segunda-feira, 30 de maio de 2016
domingo, 29 de maio de 2016
ANÁLISE DO FILME X-MEN:APOCALIPSE(2016)
Na Quinta-feira, 26 de Maio de 2016, feriado de Corpus
Christi, fui finalmente conferir ao tão aguardado X-Men: Apocalipse, mais um
filme da franquia dos mutantes da Fox, uma semana após a estreia oficial.
O que posso descrever das minhas impressões deste filme,
é que assim ele em parte me surpreendeu, em parte não me decepcionou, mas me
incomodou ver algumas coisas muito relaxadas e repetitivas do roteiro. Poderia
ter sido melhor explorado em alguns aspectos, mas em outros deixou a desejar.
As parte que mais agradou
no filme e achei fantástico, foi
ele começar com uma introdução do Apocalipse passada no Antigo Egito, onde ali
sendo o Faraó En Sabah Nur sendo idolatrado pelo povo como um deus e recebe a transferência de um
ser alienígena com os poderes mutantes.
Até o momento em que ocorre uma conspiração e acaba que En Sabah Nur fica
soterrado por longos séculos. Uma maneira bem chamativa de dar um destaque para
ele como vilão e mostrar o peso dele como ameaça central da trama. Um contato meu
do facebook chegou a comparar esta introdução de X-Apocalipse aos filmes “A
Múmia”(1999) e “O Retorno da Múmia”(2001), que de fato não deixar de remeter,
até pela maneira bem escapista dos efeitos da devastação causado por uma
divindade. Após esta introdução ocorre então
o passar dos séculos, irônico falar em
virtude da própria cronologia do universo mutante ser muito confusa. Até chegar
ao ano de 1983, passados 10 anos após os
acontecimentos de “X-Men: Dias de um futuro esquecido”(2014). Onde no primeiro
momento somos apresentados ao jovem Scott Summers/Ciclope durante uma aula
sentindo um tremendo incomodo nos olhos, era sinal de que ele estava
descobrindo os seus poderes mutantes de soltar raios infravermelhos. Que ocorre
numa cena do banheiro da escola, onde ele estava se escondendo da ameaça de um
colega valentão.
Logo depois somos rapidamente apresentados a cena em sua
residência com a família dele, mostrando
a importância do seu irmão Alex/Destrutor o levando para ser matriculado na Escola
Xavier para Super-Dotados já funcionando. Lá já acontece dele ser apresentado a
Jean Grey que já está matriculada como aluna. Pessoalmente gostei da maneira
como eles foram apresentados como alunos novatos da Escola já estabelecida
tendo outros alunos, com o Professor X sendo o diretor e o Fera o instrutor dos
alunos e assim a trama sendo desenvolvida. Uma introdução perfeita de Ciclope e
Jean que me surpreendeu, digo isso porque, eu tive muito receio sobre a maneira
como eles iriam introduzir o casal que comanda a equipe no combate, como também
a introdução da Tempestade na história. Tive receio do retorno destes
personagens vividos por atores mais
jovens, poderia gerar alguns furos de roteiro com relação aos que foi mostrado nos filmes da primeira
franquia mutante lançado entre 2000-2009. Dentre estes, posso destacar que
no filme de 2000, o Professor X tinha
explicado para Wolverine que Ciclope, Jean e Tempestade tinham sido seus
primeiros alunos. Mas como foi mostrado no reboot de X-Men:Primeira Classe(2011)
quando o Professor X fundou sua Escola junto com o Magneto em 1962, ele ainda
não tinha recrutado os três para formarem o embrião da equipe. Que foi formada
por ele, Magneto, a Mística, o Fera, Banshee e Destrutor quando eles estavam
envolvidos numa missão da CIA atrás de Sebastian Shaw.
Passados onze anos nos
eventos de X-Men: Dias de um futuro esquecido que se passa em 1973, vimos a
Escola abandonada porque muitos aluno foram combater no Vietnã e sequer os três
tinham sido matriculados nesta longa distancia de tempo. O buraco fica ainda maior
se formos analisar que em X-Men-Origens-Wolverine(2009) eles fizeram uma
introdução distorcida de como o Scott/Ciclope entrou nos X-Men ao ser capturado
pelo Dente-de-Sabre, para virar prisioneiro da Base de Striker junto com outros
mutantes. E ao ser libertado pelo Wolverine, aparece o Professor X ainda andando e já careca os convencendo para
entrarem no jato para serem seus alunos. Pior é como foi mostrado o Professor X
indo atrás da Jean na cena da premissa de X-Men: O Confronto Final(2006), onde
ele além de aparecer ainda andando e careca, é acompanhado do Magneto que fala deles estarem preparando a criação da
escola dos mutantes. E neste aspecto, a Fox deu bem corrigida na introdução de
como cada um do trio entra na escola. Enquanto que o Scott contou com a ajuda
do irmão para ser matriculado, já a Jean já foi mostrada matriculada, sem
precisar explicar de onde e como que o Professor X a conheceu. Já a Tempestade
foi apresentada ainda não compondo a nova equipe, na sua introdução é mostrado
ela vivendo uma vida errante de ladra de
feira no Egito. No mesmo local, onde a agente da CIA Moira MacTargett estava
investigando um acontecimento estranho envolvendo uma seita para despertar uma
ameaça milenar que é o Apocalipse. Quando Apocalipse acorda com o nome real dele de En Sabar Nun sendo
mencionando constantemente ocorre um
evento cataclísmico mundial que por este motivo faz Charles Xavier no Cérebro e
lá ao observar Moira resolve ir atrás que não a via faz vinte anos. No momento
onde ele acompanhado de Destrutor vai atrás dela, ela parece mostra-se
surpresa, o que se explica pelo fato da última vez que ela teve contato com
Xavier em Primeira Classe, ele apagou todas as lembranças de Moira. O retorno dela na saga da história mostra-se
importante neste momento porque ela tem a função de apresentar a Xavier que é o
Apocalipse, a nova ameaça que vai lidar. No decorrer do enredo somos
apresentados a outras introduções de personagens, além da Tempestade estar no
Egito onde é convencida a ser um dos quatro Cavaleiros do Apocalipse. Também
somos apresentados a apresentação do Noturno e do Anjo que estavam juntos
participando de uma disputa de ringue na Berlim Oriental. É neste momento que a
Mística aparece para libertar o Noturno, enquanto que o Anjo é depois
convencido a trabalhar para o Apocalipse.
Enquanto que o Magneto é apresentado
vivendo no interior da Polônia, com uma falsa identidade trabalhando como
operário de uma fábrica, tentando viver uma vida comum após os eventos de “Dias
de um futuro esquecido” ao lado da família que ele constituiu neste local.
Isto até o momento em que ele faz a maior escorregada de
usar o seu poder mutante ali dentro. O que faz alguém da fábrica o denunciá-lo
para as autoridades polonesas. É neste momento que ocorre mais uma vez a
situação dramática de Magneto vivenciar mais uma perda familiar como foi
mostrado no “Primeira Classe”, no momento em que um soldado polonês solta um
arco de flecha em direção a sua esposa e
sua filha. É nisso que ocorre dele ser recrutado pelo Apocalipse. Também somos
apresentados a Psylocke que é introduzida como uma assistente que vive no
subterrâneo que pelo fica evidente ele é um lugar responsável por criar passaportes ilegais para
mutantes que querem viajar clandestinamente antes de virar um dos quatro
cavaleiros do Apocalipse. Tem também a Jubileu que é uma inútil, e por fim o
Mercúrio que ficou melhor explorado no filme em belas sequencias dele correndo.
Tudo isto que coloquei foram as partes que me agradaram,
já o que me desagradou foi observar foram algumas coisas que esperava ter um
mínimo de coerência. A parte que mais pecou para mim foi a Mística ter ficado
indiferente e não ter revelado para o Noturno que ele era seu filho. Assim
poderíamos saber se ela neste longo espaço de tempo dessa nova cronologia de
filmes, ela manteve algum caso com o Azazel. Eu também pude reparar no que para
mim virou um furo de roteiro, o Mercúrio revelar para a Mística que o Magneto é
seu pai, mas como ele sabia disso se não é mostrado a mãe dele revelando isto. Tudo isto
causado pela treta judicial da Fox com a Marvel. Também me desagradou observar
muita coisa cômoda, como por exemplo, não explorar a essência da equipe no dia
a dia da Escola, ou mesmo na rotina deles fora daquele espaço. Como eles lidavam
com o preconceito, que é a principal característica da essência da equipe. Outra
coisa que me desagradou foi ver novamente a presençs de William Striker na
história, que se aproveitou da situação em que boa parte dos alunos estavam
desprotegidos depois que a Escola foi destruída pelo Apocalipse que raptou o
Professor X. Tudo um pretexto para
motivar a introdução mais uma vez do Wolverine desta vez aprisionado no projeto
Arma X para ser libertado pelo grupo. Por incrível que possa parecer o que vou
descrever, mas na sessão que estive a plateia inteira aplaudiu a presença do
Wolverine. Principalmente na maneira como foi explorado sua essência selvagem.
Confesso
que esta parte do Wolverine, até me agradou, principalmente pelo cuidado de não
o mostrarem de novo completamente sem roupa. Apesar disso, também me incomodou
o fato de me deparar com outro furo de
roteiro que diz respeito ao fato de que no fim de “Dias de um futuro
esquecido”, o Striker tinha pego o
Wolverine no lago onde ele caiu. Mas quando a câmera se foca nele, podemos
observar a transformação dos seus olhos
sendo a Mística disfarçada. O que me
deixa intrigado ao fato de que como o real Striker conseguiu coloca-lo como
sua cobaia. O que não ficou muito bem explicado. Pior mesmo para aumentar ainda
mais o buraco, é o fato de neste filme ele conseguir ser solto graças ao
Noturno, a Jean e o Ciclope. O que em comparação aos filmes primeira franquia
era mostrado nas cenas de flashbacks, até mesmo no “Origens” que ele havia se libertado
independentemente destes estarem ali para libertá-los. Fora também o fato de todos os personagens
sequer terem mostrado sinais de envelhecimentos no passar de vinte anos em
relação aos eventos do Primeira Classe e dez após os eventos de Dias de um
futuro esquecido. E Striker que o diga, posso concluir que foi tão inútil servindo só para encher linguiça. Mesmo sem
ele, o filme teria se desenvolvido melhor. Foi puro pretexto para introduzir o
Wolverine para agradar a gregos e troianos.
Eu também fiquei muito incomodado com o excesso de CGI
jorrando na tua cara, principalmente para as destruições catastróficas
mundiais, onde dava para perceber sinais de artificialidade feita em chroma
key, mas que em compensação funcionam bem no 3D. Deu para perceber as faíscas
saindo da tela.
Posso destacar entre o que para mim funcionou e o que não funcionou no filme
foram os seguintes:
Funcionou:
A construção do Apocalipse como a ameaça central do filme, funcionou a meu ver
desde a maneira como ele foi introduzido na premissa, até quando ele foi
acordado com sua essência megalomaníaca de querer bancar uma divindade, com
ares bíblicos. Também vi que funcionou a sua caracterização bem adaptada, onde
dava para observar uma característica
profética divina, bem o contraste da
caracterização clássica com armadura metálica, que poderia ficar mais horrível,
mais artificial, com detalhes muitos robóticos, parecendo mais uma versão dos
Transformers.
A Pyslocke com a caracterização original, foi algo que
para mim funcionou, e ela também incorporando boas coreografias nas porradas e
nas espadas também funcionou, compensando a falta de profundidade da
personagem. Uma prova da Fox está
se abrindo a dar mais toques quadrinhescos as tramas do
Universo Mutante, algo que ela não fazia desde que lançou o primeiro X-Men em
2000 para um tom de seriedade mais o que ficava evidente pelos uniformes
padronizados.
Outra característica que a meu ver funcionou na trama, e eu
posso até levar porrada pelo que vou colocar, mas enfim vamos lá. Foi a maneira
como eles colocaram a Mística como mentora dos mutantes. Tudo bem, que para
muitos críticos ele estraga o filme, pelo fato de destacar demais a sua interprete
Jennifer Lawrence, principalmente por ela figurar como a atual queridinha de
Hollywood. Ok. Mas tirando isso, para mim a Mística mentora funcionou,
principalmente deles trabalharem nela este seu potencial que na franquia
clássica tinha faltado que era sua habilidade de comando. Nisso foi o que me deixou
satisfeito, apesar de ter faltado apresentar de novo o problema que foi não
mostrar o Magneto formar a sua Irmandade dos Mutantes que serve bem para criar
o contraponto com os X-men.
A própria
introdução do Ciclope e da Jean Grey na trama sem precisar de muito recursos de
didatismo ajudou e muito na agilidade da trama. Sophie Turner como Jean Grey me impressionou.
E Tye Sheridan como o novo Ciclope desempenha do personagem lidando com o
dilema de seus poderes e começando a mostrar seu potencial de liderança ainda que muito sutilmente como é caracteristicamente sua essência nos
quadrinhos.
O Mercúrio e o Noturno servindo de alivio cômico o tempo
todo para soltar umas piadas também funcionou para mim já que dava um tom mais
leve no timing certo para dar uma equilibrada nas dosadas pesadas cenas densas.
Apesar da parte do Mercúrio tinha horas que ficava bastante irritante.
A própria reprodução datada dos 1980, seja no corte dos
cabelos, nas roupas ou mesmo nos carros que reconstituíram bem o modismo da
época também funcionou. Com um tom bem nostálgico, principalmente ao ver
Mercúrio brincando com Pacman. Principalmente no núcleo dos novatos em especial,
que ficaram parecendo estrelarem um típico filme de comedia juvenil que bem
marcaram essa época. Para compreender esta minha comparação, aconselho aos
jovens leitores que tiverem menos de 30 anos a assistirem alguns clássicos
juvenis marcos dessa época como os
dirigidos por John Hughes(1950-2009), como “Curtindo a vida adoidado”, por exemplo, ou mesmo “A Vingança dos Nerds”
ou mesmo até “Karaté Kid” ou de outros gêneros como os de ação, que vocês vão compreender o porque desta minha
referência. Aliás por falar em filmes clássicos dos anos 1980, tem uma curiosa cena de easter eggs que
mostram Jean, Scott, Jubileu e Noturno saindo de uma sessão de cinema onde
estavam um dos blockbusthers daquele verão de 1983, que é O Retorno de Jedi, o
capitulo final da trilogia clássica de Star Wars.
Por fim, outra coisa foi a impressionante que funcionou a
meu ver foi trilha sonora do John Ottman, principalmente na cena da premissa no
Egito Antigo, criando bem uma atmosfera épica para trama. E usar de algumas canções
que foram sucessos de 1983 para compor a ambientação datada também funcionou.
NÃO FUNCIONOU
Já o que não funcionou para mim, foi como já antecipei, a
presença da Jubileu que só serviu de enfeite.
A introdução dela não fez diferença alguma para a trama.
A introdução do Anjo foi um tremendo desperdício. Mais
uma vez eles escorregaram novamente neste personagem como fizeram em X-Men: O Confronto Final.
Muitas situações mal explicadas, deixando mais buracos no
roteiro.
A presença do
Striker para mim também não funcionou,
foi um puro desperdício para encher linguiça.
A morte esquecida do Destrutor foi algo que para mim
também não funcionou, eles fecharam o arco do personagem que teve importância
nessa nova franquia de uma maneira muito vergonhosa.
Por fim, uma das coisas que para mim além de não
funcionarem também me incomodaram bastante, foi a Fox desde o primeiro X-men
acomodar-se muito na formula que deu certo, e só investir nesta formula. Desde os primeiros aos atuais, a Fox só deu
atenção a desenvolver poucos personagens que criaram um forte apelo para segurar os filmes, e não pensaram em
investir em outros que soubessem captar a essência desses dilemas deles de
viverem no mundo a sua volta com o preconceito por serem diferentes.
No balanço geral, X-men: Apocalipse foi de longe de todos
os filmes da franquia produzida pela Fox o que eu mais gostei por ser aberto
mais a referência, mais quadrinhescas, porém falha apresentando os mesmos
problemas com relação aos dramas individuais dos personagens. Ou mesmo se concentrar no que
tem mais apelo com o público como o
Wolverine para atrair o marketing. O público aplaudiu na sessão em que eu
estava, o que significa dizer que com isso a Fox tão cedo não vai abrir mão de
continuar até quando só Deus sabe investindo na franquia dos mutantes,
principalmente com outras expansões do universo, como foi mostrado com o filme
do Deadpool. Como já é bem característico, o filme conta com a presença do Stan
Lee, e tem uma cena pós-credito que sugere uma pista do que poderemos esperar
para os próximos filmes. Ela é bem discreta. Se você é fã de X-Men é quer
conferir então recomendo. Vale a pena o ingresso garanto.
quinta-feira, 26 de maio de 2016
terça-feira, 24 de maio de 2016
segunda-feira, 23 de maio de 2016
domingo, 22 de maio de 2016
CAPITÃO AMÉRICA-GUERRA CIVIL-HENRY JACKMAN
Música-tema do mais recente filme do Sentinela da Liberdade.
sábado, 21 de maio de 2016
BLADE RUNNER TRILHA SONORA DE VANGELIS
Orquestrada por Vangelis, a trilha do magnifico filme de ficção científica de Ridley Scott.
quinta-feira, 19 de maio de 2016
terça-feira, 17 de maio de 2016
ANÁLISE DE CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL(2016)
Na tarde de Sexta-Feira, 13 de Maio de 2016, fui conferir a sessão de Capitão América: Guerra
Civil no Cinepolis do Natal Shopping . Bom
posso descrever que o filme foi sensacional. De outro mundo. Assim eu não
consegui ver o filme do começo, pois mesmo tendo comprado antecipadamente, a
sessão já tinha começado, mas mesmo assim conseguir captar a essência da trama. Muita tensão, muita pancadaria.
O Homem-Aranha funcionou perfeitamente. Deixando um gostinho para o seu
primeiro dentro do Universo Marvel.
Posso descrever sem procurar dar spoiler para quem ainda não
teve a oportunidade de conferir ao filme que assim, a maneira como os Irmãos
Russo acertaram bem na criação do escopo para esta obra ao adaptar um
importante arco dos quadrinhos que mexia com um conflito ideológico entre o
Sentinela da Liberdade Capitão América e o Vingador Dourado Homem de Ferro.
Eu tive alguns receios de que isto não podia funcionar até
porque, como era um filme solo do Capitão América poderíamos correr o risco
desse filme começar a terceira fase do Universo Cinematográfico Marvel com o pé esquerdo, ainda mais se formos
analisar que o Homem de Ferro, o personagem que se
tornou o mais querido do público pelo filme e graças ao carisma de Robert
Downey Jr. ele ficar com a impressão de ser o vilão da história deixaria muita
gente dividida. O que isto não
aconteceu. Não vou colocar comparações com o arco da Hq que livremente inspirou o enredo do filme,
mesmo porque em se tratando de
adaptações deste formato para outras mídias, o negocio é um pouco complexo de
se entender. E estaria dando um spoiler,
para quem gostou e nunca tinha lido esta
Hq. Portanto recomendo a quem assistiu ao filme e nunca leu o quadrinho, recomendo procurar algumas
edições de encadernados seja na Salvat, Panini ou mesmo num livro de romance
sem ilustrações para compreender a importância disso para a história do filme.
Fazer algumas comparações e tirar suas próprias conclusões. Ok.
Mesmo sendo uma aposta arriscada, o filme conseguiu chegar ao
acabamento final com um resultado primoroso por assim dizer . A história gira em torno do Governo Americano
resolver implantar a Lei do Registro
para os heróis depois da longa séries de grandes incidentes em diferentes
partes do planeta que eles interviram para combater, como a invasão Chitauri em
Nova York como aconteceu no primeiro Vingadores(2012), ou mesmo a ameaça da
Inteligência Artificial Ultron, em Vingadores-Era de Ultron(2015). É por causa
dessa proposta que gera uma discórdia
entre o grupo, de um lado tem o Homem de Ferro a favor disso, principalmente
depois de observar que todas as criações se voltando contra ele para objetivos
maléficos. Que geraram grandes transtornos, por outro lado o Capitão América se
mostra contrário, porque defende a liberdade de todos. É com esta característica que toda a trama do
filme vai girar em torno. Até chegar ao
ponto de culminar num grande conflito deles, que vai dividir a equipe dos
Vingadores, do lado do Capitão América estão o Falcão, Homem-Formiga,
Feiticeira Escarlate, Gavião Arqueiro e Soldado Invernal e do lado do Homem de
Ferro estão Viúva Negra, Máquina de Combate, Visão, Pantera Negra e para
surpresa de muitos o Homem-Aranha.
É basicamente no esquema dessa essência a que a trama do
filme se baseou, para quem já leu a Hq irá girar em torno desta dissidência interna, onde fica
difícil distinguir quem é bom ou quem é mal.
Não vou me estender muito em explicar detalhes sobre a
trama, mesmo porque já tem tanta coisa mostrada no trailer, que não vou
estragar a surpresa.
Além da trama ter
sido bem adaptada, com ritmo intenso, bem costurada, com excelentes elementos coreográficos de luta que gera uma carga de adrenalina,
inclusive destaco aqui que desta vez eles não precisaram se utilizarem de recursos mirabolantes com excesso de
explosões computadorizadas nem ameaças de seres
alienígenas e nem de seres robóticos para proporcionar uma jorrada de CGI na sua cara. Isto foi bem acertado, e o
que mais pude observar que foi bastante acertado foi a ideia deles colocarem o
Soldado Invernal no centro de toda a
motivação para o conflito, que no fundo
era um fantoche do Barão Zemo, o verdadeiro cabeça dessa discordia. Boa parte do elenco presente neste filme que
interpretam os vingadores, todos vindo
dos outros filmes da Marvel mostram estarem bem afiados e com muita
disposição, muita vitalidade para encarnarem novamente os seus personagens.
Desde dos principais, Chris Evans e Robert Downey Jr. como Capitão América e
Homem de Ferro respectivamente. Evans
como o Sentinela da Liberdade demostra aquela mesma essência patriótica, escoteira do personagem. E Downey
Jr. como o Homem de Ferro, mesmo ficando mais contido com um jeito mais sério,
ainda assim incorpora bem o lado cômico do personagem com sua genialidade
egocêntrica e esnobe de típico playboy rico e farrista. A Scarlett Johansson como a Viúva Negra também
surpreendi mais uma vez no papel, além de mostrar muita disposição no combate e ficando bem mais sensual como antes com o traje
apertado, também mostra está bem afiada ao incorporar a essência da personagem
como uma típica espiã russa, assassina profissional que sempre fica
no meio termo, virando a casaca de acordo com os princípios dela. Jeremy Renner como Gavião Arqueiro, faz bem
aquele tipo do sem importância, que não tem peso para a história. Ainda mais
que Renner mantendo uma cara séria o tempo todo, não demonstrando muita
expressão. Paul Rudd como o Homem-Formiga, desempenha bem a essência cômica
do personagem, me surpreendendo ao utilizar uma capsula pym para ficar gigante
durante a cena de luta da equipe. Elizabeth Olsen como a Feiticeira Escarlate mostra-se
bem afiada ao encarnar o papel com os seus poderes místicos. Paul Betany como
Visão mostra-se estar mais a vontade no papel. Don Cheadler como Rhodes/Máquina
de Combate, continua desempenhando bem a
função de ser aquele coadjuvante mais sério do Homem de Ferro. Antony Mackie como Falcão também surpreende nas batalhas, e na sua
função de ajudante do Capitão América. Além desses, o elenco também contou
Sebastian Stan como Buck/Soldado Invernal, o velho amigo de Steve Rogers, que
neste trabalhou toda a carga dramática do personagem precisa explorar para
sustentar a trama. Também contou com a Emily VanCamp como a Agente 13, que teve
a sua importância bem trabalhada na história, do que em relação a Capitão
América: Soldado Invernal, principalmente ao ser apresentada como a nova
namoradinha do Sentinela da Liberdade, muito melhor do que em relação a do
Capitão América: Soldado Invernal.
Já dos adicionais, destaco a presença de Chadwick Boseman
como o Pantera Negra que surpreende no primeiro momento em que é apresentado
como o T´Chalia, herdeiro de Wakanda, numa reunião internacional, junto de seu
pai. É lá onde ocorre o atentado terrorista promovido pelo Soldado Invernal. Que
ele desempenha entregando toda a carga dramática para gerar a motivação dele assumir o famoso manto do Pantera Negra, que simboliza uma importante
entidade tribal africana e disso entrar no time do Homem de Ferro nessa briga. Já Tom Holland como
novo Homem-Aranha é bem apresentado desde a cena como ele é recrutado pelo Tony
Stark/Homem de Ferro que o visita em sua casa. Tanto como Peter Parker
mostrando aquela essência de jovem colegial, que não sabe como usar os poderes
com responsabilidade, sem precisar de muito didatismo para explicar sua origem
novamente, de como ele adquiriu o poder de aranha e matarem novamente seu Tio Ben.
Isto já contou pontos para atrair o público seu novo filme dentro do Universo
Cinematográfico Marvel. E como Homem-Aranha, ele demonstrou a maneira dele
contando piadas, também preparou o
terreno para o seu filme solo. Uma coisa que me deixou bastante surpreso e ao
mesmo tempo espantado na primeira cena que ele aparece foi a maneira como foi
apresentada a figura da Tia May, sendo interpretada por Marisa Tomei. Sério, achei um tanto estranho ela
sendo um mulherão, fazendo a importante figura materna conselheira do Cabeça de
Teia, com um aspecto muito jovial, já que nos quadrinhos ela foi representada
como uma senhora já idosa com saúde frágil. Não me pareceu convencer num papel
deste quilate, me deu mais a impressão dela se encaixar na figura da mãe mesmo em compatibilidade com
a idade de Tom Holland. Bem tirando este estranhamento, Marisa Tomei, mostrou
muita sintonia com a personagem com este aspecto mais cômico. Vamos ver se no
filme mesmo, ele vai conseguir desempenhar uma função mais dramática para a
personagem. Porque no aspecto cômico ela até que se saiu bem. Por fim, comento
a presença do alemão Daniel Brühl, como o Barão Zemo, sendo o vilão, que apesar
de não trabalhar bem toda uma carga dramática suficiente para dar peso a história, que se centra mais no conflito do
Capitão América contra o Homem de Ferro, ainda assim desempenha a maneira como
o personagem consegue arquitetar nos bastidores toda a intriga que faz a equipe
se dividir.
No Balanço Geral, pessoalmente amei muito a maneira como o
filme resultou, superou minhas expectativas e meus receios, os Irmãos Russo, souberam como acertar o tom
da adaptação deste importante arco das Hqs para as telonas, de uma forma mais
dentro do possível. Conseguiram transpor
a essência do quadrinho, com boas doses de ação, explosão, suspense politico
entre outros sem esquecer de algumas características
bem quadrinescas, como o timming para as
piadas, cenas de lutas incríveis, sem excesso de efeitos especais como coloquei
acima, dando um tom bem realista, ainda
assim carregado de licenças poéticas, porque tipo alguns membros da equipe não
tendo superpoderes como a Viúva Negra, o Gavião Arqueiro ou mesmo o Falcão, as acrobacias que
eles fazem na hora das batalhas seriam improváveis
de acontecer na realidade,sendo super-heróis se releva . Ele também deixa bem
claro que apesar de conter muitos personagens de vingadores presentes, ele não
é um terceiro Vingadores, mas sim um filme solo do Capitão América. No qual
podemos já sentir sinais do fechamento
do seu ciclo no cinema. Ainda não se
sabe, se a Marvel na Fase 4 vai lançar um quarto filme solo do Sentinela da
Liberdade. Dependendo muito do novo acordo de recontratação de Chris Evans para
se manter no papel, principalmente para participar de Vingadores-Guerras Infinitas
programado para 2018/19. É que com certeza teremos mais um quarto filme dele. Por enquanto, o que se pode garantir é que com
a introdução do Homem-Aranha e do Pantera Negra na trama, já foi preparado o
terreno para seus respectivos filmes solos neste começo da Fase 3 do MCU. Inclusive temos duas cenas adicionais, uma
durante os créditos, que já estabelece o que podemos esperar do filme do
Pantera Negra e no pós-crédito, uma cena mostrando um gostinho para
Homem-Aranha. Destaco também a música de
Henry Jackman é primorosa para as cenas das batalhas. Por fim, como não podia faltar este filme conta com a
presença do seu criador Stan Lee.
Capitão América: Guerra Civil começou a Fase 3 da Marvel com
o pé direito.
segunda-feira, 16 de maio de 2016
sexta-feira, 13 de maio de 2016
X-Men -O Confronto Final- John Powell
Mais um video com a trilha da franquia de X-men. Desta vez de "O Confronto Final", composta posta por John Powell. Para sentir a expectativa para "X-men: Apocalipse".
quinta-feira, 12 de maio de 2016
X-MEN 2 SOUNDTRACK
Para me preparar para X-Men Apocalipse, posto aqui mais uma música, desta vez do filme X2, orquestrado por John Ottma.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
X-MEN 2000 SOUNDTRACK
Para entrar no clima do lançamento de X-men: Apocalipse, posto aqui a trilha do primeiro filme da franquia lançado no distante ano 2000, orquestrado pelo Michael Kamen(1948-2003).
sábado, 7 de maio de 2016
ANÁLISES DOS FILMES DA FRANQUIA X-MEN PARTE 2
Para começar a contagem regressiva para X-Men: Apocalipse,
vou continuar as minhas séries de análises e avaliações desta vez postando a
segunda parte. Desta vez será com os três filme que formam a segunda franquia que começou em 2011
com X-Men: Primeira Classe, seguido de Wolverine: Imortal(2013) e com X-Men:
Dias de um futuro esquecido(2014). Com as notas indo de 1,0 a 5,0.
Deixo aqui o link com a postagem anterior dos filmes da
primeira franquia X-Men lançado entre 2000-2009.
Bem vamos lá.
O reboot em forma de prequel da franquia X-men, nos
apresentou uma proposta bem curiosa a
respeito da origem de como a equipe foi formada. Mostrando Professor X e Magneto trabalhando
juntos na fundação da Escola de Mutantes quarenta anos antes dos eventos da trilogia original. X-Men:
Primeira Classe surgiu de uma forma para que a Fox não perdesse o direito sobre
a franquia, já que naquela época a Marvel já vinha começando a mexer os pauzinhos, e comendo
pelas beiradas, dava inicio a sua
bem-sucedida primeira fase
cinematográfica que havia começado em 2008 com Homem de Ferro e O Incrível
Hulk, o filme do Vingador Dourado foi um sucesso, já do Gigante Esmeralda é
completamente esquecível. Em 2010, veio Homem de Ferro 2, e no mesmo ano que a
Fox lançava X-Men: Primeira Classe, a Marvel lançava Thor e Capitão América- O
Primeiro Vingador. “Primeira Classe”
contou com a direção do britânico Matthew Vaughn, que antes de dirigir
este blockbusther, já tinha em seu
currículo dirigido filmes como “Nem tudo é o que parece”(2004),
“Stardust”(2007) e “Kick-Ass”(2010). Contou com o envolvimento de Bryan Singer como
produtor. Sua trama começa já apresentando em sua premissa, um destaque para a
importância do peso deles para segurar o
filme. Na cena de prólogo, que se passa
na Polônia em 1944, mostra algo semelhante ao que o filme de 2000 apresentando o Magneto criança, como Erik Lenshser sendo aprisionado com toda
sua família judia para um campo de concentração nazista. Assim como no filme de
2000, neste filme também mostra a primeira vez dele demonstrar seus poderes
mutantes de magnetismo. Depois corta
para uma cena onde somos apresentados a figura de um cientista
Dr.Schimidt(Kevin Bacon) observando aquela situação que se tratava de nada
mais, nada menos do que Sebastian Shaw. Depois é cortado para uma mansão localizada em Westchester, Nova York. No
mesmo espaço de tempo, somos apresentados a figura de Charles Xavier criança,
já lidando com sua mutação mental, mostrando bem isso ao descer as escadas e ao
se dirigir a cozinha e deparando com sua mãe, ficando logo desconfiado. É no momento em que ela
apresenta a sua real identidade como uma menina metamorfa de pele azul e cabelo
ruivo, ao se apresentar como Raven, podemos deduzir se tratar da Mística
criança. E Charles resolve acolhe-la em sua mansão, já deixando bem evidente a
importância dela no escopo do filme, ao
ser um dos membros fundadores da equipe e principalmente a construção de sua relação fraternal com Charles. Depois cortam para a cena de Erik/Magneto na
sala com Shaw, o torturando psicologicamente para que ele mostrasse sua
habilidade mutante, a ponto de apelar para as tropas trazerem sua mãe e sofre vendo ela sendo morta com
um tiro de Shaw e isto o deixa super revoltado.
É neste momento que temos então, a construção da importância de Shaw
para a trama como o vilão do filme, sendo a motivação da vingança do Erik/Magneto.
Depois de apresentada esta premissa da
abertura, o filme corta para a cena onde a história tem o seu desenvolvimento
no espaço de tempo deles adultos se encontrando para um mesmo objetivo, é no
ano de 1962, temos Erik/Magneto(Michael
Fassbender)já adulto hospedado num hotel
na Suíça, onde ele mostra sua motivação
de vingança em caçar Shaw, depois
vai para sua jornada solitária passando pela Argentina em busca de informações
do paradeiro de Shaw. Em paralelo, temos Charles Xavier(James McAvoy) se
formando na Universidade de Oxford e tornando-se um especialista na genética. Acompanhado dele temos a
Raven/Mistica(Jennifer Lawrence) já adulta implicando com Charles por ele
deixar ela viver com sua real aparência. Neste ato do filme somos apresentados ao que acontece antes do Professor X e Magneto
terem o primeiro contato. Que irá acontecer por intermédio da espiã Moira Mctargett(Rose
Bryne). Ela terá esta importância para o arco da história, a partir do momento
em que é apresentada estando em Las Vegas, fazendo vigília junto de seu companheiro da CIA num bar de um
dos Cassinos, para se infiltrar no Clube do Inferno virando uma das dançarinas,
onde seguindo os passos do Coronel Hendry(Glenn Morshower), conhece em um
esconderijo secreto o líder do grupo Sebastian Shaw, e seus capangas mutantes Emma Frost(January Jones), Azazel(Jason
Flemyng) e Maré Selvagem(Alex Gonzáles). É com isso que Moira vai atrás do
Professor X, principalmente ao saber que ele como é a maior autoridade no
assunto, sendo um especialista na genética da mutação, passa a colaborar com a
CIA. É a partir do momento em que ocorre
a casualidade de no mesmo local onde Professor X estava acompanhado da CIA vai atrás de Shaw no seu iate Caspartina, que Magneto aparece
sozinho, que temos o inicio da jornada a qual o filme se propôs a mostrar dos
dois construindo juntos a primeira formação da equipe mutante. Depois disso,
ocorre deles recrutarem alguns mutantes para enfrentar Shaw e o seu Clube do
Inferno. O cientista da CIA, Hank
McCoy/Fera(Nicholas Hoult) é o primeiro que com a máquina do Cérebro que ele construiu, o Professor X o utiliza
para ir atrás de jovens mutantes, que foram Angel(Zoë Kravitz),
Alex/Destrutor(Lucas Till), Banshee(Caleb Landry Jones) e Darwin(Edi Gathegi),
que juntos formam o primeiro embrião da equipe mutante. Que os levam para a base, onde lá por causa da
imaturidade deles, acabam ficando de fora da primeira missão que ocorre na URSS. Onde lá esperando Shaw aparecer, só vem Emma
entrando na mansão de um importante General Soviético do alto escalão. Onde
invadem e a rendem para ela lhe dar uma informação sobre os planos de Shaw.
Xavier consegue o que tanto queria ao entrar telepaticamente na mente de
Emma, isto graças a pressão de Magneto. Já que por ele mesmo não conseguiria,
pelo fato da Emma além de ter os mesmo poderes de telepatia, também pode se
cristalizar e assim bloquear a leitura mental do Professor X, e Magneto se utilizando de metais para
sufoca-la a convence a colaborar, eles
ficam espantados ao saberem que Shaw planejar usar do conflito nuclear entre os
EUA e URSS para praticar um genocídio, usando Cuba como centro do conflito,
iniciar uma Terceira Guerra Mundial, para assim virar uma espécie de líder supremo, deus, salvador do povo. Enquanto que na base da CIA, os quatro que
ficaram lá recebendo punição, são recebidos por Shaw e seu Clube do Inferno. Lá
ocorre então dois desfalques na primeira formação, já que Angel resolve se bandear
para o lado deles e Darwin morre. É
então que Xavier resolvem levar os quatro restantes para sua antiga mansão, e
lá treina-los e prepara-los para o grande perigo, dando assim inicio aos
desenrolares do clímax do filme. Analisando o filme primeiramente no aspecto do roteiro, ele mostrou ter sido
bem escrito, bem conduzido, em um tom bem sério em relação aos anteriores. O
enredo é bem amarrado, bem costurado, com um clima de suspense com elementos de espionagem fazendo o filme remeter a atmosfera dos clássicos
filmes de James Bond. Aliás, por falar em James Bond, nessa época em
que o cenário da trama se passa que é 1962, foi o ano que foi lançado o
primeiro filme da franquia do agente britânico com licença para matar, que foi
“007 contra o Satânico Dr.No”. É isto fica bem evidente, pelo fato deles
criarem uma boa alegoria a importante época real histórica em que a trama se passa, que foram
as Crises dos Misseis de Cuba, que quase causou a Terceira Guerra Mundial durante o tenso momento da Guerra Fria. E curiosamente também se passa um ano antes da
primeira publicação da revista deles. Com o embrião desta equipe participando
diretamente do clima de nova guerra entre as duas potencias mundiais EUA e
URSS. Uma proposta bem interessante, com
muitos toques de licenças poéticas, já que de fato os bombardeios em Cuba não
aconteceram como o clímax do filme mostra. Ainda assim eles souberam como
representar minuciosamente num trabalho impecável da produção de arte, seja nos
figurinos, nas cenografias ou mesmo em locações e na utilização de alguns
objetos em cada detalhe milimétrico da reprodução datada
da trama no começo dos anos 1960. Ainda que a trama deste filme contando a origem da primeira formação dos X-men, mostrando uma proposta interessante em seu escopo e com
uma trama bem envolvente, ainda assim podemos nos deparar com alguns deslizes no roteiro que este carrega em relação aos
anteriores. Na cena da premissa, mesmo
apresentando o Professor X quando criança conhecendo a Mística e a acolhendo em sua mansão, e mostrando assim
uma relação fraternal deles. Sendo que na trilogia original, em nenhum momento
tanto ela, quanto ele não demonstravam que tinha essa relação afetiva no
passado mostrado neste filme. Ambos
mostravam certa indiferença, ou mesmo frieza. Ou sequer interagiam
juntos.
Ou mesmo, a maneira como Charles Xavier, futuro mentor do
grupo sendo representado ainda jovem
cabeludo e andando normalmente, não condiz muito a maneira como no filme
de 2000 ele tenha falado para o Wolverine que tinha conhecido o Magneto quando
tinha 17 anos, uma idade muito
incompatível para o que ele aparenta no filme Primeira Classe, ainda mais já tendo se formado
na Universidade de Oxford e se especializando em genética. Também aqui é mostrado ele conhecendo o
Wolverine, tentando convence-lo a fazer
parte da equipe, o mesmo no filme de 2000 parecia não demonstrar que já o
conhecia. Fora também que naquele filme de 2000, o Professor X tinha dito para
Wolverine que Ciclope, Jean Grey e
Tempestade foram os seus primeiros alunos, mas como este filme bem mostrou,
eles não foram os primeiros a quem ele recrutou.
Fora o fato dele afirmar naquele mesmo filme que ele tinha criado o Cérebro, quanto que na
verdade, o aparelho foi criado pelo Hank. Pior mesmo é o furo envolvendo o Professor X na cena final do arco
da história, nos o vemos ficando paralítico por causa de uma bala desviada pelo
Magneto. Sendo que na premissa de O Confronto Final, ele ainda andava quando
foi atrás da Jean Grey. Fora outros mais
cabeludos como a “Emma Frost, a mutante
com habilidades telepática e transformação em cristal, quando foi apresentada
em “Primeira Classe” já estabelecida como capanga do Sebastian Shaw, ela bem aparentava ser um
mulherão bem sensual na faixa de uns 30 a 40 anos. Antes de “Primeira Classe” ela já tinha aparecido
no “Origens” onde foi mostrada sendo um pouco mais jovem, onde aparece como um
dos mutantes prisioneiros da base de William Striker, era irmã de Kayla, a paixonite do Wolverine no
filme. Que ao ser libertada junto dos outros os acompanha para a Escola Xavier para Superdotados.
Muitos podem pensar que como “Primeira Classe” foi lançado pouco anos após o
“Origens”, o tempo de envelhecimento dela seria natural. Acontece que o tempo
estabelecido na trama do “Origens”, se
passa muitos anos depois do Primeira
Classe. Enquanto “Primeira Classe” se estabelece em 1962, já no “Origens” o
tempo que não fica estabelecido onde ocorre dele receber o adamantium é pelo
final 1970 e entre os anos 1980. Para aumentar ainda o buraco, em “Dias de um
futuro esquecido” durante o cenário do passado de 1973, em uma cena com dialogo
tenso entre Magneto e Professor X, ele cita o nome dela e de outros
companheiros da causa mutante que eles haviam conhecido 10 anos antes que
estavam mortos nesta época. É intrigante pensar que ela tenha conseguido
ressuscitar no “Origens” com a aparência mais jovem e mostrando umas
personalidade bem contrastantes uma da outra. No origens ela aparentava estar
mais amedrontada e mais solidária, o contraste da maneira provocantemente sensual e determinada de “Primeira Classe”.”
Ou mesmo até a presença de Moira sendo agente da CIA, mas quando esta apareceu
“O Confronto Final” exerce outra profissão e não tenha sequer envelhecido nada.
Tirando isto, o filme ainda conseguiu
faturar na bilheteria, agradou a critica recebendo uma aprovação de 87% do
Rotten Tomatoes. Sobre o elenco ele
também segue uma característica dos filmes da franquia dos anos 2000, que é ter um elenco multinacional, condizendo
com a essência de diversidade que é tão pregada pelas revistas. Começando pelos
protagonistas James McAvoy que faz o jovem Charles Xavier é escocês, que já
tinha um longo currículo antes de
estrelar este filme, tinha feito trabalhos
em séries a minisséries e em alguns filmes onde fazia papeis menores,
mas foi com este personagem que o ator
ganhou mais visibilidade na carreira. Ainda
mais pela maneira como ele desenvolveu bem a essência jovem do futuro do mentor
da equipe, mais descontraído, simpático,
com porte de galã de cinema, muito imaturo e utilizando o seu poder mutante
para bancar um sedutor canastrão, bem o
contraste da interpretação muito sisuda mostrada por Patrick Stewart no filme da
primeira franquia. Outros gringos no filme são Michael Fassbender que fez o
Magneto mais jovem no filme, que é alemão, filho de mãe irlandesa. Que antes
desse papel, teve passagem pela televisão e fez alguns papeis menores em outros
filmes. Mas foi este papel que ele se destacou, principalmente ao desempenhar a
nuance que envolvia a construção de sua personalidade como líder extremista da
causa, ao mesmo tempo em que mostrava a construção de sua amizade por assim dizer
com o Professor X. Além desses que foram
os protagonista também teve de gringos no elenco, a australiana Rose Byrne como
a Moira Mactagget, a agente que intermédia a operação dos mutante, e que acaba despertando o amor de Xavier. O britânico
Nicholas Hoult fazendo o Hank/Fera.
Outro britânico no filme é Jason Flemyng como o Azazel, o mutante de pele
vermelha que se tele transporta, um dos
capangas do Clube do Inferno. O espanhol Alex González foi responsável pelo
papel do Maré Selvagem, um mutante que não fala nada o filme inteiro, sendo
também um dos capangas do Clube do Inferno. O
queniano Edi Gathedi foi o responsável por fazer o Darwin, um dos primeiros
recrutados, e o primeiro desfalque na equipe. O canadense Michael Ironside fazendo o
Capitão do Navio Americano em Cuba. O inglês Bill Minner que foi o garoto que
apareceu na premissa do filme como o
Magneto criança. O croata Rade Šerbedžija, como o General Soviético que teve
sua mansão invadida por Charles Xavier, Magneto e Emma Frost. Para finalizar a
presença de atores gringo em “Primeira Classe”, também tivemos o canadense Matt
Craven como o Diretor da CIA. Quanto ao restante norte-americano, destaco a
presença de dois rostos já bem conhecidos de grande do público, como o de Kevin
Bacon no papel do antagonista Sebastian Shawn, desde do primeiro momento que aparece, mostrou
que tinha peso para a história. Outro rosto também conhecido é o de Oliver
Platt como o Agente Burt da CIA, que é um dos aliados dos X-Mens. Também contou com Jennifer Lawrence como a Mística
onde se utiliza das mesmas camadas de próteses usadas por Rebecca Romjin na
franquia original. Chama a atenção o fato dela em “Primeira Classe” tenha trabalhado
bem o desenvolvimento da personalidade da personagem na questão de seu lado
humanizado pouco conhecido. Ainda que isto seja visto como um furo de roteiro,
mas mesmo assim desempenhou bem este papel, mesmo não tendo mostrado nenhuma coreografia de luta, desempenhou mais
o lado humano, principalmente no que diz respeito ao lado safadinha dela
dar em cima do Hank/Fera e do Magneto. É curioso observar que antes dela
estrelar este filme, ela não era esta queridinha de Hollywood como é hoje, e que
se tornaria após protagonizar a franquia “Jogos Vorazes” e receber o premio de Melhor Atriz no Oscar de
2013 pelo filme “O Lado bom da vida”. Também contou com January Jones como a Emma
Frost, que foi membra do “Clube do Inferno”. Ela que já era conhecida do grande
público, por estrela a série de TV, Mad Men. E como Emma Frost em “Primeira Classe”ela
demonstrou um bom desempenho, principalmente na maneira como aparece
caracterizada com decote sexy que remeteu
a Emma das Hqs, ou seja, ela ficou bem
quadrinesca no filme. Assim como também no momento onde ela brilha como um
diamante, o efeito especial a deixou
muito impecável apesar da presença dela em Primeira Classe gerar uma tremenda
confusão entre os fãs, principalmente no que diz respeito a este buraco no
roteiro em relação representação dela neste filme e no X-Origens:Wolverine.
Para finalizar sobre o elenco coloco
aqui Lucas Till como o Alex/Destrutor, Caleb Landry Jones como Banshee, que foram os
primeiros recrutados no embrião da equipe. E Zoë Kravitz como Angel, a striper que foi recrutada
para formar o embrião da equipe, mas resolve se bandear para o Clube do
Inferno. Um fato curioso sobre esta
atriz é que ela é filha do cantor Lenny Kravitz. A trilha sonora de Henry Jackman é excelente, cria todo um tom para as cenas,
entre elas a mais impactante são os momentos tensos do Magneto. Por fim, há dois
momentos no filme que para ficaram muito memoráveis. Como a Mística falando “Mutante e orgulhoso “ao se dirigir ao
Hank/Fera e o Magneto se autodenominar com segurança “Eu prefiro Magneto”. No
balanço geral, posso descrever que X-men Primeira Classe, um reboot da franquia
apesar de apresentar algumas inverossimilhanças em relação aos outros
filmes da franquia original, ainda mostrou ser um bom filme com toques bem para
quem gosta de espionagem, o tornando assim um grande diferencial. A minha nota para este filme é 4,5.
WOLVERINE:IMORTAL(2013)
O segundo filme solo do carcaju, desta vez dirigido por
James Mangold, que curiosamente antes de dirigir este filme, já tinha no
currículo dirigido oito filmes, entre eles destaco aqui a comédia romântica
”Kate & Leopold”(2001), onde tinha contado com Hugh Jackman como o duque
protagonista do filme que viaja no tempo e vem ao presente, e se apaixona pela
Kate(Meg Ryan). O mesmo, que por
coincidência também é o protagonista deste filme. Com relação a
X-Men-Origens:Wolverine, este filme apresenta sua trama melhor trabalhada, apesar de também
conter alguns furos de roteiro. O enredo começa mostrando uma excelente
premissa que passa em 1945, quando Wolverine estava no Japão, aprisionando em
um campo de prisioneiros perto de Nagasaki horas antes da explosão da bomba atômica . É lá que ele conhece o soldado
Yashida. A presença dele nesta premissa já dá bem um destaque para o peso da
importância do Yashida para a história. Ainda que esta premissa do filme seja
excelente, ele cai num grande furo que envolve a ausência do Dente-de-Sabre, já
que no “Origens” foi apresentado que ele sempre acompanhava o Wolverine em
todas as guerras que ele combateu, então onde que ele estava neste momento em
que Wolverine estava em Nagasaki horas antes da queda da bomba atômica. Depois
desta premissa no prólogo do filme, ele vai se desenvolvendo e chegando ao
presente, mostrando um Wolverine eremita
vivendo numa floresta de Yukon, no Canadá, longe do
grupo após os acontecimentos de “X-Men-O
Confronto Final”. Inclusive no filme apresenta diferentes momentos onde ele é
atormentado constantemente pela alucinação da Jean Grey(Famke Janssen). É neste lugar que aparece uma misteriosa
japonesa com habilidades marciais, chamada Yukio(Rila Fukushima) que o procura
em nome de Yashida para ir com ela ao Japão, para se despedir dele que está no
leito de morte. Neste momento que ele ao ir acompanhado dela, nos deparando com
outro furo que é o fato do Wolverine, comentar que se lembrava do Yashida. Mas
como se quando ele estava em Nagasaki, ele ainda sequer tinha as garras de adamantium, que só tinha adquirido
após conhecer o General Strike, onde
este mesmo deu um tiro em sua cabeça que o deixou com amnésia. Sequer tinha lembrando-se de nada antes de
receber o adamantium no seu corpo. Tirando este detalhe temos então a sequencia
de Wolverine chegando ao Japão e se encontra com o Yashida. Que se tornou um
grande empresário. Cuja vida perto de chegar ao fim, desperta um clima de
suspense, e de intrigas, principalmente pela presença da temida máfia yakuza, e
com a questão da herança ser dividida entre seu filho Shingen(Hirouki
Sanada) e a neta dele Mariko(Tao
Okamoto). Yashida chega a propor a Wolverine que ele lhe desse o seu fator de
cura que lhe dá uma grande imortalidade. Também somo apresentados a presença de uma misteriosa enfermeira
particular que na verdade se tratava da mutante Víbora(Svetlana Khodchenkova),
uma mulher que está envolvida do plano de Yashida para despertar o Samurai de
Prata, na reviravolta que o filme dá. Com um clima de muito suspense e ação. A
trama deste filme se mostrou ter sido bem melhor trabalhado do que em relação
ao X-Men: Origens-Wolverine, apesar de algumas inverossimilhanças que não condiziam
muito dentro da franquia mutante no todo. Mesmo assim foi um filme bem mais
acertado, com um tom mais pé no chão, com toques de licenças poéticas. O seu escopo mostrou carregar bem uma mescla de elementos de suspense com ação, ainda mais
envolvendo a máfia no meio da história. E tendo o Japão como cenário ficou
ainda melhor, porque ele conseguiu transpor elementos da cultura milenar como a
honra, as artes marciais dos ninjas e
dos samurais, que deram bem todo um
toque a mais nas coreografias de luta. Até comparam o Wolverine a um Ronin, um samurai sem mestre.
O elenco como já é característico de outros filmes da
franquia, são formados por atores multinacionais. Fora a presença óbvia do australiano Hugh Jackman no papel
principal, que está no personagem desde o primeiro X-Men de 2000. E a presença da holandesa Famke
Janssen como Jean Grey atormentando o sofrimento do Wolverine. Neste filme também contou com mais atores gringos, a maioria japoneses
obviamente. Deste elenco nipônico, destaco Rila Fukushima como a Yukio, uma
personagem boa de briga, que foi acolhida por Yashida quando era uma menina de
rua, que supostamente desperta o amor do Wolverine. Tao Okamoto como a Mariko Yashida. A neta do
velho Yashida, filha de Shingen, que faz o tipo clichê da mocinha indefesa, nutre uma
forte afeição fraternal pela Yukio. Hiroyuki Sanada como o Shingen Yashida, que
faz bem o tipo ambicioso e mantém uma relação fria com sua filha Mariko. Haruhiko
Yamanouchi que faz o Yashida já muito velho, mostrando uma grande carga
dramática para sustentar a trama. Ainda do elenco nipônico, também contou com Brian
Lee, um japonês naturalizado americano que fez o papel de um político corrupto, que
estava noivo da Mariko apenas por interesse. Por fim, também contou do elenco nipônico
com Will Yun Lee, apesar de não ser um
autentico japonês, é um americano de descendência asiática fazendo o líder um
clã ninja que foi apaixonado por Mariko no passado. Tirando os nipônicos que formam a maioria do
elenco do filme, outro gringo, melhor dizendo gringa presente no elenco foi a
modelo russa Svetlana Khodchenkova como
a mutante Víbora. Que se faz passar pela enfermeira que cuida do Yashida,
quando que na verdade ela estava envolvida no seu plano de acobertar a morte
dele, para roubar a imortalidade do Wolverine. Ela faz bem o tipo clichê da
femme fatale e nada mais que isso. No balanço geral, Wolverine:Imortal se mostrou
melhor do que em relação ao “Origens”, que ficou bagunçado devido aos
constantes conflitos criativos nos bastidores. Já este conseguiu se redimir
graças a boa direção de James Mangold que soube como conduzir a trama de forma assertiva,
apesar de apresenta algumas escorregadas no roteiro. No final ele apresenta uma cena pós-crédito
mostrando Wolverine num aeroporto sendo recrutado pelo Professor X e Magneto,
os convencendo a acompanha-lo nos dias de trevas que está por vim. Aquilo simbolizava
um gancho para “X-Men:Dias de um futuro esquecido”. Minha nota para este filme é 4,5.
X-MEN: DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO (2014)
Para finalizar a série de analises dos filmes da franquia
X-Men, comento aqui de “X-Men:Dias de um futuro esquecido”. Contando mais uma
vez com a direção de Bryan Singer, sobre
“Dias de um futuro esquecido”, ele em comparação a todos os filmes anteriores
da franquia, ele é o que mais apresenta uma trama excelente. O seu enredo teve como base uma importante
saga dos quadrinhos de Chris Claremont e John Byrne que foi publicado entre o
período de Outubro de 1980 a Março de 1981. No arco da Hq que livremente inspirou a trama deste filme, ele carrega uma
trama com um tom muito mais de ficção científica do que em relação aos filmes
anteriores, principalmente no que diz respeito ao fato da essência da trama
mexer com viagem no tempo. E quando se
mexe com viagem no tempo a tendência e da gente reparar em muitos furos de
roteiro, e no caso especifico de X-men em questão, o buraco fica muito maior
para ser fechado. Ainda mais quando há momentos em nos deparamos com situações
que não condizem muito com que os filmes anteriores tinham nos mostrado. A
trama começa se passando em futuro distópico, num cenário muito pós-apocalíptico onde os mutantes sobreviventes tentam fugir das Sentinelas,
seres robóticos programados para eliminar os mutantes. Temendo pela eliminação
dos poucos que restaram, o Professor Xavier sugere que Wolverine faça a viagem
no tempo mentalmente com a ajuda da Kitty Pride até 1973, ano em que a Mística
tinha matado Bolivar Trask(Peter Dinklange). Para ao retornar para lá impedir
aquele acontecimento e assim eliminar a presença dos Sentinelas. Já que em consequência
a ela matar Bolivar Trask, eles terminaram pegando o DNA para que as Sentinelas do futuro pudessem se metamorfosear e poderem
se adaptarem aos poderes mutantes, como
se fosse sanguessugas. É lá em 1973 que
Wolverine vai ter a difícil missão de convencer o Professor X a colaborar nesta operação.
Uma tarefa que não vai ser das mais fáceis. Já que passados 10 anos os
acontecimentos de “X-Men: Primeira Classe”, muita coisa tinha mudado. A Escola
Xavier para Superdotados estava fechada,
o Professor X desta época é um cara amargurado após perder muitos de seus
alunos que foram combater no Vietnã. Entre eles está Alex/Destrutor(Lucas Till)
que aparece numa cena lá em combate nas florestas vietnamitas, estava de
quarentena com outros mutantes, quando é libertada pela Mística(Jennifer Lawrence),
que ao ser perguntada pelo Destrutor por
Erik/Magneto, ele responde que estava sozinha agora. Então a gente descobre que
após o fim do incidente em Cuba,
mostrado em “Primeira Classe”, o Magneto após entrar em dissidência na equipe
com Charles, e levou a Mística e os remanescentes do Clube do Inferno para
formar o embrião da sua Irmandade dos Mutantes. Percebemos que ele estava
preso, em uma penitenciaria de segurança máxima pelo crime de assassinato do presidente
americano John Kennedy em 1963. Na escola o único que sobrou para companhia a
Xavier, é o Hank/Fera. Para libertar
Magneto da penitenciaria de segurança máxima, eles vão contar com o reforço do Mercúrio
(Evan Peters), para dar inicio a jornada deles de impedir que a Mística
cometesse este assassinato, que pode definir os rumos futuro da raça mutante. A
respeito deste filme, ele apresentou uma trama bem elaborada, livremente
inspirada no arco importante dos quadrinhos, que por conter uma essência de
viagem no tempo, já criaria um receio por parte da critica apresentar furos no roteiro em relação aos
outros filmes da franquia. Dentre os furos que a trama apresentou, há quatro
aqui que posso mencionar, a primeira ocorre na cena em Wolverine chega a 1973,
e ao chegar na antiga Escola, se depara
com o Professor X desolado já andando, acontece que no final de “Primeira
Classe” ele tinha ficado paralítico, ai que está o x da questão. No filme,
é explicado que o fato dele voltar a andar normalmente é por causa de um soro desenvolvido
pelo Hank. Isso tapa um buraco, mas cria outro, que é o fato dele ao tomar este
soro que o faz voltar a andar, ele perde também os poderes de telepatia. E
quando não está com o poder de telepatia
ele consegue se recordar de quando conheceu o Wolverine 10 anos antes, lembrando até do insulto dele.
O mesmo não acontece quando estava com poderes no filme de 2000, parecia não lembrar que já
tinha conhecido o Wolverine antes. Maior
ainda é observar o Wolverine sugerir o Mercúrio para libertar o
Magneto, dizendo que ele é seu velho amigo. Mas como ele podia se lembrar que já
conhecia o Mercúrio nesta época. Se foi antes dele adquirir o Adamantium. Mais
confuso mesmo é ele retornar a mesma época, em que estava acontecendo o
conflito no Vietnã, que no “Origens” foi mostrado que ele tinha participado
daquele conflito. Já aqui não, ele estava na América. Em um mesmo espaço de
tempo, como ele conseguiu estar em dois lugares diferentes?. Falando nisso, neste
filme também aparece Wiliam Strike no Vietnã. Que no mesmo espaço de tempo deste filme,
aparenta estar mais novo numa faixa de 30 anos em relação ao no “Origens” ele
aparentava estar na casa dos 50 anos. Um mesmo espaço de tempo, um mesmo
personagem tenha conseguido se rejuvenescer, acredito que há de Benjamim Button
nesta história. Por fim, a ideia dos
Sentinelas do Futuro em “Dias de um futuro esquecido” terem adquirido o gene da
Mística após esta ser capturada por ter matado Bolívar Trask em 1973, para
assim usar sua habilidade metamórfica na batalha contra os mutantes dava
grandes vantagens de exterminar todos eles. Porém, o poder camaleônico da
Mística não faz ela adquirir o poder de também copiar ou mesmo sugar os poderes
de outros mutantes. Quem costuma adquirir esta habilidade é a Vampira.
Mesmo assim, foi um
filme que mostrou ter uma história muito envolvente. No elenco o filme contou
com boa parte do elenco da franquia presenta no núcleo do futuro, talvez por
causa do dedo de Bryan Singer na obra. Assim como também contou com os principais
personagens de “Primeira Classe”. No elenco acrescentado, eles também contaram
com a presença de atores multinacionais como o francês Omar Sy como o mutante Bishop,
a chinesa Fan BingBing como a mutante Blink, o mexicano Adan Canto como o Mancha Solar que junto ao
americano BooBoo Stewart como Apache, formam a equipe que enfrentam os Sentinelas no
futuro. Que fazem uma perfeita sincronia de coreografia em conjunto que serviu para compensar
o fato deles não terem profundidade na história. Outro também estrangeiro
presente no filme foi o australiano Josh Helman como William Strike mais jovem.
Já o restante americano destaco o bom desempenho de Evan Peters como o
Mercúrio, numa brilhante cena dele correndo em câmera lenta. James McAvoy como
o Professor X neste filme mostrou um bom desempenho mais amadurecido do personagem,
principalmente na carga dramática dele, bem o contraste da visão descontraída e
imatura de “Primeira Classe”. E Jennifer Lawrence é um dos grandes destaques do
filme, apesar de alguns questionarem, ele neste filme se superou no papel, ao
mostrar uma forte carga dramática que criar um peso para segurar o filme, e bem mais habilidosa no combate. No Balanço
geral, X-Men: Dias de um futuro esquecido, apesar de apresentar algumas falhas
no roteiro, mostrou sim ser um bom filme com uma história envolvente. Com dois
trabalhos de artes impecáveis, a cena do futuro distópico carrega um tom fotográfico escuro
o que criou uma identidade visual interessante em contraste com a fotografia de
quando a trama se passa em 1973 com um aspecto visual mais colorido, onde há
momentos que eles reproduzem nas filmagens de Super 8 criando um tom datado. No final dos créditos ele
apresentou uma envolvente cena do Apocalipse construindo as pirâmides, já
gerando um gancho para “X-men:Apocalipse”. Minha nota para este filme é 4,5.
Depois dessa só resta X-Men Apocalipse para ver no que isto resultou.
Depois dessa só resta X-Men Apocalipse para ver no que isto resultou.
Assinar:
Postagens (Atom)