domingo, 5 de setembro de 2021

ESPECIAL 007:O MAIS AZARADO DOS JAMES BOND:GEORGE LAZENBY

 

Dentre os atores que tiveram o privilégio de representar o James Bond na tela nos quase 60 anos de história da franquia e com filmes 25 anos filmes produzidos pela Eon, um ator em especial foi o mais azarado que só estrelou apenas um filme da franquia, esse em questão trata-se do australiano George Lazenby em 007-A Serviço Secreto de Sua Majestade(On Her Majestic Secret Service, Reino Unido, 1969). 





Neste único filme que ele estrelou como James Bond que contou com a direção de Peter  Hunt(1925-2002), que foi cronologicamente o sexto da franquia, carregava a peculiaridade de ter também sido o único que mostrou James Bond  se casando e poucas horas depois  da cerimônia de casamento  fica viúvo.




Nesse filme sua história gira em torno de James Bond tentando “deter Blofeld, que planeia lançar uma praga através de moças chamadas Anjos da Morte a não ser que as suas exigências sejam satisfeitas. Bond conhece Teresa di Vicenzo e apaixona-se por ela, acabando por se casar.” A filha do chefe da máfia corsa Draco.




A produção de A Serviço Secreto de Sua Majestade foi bastante conturbada por causa dos problemas ocasionados com a saída de Sean Connery no papel após concluir Com 007 Só se vive duas vezes (You Only Live Twice, Reino Unido, 1967) que já havia concluído o seu contrato. George Lazenby, o primeiro ator não-britânico a ser escolhido para protagonizar James Bond no cinema antes muito conhecido mundialmente era um ator mais amador foi quem teve o duro desafio de representar o famoso agente com licença para matar já estabelecido por Sean Connery de uma forma diferente para renovar o seu público. 





Um grande desafio para a Eon naquele momento em que estávamos  finalizando da década de 1960, num contexto bem diferente onde a fórmula já estava demonstrando os seus sinais de desgastes, ainda pelas influência da contracultura e da estética da Nova Hollywood, Brocolli já vinha enfrentando brigas com seu sócio Saltzman e enfim, por todos estes fatores o desafio de Bond ganhar sobrevida seria difícil ainda mais colocando uma cara nova com um protagonista novo o desafio se mostrou bastante dobrado.




Boa parte dos atores que compunham o principal núcleo dos personagens com quem   Bond  interagia no MI6 já estabelecidos na franquia nos filmes estrelados por Sean Connery permaneceram no elenco do filme. Como Bernard Lee(1908-1981) no papel do chefe M.,  Lois Maxwell(1927-2007) no papel da Moneypenny, a famosa secretária que tentando seduzir Bond, mas nunca recebe sequer um beijo. Inclusive ela faz bem uma cena chorando na cerimônia do casamento de Bond. E Desmond Llewely(1914-1999) no papel do excêntrico cientista Q., o responsável as tralhas tecnológicas para James Bond encarar o perigo.




O elenco  também contou com as participações da britânica Diana Rigg(1938-2020) como a Thereza “Tracy” Di Vicenzo, a única bond girl que teve o privilégio de ficar casada com James Bond e tem uma função muito importante ao servir também como uma Deux Ex-Machina numa em que Bond encurralado pela SPECTRE, sem saída, no meio de uma multidão numa região nevada da Suíça em plena época natalina, estava para se entregar entre a vida e a morte e no momento em que ele se depara com seus pés em um patins é quando ele finalmente vê a salvação, o americano Telly Savallas(1922-1994), um dos responsáveis pelo papel do Blofeld numa representação incrível com um rosto bastante amedrontador. O italiano Gabriele Ferzetti(1925-2015) no papel do mafioso Draco, pai da Bond Girl Tracy.  A alemã Ilse Stepat foi responsável por  representar Irma Bunt, a capanga da SPECTRE, principalmente para orientar um grupo das  garotas Anjo da Morte que sofreram uma lavagem cerebral para executarem o plano diabólico de Blofeld, neste que foi o seu último trabalho no cinema. Ela faleceu na mesma data do lançamento do filme que a projetou internacionalmente no dia 21 de Dezembro de 1969.  James Bree(1923-2008), responsável no filme pelo papel do banqueiro suíço Grumbold, a quem Bond vai investigar umas transações suspeitas.  Angela Scoular(1945-2011), responsável no filme pelo da Ruby, a bond girl que é uma das garotas Anjo da Morte  da SPECTRE, que tenta dá uns pegas em James Bond. E George Baker(1931-2011) representando Sir Hilary Bray.





Outro ponto importante desse filme está na sua abertura que retomou ser tocado de forma instrumental composta por John Barry(1933-2011), o mesmo responsável pelo primeiro filme que trouxeram em edição  de clipe bastante temática em homenagem ao símbolos britânicos como a Coroa, o  relógio do Big Ben e uma linda homenagem aos filmes precedentes numa sobreposição de imagens prestando uma homenagem a outros personagens das franquias antecedentes. Para nos mostrar um fechamento de um ciclo e começo de outro. A ideia inicial era  bem essa.






Outro ponto interessante que deve ser chamado é para o easter eggs na cena de Bond no banco suíço, ao esperar os documentos selecionados na copiadora pega para se distrair uma edição da  famosa masculina Playboy, uma marca criada pelo americano Hugh Hefner(1926-2017), magnata das comunicações. A colocação  referencial a  marcar Playboy não foi gratuita, já que esta revista sempre teve uma forte ligação histórica com a marca 007, com muitas das atrizes que participaram da franquia estrelando suas capas, possando nuas, também  fazendo matérias sobre os bastidores das próximas produções, sobre os próximos livros da série sobre os carros, enfim.




Lazenby até que demonstrou um bom desempenho como Bond nesse único filme da franquia que ele protagonizou, muito disso graças ao roteiro que trabalhou bem formas que fugissem um pouco da fórmula  já estabelecida sem fugir muito de sua essência. Uma das coisas que Lazenby imprimiu bem foi a forma como ele incrementou no famoso bordão de James  Bond se apresentar, em vem de ser só Bond, James Bond, ele colocou “Meu Nome é Bond, James Bond”. E como nos primeiros minutos de rodagem ele após salvar a Tracy na praia que o deixa os seus sapatos, ele quebra a quarta parede, falando que o outro não teve muito esse privilégio e a cena final de James Bond vendo Tracy morta, foi de cortar, o único filme da franquia 007 não terminou dando uns amassos no rale rola com uma mulher a pós o fim de uma operação.








Pena que Lazenby não durou muito no papel, já que ele demonstrou um péssimo comportamento durante as divulgações do filme, que quase mancharam  a reputação do filme. Como consequência disso, a EON o demitiu e chamaram de volta Sean Connery para estrelar 007 pela última vez em 007-Os Diamantes São Eternos(Diamonds Are Forever, Reino Unido, 1971) e depois dele Roger Moore(1927-2017) é quem passaria a assumir o papel de James Bond a partir de 007-Viva e Deixe Morrer( Live and Let Die, Reino Unido, 1973)

Ainda assim, não se pode negar que sua participação como James Bond na franquia 007 não foi tão  ruim assim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário