terça-feira, 31 de dezembro de 2019
segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
O IRLANDÊS- A OBRA-PRIMA DE MARTIN SCORCESE DA NETFLIX
Martin Scorsese é um cineasta que nesse ano deu o que falar,
principalmente na polêmica declaração que fez sobre o que achava dos filmes de
super-heróis. Nos brinda com mais uma obra sua magnifica trabalhando com
personagens bem complexo como é o caso de O Irlandês(The
Irishman, EUA, 2019), produção da Netflix.
O seu tão comentado filme onde
aqui ele retoma uma das abordagens preferidas que envolve o submundo do crime
assumindo a dupla função de diretor e
produtor. Baseado na história de Frank Sheeran(1920-2003), vivido
magistralmente na tela por Robert De Niro. Um veterano da Segunda Guerra
Mundial, que passa a conhecer e entrar para o mundo do crime, na época em que
inusitadamente trabalhava como caminhoneiro responsável por entregar carnes aos
bares e restaurantes dominados pelas máfias. E será numa dessas entregas que
tem início o seu envolvimento no mundo
do crime que ele vai passar a ficar muito próximo de Russell Bufallino(Joe
Pesci), que através dele irá conhecer Jimmy Hoffa(Al Pacino) com quem passará a
prestar serviços sujos e abomináveis, como tirar a vida de gente friamente como um matador de aluguel da
máfia. A ponto disso modificar completamente sua personalidade por muito
tempo e logo após ser preso viver
abandonado pela família. A trama do filme
é narrada em primeira pessoa mostrando Sheeran já idoso vivendo recluso numa
clinica sob cuidados médicos, onde ele conta diretamente ao expectador como foi
toda a sua trajetória até ali. Principalmente no que envolve a participação da máfia
no meio politico americano, tanto nas eleições sindicais, quanto na de John
Kennedy para presidente em 1960. A ideia de um filme estar representando o
mundo do crime e pela ótica do criminoso como protagonista pode nos passar aquele
velho receio principalmente da parte de alguns purista deles quererem criar uma
ideia de romantização e glamourização
sobre a vida criminosa. A ponto de servir como péssimo exemplo para formar
novos bandidos. No caso de O Irlandês, eu pessoalmente não senti
nada disso. Aqui o diretor Martin Scorsese procurou representar toda as camadas
de um cara que ao entrar no caminho sem volta da criminalidade, ao mesmo tempo que
ganhou status vivendo de luxo ao ficar próximo de gente poderosa, após cometer muitas atrocidades matando friamente
cada um que desse mancada com ele, também descobriu o quão perigoso é aquilo a
ponto de ir para na prisão e passar o resto da vida solitário e abandonado pela
própria família.
O seu roteiro teve como fonte o livro de memórias O Irlandês: Os Crimes de Frank Sheeran a
Serviço da Máfia. De autoria do Charles
Brandt, advogado e investigador do caso. Que ao ser adaptado por Steven Zaillian
imprimiu algumas licenças poética para tornar a história mais cinematograficamente
mais palatável e dá mais dramaticidade. Como na cena mostrando Sheeran matando
Jimmy Hoffa dentro da residência dele. Se bem que ele havia desaparecido em
1975, e declarado morto em 1982. Até hoje o mistério do seu desaparecimento
permanece inconcluso.
Além de conter um roteiro bem escrito,
o filme também apresenta um ótimo design de produção. Especialmente na
caracterização do Robert De Niro bem rejuvenescido para representar as diversas
fases da vida de Sheeran em cada época bem datada. Não só nos figurinos, mas
também nas locuções que criam uma ótima atmosfera retrõ com ares bem vintage ao filme. E com um nível
de violência bruta e intensa.
O filme contém 3 horas e meia
de duração, para quem prefere ver adrenalina, ação, explosão e situações absurdas de um pipocão filme
blocbusther dos filmes de super-heróis.
Este filme com certeza não foi feito para agradar a este tipo de público. Principalmente
por acharem muito chato e tedioso a quantidade de diálogos muitos
expositivos que este filme apresenta. O ritmo vagaroso das cenas que apelam
para algumas contemplatividades como o plano sequencia sem cortes do começo do
filme passando pelos corredores da clínica onde Sheeran está internando que vai
nos direcionando a ele e o mesmo interagir com o público quebrando a quarta
parede para contar sua versão da história, como se ele estivesse palestrando ao
público numa videoconferência na narrativa em primeira pessoa e lá que ele vivenciou os seus últimos momentos de vida até sua morte em 2003, vitimado pelo câncer
aos 83 anos. Ou mesmo, nos
momentos em que quando somos apresentados a cada mafioso real com quem Sheeran vai sendo apresentado, aparece
umas legendas explicando os rumos reais de cada um teve, como as mortes que
sofreram por balas. Esse monte de didatismo apresentado na obra pode tender a
agradar quem apreciar e contempla um cinema de valor mais artístico e com um
estilo mais peculiarmente autoral de Martin Scorcese.
Num balanço geral, O Irlandês
trata-se de um bom exemplo de filme de arte que vai com certeza vai tender a despertar o interesse
nas premiações, com um personagem bastante complexo que representou bem os
perigos de entrar na vida criminosa e suas consequências. Num trabalho bem
casado entre direção e texto, e contando com um elenco de feras como além de
Robert DeNiro, também contou com Joe Pesci, Al Pacino, Harvey Keitel entre outros.
Se você um bom cinema de arte, não perca tempo corre na Netflix que está disponível
para você a hora que quiser.
domingo, 29 de dezembro de 2019
O MELHOR DO CINEMA EM 1999
Olá Grandes Super-Heróis nesse vídeo venha comigo fazer uma viagem no tempo a 1999 e lembrar os filmes que marcaram aquela época naquela importante data que marcava um momento importante para a história da humanidade que foi a transição do final do século 20 para o começo do século 21.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
BALANÇOS DOS FILMES DE SUPER HERÓIS EM 2019
Olá Grandes Super-Heróis, no vídeo de hoje do Cinema com Super-Herói mostrarei a minha retrospectiva dos filmes de super-herói em 2019.
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domingo, 15 de dezembro de 2019
O ESTRANHO-UMA OBRA-PRIMA POUCO CONHECIDA DE ORSON WELLES
Ontem assisti na Netflix
ao filme O Estranho (The Stranger, EUA, 1946). Uma pouco
conhecida obra-prima cinematográfica de Orson Welles(1915-1985), famoso por Cidadão
Kane(Citizen Kane,EUA 1941) neste filme ele ficou responsável tanto pela direção e também atua
como protagonista.
Que trata-se de uma impressionante história naquele
clima ainda sentindo o fim recente da Segunda Guerra Mundial onde um criminoso
de Guerra nazista é alvo da investigação do policial Wilson(Edward G. Robinson), uma vida
pacata em Harper, no Connecticut, cidade do interior dos EUA, indo atrás do criminoso de guerra Franz Kindler(Orson Welles) com outro nome Charles Rankin e
vivendo uma vida comum como se fosse um cidadão acima de qualquer suspeita onde leciona na escola da cidade e ajuda na manutenção do sino Igreja. E casado com Mary Longstreet(Loretta Young), filha do juiz da cidade de Harper. Uma
obra impressionante de ver. Uma
verdadeira aula de cinema, principalmente na maneira como ele explora as técnicas
dos closes, dos enquadramentos, dos
cortes de edição e a própria estrutura narrativa que segue a característica dos
filmes de suspenses noir que estavam em voga na época, o que torna a sua qualidade esplendorosa. Do seu elenco,
merece destaque o próprio Orson Welles como protagonista do obra, ele
desempenha o Charles Rankin, a outra
persona do criminoso de guerra Franz Kindler. Um colaborador da cidade de Harper
que trás da face de homem calmo e dócil do falar esconde-se o próprio
mal em pessoa, capaz das maiores atrocidades mais desumanas do mundo. Outro
também destaque do elenco vai para Loretta Young(1913-2000) como a Mary Longstreet a esposa de Charles, ela desempenhou muito bem em cena todas as camadas da personagem, desempenhando bem nela a figura
de uma mulher que cegamente apaixonada pelo marido custa a acreditar que ele
seria mesmo um monstro capaz de muitas atrocidades.
Outro que também merece menção é Edward G.
Robinson(1893-1973) como o Detetive Wilson. Que desempenhou a sua função de caçador, principalmente para perseguir a sua
presa o Charles. Algo no estilo meio gato e rato. Outras menções ao elenco vão
para o ucraniano Kostantin Shayne(1888-1974), como Konrad Meinke. Um imigrante alemão que aparece no começo da história,
para nos introduzir a Charles e ele será a peça fundamental para ser sua vítima e assim a gente conhece bem a personalidade insana, malvada e fria do peronagem. E para Billy House(1889-1961), na pele do Senhor Potter.
Um comerciante popular da região de Harper que adora jogar damas com seus clientes, dando
um bom toque de comédia a história, principalmente quando colocar o chapéu na cabeça que é
bem carregada de dramaticidade e de tensão pela atmosfera pesada do suspense
bem carregado na obra.
No balanço geral, posso descrever que O Estranho de uma excelente obra cinematográfica que bem
retrata sua época, e bastante atemporal.
Uma obra de qualidade magnifica que merece
ser assistida, principalmente pelas técnicas de edição e com sua estética de
história que simbolizam bem o retrato do
cinema de sua época, principalmente a fase de ouro do cinema noir. Mostrando que para se contar uma boa história, não precisa
de tantos artifícios como o cinema moderno de hoje usa e abusa de CGI. Quem talvez goste de ritmo mais frenético, pode talvez não gostar desse filme, já que ele carrega uma narrativa muito lenta e até arrastada da trama, que pode parecer
muito chata, visto que ela simboliza outro contexto de fazer cinema. Porém, mesmo assim é uma obra que merece ser assisitida, principalmente para futuros a terem como referência para se estudar técnicas de cinema e principalmente para compreender o que foi a o cinema noir. O filme recebeu uma
indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
O Declínio do Império Americano (Le Déclin de l'empire Américain) - 1986...
"Quatro professores universitários conversam sobre assuntos diversos enquanto preparam um jantar. Ao mesmo tempo, em uma academia de ginástica, quatro mulheres, colegas dos professores também conversam sobre os problemas de relacionamento entre homens e mulheres. A partir da metade do filme este grupo de amigos se encontra para um jantar. A conversa que segue nos faz perceber o clima dos anos 80, onde várias teorias que explicavam o mundo começam a cair por terra. Os protagonistas realizam uma verdadeira auto-avaliação ao discutirem sobre os mais variados temas, entre eles moral, liberação sexual, valor da intelectualidade, conhecimento, liberdade, entre outros."
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
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