sábado, 7 de maio de 2016

ANÁLISES DOS FILMES DA FRANQUIA X-MEN PARTE 2



Para começar a contagem regressiva para X-Men: Apocalipse, vou continuar as minhas séries de análises e avaliações desta vez postando a segunda parte. Desta vez será com os três filme que  formam a segunda franquia que começou em 2011 com X-Men: Primeira Classe, seguido de Wolverine: Imortal(2013) e com X-Men: Dias de um futuro esquecido(2014). Com as notas indo de 1,0 a 5,0.

Deixo aqui o link com a postagem anterior dos filmes da primeira franquia X-Men lançado entre 2000-2009.


Bem vamos lá.
 



























X-MEN:PRIMEIRA CLASSE(2011)























O reboot em forma de prequel da franquia X-men, nos apresentou uma proposta  bem curiosa a respeito da origem de como a equipe foi formada.  Mostrando Professor X e Magneto trabalhando juntos na fundação da Escola de Mutantes quarenta  anos antes dos eventos da trilogia original. X-Men: Primeira Classe surgiu de uma forma para que a Fox não perdesse o direito sobre a franquia, já que naquela época a Marvel já vinha  começando a mexer os pauzinhos, e comendo pelas beiradas,  dava inicio a sua bem-sucedida  primeira fase cinematográfica que havia começado em 2008 com Homem de Ferro e O Incrível Hulk, o filme do Vingador Dourado foi um sucesso, já do Gigante Esmeralda é completamente esquecível. Em 2010, veio Homem de Ferro 2, e no mesmo ano que a Fox lançava X-Men: Primeira Classe, a Marvel lançava Thor e Capitão América- O Primeiro Vingador.  “Primeira Classe” contou com a direção do britânico Matthew Vaughn, que antes de dirigir este  blockbusther, já tinha em seu currículo dirigido filmes como “Nem tudo é o que parece”(2004), “Stardust”(2007) e “Kick-Ass”(2010).  Contou com o envolvimento de Bryan Singer como produtor. Sua trama começa já apresentando em sua premissa, um destaque para a importância do peso  deles para segurar o filme.  Na cena de prólogo, que se passa na Polônia em 1944, mostra algo semelhante ao que o filme de 2000  apresentando o Magneto criança, como Erik Lenshser sendo aprisionado com toda sua família judia para um campo de concentração nazista. Assim como no filme de 2000, neste filme também  mostra a primeira vez dele demonstrar seus poderes mutantes de magnetismo.  Depois corta para uma cena onde somos apresentados a figura de um cientista Dr.Schimidt(Kevin Bacon) observando aquela situação que se tratava de nada mais, nada menos do que Sebastian Shaw. Depois é cortado para uma mansão  localizada em Westchester, Nova York. No mesmo espaço de tempo, somos apresentados a figura de Charles Xavier criança, já lidando com sua mutação mental, mostrando bem isso ao descer as escadas e ao se dirigir a cozinha e deparando com sua mãe, ficando  logo desconfiado. É no momento em que ela apresenta a sua real identidade como uma menina metamorfa de pele azul e cabelo ruivo, ao se apresentar como Raven, podemos deduzir se tratar da Mística criança. E Charles resolve acolhe-la em sua mansão, já deixando bem evidente a importância dela  no escopo do filme, ao ser um dos membros fundadores da equipe e principalmente a construção de  sua relação fraternal  com Charles.  Depois cortam para a cena de Erik/Magneto na sala com Shaw, o torturando psicologicamente para que ele mostrasse sua habilidade mutante, a ponto de apelar para as tropas trazerem sua mãe e sofre vendo ela sendo morta com um tiro de Shaw e isto o deixa super revoltado.  É neste momento que temos então, a construção da importância de Shaw para a trama como o vilão do filme, sendo a motivação da vingança do Erik/Magneto.  Depois de apresentada esta premissa da abertura, o filme corta para a cena onde a história tem o seu desenvolvimento no espaço de tempo deles adultos se encontrando para um mesmo objetivo, é no ano de 1962, temos  Erik/Magneto(Michael Fassbender)já adulto hospedado  num hotel na Suíça, onde ele mostra  sua motivação de vingança em  caçar Shaw,   depois vai para sua jornada solitária passando pela Argentina em busca de informações do paradeiro de Shaw. Em paralelo, temos Charles Xavier(James McAvoy) se formando na Universidade de Oxford e tornando-se um especialista na genética.  Acompanhado dele temos a Raven/Mistica(Jennifer Lawrence) já adulta implicando com Charles por ele deixar ela viver com sua real aparência. Neste ato do filme somos apresentados  ao que acontece antes do Professor X e Magneto terem o primeiro contato. Que irá acontecer por intermédio da espiã Moira Mctargett(Rose Bryne). Ela terá esta importância para o arco da história, a partir do momento em que é apresentada estando em Las Vegas, fazendo vigília  junto de seu companheiro da CIA num bar de um dos Cassinos, para se infiltrar no Clube do Inferno virando uma das dançarinas, onde seguindo os passos do Coronel Hendry(Glenn Morshower), conhece em um esconderijo secreto o líder do grupo Sebastian Shaw, e seus capangas mutantes  Emma Frost(January Jones), Azazel(Jason Flemyng) e Maré Selvagem(Alex Gonzáles). É com isso que Moira vai atrás do Professor X, principalmente ao saber que ele como é a maior autoridade no assunto, sendo um especialista na genética da mutação, passa a colaborar com a CIA.  É a partir do momento em que ocorre a casualidade de no mesmo local onde Professor X estava  acompanhado da CIA vai atrás de Shaw no  seu iate Caspartina, que Magneto aparece sozinho, que temos o inicio da jornada a qual o filme se propôs a mostrar dos dois construindo juntos a primeira formação da equipe mutante. Depois disso, ocorre deles recrutarem alguns mutantes para enfrentar Shaw e o seu Clube do Inferno.  O cientista da CIA, Hank McCoy/Fera(Nicholas Hoult) é o primeiro que com a máquina do Cérebro  que ele construiu, o Professor X o utiliza para ir atrás de jovens mutantes, que foram Angel(Zoë Kravitz), Alex/Destrutor(Lucas Till), Banshee(Caleb Landry Jones) e Darwin(Edi Gathegi), que juntos formam o primeiro embrião da equipe mutante.  Que os levam para a base, onde lá por causa da imaturidade deles, acabam ficando de fora da primeira  missão que ocorre na URSS.  Onde lá esperando Shaw aparecer, só vem Emma entrando na mansão de um importante General Soviético do alto escalão. Onde invadem e a rendem para ela lhe dar uma informação sobre os planos de Shaw. Xavier consegue o que tanto  queria ao entrar telepaticamente na mente de Emma, isto graças a pressão de Magneto. Já que por ele mesmo não conseguiria, pelo fato da Emma além de ter os mesmo poderes de telepatia, também pode se cristalizar e assim bloquear a leitura mental do Professor X,  e Magneto se utilizando de metais para sufoca-la  a convence a colaborar, eles ficam espantados ao saberem que Shaw planejar usar do conflito nuclear entre os EUA e URSS para praticar um genocídio, usando Cuba como centro do conflito, iniciar uma Terceira Guerra Mundial, para assim virar uma espécie de  líder supremo, deus, salvador do povo.  Enquanto que na base da CIA, os quatro que ficaram lá recebendo punição, são recebidos por Shaw e seu Clube do Inferno. Lá ocorre então dois desfalques na primeira formação, já que Angel resolve se bandear para o lado deles e Darwin  morre. É então que Xavier resolvem levar os quatro restantes para sua antiga mansão, e lá treina-los e prepara-los para o grande perigo, dando assim inicio aos desenrolares do clímax do filme. Analisando o filme primeiramente  no aspecto do roteiro, ele mostrou ter sido bem escrito, bem conduzido, em um tom bem sério em relação aos anteriores. O enredo é bem amarrado, bem costurado, com um clima de suspense com  elementos de espionagem fazendo  o filme remeter a atmosfera dos clássicos filmes  de James Bond.   Aliás, por falar em James Bond, nessa época em que o cenário da trama se passa que é 1962, foi o ano que foi lançado o primeiro filme da franquia do agente britânico com licença para matar, que foi “007 contra o Satânico Dr.No”. É isto fica bem evidente, pelo fato deles criarem uma boa alegoria a importante época real  histórica em que a trama se passa, que foram as Crises dos Misseis de Cuba, que quase causou a  Terceira Guerra Mundial  durante o tenso momento da Guerra Fria.  E curiosamente também se passa um ano antes da primeira publicação da revista deles. Com o embrião desta equipe participando diretamente do clima de nova guerra entre as duas potencias mundiais EUA e URSS.  Uma proposta bem interessante, com muitos toques de licenças poéticas, já que de fato os bombardeios em Cuba não aconteceram como o clímax do filme mostra. Ainda assim eles souberam como representar minuciosamente num trabalho impecável da produção de arte, seja nos figurinos, nas cenografias ou mesmo em locações e na utilização de alguns objetos em cada detalhe milimétrico da reprodução  datada  da trama no começo dos anos 1960.  Ainda que a trama deste filme contando  a origem da primeira  formação dos X-men,  mostrando  uma proposta interessante em seu escopo e com uma trama bem envolvente, ainda assim podemos nos deparar com alguns deslizes  no roteiro que este carrega em relação aos anteriores.  Na cena da premissa, mesmo apresentando o Professor X quando criança conhecendo a Mística e a  acolhendo em sua mansão, e mostrando assim uma relação fraternal deles. Sendo que na trilogia original, em nenhum momento tanto ela, quanto ele não demonstravam que tinha essa relação afetiva no passado mostrado neste filme.  Ambos mostravam certa indiferença, ou mesmo frieza. Ou  sequer interagiam juntos.

Ou mesmo, a maneira como Charles Xavier, futuro mentor do grupo sendo representado ainda jovem  cabeludo e andando normalmente, não condiz muito a maneira como no filme de 2000 ele tenha falado para o Wolverine que tinha conhecido o Magneto quando tinha  17 anos, uma idade muito incompatível para o que ele aparenta no filme Primeira Classe, ainda mais já tendo se formado na Universidade de Oxford e se especializando em genética.  Também aqui é mostrado ele conhecendo o Wolverine,  tentando convence-lo a fazer parte da equipe, o mesmo no filme de 2000 parecia não demonstrar que já o conhecia. Fora também que naquele filme de 2000, o Professor X tinha dito para Wolverine  que Ciclope, Jean Grey e Tempestade foram os seus primeiros alunos, mas como este filme bem mostrou, eles não  foram os primeiros a quem ele recrutou.  Fora o fato dele afirmar naquele mesmo filme  que ele tinha criado o Cérebro, quanto que na verdade, o aparelho foi criado pelo Hank. Pior mesmo é o furo  envolvendo o Professor X na cena final do arco da história, nos o vemos ficando paralítico por causa de uma bala desviada pelo Magneto. Sendo que na premissa de O Confronto Final, ele ainda andava quando foi atrás da Jean Grey.  Fora outros mais cabeludos como a  “Emma Frost, a mutante com habilidades telepática e transformação em cristal, quando foi apresentada em “Primeira Classe” já estabelecida como capanga  do Sebastian Shaw, ela bem aparentava ser um mulherão bem sensual na faixa de uns 30 a 40 anos.  Antes de “Primeira Classe” ela já tinha aparecido no “Origens” onde foi mostrada sendo um pouco mais jovem, onde aparece como um dos mutantes prisioneiros da base de William Striker, era  irmã de Kayla, a paixonite do Wolverine no filme. Que ao ser libertada junto dos outros os acompanha para a Escola Xavier para Superdotados. Muitos podem pensar que como “Primeira Classe” foi lançado pouco anos após o “Origens”, o tempo de envelhecimento dela seria natural. Acontece que o tempo estabelecido na trama  do “Origens”, se passa muitos anos depois  do Primeira Classe. Enquanto “Primeira Classe” se estabelece em 1962, já no “Origens” o tempo que não fica estabelecido onde ocorre dele receber o adamantium é pelo final 1970 e entre os anos 1980. Para aumentar ainda o buraco, em “Dias de um futuro esquecido” durante o cenário do passado de 1973, em uma cena com dialogo tenso entre Magneto e Professor X, ele cita o nome dela e de outros companheiros da causa mutante que eles haviam conhecido 10 anos antes que estavam mortos nesta época. É intrigante pensar que ela tenha conseguido ressuscitar no “Origens” com a aparência mais jovem e mostrando umas personalidade bem contrastantes uma da outra. No origens ela aparentava estar mais amedrontada e mais solidária, o contraste da maneira provocantemente  sensual e determinada de “Primeira Classe”.” Ou mesmo até a presença de Moira sendo agente da CIA, mas quando esta apareceu “O Confronto Final” exerce outra profissão e não tenha sequer envelhecido nada.  Tirando isto, o filme ainda conseguiu faturar na bilheteria, agradou a critica recebendo uma aprovação de 87% do Rotten Tomatoes.  Sobre o elenco ele também segue uma característica dos filmes da franquia dos anos 2000,  que é ter um elenco multinacional, condizendo com a essência de diversidade que é tão pregada pelas revistas. Começando pelos protagonistas James McAvoy que faz o jovem Charles Xavier é escocês, que já tinha  um longo currículo antes de estrelar este filme, tinha feito trabalhos  em séries a minisséries e em alguns filmes onde fazia papeis menores, mas foi com este personagem  que o ator ganhou mais visibilidade na carreira.  Ainda mais pela maneira como ele desenvolveu bem a essência jovem do futuro do mentor da equipe,  mais descontraído, simpático, com porte de galã de cinema, muito imaturo e utilizando o seu poder mutante para bancar um  sedutor canastrão, bem o contraste da interpretação muito sisuda mostrada por Patrick Stewart no filme da primeira franquia. Outros gringos no filme são Michael Fassbender que fez o Magneto mais jovem no filme, que é alemão, filho de mãe irlandesa. Que antes desse papel, teve passagem pela televisão e fez alguns papeis menores em outros filmes. Mas foi este papel que ele se destacou, principalmente ao desempenhar a nuance que envolvia a construção de sua personalidade como líder extremista da causa, ao mesmo tempo em que mostrava a construção de sua amizade por assim dizer com o Professor X.  Além desses que foram os protagonista também teve de gringos no elenco, a australiana Rose Byrne como a Moira Mactagget,  a agente que intermédia a operação dos mutante, e que acaba despertando o amor de Xavier. O britânico Nicholas Hoult fazendo o Hank/Fera.  Outro britânico no filme é Jason Flemyng como o Azazel, o mutante de pele vermelha  que se tele transporta, um dos capangas do  Clube do Inferno.  O espanhol Alex González foi responsável pelo papel do Maré Selvagem, um mutante que não fala nada o filme inteiro, sendo também um dos capangas do Clube do Inferno.   O queniano Edi Gathedi foi o responsável por fazer o Darwin, um dos primeiros recrutados, e o primeiro desfalque na equipe.  O canadense Michael Ironside fazendo  o Capitão do Navio Americano em Cuba. O inglês Bill Minner que foi o garoto que apareceu na premissa  do filme como o Magneto criança. O croata Rade Šerbedžija, como o General Soviético que teve sua mansão invadida por Charles Xavier, Magneto e Emma Frost. Para finalizar a presença de atores gringo em “Primeira Classe”, também tivemos o canadense Matt Craven como o Diretor da CIA. Quanto ao restante norte-americano, destaco a presença de dois rostos já bem conhecidos de grande do público, como o de Kevin Bacon no papel do antagonista Sebastian Shawn,  desde do primeiro momento que aparece, mostrou que tinha peso para a história. Outro rosto também conhecido é o de Oliver Platt como o  Agente  Burt da CIA, que é um dos aliados dos X-Mens.  Também contou com Jennifer Lawrence como a Mística onde se utiliza das mesmas camadas de próteses usadas por Rebecca Romjin na franquia original. Chama a atenção o fato dela em “Primeira Classe” tenha trabalhado bem o desenvolvimento da personalidade da personagem na questão de seu lado humanizado pouco conhecido. Ainda que isto seja visto como um furo de roteiro, mas mesmo assim desempenhou bem este papel, mesmo não tendo mostrado  nenhuma coreografia de luta, desempenhou mais o lado humano, principalmente no que diz respeito ao lado safadinha dela dar em cima do Hank/Fera e do Magneto. É curioso observar que antes dela estrelar este filme, ela não era esta queridinha de Hollywood como é hoje, e que se tornaria após protagonizar a franquia “Jogos Vorazes” e  receber o premio de Melhor Atriz no Oscar de 2013 pelo filme “O Lado bom da vida”.  Também contou com January Jones como a Emma Frost, que foi membra do “Clube do Inferno”. Ela que já era conhecida do grande público, por estrela a série de TV, Mad Men. E  como Emma Frost em “Primeira Classe”ela demonstrou um bom desempenho, principalmente na maneira como aparece caracterizada com decote  sexy que remeteu  a Emma das Hqs, ou seja, ela ficou bem quadrinesca no filme. Assim como também no momento onde ela brilha como um diamante, o efeito especial  a deixou muito impecável apesar da presença dela em Primeira Classe gerar uma tremenda confusão entre os fãs, principalmente no que diz respeito a este buraco no roteiro em relação representação dela neste filme e no X-Origens:Wolverine. Para finalizar sobre o  elenco coloco aqui Lucas Till como o Alex/Destrutor,  Caleb Landry Jones como Banshee, que foram os primeiros recrutados no embrião da equipe.  E Zoë Kravitz como Angel, a striper que foi recrutada para formar o embrião da equipe, mas resolve se bandear para o Clube do Inferno.  Um fato curioso sobre esta atriz é que ela é filha do cantor Lenny Kravitz.   A trilha sonora de Henry Jackman é  excelente, cria todo um tom para as cenas, entre elas a mais impactante são os momentos tensos do Magneto. Por fim, há  dois momentos no filme que para ficaram muito memoráveis. Como a Mística falando   “Mutante e orgulhoso “ao se dirigir ao Hank/Fera e o Magneto se autodenominar com segurança “Eu prefiro Magneto”. No balanço geral, posso descrever que X-men Primeira Classe, um reboot da franquia  apesar de apresentar algumas  inverossimilhanças em relação aos outros filmes da franquia original, ainda mostrou ser um bom filme com toques bem para quem gosta de espionagem, o tornando assim um grande diferencial.  A minha nota para este filme é 4,5.






WOLVERINE:IMORTAL(2013)


























O segundo filme solo do carcaju, desta vez dirigido por James Mangold, que curiosamente antes de dirigir este filme, já tinha no currículo dirigido oito filmes, entre eles destaco aqui a comédia romântica ”Kate & Leopold”(2001), onde tinha contado com Hugh Jackman como o duque protagonista do filme que viaja no tempo e vem ao presente, e se apaixona pela Kate(Meg Ryan). O mesmo, que por coincidência também é o protagonista deste filme. Com relação a X-Men-Origens:Wolverine, este filme apresenta  sua trama melhor trabalhada, apesar de também conter  alguns furos de roteiro.  O enredo começa mostrando uma excelente premissa que passa em 1945, quando Wolverine estava no Japão, aprisionando em um campo de prisioneiros perto de Nagasaki horas antes da explosão da  bomba atômica . É lá que ele conhece o soldado Yashida. A presença dele nesta premissa já dá bem um destaque para o peso da importância do Yashida para a história. Ainda que esta premissa do filme seja excelente, ele cai num grande furo que envolve a ausência do Dente-de-Sabre, já que no “Origens” foi apresentado que ele sempre acompanhava o Wolverine em todas as guerras que ele combateu, então onde que ele estava neste momento em que Wolverine estava em Nagasaki horas antes da queda da bomba atômica. Depois desta premissa no prólogo do filme, ele vai se desenvolvendo e chegando ao presente,  mostrando um Wolverine eremita vivendo   numa floresta de Yukon, no Canadá, longe do grupo  após os acontecimentos de “X-Men-O Confronto Final”. Inclusive no filme apresenta diferentes momentos onde ele é atormentado constantemente pela alucinação da Jean Grey(Famke Janssen).  É neste lugar que aparece uma misteriosa japonesa com habilidades marciais, chamada Yukio(Rila Fukushima) que o procura em nome de Yashida para ir com ela ao Japão, para se despedir dele que está no leito de morte. Neste momento que ele ao ir acompanhado dela, nos deparando com outro furo que é o fato do Wolverine, comentar que se lembrava do Yashida. Mas como se quando ele estava em Nagasaki, ele ainda sequer tinha  as garras de adamantium, que só tinha adquirido  após conhecer o General Strike, onde este mesmo deu um tiro em sua cabeça que o deixou com amnésia.  Sequer tinha lembrando-se de nada antes de receber o adamantium no seu corpo. Tirando este detalhe temos então a sequencia de Wolverine chegando ao Japão e se encontra com o Yashida. Que se tornou um grande empresário. Cuja vida perto de chegar ao fim, desperta um clima de suspense, e de intrigas, principalmente pela presença da temida máfia yakuza, e com a questão da herança ser dividida entre seu filho Shingen(Hirouki Sanada)  e a neta dele Mariko(Tao Okamoto). Yashida chega a propor a Wolverine que ele lhe desse o seu fator de cura que lhe dá uma grande imortalidade. Também somo apresentados  a presença de uma misteriosa enfermeira particular que na verdade se tratava da mutante Víbora(Svetlana Khodchenkova), uma mulher que está envolvida do plano de Yashida para despertar o Samurai de Prata, na reviravolta que o filme dá. Com um clima de muito suspense e ação. A trama deste filme se mostrou ter sido bem melhor trabalhado do que em relação ao X-Men: Origens-Wolverine, apesar de algumas inverossimilhanças que não condiziam muito dentro da franquia mutante no todo. Mesmo assim foi um filme bem mais acertado, com um  tom mais pé no chão, com toques de licenças poéticas.  O seu escopo mostrou carregar bem uma mescla  de elementos de suspense com ação, ainda mais envolvendo a máfia no meio da história. E tendo o Japão como cenário ficou ainda melhor, porque ele conseguiu transpor elementos da cultura milenar como a honra,  as artes marciais dos ninjas e dos samurais,  que deram bem todo um toque a mais nas coreografias de luta. Até comparam o Wolverine a um Ronin, um samurai sem mestre.
O elenco como já é característico de outros filmes da franquia,  são formados por  atores multinacionais. Fora a presença óbvia  do australiano Hugh Jackman no papel principal, que está no personagem  desde  o primeiro X-Men  de 2000. E a presença da holandesa Famke Janssen como Jean Grey atormentando o sofrimento do  Wolverine.  Neste filme também contou com  mais atores gringos, a maioria japoneses obviamente. Deste elenco nipônico, destaco Rila Fukushima como a Yukio, uma personagem boa de briga, que foi acolhida por Yashida quando era uma menina de rua, que supostamente desperta o amor do Wolverine.  Tao Okamoto como a Mariko Yashida. A neta do velho Yashida, filha de Shingen, que faz  o tipo clichê da mocinha indefesa, nutre uma forte afeição fraternal pela Yukio. Hiroyuki Sanada como o Shingen Yashida, que faz bem o tipo ambicioso e mantém uma relação fria com sua filha Mariko. Haruhiko Yamanouchi que faz o Yashida já muito velho, mostrando uma grande carga dramática para sustentar a trama. Ainda do elenco nipônico, também contou com Brian Lee, um japonês naturalizado americano que fez o papel de um político corrupto, que estava noivo da Mariko apenas por interesse. Por fim, também contou do elenco nipônico  com Will Yun Lee, apesar de não ser um autentico japonês, é um americano de descendência asiática fazendo o líder um clã ninja que foi apaixonado por Mariko no passado.  Tirando os nipônicos que formam a maioria do elenco do filme, outro gringo, melhor dizendo gringa presente no elenco foi a modelo russa Svetlana Khodchenkova como a mutante Víbora. Que se faz passar pela enfermeira que cuida do Yashida, quando que na verdade ela estava envolvida no seu plano de acobertar a morte dele, para roubar a imortalidade do Wolverine. Ela faz bem o tipo clichê da femme fatale e nada mais que isso. No balanço geral,  Wolverine:Imortal se mostrou melhor do que em relação ao “Origens”, que ficou bagunçado devido aos constantes conflitos criativos nos bastidores. Já este conseguiu se redimir graças a boa direção de James Mangold que soube como conduzir a trama de forma assertiva, apesar de apresenta algumas escorregadas no roteiro.  No final ele apresenta uma cena pós-crédito mostrando Wolverine num aeroporto sendo recrutado pelo Professor X e Magneto, os convencendo a acompanha-lo nos dias de trevas que está por vim. Aquilo simbolizava um gancho para “X-Men:Dias de um futuro esquecido”.  Minha nota para este filme é 4,5.







X-MEN: DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO (2014)























Para finalizar a série de analises dos filmes da franquia X-Men, comento aqui de “X-Men:Dias de um futuro esquecido”. Contando mais uma vez com a direção de Bryan Singer,  sobre “Dias de um futuro esquecido”, ele em comparação a todos os filmes anteriores da franquia, ele é o que mais  apresenta  uma trama excelente.  O seu enredo teve como base uma importante saga dos quadrinhos de Chris Claremont e John Byrne que foi publicado entre o período de Outubro de 1980 a Março de 1981. No arco da Hq que livremente  inspirou a trama deste filme, ele carrega uma trama com um tom muito mais de ficção científica do que em relação aos filmes anteriores, principalmente no que diz respeito ao fato da essência da trama mexer com viagem no tempo.  E quando se mexe com viagem no tempo a tendência e da gente reparar em muitos furos de roteiro, e no caso especifico de X-men em questão, o buraco fica muito maior para ser fechado. Ainda mais quando há momentos em nos deparamos com situações que não condizem muito com que os filmes anteriores tinham nos mostrado. A trama começa se passando em futuro distópico, num cenário muito pós-apocalíptico onde os mutantes sobreviventes tentam fugir das Sentinelas, seres robóticos programados para eliminar os mutantes. Temendo pela eliminação dos poucos que restaram, o Professor Xavier sugere que Wolverine faça a viagem no tempo mentalmente com a ajuda da Kitty Pride até 1973, ano em que a Mística tinha matado Bolivar Trask(Peter Dinklange). Para ao retornar para lá impedir aquele acontecimento e assim eliminar a presença dos Sentinelas. Já que em consequência a ela matar Bolivar Trask, eles terminaram pegando  o DNA para que as Sentinelas  do futuro pudessem se metamorfosear e poderem se adaptarem aos  poderes mutantes, como se fosse sanguessugas.  É lá em 1973 que Wolverine vai ter a difícil missão  de convencer o Professor X a colaborar nesta operação. Uma tarefa que não vai ser das mais fáceis. Já que passados 10 anos os acontecimentos de “X-Men: Primeira Classe”, muita coisa tinha mudado. A Escola Xavier para Superdotados  estava fechada, o Professor X desta época é um cara amargurado após perder muitos de seus alunos que foram combater no Vietnã. Entre eles está Alex/Destrutor(Lucas Till) que aparece numa cena lá em combate nas florestas vietnamitas, estava de quarentena com outros mutantes, quando é libertada pela Mística(Jennifer Lawrence),  que ao ser perguntada pelo Destrutor por Erik/Magneto, ele responde que estava sozinha agora. Então a gente descobre que após o fim do incidente  em Cuba, mostrado em “Primeira Classe”, o Magneto após entrar em dissidência na equipe com Charles, e levou a Mística e os remanescentes do Clube do Inferno para formar o embrião da sua Irmandade dos Mutantes. Percebemos que ele estava preso, em uma penitenciaria de segurança máxima pelo crime de assassinato do presidente americano John Kennedy em 1963. Na escola o único que sobrou para companhia a Xavier, é o Hank/Fera.  Para libertar Magneto da penitenciaria de segurança máxima, eles vão contar com o reforço do Mercúrio (Evan Peters), para dar inicio a jornada deles de impedir que a Mística cometesse este assassinato, que pode definir os rumos futuro da raça mutante. A respeito deste filme, ele apresentou uma trama bem elaborada, livremente inspirada no arco importante dos quadrinhos, que por conter uma essência de viagem no tempo, já criaria um receio por parte da critica   apresentar furos no roteiro em relação aos outros filmes da franquia. Dentre os furos que a trama apresentou, há quatro aqui que posso mencionar, a primeira ocorre na cena em Wolverine chega a 1973, e  ao chegar na antiga Escola, se depara com o Professor X desolado já andando, acontece que no final de “Primeira Classe” ele tinha ficado paralítico, ai que está o x da questão. No filme, é explicado que o fato dele voltar a andar normalmente é por causa de um soro desenvolvido pelo Hank. Isso tapa um buraco, mas cria outro, que é o fato dele ao tomar este soro que o faz voltar a andar, ele perde também os poderes de telepatia. E quando não está com  o poder de telepatia ele consegue se recordar de quando conheceu o Wolverine 10 anos antes, lembrando até do insulto dele. O mesmo não acontece quando estava com poderes no filme de 2000, parecia não lembrar que já tinha conhecido o Wolverine antes.  Maior ainda é observar o Wolverine sugerir o Mercúrio para   libertar o Magneto, dizendo que ele é  seu velho amigo. Mas como ele podia se lembrar que já conhecia o Mercúrio nesta época. Se foi antes dele adquirir o Adamantium. Mais confuso mesmo é ele retornar a mesma época, em que estava acontecendo o conflito no Vietnã, que no “Origens” foi mostrado que ele tinha participado daquele conflito. Já aqui não, ele estava na América. Em um mesmo espaço de tempo, como ele conseguiu estar em dois lugares diferentes?. Falando nisso, neste filme também aparece Wiliam Strike no Vietnã. Que  no mesmo espaço de tempo deste filme, aparenta estar mais novo numa faixa de 30 anos em relação ao no “Origens” ele aparentava estar na casa dos 50 anos. Um mesmo espaço de tempo, um mesmo personagem tenha conseguido se rejuvenescer, acredito que há de Benjamim Button nesta história. Por fim, a ideia dos Sentinelas do Futuro em “Dias de um futuro esquecido” terem adquirido o gene da Mística após esta ser capturada por ter matado Bolívar Trask em 1973, para assim usar sua habilidade metamórfica na batalha contra os mutantes dava grandes vantagens de exterminar todos eles. Porém, o poder camaleônico da Mística não faz ela adquirir o poder de também copiar ou mesmo sugar os poderes de outros mutantes. Quem costuma adquirir esta habilidade é a Vampira.

Mesmo assim, foi um filme que mostrou ter uma história muito envolvente. No elenco o filme contou com boa parte do elenco da franquia presenta no núcleo do futuro, talvez por causa do dedo de Bryan Singer na obra. Assim como também contou com os principais personagens de “Primeira Classe”. No elenco acrescentado, eles também contaram com a presença de atores multinacionais como o francês Omar Sy como o mutante Bishop, a chinesa Fan BingBing como a mutante Blink, o mexicano Adan Canto como o Mancha Solar que junto ao americano BooBoo Stewart como Apache, formam a equipe que enfrentam os Sentinelas no futuro. Que fazem uma perfeita sincronia de coreografia em conjunto que serviu para compensar o fato deles não terem profundidade na história. Outro também estrangeiro presente no filme foi o australiano Josh Helman como William Strike mais jovem. Já o restante americano destaco o bom desempenho de Evan Peters como o Mercúrio, numa brilhante cena dele correndo em câmera lenta. James McAvoy como o Professor X neste filme mostrou um bom desempenho mais amadurecido do personagem, principalmente na carga dramática dele, bem o contraste da visão descontraída e imatura de “Primeira Classe”. E Jennifer Lawrence é um dos grandes destaques do filme, apesar de alguns questionarem, ele neste filme se superou no papel, ao mostrar uma forte carga  dramática que criar um peso para segurar o filme, e bem mais habilidosa no combate. No Balanço geral, X-Men: Dias de um futuro esquecido, apesar de apresentar algumas falhas no roteiro, mostrou sim ser um bom filme com uma história envolvente. Com dois trabalhos de artes impecáveis, a cena do futuro distópico carrega um tom fotográfico escuro o que criou uma identidade visual interessante em contraste com a fotografia de quando a trama se passa em 1973 com um aspecto visual mais colorido, onde há momentos que eles reproduzem nas filmagens de Super 8 criando um tom datado. No final dos créditos ele apresentou uma envolvente cena do Apocalipse construindo as pirâmides, já gerando um gancho para “X-men:Apocalipse”. Minha nota para este filme é 4,5.


Depois dessa só resta X-Men Apocalipse para ver no que isto resultou.


















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