terça-feira, 17 de maio de 2016

ANÁLISE DE CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL(2016)



Na tarde de Sexta-Feira, 13 de Maio de 2016, fui  conferir a sessão de Capitão América: Guerra Civil no Cinepolis do  Natal Shopping . Bom posso descrever que o filme foi sensacional. De outro mundo. Assim eu não consegui ver o filme do começo, pois mesmo tendo comprado antecipadamente, a sessão já tinha começado, mas mesmo assim conseguir captar  a essência da trama. Muita tensão, muita pancadaria. O Homem-Aranha funcionou perfeitamente. Deixando um gostinho para o seu primeiro dentro do Universo Marvel.

Posso descrever sem procurar dar spoiler para quem ainda não teve a oportunidade de conferir ao filme que assim, a maneira como os Irmãos Russo acertaram bem na criação do escopo para esta obra ao adaptar um importante arco dos quadrinhos que mexia com um conflito ideológico entre o Sentinela da Liberdade Capitão América e o Vingador Dourado Homem de Ferro. 























Eu tive alguns receios de que isto não podia funcionar até porque, como era um filme solo do Capitão América poderíamos correr o risco desse filme começar a terceira fase do Universo Cinematográfico Marvel  com o pé esquerdo, ainda mais se formos analisar   que o Homem de Ferro, o personagem que se tornou o mais querido do público pelo filme e graças ao carisma de Robert Downey Jr. ele ficar com a impressão de ser o vilão da história deixaria muita gente  dividida. O que isto não aconteceu. Não vou colocar comparações com o arco da Hq que  livremente inspirou o enredo do filme, mesmo  porque em se tratando de adaptações deste formato para outras mídias, o negocio é um pouco complexo de se entender.  E estaria dando um spoiler, para quem gostou e nunca tinha  lido esta Hq. Portanto recomendo a quem assistiu ao filme  e nunca leu o quadrinho, recomendo procurar algumas edições de encadernados seja na Salvat, Panini ou mesmo num livro de romance sem ilustrações para compreender a importância disso para a história do filme. Fazer algumas comparações e tirar suas próprias conclusões. Ok.















Mesmo sendo uma aposta arriscada, o filme conseguiu chegar ao acabamento final com um  resultado  primoroso por assim dizer .  A história gira em torno do Governo Americano  resolver implantar a Lei do Registro para os heróis depois da longa séries de grandes incidentes em diferentes partes do planeta que eles interviram para combater, como a invasão Chitauri em Nova York como aconteceu no primeiro Vingadores(2012), ou mesmo a ameaça da Inteligência Artificial Ultron, em Vingadores-Era de Ultron(2015). É por causa dessa proposta  que gera uma discórdia entre o grupo, de um lado tem o Homem de Ferro a favor disso, principalmente depois de observar que todas as criações se voltando contra ele para objetivos maléficos. Que geraram grandes transtornos, por outro lado o Capitão América se mostra contrário, porque defende a liberdade de todos.  É com esta característica que toda a trama do filme vai girar em torno.  Até chegar ao ponto de culminar num grande conflito deles, que vai dividir a equipe dos Vingadores, do lado do Capitão América estão o Falcão, Homem-Formiga, Feiticeira Escarlate, Gavião Arqueiro e Soldado Invernal e do lado do Homem de Ferro estão Viúva Negra, Máquina de Combate, Visão, Pantera Negra e para surpresa de muitos o Homem-Aranha. 


















É basicamente no esquema dessa essência a que a trama do filme se baseou, para quem já leu a Hq irá girar em  torno desta dissidência interna, onde fica difícil distinguir quem é bom ou quem é mal.



Não vou me estender muito em explicar detalhes sobre a trama, mesmo porque já tem tanta coisa mostrada no trailer, que não vou estragar a surpresa. 



 



















Além da trama  ter sido bem adaptada, com ritmo intenso, bem costurada,  com excelentes elementos coreográficos  de luta que gera uma carga de adrenalina, inclusive destaco aqui que desta vez eles não precisaram se utilizarem  de recursos mirabolantes com excesso de explosões computadorizadas nem ameaças de seres  alienígenas e nem  de seres  robóticos para proporcionar uma  jorrada de  CGI na sua cara. Isto foi bem acertado, e o que mais pude observar que foi bastante acertado foi a ideia deles colocarem o Soldado Invernal  no centro de toda a motivação para o conflito, que no fundo  era um fantoche do Barão Zemo, o verdadeiro cabeça dessa discordia.  Boa parte do elenco presente neste filme que interpretam os vingadores, todos vindo  dos outros filmes da Marvel  mostram estarem bem afiados e com muita disposição, muita vitalidade para encarnarem novamente os seus personagens. Desde dos principais, Chris Evans e Robert Downey Jr. como Capitão América e Homem de Ferro respectivamente.  Evans como o Sentinela da Liberdade demostra aquela mesma  essência  patriótica, escoteira do personagem. E Downey Jr. como o Homem de Ferro, mesmo ficando mais contido com um jeito mais sério, ainda assim incorpora bem o lado cômico do personagem com sua genialidade egocêntrica e esnobe de típico playboy rico e farrista.  A Scarlett Johansson como a Viúva Negra também surpreendi mais uma vez no papel, além de mostrar muita disposição  no combate e ficando  bem mais sensual como antes com o traje apertado, também mostra está bem afiada ao incorporar a essência da personagem como uma típica  espiã  russa, assassina profissional que sempre fica no meio termo, virando a casaca de acordo com os princípios dela.  Jeremy Renner como Gavião Arqueiro, faz bem aquele tipo do sem importância, que não tem peso para a história. Ainda mais que Renner mantendo uma cara séria o tempo todo, não demonstrando muita expressão.  Paul Rudd como  o Homem-Formiga, desempenha bem a essência cômica do personagem,  me surpreendendo  ao utilizar uma capsula pym para ficar gigante durante a cena de luta da equipe. Elizabeth Olsen como a Feiticeira Escarlate mostra-se bem afiada ao encarnar o papel com os seus poderes místicos. Paul Betany como Visão mostra-se estar mais a vontade no papel. Don Cheadler como Rhodes/Máquina de Combate, continua desempenhando bem  a função de ser aquele coadjuvante mais sério do Homem de Ferro.  Antony Mackie como Falcão  também surpreende nas batalhas, e na sua função de ajudante do Capitão América. Além desses, o elenco também contou Sebastian Stan como Buck/Soldado Invernal, o velho amigo de Steve Rogers, que neste trabalhou toda a carga dramática do personagem precisa explorar para sustentar a trama. Também contou com a Emily VanCamp como a Agente 13, que teve a sua importância bem trabalhada na história, do que em relação a Capitão América: Soldado Invernal, principalmente ao ser apresentada como a nova namoradinha do Sentinela da Liberdade, muito melhor do que em relação a do Capitão América: Soldado Invernal.

Já dos adicionais, destaco a presença de Chadwick Boseman como o Pantera Negra que surpreende no primeiro momento em que é apresentado como o T´Chalia, herdeiro de Wakanda, numa reunião internacional, junto de seu pai. É lá onde ocorre o atentado terrorista promovido pelo Soldado Invernal. Que  ele desempenha entregando  toda a carga dramática para gerar  a motivação dele assumir o famoso manto  do Pantera Negra, que simboliza uma importante entidade tribal africana e disso entrar no time do Homem  de Ferro nessa briga. Já Tom Holland como novo Homem-Aranha é bem apresentado desde a cena como ele é recrutado pelo Tony Stark/Homem de Ferro que o visita em sua casa. Tanto como Peter Parker mostrando aquela essência de jovem colegial, que não sabe como usar os poderes com responsabilidade, sem precisar de muito didatismo para explicar sua origem novamente, de como ele adquiriu o poder de aranha e matarem novamente seu Tio Ben. Isto já contou pontos para atrair o público seu novo filme dentro do Universo Cinematográfico Marvel. E como Homem-Aranha, ele demonstrou a maneira dele contando piadas, também preparou  o terreno para o seu filme solo. Uma coisa que me deixou bastante surpreso e ao mesmo tempo espantado na primeira cena que ele aparece foi a maneira como foi apresentada a figura da Tia May, sendo interpretada por  Marisa Tomei. Sério, achei um tanto estranho ela sendo um mulherão, fazendo a importante figura materna conselheira do Cabeça de Teia, com um aspecto muito jovial, já que nos quadrinhos ela foi representada como uma senhora já idosa com saúde frágil. Não me pareceu convencer num papel deste quilate, me deu mais a impressão dela se encaixar  na figura da mãe mesmo em compatibilidade com a idade de Tom Holland. Bem tirando este estranhamento, Marisa Tomei, mostrou muita sintonia com a personagem com este aspecto mais cômico. Vamos ver se no filme mesmo, ele vai conseguir desempenhar uma função mais dramática para a personagem. Porque no aspecto cômico ela até que se saiu bem. Por fim, comento a presença do alemão Daniel Brühl, como o Barão Zemo, sendo o vilão, que apesar de não trabalhar bem toda uma carga dramática suficiente  para dar peso  a história, que se centra mais no conflito do Capitão América contra o Homem de Ferro, ainda assim desempenha a maneira como o personagem consegue arquitetar nos bastidores toda a intriga que faz a equipe se dividir. 








































No Balanço Geral, pessoalmente amei muito a maneira como o filme resultou, superou minhas expectativas e meus receios,  os Irmãos Russo, souberam como acertar o tom da adaptação deste importante arco das Hqs para as telonas, de uma forma mais dentro do possível.  Conseguiram transpor a essência do quadrinho, com boas doses de ação, explosão, suspense politico entre outros sem esquecer de  algumas características bem  quadrinescas, como o timming para as piadas, cenas de lutas incríveis, sem excesso de efeitos especais como coloquei acima, dando um tom bem realista,  ainda assim carregado de licenças poéticas, porque tipo alguns membros da equipe não tendo superpoderes como a Viúva Negra, o Gavião  Arqueiro ou mesmo o Falcão, as acrobacias que eles fazem na hora das batalhas  seriam improváveis de acontecer na realidade,sendo super-heróis se releva . Ele também deixa bem claro que apesar de conter muitos personagens de vingadores presentes, ele não é um terceiro Vingadores, mas sim um filme solo do Capitão América. No qual podemos já sentir  sinais do fechamento do seu ciclo no cinema.  Ainda não se sabe, se a Marvel na Fase 4 vai lançar um quarto filme solo do Sentinela da Liberdade. Dependendo muito do novo acordo de recontratação de Chris Evans para se manter no papel, principalmente para participar de Vingadores-Guerras Infinitas programado para 2018/19. É que com certeza teremos mais um quarto filme dele.  Por enquanto, o que se pode garantir é que com a introdução do Homem-Aranha e do Pantera Negra na trama, já foi preparado o terreno para seus respectivos filmes solos neste começo da Fase 3 do MCU.  Inclusive temos duas cenas adicionais, uma durante os créditos, que já estabelece o que podemos esperar do filme do Pantera Negra e no pós-crédito, uma cena mostrando um gostinho para Homem-Aranha.  Destaco também a música de Henry Jackman é primorosa para as cenas das batalhas. Por fim,  como não podia faltar este filme conta com a presença do seu criador Stan Lee.   

Capitão América: Guerra Civil começou a Fase 3 da Marvel com o pé direito.

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