Dentre os atores que tiveram o privilégio de representar o James Bond na tela nos quase 60 anos de história da franquia e com filmes 25 anos filmes produzidos pela Eon, um ator em especial foi o mais azarado que só estrelou apenas um filme da franquia, esse em questão trata-se do australiano George Lazenby em 007-A Serviço Secreto de Sua Majestade(On Her Majestic Secret Service, Reino Unido, 1969).
Neste único filme que ele estrelou como James Bond que contou com
a direção de Peter Hunt(1925-2002), que
foi cronologicamente o sexto da franquia, carregava a peculiaridade de ter
também sido o único que mostrou James Bond
se casando e poucas horas depois da cerimônia de casamento fica viúvo.
Nesse
filme sua história gira em torno de James Bond tentando “deter Blofeld, que
planeia lançar uma praga através de moças chamadas Anjos da Morte a não ser que
as suas exigências sejam satisfeitas. Bond conhece Teresa di Vicenzo e
apaixona-se por ela, acabando por se casar.” A filha do chefe da máfia corsa
Draco.
A produção de A Serviço Secreto de Sua Majestade foi bastante conturbada por causa dos problemas ocasionados com a saída de Sean Connery no papel após concluir Com 007 Só se vive duas vezes (You Only Live Twice, Reino Unido, 1967) que já havia concluído o seu contrato. George Lazenby, o primeiro ator não-britânico a ser escolhido para protagonizar James Bond no cinema antes muito conhecido mundialmente era um ator mais amador foi quem teve o duro desafio de representar o famoso agente com licença para matar já estabelecido por Sean Connery de uma forma diferente para renovar o seu público.
Um grande desafio para a Eon naquele momento em que estávamos finalizando da década de 1960, num contexto
bem diferente onde a fórmula já estava demonstrando os seus sinais de desgastes,
ainda pelas influência da contracultura e da estética da Nova Hollywood,
Brocolli já vinha enfrentando brigas com seu sócio Saltzman e enfim, por todos
estes fatores o desafio de Bond ganhar sobrevida seria difícil ainda mais
colocando uma cara nova com um protagonista novo o desafio se mostrou bastante
dobrado.
Boa
parte dos atores que compunham o principal núcleo dos personagens com quem Bond
interagia no MI6 já estabelecidos na franquia nos filmes estrelados por
Sean Connery permaneceram no elenco do filme. Como Bernard Lee(1908-1981) no
papel do chefe M., Lois
Maxwell(1927-2007) no papel da Moneypenny, a famosa secretária que tentando
seduzir Bond, mas nunca recebe sequer um beijo. Inclusive ela faz bem uma cena
chorando na cerimônia do casamento de Bond. E Desmond Llewely(1914-1999) no
papel do excêntrico cientista Q., o responsável as tralhas tecnológicas para
James Bond encarar o perigo.
O
elenco também contou com as
participações da britânica Diana Rigg(1938-2020) como a Thereza “Tracy” Di
Vicenzo, a única bond girl que teve o privilégio de ficar casada com James Bond
e tem uma função muito importante ao servir também como uma Deux Ex-Machina
numa em que Bond encurralado pela SPECTRE, sem saída, no meio de uma multidão
numa região nevada da Suíça em plena época natalina, estava para se entregar
entre a vida e a morte e no momento em que ele se depara com seus pés em um
patins é quando ele finalmente vê a salvação, o americano Telly
Savallas(1922-1994), um dos responsáveis pelo papel do Blofeld numa
representação incrível com um rosto bastante amedrontador. O italiano Gabriele
Ferzetti(1925-2015) no papel do mafioso Draco, pai da Bond Girl Tracy. A alemã Ilse Stepat foi responsável por representar Irma Bunt, a capanga da SPECTRE,
principalmente para orientar um grupo das garotas Anjo da Morte que sofreram uma lavagem
cerebral para executarem o plano diabólico de Blofeld, neste que foi o seu
último trabalho no cinema. Ela faleceu na mesma data do lançamento do filme que
a projetou internacionalmente no dia 21 de Dezembro de 1969. James Bree(1923-2008), responsável no filme
pelo papel do banqueiro suíço Grumbold, a quem Bond vai investigar umas
transações suspeitas. Angela
Scoular(1945-2011), responsável no filme pelo da Ruby, a bond girl que é uma
das garotas Anjo da Morte da SPECTRE,
que tenta dá uns pegas em James Bond. E George Baker(1931-2011) representando Sir
Hilary Bray.
Outro
ponto importante desse filme está na sua abertura que retomou ser tocado de
forma instrumental composta por John Barry(1933-2011), o mesmo responsável pelo
primeiro filme que trouxeram em edição
de clipe bastante temática em homenagem ao símbolos britânicos como a
Coroa, o relógio do Big Ben e uma linda
homenagem aos filmes precedentes numa sobreposição de imagens prestando uma
homenagem a outros personagens das franquias antecedentes. Para nos mostrar um
fechamento de um ciclo e começo de outro. A ideia inicial era bem essa.
Outro
ponto interessante que deve ser chamado é para o easter eggs na cena de Bond no
banco suíço, ao esperar os documentos selecionados na copiadora pega para se distrair
uma edição da famosa masculina Playboy,
uma marca criada pelo americano Hugh Hefner(1926-2017), magnata das comunicações.
A colocação referencial a marcar Playboy não foi gratuita, já que esta
revista sempre teve uma forte ligação histórica com a marca 007, com muitas das
atrizes que participaram da franquia estrelando suas capas, possando nuas,
também fazendo matérias sobre os bastidores
das próximas produções, sobre os próximos livros da série sobre os carros,
enfim.
Lazenby
até que demonstrou um bom desempenho como Bond nesse único filme da franquia
que ele protagonizou, muito disso graças ao roteiro que trabalhou bem formas
que fugissem um pouco da fórmula já estabelecida
sem fugir muito de sua essência. Uma das coisas que Lazenby imprimiu bem foi a
forma como ele incrementou no famoso bordão de James Bond se apresentar, em vem de ser só Bond,
James Bond, ele colocou “Meu Nome é Bond, James Bond”. E como nos primeiros minutos
de rodagem ele após salvar a Tracy na praia que o deixa os seus sapatos, ele
quebra a quarta parede, falando que o outro não teve muito esse privilégio e a
cena final de James Bond vendo Tracy morta, foi de cortar, o único filme da
franquia 007 não terminou dando uns amassos no rale rola com uma mulher a pós o
fim de uma operação.
Pena
que Lazenby não durou muito no papel, já que ele demonstrou um péssimo
comportamento durante as divulgações do filme, que quase mancharam a reputação do filme. Como consequência disso,
a EON o demitiu e chamaram de volta Sean Connery para estrelar 007 pela última
vez em 007-Os Diamantes São Eternos(Diamonds Are Forever, Reino
Unido, 1971) e depois dele Roger Moore(1927-2017) é quem passaria a assumir o
papel de James Bond a partir de 007-Viva e Deixe Morrer( Live and
Let Die, Reino Unido, 1973)
Ainda
assim, não se pode negar que sua participação como James Bond na franquia 007
não foi tão ruim assim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário