A prática da nudez é vista de
forma tão banal que gera muito incomodo, principalmente para as camadas mais
conservadoras de nossa sociedade. A
ponto de ser bastante associado a libertinagem, a perversão dentre outros
fatores. Já a arte costuma quebrar este paradigma ao mostrar a nudez diferente
sob outras óticas, outros olhares.
Principalmente no cinema. Umas bem feitas que fazem sentido para o propósito narrativo. Outras não,
puramente gratuitas para criar um ar pornográfico. É no primeiro aspecto que listo aqui 20 Nudes com bom propósito narrativo nos filmes.
Começo com o vigésimo lugar que vai para Porky´s(EUA, 1981), uma clássica comédia teen dos anos 1980 que explorava bem esta questão do nude sem o menor pudor e sem a menor cerimônia. Especialmente por lidar com este tema tabu do universo juvenil que é a respeito da sexualidade. A icônica cena do chuveiro das estudantes do Colégio de Angel Beach peladonas tomando uma chuveirada após uma aula de basquete sendo observadas por Pee Wee(Dan Monahan), Billy(Mark Herrier) e Tommy(Wyatty Knight). Pode até parecer a primeira vista uns nudes muito gratuito feito para explorar aquela sensação excitante do nosso lado punheteiro e devaneador. Mas que na verdade esta cena é incluída sim dentro do proposito narrativo da história. Porque será neste momento que Pee Wee grita e se entrega, logo algumas meninas fazem umas provocações neles e Tommy mostra a sua piroca para elas. É então que aparece lá no vestiário feminino a Senhorita Blabricker(Nancy Parsons), a temida coordenadora do Colégio Angel Beach que vive implantando o terror nos alunos. Ela pega na piroca de Tommy e a partir disso até a conclusão da história, ela passará a perseguir Tommy. Nos tempos de hoje de politicamente correto, este tipo de comédia com toques bem nonsene é considerado bastante antiquado para os tempos atuais.
No décimo nono lugar vai para
a comédia romântica, Separados
pelo Casamento (The Break-Up, EUA, 2006) onde a cena do nude que a
Broke(Jennifer Aniston) faz para tentar provocar o seu marido
Gary(Vicent Vaugh) carrega sim um bom proposito narrativo. Mesmo porque
a forma de mostrar ela andando peladona no
corredor do seu apartamento para chamar a atenção de Gary entretido com
o futebol na TV, mostra bem o nível de como o relacionamento entre eles já
estava desgastado e chegando a um limite do suportável que já não tinha mais condições de durar. Num bom
enquadramento de ângulo de câmeras de edição que ficou crível e fora os ótimos
planos sequencias e de nuca da atriz Jennifer Aniston.
18°) THE SPIRIT
O décimo oitavo lugar vai para The Spirit(EUA, 2008) filme inspirado numa HQ de Will Eisner(1917-2005) que traz um bom plano de nude bem incrível mostrando a Sand Saref(Eva Mendes) tentando se insinuar para o herói. Se despindo de uma toalha. Com a câmera fazendo um bom ângulo num plano de nuca destacando bem o quadril da atriz Eva Mendes. Poderia ser visto como um nude gratuito, poderia. Se bem que, na verdade, o intuito estava bem colocado dentro da narrativa. Onde a Sand Saref estava mostrando todo o seu charme de femme fatale numa estética noir do filme para tentar despistar ele que a estava investigando a respeito dos crimes misteriosos na cidade de Central Citty.
O
décimo sétimo lugar vai para Irreversível (Irréversible,França,2002),
o nude praticado por Alex(Monica Bellucci) e seu marido Marcus(Vincent
Cassel) na cama após fazerem sexo, poderia a primeira vista parecer algo
gratuito. Mas não, aquilo fazia sentido narrativo, pois tratava-se dele estar retratando o fato deles estarem fazendo amor horas antes de ocorrer a fatídica e
pesada cena de Alex ser estuprada dentro
de túnel de Paris como o mostrou isso bem no início do enredo, com um nível
crueldade completamente desumano, principalmente no tom tom gráfico da violência
bruta numa fotográfia em paletas de cores vermelhas e pretas bem intensas dando
um aspecto bem claustrofóbico. Um dos poucos momentos leves dessa obra barra
pesada dirigida pelo argentino Gaspar Noé
que simboliza o New French Extremity. Um
movimento do cinema francês que carrega um forte teor difícil de se assistir e
que não agrada a todo mundo. O então celebre casal do cinema francês Vincent
Cassel e Monica Bellucci mostraram uma ótimo entrosamento e uma perfeita química
em cena tanto nessa quanto nos momentos intensos mostrados no filme.
O décimo sexto lugar vai para Chaplin
(EUA, REINO UNIDO, FRANÇA,ITÁLIA, JAPÃO, 1992), a cinebiografia do
grande mestre da comédia Charles Chaplin(1889-1977) com a cena da atriz Mildred
Harris(1901-1944), representada no filme por Milla Jovovich se despindo para Chaplin(Robert Downey Jr.) e fazerem amor na
cama após se conhecerem numa festa promovida pelos estúdios, também mostra ser um bom exemplo de nude com total sentido para a narrativa. Isto porque aquilo
estava representando o fato dela ter virado a primeira esposa do gênio da
comédia. Principalmente porque a narrativa estava sendo contada em primeira
pessoa pelo próprio Chaplin. O
enquadramento do plano nuca dela se despindo ficou perfeito.
15º) INSTINTO
SELVAGEM
O décimo quinto lugar da lista vai para Instinto Selvagem(Basic Instist, EUA, 1992). Nesse clássico de suspense policial erótico, cheios de muitos nudes, de todos o que faz mais sentido para a narrativa é na premissa do filme que mostra a cena de sexo de um casal, onde supostamente seria a Catherine Tramell(Sharon Stone) cometendo o assassinato do cara na cama num tom de violência gráfica bem pesada, onde ela se torna suspeita número um já que no último livro de romance que ela escreveu, havia detalhes de um assassinato como ocorreu ali que intriga a polícia. Principalmente o detetive Nick Curran(Michael Douglas). Que se envolve tão emocionalmente no caso, que acaba se apaixonando pela Catherine. Louco não.
O décimo quarto lugar da lista
vai para Jogos do Poder (Charles Wilson´s War,EUA, 2007). A cena da premissa do filme mostrando o
nude do deputado playboy Charles Wilson(Tom Hanks) tomando banho numa banheira de um clube de strip-tease,
onde estava acompanhado de dois amigos e com duas strippers também representa
um bom exemplo que carrega um bom
sentido dentro do contexto narrativo da obra. Especialmente, porque é nesta
situação que mostra ele acompanhando as notícias do telejornal sobre os bombardeios das tropas
soviéticas no Afeganistão, que vai definir na sua decisão de fazer lobby no
Congresso para fornecer armas aos afegãos para se defenderem dos invasores,
como também vai ter importância a respeito dele ser investigado sobre suposto
escândalo sexual, envolvendo drogas inclusive.
13º) SOB A PELE
O décimo terceiro lugar vai
para Sob a Pele (Under The Skin, EUA,2013), neste filme onde a bela Scarlett Johansson se entregou
literalmente de corpo e alma para a
personagem, uma alienígena sem nome. Que
se utiliza de um exuberante corpo feminino para atrair homens para uma
armadilha, cujo propósito não fica claro. De todas as cenas que mostra ela se despindo no filme onde protagonizou, a que posso
destacar que mais representa um bom sentido dentro da narrativa é na cena dela se olhando
para o espelho com um nude frontal no enquadramento do plano nuca. Uma cena que
bem refletiu ela tentando se
autoconhecer num corpo que não era dela. Pois era só uma carcaça de pele de uma
exuberante mulher de quem ela adquiriu. Uma sensação de crise existencial. Coisa do tipo. Um nude que na época gerou
muita polêmica, não chega nem a se igualar ao episódio constrangedor que ela
passou em 2011 quando teve seu celular
hackeado com sua foto peladona e que foi exposta a público na Web.
O décimo segundo lugar vai
para E Deus criou a Mulher (Et Dieu...crea la femme, França,1956),
esta obra-prima do cinema francês dirigida por Roger Vadim(1928-2000), diretor
expoente do importante movimento cinematográfico francês da Novelle Vague. Mostrou um dos primeiros
exemplos de nudes no cinema. Na época em
que foi lançado causou muito escândalo
principalmente nos minutos iniciais em
que mostra o corpo da exuberante atriz Brigite
Bardot no auge da beleza completamente peladona tomando banho de sol em frente
a sua varanda. Essa ousadia custou caro ao filme, causando como consequência em sua proibição ou mesmo censura em alguns países. De todo jeito, o nude neste filme
que revelou a bela Brigitte Bardot ao cinema foi muito importante para a
narrativa já que serviu para introduzir
ao público a essência de sua personagem-protagonista Juliette Hardy. Uma jovem
sensualmente provocante e sem muito pudores.
O décimo primeiro lugar vai
para O Leitor (The
Reader,EUA, Alemanha, 2008), alguns leitores
podem até me julgarem mal, a ponto de pensar que seria muito pervertido e
depravado de minha parte colocar a cena desse filme na minha lista, que ok. Ela não deixa de
causar polêmica principalmente por estar representando o romance de uma mulher na faixa dos 30 anos se
envolvendo com um garotão de 15 anos, menor de idade que perde a virgindade com ela forçadamente se
aproveitando da situação da fragilidade do rapaz inexperiente e muito acanhado,
com o agravante de mais frente se descobrir que ela foi uma criminosa nazista.
O que seria visto como uma prática abusiva de assédio sexual. Mas, de todo
jeito a cena do nude de Hanna Schimitz(Kate Winslet) se aproximando do
jovem Michael Berg(Papel de David Kross
na fase adolescente), num momento intimo dele o enxugando após ele tomar banho em sua
banheira e começar a acaricia-lo para depois começarem a trepar, a fazer uma
coelhada, representou bem um exemplo de nude que fazia
sentido narrativo para o filme. Ainda mais se a gente lembrar que aqui a
história é contada em primeira pessoa pela ótica do Michael Berg(Papel de Ralph
Fiennes na fase madura) já um homem maduro, muito bem sucedido na carreira de
magistrado, separado da esposa e pai de uma moça. Por meio de suas lembranças. Além de ter ficado uma linda cena de nude bem enquadrada em um plano nuca ao destacar o quadril da Kate Winslet.
O décimo lugar vai para A
Escolha Perfeita (Pitch Perfect,EUA,2012) uma comédia teen em faculdade
que sempre apela para nudes, especialmente para este tipo especifico de nicho
que é o público jovem. No caso desse filme, a única cena do nude mostrando a protagonista Beca(Anna Kendrick) uma caloura, se despindo para tomar uma chuveirada no
banheiro do campus. A primeira vista, ela pode até parecer uma cena muito a
toa, deslocada, com o único intuito de deixar o espectador excitado por vê-la
tomando banho. Mas, que na verdade, é uma cena que mostra que tem sim sentido
narrativo. Porque será neste momento onde ela ao entrar no chuveiro e cantar a
canção Titanium, aparece de repente a Chloe(Britanny Snow) também
por acaso estava lá peladona fazendo amor com um rapaz que ao ouvir a sua linda
voz a convence a fazer parte de seu
grupo para disputarem os concursos de canção da faculdade. Um exemplo de nude que não carrega nada de apelativo, mesmo
porque a câmera apenas se enquadra na cabeça das duas e não mostra o corpo
inteiro delas.
O nono lugar da lista vai para
O Massacre na Festa do Pijama (Slumber Party Massacre,EUA,1982), outro bom exemplo de filme voltado ao público
teen no anos 1980 que não tinha lá pudor em apelar para a nudez. Ainda mais sendo do gênero terror. Neste terror B do
subgênero slasher, a cena do nude em plano nuca mostrando as costas de Linda(Brinke Stevens)
se despindo da toalha para tomar uma ducha no vestiário do colégio, após o treino de basquete em banho
coletivo, mostrando o seu quadril e em seguida em plano sequência sem
cortes, mostra ela se dirigindo ao chuveiro. Este destaque todo ao nude dela
tem sentido sim para a narrativa mesmo porque logo ela ao terminar e se vestir para sair do colégio ele
vai ser a próxima vítima do assassino Russ Thorne(Michael Villela) lá dentro. O
mesmo que mais para frente vai promover a noite do terror na casa da
Trish(Michelle Michaels) juntos com suas amigas ali reunidas numa festinha e
depois dormirem. Promovendo assim a assombrosa noite do pijama.
O oitavo lugar da lista vai
para A Experiência 2- A Mutação (Spicies 2,EUA, 1998), essa sequência do terror sci fi A
Experiência (Spicies,EUA,1995)apela para muitos mais nudes do que em relação ao primeiro, mesmo que tenha ficado aquém do
esperado. Até porque trata-se aqui do protagonismo de um ser parasitário alienígena
que depende do corpo humano para ser hospedeiro para se procriar. Portanto, a quantidade de momentos nudes mostrados aqui
fazem sentido. Um em especial é na cena do Capitão Patrick Ross(Justin Lazard)
dando sua primeira transa no apartamento da amante após retornar de uma missão espacial. Isto sem
ele suspeitar que havia adquirido um hospedeiro em seu corpo quando estava
vagando pelo foguete em orbita. Apesar de a primeira vista a cena parecer um pornô muito gratuito feito com o
intuito de provocar a excitação e o tesão no espectador de tão picante que é, principalmente pela prática de ménage a trois
que Patrick faz primeiro com a amante e depois com a amiga dela na cama gerando
uma vergonha alheia de assistir. Ainda assim, a cena desse nude no filme mostra
ter todo o sentido para a narrativa porque é por meio desse momento que em
paralelo, o clone da alienígena Eve(Natasha
Henstridge), começa a sentir a presença dele e
ficar atraída por ele, entrando no seu cio e também mostrar que ele
estava fazendo delas suas primeiras cobaias para se reproduzirem com o gene do
hospedeiro. Isto passará a introduzir a
jornada dos dois para ao se encontrarem, entrarem no perigoso processo de
acasalamento que acabará acontecendo no desenrolar da trama.
O sétimo lugar da lista vai para Titanic (EUA,1997),
com o bom enquadramento da cena da protagonista Rose Bukater(Kate Winslet) se despindo em direção ao desenhista Jack Dawson(Leonardo DiCaprio). A primeira
vista, pode parecer um nude muito gratuito feito com intuito dela ficar provocando
o Jack para depois fazerem amor. Mas, não. Na verdade, essa cena do nude da Rose representava um bom exemplo de
puro nu artístico, literalmente falando.
Já que naquele momento ela estava se despindo para servir de modelo para ser desenhada por ele. E o
desenho dela seria importante, pois seria com isso como bem
foi mostrado no início do filme que quando uma equipe de oceanógrafos ao fazer
uma expedição pelo barco, encontram um baú onde estava o desenho dela. E ela já
idosa, interpretada por Gloria Stuart que na época fez história aos 87 anos seria a atriz mais velha a concorrer ao Oscar de 1998 mais não ganhou entre 11 Estatuetas que a obra ganhou naquela histórica edição. Um que somente tinha acontecido com o mega épico filme Ben-Hur(EUA, 1959) no Oscar de 1960 e que só se repetiria seis depois no Oscar de 2004 onde O Senhor dos Anéis-O Retorno do Rei(The Lord of the Rings-The Return of The King, EUA, Nova Zelândia, 2003) . Ela ainda viveu depois do filme até os 100 anos falecendo em 2010, que ao saber disso pelo telejornal,
pede a sua neta para entrar em contato com eles. E lá conta sua versão do
acidente. Ainda mais se a gente lembrar que o enredo da história sobre o
fatídico acidente do Titanic está sendo
narrada pela ótica dela.
O sexto lugar da lista vai
para A Juventude (La Giovanezza-Youth,Itália,2015). Na cena
mostrando os dois velhos amigos já idosos como o maestro aposentado Fred
Ballinger(Michael Caine) e o cineasta ainda ativo Mick Boyle(Harvey Keitell) na
piscina do hotel dos Alpes onde estão hospedados e estão ali conversando sobre
a vida e de repente aparece um lindo mulherão completamente peladona entrando
na piscina dele e eles a ficam observando. Mostrou ser um bom exemplo de nude
que explorou bem o conceito de contemplatividade sem parecer muito vulgar.
O quinto lugar da lista vai
para X-Men: O Confronto Final (X-Men: The Last Stand,EUA,2006)Que
o filme seja uma unanimidade em ser ruim ok, não se pode negar. Mas pelo menos,
uma coisa se mostrou bastante acertada que foi a cena do nude da
Mística(Rebecca Ronjim) caída no chão.
Ela carregava sim um bom propósito e sentido
narrativo pois estava retratando o fato dela ter perdido os poderes após
ser atingida por uma seringa que continha um liquido de cura mutante. E quando
perde os poderes mutantes é ignorada pelo Magneto(Ian McKellen).
O quarto lugar da lista vai
para De olhos bem fechados(Eyes Wide Shut,EUA,1999). Obra póstuma de Stanley Kubrick(1928-1999).
Livremente inspirado em um livro de romance Breve Romance de Sonho do austríaco Arthur Schnitzler(1862-1931). O filme traz umas cenas de nudes mostrando Bill(Tom Cruise) entrando secretamente numa
mansão onde ocorre umas orgias com o povo mascarado parecendo baile de carnaval
veneziano. Um elemento bem excitante,
mas se tem uma cena de nude no filme que mais carrega um bom propósito
narrativo é na cena de Alice(Nicole Kidman) se olhando no espelho completamente
pelada após trepar como ela mesmo define em todo o filme com Bill e ele ao se
aproximar dela começam a criar um bom clima cheio de tesão entre os dois, muito disso graças a
excelente química que o então na época casal 20 de Hollywood Tom Cruise e
Nicole Kidman bem representaram nesse momento. Uma cena além de muito picante,
também representa um bom propósito narrativo para a obra. Porque ao mesmo tempo
a gente pode reparar o quanto Alice fica incomodada com Bill, e percebemos a
partir dali terá início ao esfriamento da relação dos dois que dava sinais de
desgaste. Nesse momento a gente vai percebendo os ataques de ciumeira de Alice.
Consequentemente fazendo com que Bill comece sua jornada de caminhar na cidade
para de algum jeito realizar suas fantasias sexuais ainda que sempre em vão. Fora
o bom enquadramento em plano nuca que mostra o lindo corpo da Nicole Kidman.
O terceiro lugar da lista vai
para Budapeste(Brasil, Hungria,Portugal, 2009). Esta produção
Luso-Húngara-Brasileira dirigido por Walter Carvalho e inspirado no romance
homônimo de Chico Buarque apresenta uns cinco
nudes que mostram o bom aproveitamento
para o propósito narrativo do filme. O
primeiro nude ocorre na cena do
protagonista José Costa(Leonardo Medeiros) um ghost-writer com sua esposa, a
jornalista Wanda(Giovanna Antonelli) fazendo uma picante cena de amor na cama,
mas que dá para notar o quanto que este relacionamento estava gasto pela
maneira como Costa estava completamente divagando, deslocado, se vendo numa
relação sem amor e que ele só estava fazendo aquilo por obrigação para ceder ao
desejo dela que estava sentindo uma ovulação
e queria que ele lhe desse um filho. Esta cena ficou perfeitamente bem
enquadrada no plano sequencia mostrando a Wanda se despindo. Apesar de mostrar
muito tesão, ainda assim mostra que a relação dele com Wanda estava chegando ao
fim, pois fica evidente ele mostrar já não estava mais suportando as
provocações dela. Costa também protagoniza outra boa cena de nude com propósito narrativo que é com Kriska(Gabriela Hámori) sua amante
húngara quando passa a residir na capital
Budapeste simbolizando o início da construção da sua nova relação amorosa e neste ele sim demonstrou
entrega de corpo e alma, num bom enquadramento de plano sequencia mostrando a
Kriska se despindo e depois se dirigindo ao Costa. A Wanda também protagoniza um segundo nude
que também apresenta um ótimo propósito narrativo que é na cena dela se envolvendo com o turista
alemão Kaspar Krabber(Antoine Karmeling que no ano seguinte após o lançamento da obra cometeu suicídio em Outubro de 2010 )
pois ela representa a visão de Costa quando lê a dedicatória do livro O
Ginógrafo autografado com as iniciais K.K. que é assinado pelo Kaspar,
mas que na verdade foi escrita por ele representando bem o lado sacana,
safadinha e dissimulada dela. Do mesmo
modo também merece destaque as cenas dos nudes que as belas atrizes Débora
Nascimento e Paolla Oliveira fazem nas rápidas pontas que aparecem no filme também representam um bom propósito
narrativo para a obra. Débora precisou usar apenas o corpo para fazer a cena de
Tereza sua personagem completamente muda. Já que ela representava a figurava de
uma personagem descrita por Costa para o livro de seu cliente Kaspar Krabber
que era a musa inspiradora dele. Cujo corpo servia para ele escrever poemas. E
o nude de Paolla Oliveira também é um
bom exemplo de apresentar um bom propósito narrativo na obra, pois ali ela está
representando uma misteriosa mulher
fruto da imaginação do Costa para o livro que ele nomeia como Aquela. Todos
eles aqui carregam um bom propósito narrativo, não representam apenas
unicamente o objetivo gratuito de despertar um tesão, uma excitação ao espectador.
O segundo lugar da lista vai
para Operação Red Sparrow (Red Sparrow, EUA, 2018). Neste filme
de espionagem, a cena do nude da
protagonista Dominika Egorova(Jennifer Lawrence) se despindo na sala de
treinamento em frente aos seus colegas. Também mostra o bom propósito narrativo da obra. Mesmo porque aquele nude não representava uma situação gratuita
de despertar o tesão erótico. Mas sim representava o momento tenso de que ela
estava se sujeitando a um pesado treinamento de espionagem do serviço secreto russo que
exigia dela mostrar suas habilidades de sedução para atrair o alvo e depois
eliminar. Se ela não fizesse aquilo estaria morta. Como bem sua treinadora
descreve nesta cena, o corpo dela pertence ao Governo Russo desde que ela
nasceu. Bastante sinistro. Fora o brilhante enquadramento da cena em plano
mostrando a protagonista se despindo destacando o belo quadril da Jennifer
Lawrence.
E o primeiríssimo lugar da
lista vai para Barbarella(França,Itália,1968) Esta produção
franco-italiana de ficção científica
espacial com ares de psicodelismo, clássico cult movie com puros apelos eróticos inspirado no
quadrinho erótico do francês Jean-Claude Forest(1930-1998). Com
roteiro adaptado pelo americano Terry Southern(1924-1995), produzido pelo
italiano Dino de Laurentiis(1919-2010) e com direção do francês Roger Vandim. O
melhor nude de todos que o filme mais carrega com o propósito narrativo é cena da abertura da protagonista na pele de
Jane Fonda, então no auge da beleza com seus 30 anos na época e figurando entre
a grandes musas do cinema com todo o seu charme e sensualidade, gravitando em sua espaçonave em gravidade
zero, se despindo de seu pesado traje de astro navegadora, um strip-tease ao som de Bob Crewe(1930-2014) e da banda The
Glitherhouse cantando uma canção empolgante, a exaltando e comparando a
Mulher-Maravilha. Até ficar completamente peladona. Aquela bem simboliza o bom propósito narrativo de que ali estava se trocando e também serviu para mostrar
um pouco de sua essência charmosa com
todo aquele toque de sexy appeal para ir atrás de sua missão e constantemente
ficaria trocando de roupa ao longo de sua missão que era encontrar o astronauta
sumido Durand Durand(Milo O´Shea).
MENÇÃO HONROSA:
Sempre que se pensa em filmes
de animação, dificilmente alguém imaginaria umas cenas de nude. Mesmo porque
filmes de desenhos animados tem como principal nicho as crianças,
principalmente para vender brinquedos. Como são no caso dos filme da Disney,
por exemplo. Mas no caso especifico de O
Fantasma do Futuro (Ghost in The Shell, Japão, 1995). O negócio é bem
mais para outro nível. Adaptado do mangá(Típico quadrinho japonês) de Masamune
Shirow, esta obra carregada de uma estética cyberpunk publicada no final dos
anos 1980, que bebeu muito da fonte do filme Blade Runner(EUA, 1982). E de
outras obras cinematográficas dos anos 1980 que retratavam uma visão pessimista
sobre o futuro tecnológico. Onde a humanidade, vivia refém dela e muitas corporações
passaram a lucrar gananciosamente diante disso. No caso do filme em questão, os
nudes protagonizado pela Major Motoko Kusanagi representa bem a intenção dela para se camuflar e ficar invisível ao lutar contra o inimigo eles em todos os
momentos fazem sentido narrativo porque representam o fato dela ali ser uma androide
com um corpo bastante orgânico e que compunha as suas técnicas de combate corpo
a corpo. Não são nudes simplesmente gratuitos.Fora também a própria complexidade do sentido filosófico da obra.
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