra-prima do Cult movie, apesar do fracasso das bilheterias na época, mas serviu inclusive de referências para a cultura pop, como por exemplo,  a banda inglesa Duran Duran, tirou o seu nome em referencia ao vilão do filme, vivido pelo ator  Milo O´Shea(1926-2013), inclusive fizeram uma música chamada de Eletric Barbarella para o seu Medazzaland lançado em 1997. Conquistando a admiração de muitos fãs do gênero, chegando  a considerar esse filme uma obra-prima cult.  Posso descrever sobre o filme,  ele foi bastante inovador para a época, conseguindo transpor a uma atmosfera única, mesclando  pitadas de comédias, cenas de tiroteio espacial, e muita, mas muita imaginação criativa, para uma época de recursos tecnológicos tão escassos para se trabalhar na construção dos cenários gravados tudo no  chroma key e depois fazer a montagem e a edição de cada cena mesmo não sendo nada sofisticado e limitado, eles souberam como brincar com a arte  do surrealismo do cenário escapista espacial, com pitadas psicodélicas nesse filme, com direito a algumas pitadas de erotismo. Eu posso definir que Barbarella é de todas as heroínas das HQs, é a que tem mais apelo erótico, do qual ela consegue se manter de forma atemporal. Ainda que não seja um bom exemplo de filme de heroína a quem muitos esperam ver, por causa do tom sexista, ainda mais nesse tempo presente de valor ao empoderamento feminino e do politicamente correto, mesmo assim vale a pena dá uma conferida neste filme, pelo menos pela curiosidade.   


















Sobre o formato do seu  enredo,   ele até que trazia uma proposta bem interessante e que prometia ser envolvente, ainda trazendo um toque detetivesco para a personagem, que remetia as bond girls dos filmes de James Bond naquele ambiente futurista espacial.  Barbarella foi encarregada pelo seu chefe  a missão de investigar o desaparecimento do cientista Duran Duran. 



   

















É durante esta sua jornada detetivesca, que acompanhamos ela passar pela situações mais imprevisíveis e inusitadas possíveis,  principalmente depois que a sua nave sofre uma pane, e cai num planeta habitado por seres de comportamento um tanto bizarro, é então que a coisa vai ocorrendo por um outro patamar, que para uns pode não fazer nenhum sentido. Por este motivo recomendo ver este filme  com a cabeça aberta,  para assim vocês poderem entrar no clima da viagem cósmica a que o filme se propõe e principalmente no que ela representava para a época. Se você tiver um olhar muito atento vai poder perceber que do inicio ao fim ela troca constantemente de vestuário. Numa dessa situações ocorre quando sua nave entra em pane e cai em um planeta desconhecido.  Onde lá vai se deparar com situações bem inusitadas, peculiares e bizarras. 















Como o fato de ser abordado por duas meninas gêmeas falando um idioma estranho.  Estas meninas jogam uma pedra na cabeça dela que a faz cair. E no que ela cai, as duas a levam para um local onde se concentram outras crianças gêmeas como elas. E essas crianças nada boazinhas a amarram num pilar para ela ser devorada por uns bonecos assassinos, numa cena muito tensa. Por sorte, aparece um caçador chamado Mark Hand(Ugo Tognazzi) e este cara lhe dar uma carona para ela voltar a sua nave e lhe indica o caminho até um reino chamado Sogo,  localizado no subterrâneo daquele planeta, e ao cair lá e com sua nave quebrada, ela conhece outros inusitados amigos em sua jornada para procurar o Dr. Duran Duran. Como o Professor Ping(Macel Marceau) responsável por consertar a sua nave quebrada, o anjo cego Pygar(John Phillip Law), o atrapalhado revolucionário Dildano(David Hemmings) que quer acabar com a tirania da Rainha Negra(Anita Pallenberg) e tem uma cômica e inusitada cena de sexo com a protagonista, assim como a Rainha Negra que se apresenta para ela como uma caçadora de recompensas e o próprio Duran Duran que lhe é apresentado num momento importante que gera todo o ponto da reviravolta da trama. Digo isto porque, no momento em que ele é apresentado no filme, ele é sujeito que trabalha para a Rainha Negra, mas depois se descobri qual o real plano que ele planeja um golpe de estado com um plano bem mirabolante usando as lavas do Maximos para criar um apocalipse em Sogo. 





   








O formato da trama  do filme pode não fazer nenhum sentido a primeira  vista, é um tanto quanto bagunçado,  mas de todo jeito é preciso deixar que ele seja apreciado com a cabeça aberta, para poder compreender como era a visão da época viajando na atmosfera cósmica ao qual a crítica não gostou, mas com o tempo foi virando referência cult,  curiosamente além de já mencionar a banda inglesa Duran Duran ter o seu nome em referência ao vilão e criaram uma canção  chamada Eletric Barbarella em homenagem a heroína. O filme também serviu para outra inspiração musical, no  caso do videoclipe da canção Put Yourself in my place lançado em 1994 da australiana Kylie Minogue onde ela representa uma astronauta  fazendo  um striptease até ficar completamente pelada  na sua espaçonave em órbita espacial  assim como a Barbarella  fazia na abertura do filme, um fato curioso sobre esta cantora é que ela nasceu em 1968, mesmo ano que Barbarella era lançado nos cinemas.






















Mesmo não sendo um exemplo de obra-prima cinematográfica do gênero  de ficção científica, principalmente pela precariedade da produção que foi produzido nos estúdios do produtor Dino de Laurentiis em Roma e as caracterizações de alguns personagens beiram um pouco ao ridículo do cafona de tão brega que ficaram junto a tosqueira do cenário de Sogo ao ponto de parecerem muito mais uma alegoria carnavalesca em um circo de quinta categoria ou mesmo um teatro burlesco do que um filme aventuresco  de ficção científica. Ainda assim é um filme que tem seus méritos, principalmente pelo elenco.  Além de contar com a bela Jane Fonda como protagonista, desempenhando razoavelmente bem a personagem, principalmente no jeito da ingenuidade mesclado com uma sensualidade mais sutil e usando suas deduções detetivescas mais cômicas, meio pastelão. Ainda que aqui ela esteja um pouco aquém do esperado mesmo assim ela até que se esforça para fazer a Barbarella poder sustentar a trama. O filme também com uma variedade de atores multinacionais para interpretar algumas camadas de personagens nas subtramas apresentadas no filme. O francês Marcel Marceau(1923-2007), famoso mundialmente como  mímico no papel do Professor  Ping mostra um bom desempenho no papel dentro do limite imposto pelo roteiro mostrando um tom sereno com sua versatilidade para se tornar o aliado dela, o italiano Ugo Tognazzi(1922-1990) responsável pelo papel do caçador Mark Hand desempenha razoavelmente bem o papel desse sujeito que se aproveita para transar com a heroína, mas cuja importância para o arco da construção do enredo foi bastante irrelevante. O irlandês Milo O´Shea no papel do vilão Duran Duran, surpreende neste filme principalmente quando ocorre a reviravolta no climax do enredo dele ser a grande ameaça. O britânico David Hemmings(1941-2003) no papel do atrapalhado revolucionário Dildano o representa de uma forma bem caricata,  beirando ao ridículo.  A italiana Anita Pallenberg fazendo a Rainha de Sogo faz uma excelente interpretação da personagem principalmente nas diferentes facetas que ela se apresenta para a Barbarella, por fim, destaco o americano John Phillip Law(1937-2008), no papel do anjo cego  Pygar que o representa bem   de uma forma mais dramática, as vezes parecendo um pouco canastrão, talvez pela imposição do roteiro. Mas mesmo assim, pode se notar pela expressão facial serena dele um convencimento ao papel. 







   








Num balanço geral, Barbarella pode não ser dos melhores exemplos de obras-primas adaptados de quadrinhos, pode também não ser o melhor exemplo de filme estrelado por uma heroína, ou mesmo ser o melhor exemplo de um filme do gênero ficção científica. Mas, de todo jeito é uma obra que tem o mérito de ser bem atemporal e ter por assim dizer despertado o interesse ao escapismo espacial. Curioso imaginar que naquela mesma época que o filme foi lançado nos cinema, foi também a época que o até hoje cultuado  filme de Stanley Kubrick(1928-1999) 2001-Uma Odisseia no Espaço chegava aos cinemas e trouxe um legado maior ao gênero da ficção ao qual pode se assim que muitos anos mais tarde, por exemplo, George Lucas bebeu dessa fonte ao criar a sua célebre franquia de Star Wars e no ano seguinte, o mundo ficava pasmado com a chegada do Homem a Lua.




  
FONTE:
BARBARELLA 50 ANOS, MAS COM CORPINHO DE 25, Matéria da edição de Maio de 2012 da Revista Playboy.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Barbarella_%28filme%29
https://en.wikipedia.org/wiki/Electric_Barbarella

terça-feira, 18 de abril de 2017

MEU COMENTÁRIO DE A VIGILANTE DO AMANHÃ-GHOST IN THE SHELL

   













Olá Grandes Super-Heróis. No vídeo de hoje,  eu faço meu comentário  sobre o filme
A Vigilante do Amanhã,
 inspirado no
mangá Ghost in the Shell de Massamune Shirow com Scarlett Johansson no papel
principal da Major Mokoto Kusanagi. Nesse meu comentário sobre o filme, eu
avalio os quesitos de roteiro, direção, enredo e fotografia e alguns
comparativos com a versão em anime lançado em 1995. Curta, compartilhem e
divulguem. Para o alto e avante.
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Minha análise do filme A Vigilante do Amanhã no blog Breno
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Viúva Negra nos filmes da Marvel:
O Filme solo da Viúva Negra vai sair?
Anime Ghost in the Shell de 1995 legendado:

sábado, 15 de abril de 2017

ANÁLISE DO FILME A VIGILANTE DO AMANHÃ-GHOST IN THE SHELL(2017)



Na noite do Sexta-feira de Páscoa, 14 de Abril de 2017, fui conferir no Moviecom Praia Shopping, a única sessão do filme A Vigilante do Amanhã, um filme adaptado do mangá Ghost in The Shell de Masamune Shirow publicado em 1989. 

 














  Confesso que pessoalmente eu nunca tinha lido esta mangá, a única coisa que eu apenas sabia sobre esta obra  é o fato dela ter servido de inspiração para uma das mais magnificas obras do cinema de ficção cientifica de todos os tempos que é Matrix(1999). A obra das “Irmãs” Wachowski, que na época que lançaram este filme eram homens chamados  Andy e Larry, e após fazerem uma cirurgia de mudança de sexo, adotaram outros nomes.  Larry virou Lana e Andy virou Lily. Também havia conferido a versão em anime desse mangá que foi lançado em 1995. Mas a obra mesmo ao qual o filme aqui em questão bebeu da fonte eu nunca havia lido. 



















Apesar disso, pelo menos  poderei fazer aqui uma análise sobre o filme apenas como filme, sem precisar comparar ao mangá, bom em alguns momentos vou colocar alguns comparativos com o anime de 1995. A minha análise será nos quesitos técnico de roteiro, de personagens, elenco, direção, fotografia, cenário, enredo, figurino e trilha sonora. 















Começando pelo roteiro, antes de começar eu alerto aos fãs mais fervorosos, mais apaixonados e mais extasiados dos animes que ainda não viram ao filme, se vocês esperam uma adaptação fiel ao material fonte, vocês com certeza vão se decepcionarem com que o filme sob a direção do Rupert Sanders nos apresenta na tela com atores reais na pele de grandes personagens cartunescos. O pano de fundo mantém aquela mesma  atmosfera futurista cyberpunk com muitos toques de intrigas corporativistas com hackeamento e cyberterrorismo que o anime apresentava mas com uma abordagem bem diferente, a  maneira como os roteiristas Jonathan Herman e Jamie Moss construíram o escopo do enredo conseguindo trazer alguns elementos essenciais que o anime tinha para o filme que bem funcionaram, mas por outro lado  tiveram o cuidado de darem  uma maneirada em alguns aspectos que com certeza não funcionariam. Quem ainda não teve a oportunidade de conferir ao anime de 1995, sugiro que procurem darem uma olhada para ver como a história ali é um pouco mais lenta, há momentos onde tem cenas sem diálogos em que os personagens se arrastam pelo silêncio para criar um clima mais denso e  filosoficamente reflexivo para a obra, algumas cenas de ação para acontecer por causa dos diálogos descritivos demais o que torna um filme muito cheio de didatismo do que puramente entretenimento. 

















Para quem é fã de anime, acho que não deverá se importar. Voltando ao filme, então tudo que eu aqui descrevi sobre o anime de 1995 com certeza não iria funcionar para um filme produzido por uma produtora americana, estrelado por uma grande atriz americana como Scarlett Johansson que dentre as atuais musas hollywoodianas é a que figura entre as que têm grande apelo perante o público. 















Sendo voltado para um público muito vasto, amplo, que nunca sequer tinham ouvido falar do material fonte ao qual foram inspirados com certeza na característica que o anime apresentava não iria funcionar para este tipo de filme. Portanto, posso descrever que os roteiristas souberam bem como equilibrar na hora de construir a adaptação mantendo aquela mesma essência de ficção científica com uma pegada cheia de adrenalina.  Toda a ação que o filme apresentou foi o que mais me surpreendeu bastante, não esperava nada por ele. 














Além das brilhantes cenas de ação, também me surpreendi bastante com o clima denso de suspense que envolvia as intrigas corporativistas da Hanka Robotics, uma empresa tecnológica responsável por criar seres robóticos com a pele sintética que os tornavam identicamente humanos com a inteligência artificial, usados com o objetivo de enfrentar as grandes ameaças, como o cyber terrorismo. Com o mesmo pano de fundo do anime, mas com uma pegada mais ágil. Ainda assim, o filme apresenta em alguns momentos dos diálogos, uns tons reflexivos muito interessantes, principalmente no que diz respeito a falta de ética das grandes corporações em querer brincar de Deus, criando seres artificiais para escravizar, e estes não terem o direito ao livre arbítrio. 















Já nos quesitos de elenco e personagens, temos a Scarlett Johansson no papel da protagonista a Major Mokoto Kusanagi, uma ciborgi construída na Hanka Robotics com pele sintética, não tem como não colocar aqui a grande polêmica que gerou a escolha dela para o papel de uma heroína de uma obra japonesa onde ela não carrega nenhuma feição asiática, sendo assim caracterizado como uma espécie Yellow Face. Mas de todo modo, a atriz conseguiu demonstrar bem o seu desempenho no papel, superando  tanto nas cenas coreográficas de lutas com um rosto sério e badass, no qual ela já  mostra ser bem manjada nisso na pele da Viúva Negra nos filmes do Universo Cinematográfico Marvel. Como também na parte mais dramática ao colocar uma essência mais humanizada na personagem, coisa que não é mostrado no anime, principalmente na subtrama do arco do enredo que envolve a sua jornada em busca do passado, se auto-conhecendo, e isto é sentido pelo seu olhar intenso e vibrante. Um mérito não só dela, como também dos roteiristas, que aproveitaram bem esta brecha para ser trabalhada e da direção do Rupert Sanders. Que soube como trabalhar com precisão, os planos e os enquadramentos de cada cena, muito bem editados, principalmente com a câmera lenta para criar mais tensão. Ainda sobre elenco e personagens também destaco o dinamarquês Pilou Asbaek como o pistoleiro Batou, o parceiro da Mokoto. Ele até que demonstra um desempenho razoável no papel, nada do que pode se exigir dele. Também destaco para Juliete Binoche no papel de Ouelet que desempenha bem o lado mais dramático como uma  voz conselheira sábia para Mokoto apesar de em alguns ficar um tanto subutilizada. Dos atores japoneses presentes no filme,  destaco para Takeshi Kitano no papel do Chefe Daisuke Aramaki, que é o responsável por coordenar as operações da Motoko. Para finalizar a analise do quesito elenco e personagens, Michael Pitt como o vilão Kuze demonstra um desempenho um tanto fraquinho para desempenhar um personagem com uma motivação tão complexa para uma inteligência que pudesse dá uma sustentação para a fluidez da trama. Já no quesito visual, a fotografia do filme é impecável, as tonalidades e paletas de cores escuras com os coloridos dos hologramas dos prédios trazem um contraste dando quase uma característica meio underground ao filme, bem casado ao cenário panorâmico urbano futurista dos carros e dos prédios criando toda uma atmosfera escapista com muitas licenças poéticas e criativas, um puro deslumbre. Para quem gosta do gênero ficção cientifica com certeza vai reparar que o filme carrega algumas semelhanças com os outros filmes do gênero como Blade Runner(1982), O Vingador do Futuro(1989) ou mesmo Minority Report(2002), misturado a isto temos um pouco de O Exterminador do Futuro com os ciborgs com peles sintéticas, tudo  isso é o que eu posso resumir o que se pode esperar de A Vigilante do Amanhã.























 Já no quesito trilha sonora, os arranjos criados para as cenas deste filme são incrivelmente sensacionais, com aquele som de sintetizador então criou um clima bem nostálgico como nos filmes de ação dos anos 1980. Por fim, no quesito do figurino posso resumir que em 100% ele reproduz as caracterizações futuristas como são no anime, principalmente na protagonista Mokoto Kusanagi que além do corte de cabelo ter ficado idêntico ao anime, também ficou perfeitamente idêntica a pele sintética visível usada por ela nas cenas onde ela aparece completamente pelada para o combate corpo-a-corpo. No balanço geral, posso descrever que A Vigilante do Amanhã pode até não um dos melhores exemplos perfeitos de adaptação de anime para o mercado hollywoodiano, nem mesmo pode ser considerado uma grande obra-prima da ficção científica. Mas de todo jeito é um filme que tem os seus méritos, apresenta mais acertos do que erros.