segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ANÁLISE DO FILME "VICTOR FRANKENSTEIN"

Na tarde de domingo, 29 de novembro de 2015, foi conferir  uma sessão de cinema na Rede Cinepolis no Natal Shopping. Onde fui assistir  "Victor Frankenstein". Uma nova leitura do clássico monstro de terror criado pela autora Mary Shelley(1797-1851). Eu sinceramente gostei do filme. Mesmo sem esperar nada. Até porque pessoalmente eu nunca fui muito fã dos filmes de Frankenstein. Um bom filme para se assistir com a cabeça aberta. Para apenas se divetir.






















A trama não chega a ser das melhores já produzidas sobre o lendário monstro dos filmes de terror. Mescla muitos elementos de terror com ação suspense e umas pitadas cômicas, do qual em alguns momentos fica um tanto sem identidade. Mas pelo menos, a proposta de apresentar um novo filme deste focando não figura do monstro, mas do pai dele, o cientista Victor Frankstein em suas diferentes nuances. Também o apresentando pelo ponto de vista do seu assistente Igor, que é apresentado na abertura do filme como uma criatura aberrante do circo, e prestando atenção no seu potencial científico ao observá-lo salvando uma trapezista Lorelei de quem é bastante apaixonado da queda horrível durante sua apresentação. E isto fica evidente que será por este ponto de vista que o filme abordará saindo muito do óbvio de apresentar ele criando a figura do monstro. Apesar de eu ter gostado muito do filme, fiquei com a sensação de que poderia explorar mais outros aspectos. Apesar dele conter uma certa crise de identidade em alguns pontos, o que termina fazendo ele pecar por pecar, ainda assim ele entra em questões reflexivas e filosóficas muito interessantes   sobre uma pessoa como Victor Frankstein querer se utilizar de sua genialidade científica para  brincar de deus, em utilizar de partes de corpos humanos para criar uma vida  nova, ainda mais numa época como no século 19 em que alguns conceitos inovadores da medicina por exemplo se conflitavam com as teorias conservadoras de grupos religiosos, e isto pelo captei o filme bem reflete esta essência do que ele representa. Tecnicamente eu gostei da estética que o filme apresenta com todo o cenário datado da Inglaterra Vitoriana, combinado a  excelentes tons fotográficos escuros que combinam  com a atmosfera sinistra e bem sombria apresentada no filme. Assim como os diferentes detalhes dos  figurinos e cortes de cabelos representam um pouco da moda britânica desta época, seja das camadas mais humildes como as representadas pelo núcleo circense onde o coadjuvante Igor é a apresentado ou mesmo na cena do glamouroso baile  da elite do qual  Victor representa  e vai acompanhado de Igor e lá se encontra com sua antiga paixão do circo, a Lorelei. 















Como dito, o filme me surpreendeu apesar de não esperar nada dele. Do elenco gostei de James McAvoy como o protagonista do titulo está perfeito, consegue incorporar bem todas as nuances que envolve a essência dele como um cientista obsessivo por sua criação, a ponto de perder completamente a noção da imprudência e dos riscos, ele consegue compor bem o papel, engraçado pensar que McAvoy que é o atual Professor Xavier mais da franquia X-men, onde ironicamente foi em "X-Primeira Classe" que o companheiro dele Magneto faz menção ao monstro numa interessante cena tensa ao ir atrás de uns caras que prestavam ao nazismo e estavam vivendo na Argentina e um deles sobre o que ele é, e ele se refere assim "Digamos que sou o monstro de Frankenstein". Daniel Radiclife como o Igor me surpreendeu neste papel, principalmente na maneira como ele compõe o papel dele antes de virar o ajudante do Dr. Frankenstein.  A meu ver ele se mostrou bem amadurecido profissionalmente como ator quando do que em relação ao longo tempo em que esteve associado  a franquia "Harry Potter". Neste filme ele consegue além de ser um importante assistente  do protagonista, também fazê-lo segurar o filme inteiro nas costas, a ponto de roubar as cenas. A atriz que faz a Lorelei, Jéssica Brown Findlay consegue se sair bem no papel, mesmo que não tivesse muita importância para a trama ao não ser, virar o par romântico do Igor, assim como existe outros personagens que não gravei os nomes, nem conheço bem os atores, mas alguns estão bem no filmes outros razoáveis Dentre estes há o Inspetor da Scotland Yard que vive obsessivamente na cola de Victor Frankenstein a ponto de ter umas atitudes imprudentes que o enlouquecem e termina e fica bastante comprometido e ser expulso da agencia. Para finalizar também destaco a curta participação de Charles Dance, que quem acompanha a série de TV "Game of Thrones" como o patriarca do Clã Lannister,  Lorde Twin Lannister, no filme aparece no papel do Senhor Frankenstein, pai do Victor numa cena fazendo uma impressionante cena para tentar acordar o protagonista de sua obsessão. 


































"Victor Frankenstein" é um filme  mediano, bem voltado para um filme de entretenimento blockbuster despretensioso, com uma trama bem rasinha, mais voltada a um típico filme de "Sessão da Tarde" mas que apresenta visualmente uma arte impecável, principalmente na maneira como é apresentado o próprio monstro Frankenstein, onde para quem é fã do monstro clássico e tem a cabeça aberta eu recomendo assistir ao filme. Se não então não vale a pena gastar pelo ingresso. 















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