Para
entrar no clima do lançamento de Era Uma Vez...em Hollywood( Once
Upon a Time in Hollywood, EUA, 2019), o mais novo filme dirigido
por Quentin Tarantino que promete muito, já que vai apresentar uma linda homenagem ao próprio cinema. Mostrando os
bastidores da glamorosa Hollywood dos anos 1960. Logicamente naquele seu
peculiar estilo nada sutil com um texto bem ácido, com muita violência gore e sendo dedicado a própria sétima arte cheio
de muita metalinguagem. É aproveitando este clima
que listo aqui da minha preferência, os oito
filmes sobre o próprio cinema.
8º)JOVENS
TITÃS EM AÇÃO NOS CINEMAS(Teen Titans Go! To the Movies, EUA, 2018).
Começando
a lista na oitava colocação vai para
a recente animação de Jovens Titãs em Ação nos Cinemas, uma
produção da Warner inspirada na equipe jovem formada originalmente por
sidekicks(ajudantes) da DC Comics. Filme
inspirado na série animada de humor bem zoeiro. Ela está na minha lista de preferência dentre os filmes sobre o próprio
cinema, por justamente a equipe de heróis desse filme tirar sarro com as
próprias empresas que as criam no caso é
a DC dos quadrinhos e a Warner sua proprietária cinematográfica com o fato delas
não saberem como administrarem seu universo de heróis no cinema. Eles também
tiram sarro da Marvel, principalmente com as aparições dos cameos do Stan
Lee(1922-2018). E também tirando deles mesmos por não terem um próprio filme.
Uma boa animação feita com o tradicional
traço em 2D, bem mais caricato e com um texto muito ácido, cheio de
metalinguagem. Ao mesmo tempo que encaram a ameaça do Slade a quem o provocam o
tempo todo o chamando de Deadpool. Outro exemplo de metalinguagem referencial que o filme se dedica ao próprio cinema e ao
universo dos quadrinhos.
7º)
WALT ANTES DO MICKEY (Walt Before Mickey, EUA,2015)
Dando
continuidade, na sétima colocação da minha lista de preferência dos filmes
sobre o cinema. Vai para Walt Antes do Mickey. Um excelente filme
que conta toda a trajetória do célebre e genial animador Walter Elias Disney, ou como
costumava assinar Walt Disney(1901-1966). Neste seu drama
biográfico, dirigido por Khoa Le, nos apresenta um traço de perfil de Walt
Disney mostrando todas as suas camada desde a
premissa de sua infância na roça em Marceline no Missouri, onde já apresentava
aptidão para desenhar. Onde seu pai era contrário a ideia dele virar um
artista. Já na vida adulta a história se desenrola em apresentar toda a sua
longa e difícil jornada do começo de sua carreira como animador de cinema antes
de criar o famoso Mickey Mouse que se tornou o símbolo de sua grande de
entretenimento símbolo da cultura pop, com parques temáticos e muito
licenciamento de produtos, como os brinquedos, por exemplo. Até conseguir essa etapa ele no começo de sua
carreira começou trabalhando em curtas para outros estúdios, engoliu muito sapo
de gente mal intencionada que lhe passaram a perna e precisando recorrer a seu
irmão Roy, que mesmo não tendo o mesmo talento dele para desenhar, mas tinha
para mexer com dinheiro. Tudo isso numa história muito emocionante que nos
apresenta o fato curioso de como era os bastidores dos trabalho dos estúdios de animação nos
primórdios do cinema e de como era trabalhoso. Mesmo não contando em seu
casting de elenco com participações de grandes star talents, ainda assim conta
com atores bem talentosos. Destaque para Kevin Myers protagonizando Walt Disney
nesta etapa penosa da vida dele. Mostrando muitas camadas de seu lado sonhador
e inspirador como artista e passando pelo drama difícil que foi conseguir estabelecer seu empreedimento. O mais interessante do filme é quando ele apresenta Walt na rua
brincando com o roedor que seria a inspiração para o personagem Mickey Mouse. Que
inicialmente isto é mostrado no filme ela queria batizar de Mortimer, mas com
sugestão de sua esposa Lilian resolveu modificar para Mickey ainda bem. O filme mesmo mostrando só um recorte dessa
trajetória inicial da carreira de Walt, já que ele é encerrado após a primeira
exibição do Mickey no cinema que foi o sucesso e não apresenta posteriormente
ele criando o Pato Donald e o Pateta
para serem companheiros do Mickey e sua empreitada na megaprodução de Branca de
Neve e os Sete Anões e a construção do primeiro parque da Disneylândia da Califórnia.
Mas ainda é um filme bacana, que nos ensina verdadeiras lições de vida e uma
linda homenagem do cinema ao próprio cinema.
6º)UMA CILADA PARA ROGER RABBIT (Who
Framed Roger Rabbit, EUA, 1988).
Na sexta colocação da lista vai para Uma
Cilada para Roger Rabbit. Um
filme que traz uma interessante mistura entre personagens cartunescos com
atores reais, ou seja, live action com
desenhos animados. Com uma pegada de
filme detetivesco noir ambientado nos
anos 1940, durante a chamada Era de Ouro do cinema de animação. Nesta
história onde o detetive particular
Eddie Valliant(Bob Hoskins) se envolve numa investigação de plano
conspiratório que o popular personagem
dos desenhos animados o coelho Roger
Rabbit e sua esposa Jéssica estão envolvidos comandado pelo Juiz
Doom(Christopher Lloyd) e sua quadrilha para eliminar outros desenhos. Um desafio
dos mais difíceis para Eddie lidar, já que ele detesta desenho e tem
motivos pessoais para isso. Já que foi por causa de um desenho que seu irmão
também detetive e seu sócio foi assassinado vitimado por um desenho. Inspirado no romance Who Censored Roger
Rabbitt de Gary K. Wolf que foi publicado em 1981. O filme contou com a
direção do Robert Zemekis (Então diretor do top filme dos anos 1980 De
Volta para o Futuro ) e com produção executiva de Steven Spielberg. Estes
enfrentaram um trabalho bastante árduo que consumiu sete anos para eles
conseguirem tirar este projeto do papel, junto ao pesado orçamento de produção com
recursos tecnológicos não muito sofisticados como os de hoje num CGI em captura
de movimento mais moderno o que não se tinha para época. Tudo era feito
artesanalmente quadro a quadro, frame por frame. Principalmente para mostrar a interação total
entre personagens reais com o desenhos. Onde inclusive a cena do detetive Eddie
Valliant visitando a cidade de Desenholándia foi filmada completamente em
Chroma Key onde o ator Bob Hoskins teve de encenar completamente sozinho sem ninguém
para interagir no completo vazio. Junto também ao trabalho árduo que Spielberg
enfrentou de tentar negociar com a
Warner e a Disney a inclusão de seus personagens clássicos como eram nas
décadas de 1930 e 1940 para fazer um croossover
seguindo pelo mesmo tempo de tela
de cada um, isto a gente ver nas cenas entre o Patolino e o Donald disputando
um show de piano ou mesmo em desenho o Mickey e o Pernalonga se interagindo com
o Eddie. Ele só não teve tempo de conseguir negociar com a Fleicher por exemplo
para levar Popeye para o filme dentre outras. Mas que de toda forma o esforço
foi bem recompensado neste filme incrível que teve um roteiro muito bem
desenvolvido com personagens cativantes, um texto sutilmente cheio de piadas de
duplo sentido com alto teor adulto, mostrando os personagens de desenhos com
vida própria, curioso observar que mesmo tendo aparentando ser voltado para
crianças pelo aspecto lúdico com os desenhos trazidos ao mundo real, ele na
real traz uma trama pesada para ser vista por criança. E o casting de elenco desse
também esteve brilhante, contou com a participação do saudoso Bob Hoskins(1942-2014), desempenhando perfeitamente
o papel do detetive Valliant, em um
papel que quase não foi dele, o primeiro ator pensado ao papel foi Bill Murray.
Mas ainda bem que caiu como uma luva para o papel que se entregou bem ao estilo
cômico de humor físico mais caricato e cartunesco do filme, fora também as camadas do
personagem que ele desempenhou perfeitamente, principalmente na sua carga mais
dramática que envolve motivação pessoal
de detestar desenhos e ele acabar tendo de proteger justo um desenho que
está em perigo, e ele sendo britânico ele imprime alguns toques de sutilizes ao
personagem. Outro também do elenco que merece é a de Christopher Lloyd famoso pelo Doutor Brown em De
Volta Para o Futuro no filme antagoniza o papel do Juiz Doom, um
sujeito que na verdade era um desenho cujo plano mirabolante e até maniqueísta
de eliminar todos os desenhos e botar a culpa em Roger era para ser dono de
Desenholãndia, e ele foi o próprio responsável por matar o irmão de Valiant e
de Acme a quem muitos suspeitavam que fosse Roger Rabbit. Alias, o coelho
protagonista da obra teve sua voz original dublada por Charles Fleischer, que incorporou muito
bem no personagem todo o seu jeito histérico e afetado cujas características físicas bem caricatas
de ser antropozoomorfico traz muitas de
influências personagens clássicos e populares dos desenhos dessa Era de Ouro
que o filme se ambienta como a sua
aparência de coelho, por exemplo, ser
inspirado no Pernalonga, sua gravata no Gaguinho, suas luvas no Mickey Mouse e
o seu cabelo vermelho ser inspirado no cachorro
Droopy. O elenco também contou
com Kathleen Turner no auge da beleza na
época do lançamento do filme final dos anos 1980 fazendo a voz original da provocante Jessica
Rabbit, a esposa do Roger Rabbit cujo ar de sexy appeal e de femme fatale teve o seu traço inspirado nas belas musas
hollywoodianas da época como Rita Hayworth(1918-1987) e Veronica Lake(1922-1973).
Esta mesma personagem também foi dublada na versão cantada por Amy Irving,
então esposa de Steven Spielberg, o
produtor executivo do filme. Também é um ótimo exemplo de filme que presta uma linda homenagem ao cinema. Vendo
hoje ele continua bem divertido e bem envelhecido.
5º)O
ARTISTA (The Artist, França,2011)
Na
quinta colocação da minha lista de filmes preferidos sobre cinema vai para O
Artista. Uma produção francesa dirigida por Michel Hazanavicius que
apresenta uma curiosa história dedicada em prestar uma linda homenagem de forma ficcional aos primórdios da Hollywood no auge do cinema
mudo na transição para o cinema falado. É neste filme que mostra um importante astro do cinema mudo
George Valetine(Jean Dujardin) ver sua
carreira de sucesso em declínio por não aderir aquela inovação de colocar o
áudio nos seus filmes e ao persistir nisso, resolvendo bancar seus próprios
filmes mudos, que foram grandes fracassos. Enquanto que por outro lado a atriz
Peppy Miller(Bérénice Bejo) é a grande estrela do momento no cinema falado e se
tornará o grande anjo da guarda na vida de Valentine. Filmado em preto e branco
e boa parte dele sem o áudio dos atores dialogando, é apenas tocado uma música
de fundo orquestrada como era nos tempos dos primórdios do cinema e somente
para entende-los só lendo uma legenda que aparece num corte de uma cena para
outra para criar bem aquela sensação, aquela atmosfera de como era assistir aos
filmes do começo do século 20 sem os atores dialogando. E com uma estética
bastante teatralizada com as caras e as bocas com elementos bem burlescos,
pastelões de humor físico. Um verdadeiro
exemplo de obra-prima da sétima arte
prestando uma homenagem a ela mesma.
4º)CANTANDO
NA CHUVA(Sigin´in the Rain,EUA, 1952)
A
quarta colocação da minha lista de preferência aos filmes sobre o cinema vai
para Cantando na Chuva. Um
ótimo filme com uma atmosfera escapista de musical, considerado por muitos
críticos uma unanimidade como o melhor filme musical de todo os tempos, assim
como a exemplo de O Artista
listado anteriormente é um linda obra cinematográfica que presta uma singela
homenagem a própria sétima arte ambientado na Hollywood na transição do cinema
mudo para o cinema falado. É retratando
de uma forma bem ludicamente romantizada e divertida com altas doses de comédia
como essa transição não foi fácil. Principalmente para a captação do som. O
filme contou com a direção de Stanley Donnen(1924-2019) que faleceu há seis e
era um dos últimos míticos diretores da chamada Era de Ouro de Hollywood ainda
vivos. E de Gene Kelly(1912-1996) também protagonista do filme na pele do astro
do cinema mudo Don Lockwood, que
curiosamente ele não foi a primeira escolha para o papel. O primeiro ator
cogitado foi Howard Keel(1919-2004). Que de todo jeito ele mostrou uma
brilhante performance do personagem galanteador. O elenco também contou com
Donald O´Connor(1925-2003) interpretando o alivio cômico do Cosmo Brown com
suas brilhantes performances de humor físico nas caras de bocas, num papel que
antes foi considerado a Oscar Levant(1906-1972)
e a bela Debbie Reynolds(1932-2016) interpretando a mocinha ingênua e
par romântico de Don Kathy Selden, num papel que já sondado por outras atrizes
antes de ser definitivamente dela. Apesar do filme apresentar um aspecto
primoroso com musicais e tudo mais que o tornam perfeito, o mesmo não se pode
dizer dos causos ocorridos nos bastidores, principalmente envolvendo o
cronograma exaustivo de filmagens para que ele pudesse ficar perfeito. Ainda
assim é um bom filme para se apreciar.
3º)ED
WOOD(EUA,1994)
Na
terceira colocação da minha lista pessoal de filmes sobre o próprio cinema, a
medalha de bronze vai para Ed Wood
do diretor Tim Burton. Quem
ouve a menção ao nome do diretor Tim
Burton, com certeza deve assimilar ao seu peculiar estilo autoral pouco
convencional de trabalhar filmes com uma estética extravagante, irreverente,
excêntrica, com texto de humor ácido e um tanto anárquico com tipos esquisitos
mesclando elementos um tanto dark creepy
de sobrenatural com gótico dentre outras características peculiares que o
diretor tem de fazer cinema. Muito disso se deve a influência que ele teve de um diretor que entrou para os anais da
história do cinema como o pior diretor de todos os tempos que é no caso Eward
Davis Wood Jr.(1924-1978). Grande nome do Cinema Trash, também chamado de
Cinema B do terror e da ficção cientifica da década de 1950. Que eram as
produções de baixo orçamento onde eles exploravam muito da criatividade com
temática pouco convencionais. A quem Burton dedicou esta cinebiografia. Que nos
apresenta um interessante recorte dele atuando nos bastidores das produções do
modo bem estranho como ele escrevia os seu roteiros se trajando de mulher do
casting inusitado de atores para estrelar os seus filmes como o lutador de
telecatch Tor Johnson(1903-1971), a finlandesa Maila Nurmi(1921-2008), que era
tão popularmente conhecida apenas como Vampira apresentando um programa de TV
popular da época e o mais incomum foi ele colocar em seu casting o húngaro Béla Lugosi(1882-1956) o eterno célebre do
terror dos anos 1930, e tendo vivido Drácula e naquele momento se encontrava no
completo ostracismo com a sua saúde muito fragilizada pelos vícios dos remédios
e sem auxílio do governo. Neste filme todo feito numa película me preto e branco que contou no
elenco com Johnny Deep, ator muito
frequente nos filmes de Burton desde que este estrelou Edward Mãos
de Tesoura(Edward Scissorhands, EUA, 1990) como o protagonista Ed Wood,
roubando as cenas, principalmente ao incorporar bem toda a excentricidade de
sua metodologia de trabalho pouco convencional. Outros nomes que compõe o
casting peculiar de atores dos filmes vão para Bill Murray, astro de Caça-Fantasmas(The
Ghostbusther, EUA, 1984) na pele da drag
queen Bunny Beckeridge(1903-1996), Jeffrey Jones, ator famoso pelo papel do
diretor Rooney em Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller's Day
Off, EUA, 1986) e já tinha estrelado
outro do Tim Burton que foi em Os Fantasmas se Divertem( BeetleJuice,
EUA, 1988) e que atualmente tem estado em ostracismo por causa da sua ficha
criminal envolvido numa acusação de pornografia infantil no filme interpreta O
Incrível Criswell(1907-1982), um sujeito um tanto místico famoso por suas
profecias imprecisas e por destacar a brilhante participação de Martin
Landau(1928-2017) como o Béla Lugosi em fim de carreira, completamente
amargurado, principalmente numa cena em que ele ouve alguém da produção
mencionar o nome de Boris Karloff(1887-1969), o astro de Frankstein com que ele
parece que não se bicava ela fica uma fera.
2º)O
ÚLTIMO CINE DRIVE-IN(Brasil, 2015)
Na
segunda colocação da minha lista de preferência dos filmes sobre o cinema, a
medalha de prata vai para O Último Cine Drive-In, produção
brasileira dirigida por Iberé Carvalho. Bastante premiado no Festival de
Gramado. O filme apresenta a história do jovem Marlombrando(Breno Nina) retornando
para cuidar de sua mãe doente. Essa situação faz com que ele se aproxime de seu
pai Almeida(Othon Bastos) dono de um cine drive-in, um cinema a céu aberto que
está prestes a fechar pela falta de público. Um filme muito emocionante que
envolve um tema bem universal que envolve a questão familiar e uma singela ao próprio
trazendo muitos easter eggs dos cartazes dos filmes. Um texto cheio de referências
e o próprio protagonista carregar no nome uma homenagem a um grande galã do
cinema, no caso a Marlon Brando(1924-2004).
1º)CINEMA
PARADISO(Nuovo Cinema Paradiso, Itália, França, 1988).
E
na primeiríssima colocação, medalha de ouro da minha lista de filmes preferidos
sobre cinema vai merecidamente para Cinema Paradiso. Uma
primorosa produção italiana, dirigida por Giussepe Tornatore e com música de
Ennio Morricone. Ganhador do Oscar de 1990 na categoria de Melhor Filme
Estrangeiro. Trata-se de uma comédia dramática que aborda de uma forma muito
lúdica e poética sua linda homenagem a própria sétima arte.
Mostrando como o cinema influenciou e muito a vida de Totô,
um garoto vivendo sua infância
onde é criado apenas pela sua mãe viúva,
num cenário de uma Itália de meados da década de 1940 Pós-Segunda Guerra
completamente arrasada e vive uma forte de amizade pelo Alfredo, o projetista
do Nuovo Cinema Paradiso por quem ele se
descobre apaixonado e foi por disso que Totô descobriu sua paixão pela sétima
arte, que foi responsável por definir sua carreira na vida adulta. Filme
magnifico que reflete bem o que nossas paixões de infância podem influenciar no
caráter de nossa vida adulta. Assim como no exemplo do Totô(papel de Salvatore
Casci na infância, Marco Leonardi na adolescência e Jacques Perrin já adulto),
que ao crescer começar a trabalhar no cinema como projetista da sala do Nuovo
Cinema Paradiso e ao chegar a uma certa idade adulta já tendo se tornado um
celebre cineasta Totô retorna a sua pequena cidade para se despedir de
Alfredo(Phillipe Noiret) e vê numa cena muito
tocante e melancólica o antigo prédio do Nuovo Cinema Paradiso ser demolido. Uma
sensação muito nostálgica, principalmente para quem mora aqui em Natal/RN e tem
mais idade que eu e viveu a fase áurea
dos antigos cinemas de bairro que tinha
na capital. Coisa que pessoalmente eu não vivi em meus 34 anos de vida, cresci
em uma época de completo declínio dos cinemas de bairro na capital, o único
ainda ativo era o Rio Verde. Eu já fui da geração que cresceu com o surgimento
dos cinemas de shoppings centers. Uma pena. Posso descrever que Cinema
Paradiso é uma verdadeira unanimidade em ser um filme que presta sim
uma linda homenagem a sétima arte e demonstra esta paixão da maneira mais lindamente
poética que se pode descrever. O filme em todo o seu conjunto é fantástico,
desde o roteiro bem escrito, com lindas tomadas, belos planos, fotografia
excelente, e o próprio nome do protagonista
traz bem uma referência ao próprio cinema já que Totò, nome artístico de
Antonio de Curtis( 1898-1967), foi o grande astro da comédia do cinema
italiano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário