O PRIMEIRO JAMES BOND
No sábado de Halloween, 31 de Outubro de 2020, o mundo do cinema se entristeceu com a notícia da morte de Sean Connery, o primeiro e eterno James Bond do cinema aos 90 anos.
Em
todos os filmes que ele representou o James Bond ele imprimiu um grande charme
ao personagem que o tornava o símbolo de homem másculo, viril, desejado pelas mulheres, ao mesmo tempo que
para os homens virou uma representação de um tipo que era ao mesmo tempo invejado não só como conquistador de belas e
atraentes mulheres, mas também por usar roupas e ternos de grife, dirigir os
melhores carrões e comer do bom e do melhor sempre nas mais altas festas da
elite com jeito elegante caracteristicamente britânico, o curioso detalhe é que
Connery era escocês. Apesar disso, o sotaque não se mostrou ser tão o problema
para ele incorporar bem o personagem com suas nuances e suas camadas. Aqui no
Brasil o personagem teve a brilhante voz do Márcio Seixas.
Um
tipo que aos olhos de hoje, reflete bastante uma visão bastante datada, antiquada,
pelo lado bastante machista, ainda como ele tratava as mulheres com muita
agressividade, era um assediador, com uma visão masculinidade considerada hoje
tóxica. Não só nesse aspecto, a forma como Sean Connery representou o
personagem que surgiu na literatura pelo britânico Ian Fleming(1908-1964),
cujos primeiros livros da série foram
publicados na década de 1950. Mas também no desserviço que envolveu a maneira
como ele criou muitos estereótipos racistas, principalmente dos países em que
ele visitou para tramar suas operações contra as megalomanias de grandes vilões
de perfis bastante maniqueístas dentre outras situações absurdas hoje
consideradas muito politicamente incorretas junte isso aos deficientes físicos
então.
Fora
a franquia 007, outros filmes que Sean
Connery estrelou que eu já tive o privilégio de ver, dentre os que posso
destacar como mais interessante para mim
foram em Indiana Jones e A Última Cruzada (Indiana Jones and The
Lost Crusade,EUA,1989), nesse filme em
especial onde ele representou o arqueólogo Henry Jones, pai do protagonista a
quem Steven Spielberg e seu parceiro na criação da franquia George Lucas o
criaram inspirado em James Bond e em outros heróis marcantes da infância. Em O
Nome da Rosa (The Name of The Rose,Alemanha Ocidental, Itália,
França,1986), o ator fez um desempenho brilhante do Monge William de Baskerville
usando seu faro detetivesco para investigar mortes misteriosas num mosteiro
franciscano na Itália do Século 14 em pleno período da Idade das Trevas nessa
obra dirigida pelo francês Jean-Jacques Annaud adaptado do romance do italiano
Umberto Eco(1932-2016). Em Lancellotti-O Primeiro Cavaleiro(First
Knight, EUA,1995), filme onde ele mostrou uma impressionante defesa do Rei
Arthur já bastante idoso um dos poucos que ele estrelou que vi nas telas do
cinema, lembro muito vagamente de ter assistido na época na antiga sala de
cinema do Grupo Severiano Ribeiro no Natal Shopping na época eu era ainda
menino com 10 anos e assisti acompanhado do meu pai e o revisitei na Netflix,
ele também encarou outro lendário rei
britânico, o Ricardo Coração de Leão em Robin Hood-O Príncipe dos Ladrões
(Robin Hood: Prince of
Thieves , EUA
, 1991), fez
um charmoso ladrão que fez dupla com uma bela e
atraente Catherine Zeta-Jones em Armadilha(Entrapmet, EUA,
1999), e vi sua carreira se afundar após vê-lo participar de A Liga
Extraordinária( The League of Extraordinary Gentlemen, Reino Unido,
EUA, Alemanha, 2003), obra inspirada na HQ de Alan Moore, onde ele representou
o aventureiro Allan Quatermain, protagonista do romance As Minas do Rei
Salomão, publicado em 1885 e de autoria de Henry Rider
Haggard(1856-1925) que assinava como H.Rider Haggard, também um dos poucos filmes estrelado por ele que me lembro de
assistir na telona. O resto foi quando
passou na TV ou locado em home vídeo. Foi após o fracasso desse filme que ele
decidiu de vez se aposentar do cinema, passando a viver seus últimos momentos
de vida recluso na Ilha das Bahamas.
O
mais curioso para mim é que eu estava com uma enorme expectativa para 007-Sem
Tempo Para Morrer, filme que marca a despedida de Daniel Craig, o atual
do papel previsto para o primeiro
semestre de 2020, mas por causa da pandemia da COVID-19, terminou sendo adiado,
não só uma, mais inúmeras vezes. É curioso que eu cheguei a comprar uma edição
de Março ou Abril da revista Preview que era dedicado a cinema com James Bond
na capa, antes de tudo isso acontecer e
agora só Deus se esta data atual até o momento em que escrevo vai ficar mantida
que é para 30 de Setembro de 2021 numa grande incerteza.
Aproveito
aqui o meu tributo ao ator para compartilhar e analisar um pouco dos
seis filmes da franquia 007 estreladas por Connery que dei uma conferida
no serviço de streaming do TelecinePlay e cada um contou com a direção de
diferentes diretores e para entrar no clima do novo filme de 007. As
minhas análises e avaliações não vai seguir um critério, uma ordem da minha preferência pessoal,
elegendo do pior ao melhor, até porque
isso aqui é o que para menos importa, o que importa mesmo é o tributo ao primeiro
007, a ordem a seguir será cronológica pelas datas de
lançamento:
007
CONTRA O SATÂNICO DR.NO(1962)
Nesse primeiro filme da franquia onde Connery representou James Bond que contou com a direção de Terence Young(1915-1994) e produzida pela Eon Productions em parceria com os sócios Harry Saltzman(1915-1994) e Albert R.Brocoli(1909-1996). Em 007 Contra o Satânico Dr. NO(Dr. No,Reino Unido,EUA,1962) já começa nos apresentando logo de cara a icônica abertura do ponto branco representando o alvo onde mostra Bond caminhando até dirigir ao espectador dando disparo que deixa a tela vermelha de sangue e logo vem acompanhado da clássica e antológica música orquestrada que o acompanhou por toda a franquia e é bastante assimilado. Tocada magistralmente pelo maestro John Barry(1933-2011) e sua Orquestra.
Não tem como não ouvi-la e associar ao sedutor agente secreto salvando o mundo e ao mesmo tempo seduzindo cada mulher que vem a sua frente. John Barry criou uma excelente instrumentação tão divina, que se tornou até hoje a grande marca registrada do personagem. Não só este aspecto se tornou característico, como também a forma como ele se apresenta formalmente de “Bond, James Bond”. O seu característico bordão dentre outros elementos que foram moldando 007 ao longo de 25 filmes.
Nesse filme que mostra James Bond em missão
na Jamaica a mando do MI6, para investigar o assassinato de um agente
britânico, essa investigação o levará ao megalomaníaco Doutor Julius No. Algumas
características do universo que seriam comuns são as importantes participações
dos núcleos de personagens que compõe a agência MI6, com quem Bond sempre se
interagi quando é mandado para alguma perigosa missão, como seu chefe M. que
neste primeiro filme foi representado
por Bernard Lee(1908-1981), que o representou até 007 Contra o Foguete da
Morte (Moonraker, Reino Unido, EUA, 1979), quando Lee faleceu em 1981,
mesmo ano do lançamento de 007-Somente Para Seus Olhos( For Your
Eyes Only, Reino Unido, EUA, 1981)e ele estava se preparando para entrar de
cabeço no projeto, o personagem ficou de
fora em respeito ao ator. Robert
Brown(1921-2003), foi quem assumiu o papel de M. a partir de 007 Contra Octopussy
(Octopussy, Reino Unido, EUA, 1983)até 007-Licença Para Matar (Licence
to Kill, Reino Unido, EUA, 1989). Que
foi assumida por Judi Denchi, a primeira
mulher a partir de 007 Contra
Goldeney (Goldeney, Reino Unido, EUA, 1995) até 007-Operação
Skyfall(Skyfall, Reino Unido, EUA, 2012) onde passa a ser assumido por
Ralph Fienes em 007 Contra Spectre (Spectre, Reino Unido, EUA,
2015). Outro personagem desse núcleo do MI6 também presença recorrente na
franquia é o Q. o excêntrico inventor
das muitas tralhas tecnológicas usadas por Bond para enfrentar os perigos mais
absurdos e mirabolantes dos vilões megalomaníacos que ele encara. Nesse filme ele
foi apresentado com seu nome original como é nos livros que é o Major
Boothroyd, representado no filme por Peter Burton(1921-1989), o Felix Leiter,
agente da CIA, importante agência americana, companheiro muito frequente nas
missões externas de James Bond em tantos países que ele costuma visitar a
trabalho por causa das missões de caçar gente perversa, nesse primeiro filme o
personagem foi representado por Jack Lord(1920-1998) e a Miss Moneypenny, secretária do MI6 e um
tanto assanhada que vive tentando
flertar James Bond e este a tenta também flerta-la, mas não consegue receber um
beijo sequer, ao contrário das muitas Bond Girls, as lindas e atraentes
mulheres com quem 007 costuma ir aos amassos seja durante ou mesmo após
uma missão. Nesse primeiro filme foi representada pela canadense Lois
Maxwell(1927-2007), que ficou bastante tempo no papel até 007-Na Mira dos
Assassinos(A View to a Kill, Reino Unido, EUA,1985), que durante os 23
anos que ficou no papel da Moneypenny acompanhou as transições do protagonista
ser mudado, primeiro para George Lazenby, que representou em apenas um filme,
que foi em 007-A Serviço Secreto de Sua Majestade(On Her
Majesty's Secret Service, Reino Unido, EUA, 1969), que teve o retorno de Sean
Connery no filme seguinte que foi em 007-Os Diamantes São Eternos(Diamonds
Are Forever, Reino Unido, EUA, 1971) e todo o ciclo do Roger Moore no papel que
durou a partir de Com 007-Viva e
Deixe Morrer(Live and Let Die, Reino Unido, EUA, 1973) e coincidentemente
se encerrou em 007-Na Mira dos
Assassinos(1985) como ela, esse longo período do Roger Moore no papel de 007 ficou marcado
pela conturbada fase em que os sócios da Eon Albert Broccoli e Harry
Saltzman já no limite do conflito de ideias, desfazem a sociedade, Saltzman abandona a franquia e ela passa a ser gerida apenas por
Brocolli até ele falecer em 1996. Do mesmo jeito que ele também apresenta as
exuberantes com quem ele vai flertando e dando uns pegas sendo Sylvia Trench,
papel da Eunice Grayson(1928-2018), a primeira com que ele se apresenta de
forma icônica como “Bond, James Bond”,
na cena onde eles estão jogando cartas numa mesa e a mais memorável mesmo é
Honey Rider, papel da suíça Ursula Andress na icônica cena de Bond na praia
jamaicana e ela de biquini vermelho saindo do mar e como não esquecer do
antagonista do Dr. No, o primeiro vilão que ele enfrenta que aparece somente nos
momentos finais da trama, mas muito impactante, foi representado pelo canadense
Joseph Wiserman(1918-2009) e outra menção foi de John Kitzmiller(1913-1965)
representando o Quarrel, o aliado de James Bond que termina morrendo pelos
capangas do Dr. NO. O filme teve um trabalho bastante apurado de roteiro ainda
de forma experimental, que bem representou um retrato bastante metafórico sobre
o medo Guerra Fria e o clima tenso de haver a qualquer momento um apocalipse
nuclear, ainda mais que justamente nessa data em que a obra foi lançada houve a Crises dos Misseis em Cuba, que quase
ocasionou uma Terceira Guerra Mundial. Aos olhos de hoje tem lá seu charme,
mesmo que apresente muita coisa datada e
bastante antiquada e que na gíria atual dos adolescentes pela internet, seria
cringe no que envolve o aspecto de politicamente incorreto que o próprio perfil
de Bond representou e de certos desserviços. Um desses que posso começar
destacando é quando no final da abertura,
aparece um trio de caras pretos se fazendo passar por cegos para irem em
direção a um hotel para matar o seu alvo, uma representação bastante
estereotipada e banal do deficiente visual, junte a isso a representação
racista do arquipélago da Jamaica, local onde Fleming escreveu muitos dos
textos de 007, que nesta época havia recém-declarado sua independência da colonização inglesa e ainda pior mesmo é
ver Joseph Wiserman, como o primeiro antagonista da franquia o Dr. No, numa
representação estereotipada racista do oriental em yellow face e banalizando a representação dos deficientes com braços amputados, junte isso as
objetificações sexualizadas das mulheres com que ele dava uns pegas e as
romantizações como ele costumava trata-las e assedia-las ás vezes de forma agressiva. Por ser o
primeiro da franquia, dá para dar um desconte dele apresentar outros elementos
que só seriam apresentados nos filmes seguintes e Connery no papel, ainda não
demonstrava estar bem vontade e nem
muito seguro a respeito do tom para o personagem. Porém, pelo menos cumpriu bem
o dever de proporcionar uma diversão mais escapista.
MOSCOU
CONTRA 007(1963)
No segundo filme da franquia James Bond que Connery estrelou que foi Moscou Contra 007(From Russia With Love, Reino Unido, EUA, 1963), que contou novamente com a direção de Terence Young.
Connery nesse filme já demonstrava estar mais a vontade e mais seguro quanto ao tom para imprimir ao personagem. Nesse filme cuja história mostrava 007 enfrentando a ameaça da temida Organização Spectre, pela primeira vez mencionada na franquia envolvendo bem mais explicitamente o complô político com a URSS em sua embaixada na Turquia.
Outro dos elementos que passariam a serem característicos da franquia 007 a partir desse filme, como aparecer no final dos créditos, a mensagem de que James Bond vai retornar e qual o seu próximo título, algo que os filmes de super-heróis da Marvel exploraram bem na posteridade esse esquema de storytelling, e na cena final dos créditos que é cantado a música-tema do filme, numa ótima canção que faz você viajar e se encantar pela Rússia, e ainda mais sendo ouvida na bela e marcante voz do britânico Matt Monroe(1930-1985) cujo timbre lembrava um pouco a voz de Frank Sinatra(1915-1998). Com o título homônimo ao filme original, que soava como uma típica provocação aos russos no período conturbado da Guerra Fria. De todo jeito a música assim como o filme foi feito para a gente se deliciar. Foi a primeira vez que este filme da franquia passou a ocorrer de ter um célebre cantor popular que passou a interpretar música-tema de cada filme, ainda que não tenha sido na abertura que foi instrumentalizada por John Barry. Outro elemento também muito frequente nos filmes de 007 a partir desse filme envolveu a presença constante do ator Desmond Llewely(1914-1999), representando a figura do excêntrico Q, responsável por construir as tralhas tecnológicas de 007 em suas missões mirabolantes.
O ator ficou no papel até o filme 007-O MUNDO NÃO É O
BASTANTE(The World Is Not Enough, Reino Unido, EUA, 1999), lançado no
ano do seu falecimento. Outro elemento característico dos filmes da franquia adotados
a partir deste filme são as figuras de
estereótipos de homens altos, fortes e com caras de mal encarados que passariam
a serem figuras de capangas dos grandes vilões das história que são enviados
para missão suja de matar James Bond,
foi o que aconteceu com o Red Grant, capanga da SPECTRE, interpretado no
filme por Robert Shaw(1927-1978). O elenco contou ainda com as participações do mexicano Pedro Amendáriz,
que representou o papel de Ali Kerim Bey, o contato de James Bond na Turquia,
papel este que foi o último do ator que não chegou a conferir o filme na época
quando estreou, já que ele veio a óbito, cometeu suicídio no hospital onde
estava se tratando no dia 18 de Junho de
1963, estava muito adoentado e sentindo
os efeitos dos sintomas da radioatividade onde havia ficado exposto no local que
estava filmando o filme Sangue de Bárbaros(The Conqueror, EUA,
1956), que contava a história do Imperador Mongol Gengis Khan que foi
protagonizado pelo então astro do faroeste John Wayne(1907-1979), que também
morreu como consequência dos efeitos dessa exposição anos depois. Outros nomes
que fizeram parte do elenco desse filme foram a italiana Daniela Bianchi,
representando a espiã russa Tatiana Romanova, uma dentre tantas bond girls que
passaram a figurar aquele estereótipo bem sexualizado como
as femme fatales que despertam o interesse amoroso do James Bond e com quem ele
termina no final de uma missão ela inclusive foi a primeira bond girl a
representar um momento nude na franquia que aparece muito brevemente no filme
que ocorre na cena onde fica a observando discretamente pela sua janela ela totalmente despida andando em direção a sua cama para
dormir. Uma cena nada demais, sem nenhum teor erótico, mas que ainda assim marcou o primeiro registro de nudes
femininos na franquia, do mesmo modo que
também seriam frequentes muitos nudes femininos
em suas aberturas ao longo dos filmes precedentes da franquia James Bond. E outro
nome também importante do elenco a ser mencionado vai para a austríaca Lotte
Lennya(1898-1981) como a malvada e fria
Coronel Rosa Klebb, uma das comandantes da SPECTRE, que não demonstra o menor sentimento de
piedade para eliminar uma pessoa que
falhe na missão.
007
CONTRA GOLDFINGER(1964)
No terceiro filme que Connery estrelou da franquia James Bond que foi 007 Contra Goldfinger( Goldfinger,Reino Unido, EUA, 1964) este que contou com a direção de Guy Hamilton(1922-2016). Foi a partir desse filme que Connery conseguiu se sentir mais a vontade de verdade no papel e passou a achar de verdade o seu tom nesse filme, onde a história em torno da missão de 007 ir aos EUA, impedir que o mega milionário Auric Goldfinger promova o maior assalto a Fort Knox, a maior fortaleza que concentra uma infinidade de dólares.
Uma das características que esse filme da franquia passou a adotar e virou tradição foi com a participação de uma célebre pop star da música interpretando a canção-tema de abertura que no caso aqui foi de Shirley Bassey que com sua belíssima canção com uma típica atmosfera sedutora, na sua bela e sensual voz.
Não tem quem se encante por essa música que mostrou pela primeira vez em sua abertura um clipe mais temático mostrando as mulheres com os corpos pintados de dourados para entrar bem na temática referente a Goldfinger, e está na pele da James Bond tomando um drinque Dry Martini, Batido, mas não Mexido. Ainda mais usando um jogo de sedução para alguma Bond Girl que encontrar por algum lugar. Shirley Bassey também seria convidada para cantar as músicas-temas de outros dois filmes da franquia 007, que foram em 007-Os Diamantes São Eternos (Diamonds Are Forever, Reino Unido, EUA,1971)e 007 Contra o Foguete da Morte(Moonraker, Reino Unido, EUA, 1979).
Depois dela foram vindos outros grandes pop stars musicais que passaram a colaborar em cantar as músicas de aberturas dos filmes da franquia, como Tom Jones, Nancy Sinatra, Paul McCartney, Lulu, Carly Simon, Sheena Easton, Rita Colidge, as bandas Duran Duran e A-Há, Glads Knigth and The Pips, Tina Turner, Sherly Crow, a banda Garbages, Madonna, Chris Cornell, Adele dentre outros que foram passando a elaborar nas coreografias de belas mulheres despidas pelas silhuetas. Dentre os destaques de elenco a serem mencionados no filme estão a do canadense Cec Linder(1921-1992), que nesse ano de 2021 se estivesse vivo faria 100 anos, foi quem se encarregou de representar o agente americano Félix Leitter, o contato frequente de James Bond em suas operações no exterior ele já havia aparecido antes no primeiro filme sendo então representado por Jack Lord. O alemão Gert Fröbe(1913-1988) foi quem se encarregou de representar o antagonista principal que foi o Auric Goldfinger, cuja curiosidade é que por ele não saber falar o inglês fluente terminou tendo sua voz dublada, mesmo assim pelo menos ele demonstrou uma boa representação no papel, principalmente pelas caras e bocas como mostrava que o cara era um sujeito deplorável, irascível, frio, calculista e que não tinha limites para seus fins gananciosos.
O elenco também contou com as participações de Harold Sakata(1920-1982), americano natural do Havaí, com ascendência japonesa que no filme representou o Oodjob, outro tipo característico muito frequente na franquia dele simbolizar o do tipo do capanga alto, forte e mau encarado que tentar eliminar 007 sempre a mando do antagonista principal e nunca falava nada em nenhum momento e tinha como grande característica jogar o seu chapéu cortante em forma de bumerangue para eliminar a vítima. A maneira como Oodjob foi representado nessa obra num estereotipo racista oriental com essa cara carrancuda prova o quão antiquado e politicamente incorreto era a mentalidade do James Bond clássico. Não só isso, mas também a forma como o seu principal antagonista foi representado por um sujeito gordo representado por um cara insensível e ganancioso. E as próprias visões sexistas das três atrizes que representaram as bond girls nesse filme.
A britânica Shirley Eaton é quem aparece primeiro como Jill Mastertson, a mulher que no início trabalhava para Goldifinger, mas foi seduzida e persuadida por 007 é quem representou a icônica cena dela morta deitada na cama e com corpo todo coberto de ouro como consequência de sua traição a Goldfinger, que se torna bem o primeiro exemplo da polêmica representação das mulheres na geladeira dentro da cultura pop que se tornou muito frequente na franquia 007.
Também contou com a também britânica Tania Mallet(1941-2019), que
representou a Tilly Masterson, irmã da Jill que tenta perseguir Goldfinger para
vingar a sua morte, mas é morta ao chegar
no QG do Golfdfinger sendo morta pelo chapéu cortante de Oodjob. E a Honor
Blackma(1925-2020) como Pussy Galore,
uma dentre as muitas que foram
representadas na franquia com uns nomes bastantes exóticos, que representou bem
a personagem como uma tipo que difícil de Bond conquistar que era aliada do
Goldfinger e que Bond a convence dando uns amassos nada delicados nelas se
mostrando bastante agressivo, bem uma prova de como essa representação de
masculinidade do personagem ficou bastante antiquado para os dias de hoje.
007
CONTRA A CHANTAGEM Atômica(1965)
No quarto filme da franquia de James Bond estrelada por Connery, que foi 007 Contra a Chantagem Atômica (Thunderball,Reino Unido, EUA, 1965) que contou novamente com a direção de Terence Young.
De todos os filmes dessa franquia de James Bond estrelada pelo Connery é considerada como a mais fraca, por nesse Connery já dava sinais que não demonstrava a mesma energia e o mesmo vigor para encarar tantas cenas de ação tão espalhafatosa e mirabolantes como antes. Nesse filme cujo enredo girava em torno do “sequestro de duas bombas atómicas por parte da SPECTRE, que ameaça explodir uma cidade inglesa ou norte-americana se não receber um resgate de 100 milhões de libras em diamantes. O mundo não se quer render à chantagem e o MI6 envia Bond para tentar localizar as bombas nas Bahamas”.
Ele mostrava que tinha boas ideias no papel para inovar a franquia, mas que na execução se perdia, ou não foi bem trabalhado. No elenco merecem menções as participações do italiano Adolfo Celi(1922-1986), que representou o grande antagonista Emílio Largo, chefão da Spectre, cuja caracterização de tapa-olho inspirado no pirata serviu bem para compor a sua essência amedrontadora do personagem. A britânica-jamaicana Martine Beswick, que representou uma das bond girls desse filme Paula Caplan, uma agente do MI6 nas Bahamas, um contato de Bond, que apesar dele não dar uns amassos nela, pelo menos ela se mostrou importante para colaborar com Bond em sua investigação das atividades da SPECTRE, até ela terminar morrendo nas mãos deles. Fato curioso é que ela já tinha participado de outro filme da franquia que foi em Moscou Contra 007, como a Cigana Zora. O americano Rick Van Nutter(1929-2005), que foi mais um encarregado de representar na franquia 007 o papel do Felix Leiter.
A italiana Luciana Paluzzi é quem ficou encarregada de representar a bond girl Fiona Volpe, uma das que Bond se envolve e trabalham para os bandidos e tem um fim trágico nas mãos de James Bond. Outras atrizes que representaram as bond girls nesse filme são a francesa Claudine Auger(1941-2019) representando o papel da Domino Devall que é a mocinha, a donzela indefesa a ser salva da história, principalmente por esta o filme inteiro envolvida com Emilia Largo sem suspeitar que ele havia matado seu irmão e com quem Bond termina no final vivendo nos amasso e um dos poucos exemplos de bond girls que mata o antagonista e a britânica Molly Peters(1942-2017), responsável por representar a enfermeira Patrícia Fearing que aparece nas cenas onde Bond estava internado num spa em Shrublands se tratando dos ferimentos ao mesmo tempo que estava alguém da SPECTRE também frequentando aquele ambiente e tentando matar Bond. Ela foi responsável por encenar um dos momentos de nudes considerados mais memoráveis da franquia que foi no momento que ocorreu depois que ela colocou Bond da máquina de tração que ela havia ligado para exercitar o seu corpo e que uma mão misteriosa a havia manipulado que modificado velocidade o colocando entre a vida e a morte. E ela temendo pela sua reputação e da clínica, ela que antes se mostrava durona ao ceder aos assédios de Bond termina cedendo e ele a leva em direção ao banho na sauna e a despe, fazendo bem aquele nude de tom erótico mostrando toda a sua silhueta das costas, momento que a fez entrar para o anais da história como a primeira bond girl a tirar a roupa em cena. Uma cena que também ilustra como esta representação de ideal masculinidade de James Bond também ficou antiquado, principalmente na maneira em que ele já era bastante agressivo em alguns momentos para seduzir mulheres, aqui o negócio fica mais polêmico se a gente for analisar que aqui ele foi bastante aproveitador da situação para ficar chantageando e assediando sexualmente a enfermeira no seu local de trabalho é um cúmulo do absurdo, tudo bem que o autor Ian Fleming quando colocou essa personagem em sua série de livros ainda era comum a representação da enfermeira sempre simbolizando na mentalidade masculina como uma fantasia sexual e aposto como marmanjo deve ter babado por essa cena. O que nos tempos de hoje, isso seria completamente inadmissível, o estereotipo sexista da profissão, ainda nesse momento tão complicado da atualidade em que o mundo todo vivendo o pânico de um inimigo invisível como o Coronavírus e com essa pandemia toda que tem contaminado e tirado muitas vidas, e as profissionais da saúde são as que mais tem se dedicado ao combate direto, então posso descrever esse tipo de representação de 50 anos representou da profissional, mostra um nível do quão antiquado e politicamente incorreto James Bond de Sean Connery se tornou para a nossa realidade do século 21 de tão datado que ficou. Outro dos destaques desse filme está na canção-tema, que também soa com uma ótima atmosfera sensual, que é bem característico do jeito galanteador do agente secreto. Tocada na bela voz de Tom Jones, vou dizer uma coisa esses produtores dos filmes do agente secreto tem bom gosto para escolher as músicas para abertura, e atrair os bons ouvidos dos espectadores no clipe da abertura toda em atmosfera marítima que entregou bem a grande de Bond contra a Spectre era no mar.
COM
007 SÓ SE VIVE DUAS VEZES(1967)
No quinto filme da franquia que seria o último a contar com Connery no papel de 007, que foi Com 007 Só se vive duas vezes(You Only Live Twice, Reino Unido, EUA, 1967)que contou com a direção de Lewis Gilbert(1920-2018). Nesse filme, seu enredo girava em torno depois do “sequestro de uma nave norte-americana, os Estados Unidos acusam os soviéticos de boicote ao seu programa espacial.
Numa conferência entre o Reino Unido, a URSS e os EUA, o representante dos Estados Unidos dá um ultimato contra a URSS. Porém, os britânicos não acreditam que foram os soviéticos que sequestraram a nave, afirmando que viram que a nave sequestradora tinha aterrado no Japão. Assim, o Reino Unido decide enviar James Bond para o território e averiguar o caso, a fim de evitar uma guerra mundial entre as duas potências.” Nesse filme já dava para notar que a produção já estava perdendo um pouco da mão sobre os rumos do personagem que já estava começando a não despertar mais tanto interesse assim com seus conceitos de charme, ainda mais numa época em que o cinema estava começando adotar uma fase mais experimental da Nova Hollywood, que foi responsável por nos apresentar conceituados novos diretores, a representação estava começando a ficar obsoleta, e Sean Connery já deixava evidente em cena o peso da idade e não demonstrando o mesmo fôlego de antes, principalmente para as cenas de ação mais física ou mesmo para as manobras mais mirabolantes e espalhafatosas do personagem em cena e ele parecia demonstrar um evidente incomodo por isso, o que fez a produção mudar o protagonista.
No elenco contou com participações de importantes atores japoneses nas cenas da missão de Bond em Tóquio como Akiko Wakabayashi representando Aki, a bond girl aliada de James Bond, que é agente da Tigre, Mie Hama como Kissy Suzuki, também aliada de James Bond e também agente da Tigre no Japão. Tetsurô Tanba(1922-2006) que representou o Tiger Tanaka, chefe do serviço secreto japonês e Teru Shimada como o Mr. Osato, grande industrial que tem ligação com a Spectre. O elenco também com Donald Pleasure(1919-1995) que foi o primeiro a representar Ernest Stravo Blofeld, o poderoso mandachuva da Spectre que apareceu outras vezes na franquia, sempre na pele de diferentes atores. Charles Gray(1928-2000) na pele do Henderson, agente do MI6 em Tóquio e a alemã Karin Dor(1938-2017)como a bond girl vilã Helga Brandt que trabalha para a Spectre.
Também merece destaque do filme a trilha musical da abertura cantada pela Nancy Sinatra mostrando que carrega o talento herdado do seu DNA. Afinal, a filha de umas maiores vozes românticas que o mundo já conheceu, o eterno Frank Sinatra(1915-1998).
Faz uma linda
interpretação sensual da canção romântica para o agente mais sedutor que o
cinema já conheceu. De tão bonita que é a canção, que não tem quem se delicie,
se imaginando estar na pele de James Bond, e ao lado de sua companheira dá um
ardente beijo na cama numa abertura bem temática ao Japão com as belas
dançarinas vestidas de gueixa. Um dos maiores pontos fracos de Com 007 só
se vive duas vezes, o penúltimo da franquia com Sean Connery no papel é no roteiro pouco inspirado, o
próprio mostrando de estar de saco cheio do papel, principalmente na situação
constrangedora que fazem usar um disfarce de japonês fazendo um yellow face,
bem um exemplo do estereotipo racista oriental.
007-OS
DIAMANTES SÃO ETERNOS(1971)
No sétimo filme da franquia sendo o último a contar com Connery no papel de 007 que foi em 007-Os Diamantes São Eternos(Diamonds Are Forever, Reino Unido, EUA, 1971) que contou com a direção novamente de Guy Hamilton.
Nesse filme cujo enredo mostra James Bond se fazendo “passar por um traficante de diamantes numa rede de tráfico que tem início em África do Sul. Mais tarde descobre que é Blofeld o chefe da rede cujo objetivo é construir um satélite para destruir o mundo”.
Parece que o que fez Conney ser convencido a retornar a franquia para estrelar esse filme foi mesmo o alto cachê, já que aqui ele já mostrava sentindo o peso da idade o duro desafio de encarar novamente as cenas mais mirabolantes, cheias de adrenalina não seria nada fácil. Fora que também a Eon mostrou o grande desafio de ao entrar em uma nova década de vida para a franquia tentar manter a fidelidade do público que conquistou e torna-lo relevante ao mesmo tempo que precisava renovar e não seria nada fácil, principalmente pelo fato de que o cinema estava dando muito espaço para diretores mais experimentais da Nova Hollywood e na época dos efeitos dos direitos civis grandes marginais estavam construindo sua voz com influência da vanguarda hippie, psicodélica e da contracultura e James Bond simbolizava o completo avesso disso. Do elenco presente nessa obra merecem menção Charles Gray representando agora o Blofiled, o grande chefão da Spectre que já tinha sido representado por outro ator no filme anterior.
O americano Norman Burton(1923-2003) foi quem se encarregou de representar o Félix Leiter outro do tipo recorrente na franquia. A americana Jill St.John foi quem se encarregou de representar a bond girl Tifanny Case, uma dentre as muitas que tem um envolvimento amoroso com James Bond, inclusive na vida real a atriz chegou a ter um caso com Sean Connery. Aqui a maneira como ela foi incluída foi tanto para ser uma objetificação sexualizada que ela passa boa parte do filme de biquini é tanto que tem momentos como no clímax dela acompanhando Bond para deter Blofield que quando este guarda uma fita de gravação dentro do seu biquini como um macguffin, entre um momento ou outro temos muitos closes anatômicos na sua bunda que mostrou como sua colaboração acabou não ajudando muito para o andar do enredo, só atrapalhou. Outras presenças do elenco a serem mencionadas são Lana Wood, irmã mais nova da atriz Natalie Wood(1938-1981), que aqui representou outra bond girl a Plenty O´Toole.
O
cantor de música country Jimmy Dean(1928-2010) na pele do excêntrico milionário
Willard Whyte. Bruce Cabot, ator da Era de Ouro de Hollywood e muito requisitado no faroeste em seu último trabalho no cinema,
ele veio a óbito no dia 03 de Maio de 1972, vítima de um câncer no pulmão. E em
especial destaco aqui a participação de Bruce Glover e Putter Smith, que
representaram no filme a dupla assassina Mr. Wint e Mr. Kidd. A primeira
representação LGBTQIA+ dentro da franquia James Bond mas de forma bastante
negativa. Bom, como sou heterossexual,
então não posso descrever da mesma forma como é a sensação como alguém que é
LGBTQIA+, poderia descrever a sensação do sofrer preconceito homofobico, mas,
pelo que eu que eu superficialmente pesquisei em alguns sites com matérias explicando sobre essas representações
gays na mídia e também como acompanho canais no Youtube de conteúdos que
são gays, posso descrever que uma boa parte se incomoda demais com o
tipo de estereotipo que muito ocorre em novelas brasileiras e também em filmes
de temáticas femininas como as comédias românticas onde a figura do homem gay
passa aquela imagem de sujeito sensível, o
amigo inseparável e conselheiro de alguma personagem feminina, agindo e
falando de forma excêntrica e afetada e vestido roupas muito extravagantes como
cunho cômico. Se este estereotipo gera incomodo o que pensar então da maneira como aqui a dupla assassina nesse
filme foi representada na figura de sujeitos de comportamento enrustido mas
muito cruéis, frios, insensíveis e eram
muito sádicos na hora de eliminar a suas vítimas. Provavelmente a explicação
para esta representação banal da homossexualidade na obra pode refletir bastante a mentalidade que o
autor Ian Fleming também tinha já que ele vivenciou a época em que a
homossexualidade no Reino Unido era vista como crime e a psicologia a
considerava uma doença, os que os tornava serem vistos como pervertidos,
libertinos, desviantes, depravados enfim. E ele já não era mais vivo quando a
OMS(Organização Mundial da Saúde) deixou de incluir a homossexualidade como
doença. Mostrando como as concepções sociais
dos filmes antigos de James Bond
estrelados por Sean Connery
ficaram muito datados. E também destacar a canção-tema do
filme interpretada novamente na sensual
voz de Shirley Bassey em um filme da franquia de 007, não tem marmanjo que não
se encante e se apaixone por essa linda canção. Que inspira uma boa música de
fundo para um casal entrar no motel e fazer aquele momento assim como descrever
como picante num clipe bem temático mostrando os diamantes rolando a solta com
as silhuetas das dançarinas.
BÔNUS:
007-NUNCA
MAIS OUTRA VEZ(1983)
Passados 12 anos após Connery ter se aposentado do papel do 007 em Os Diamantes São Eternos, ele ainda retornou ao personagem em 007-Nunca Mais Outra Vez(Never Say Never Again, Reino Unido, Alemanha Ocidental, EUA, 1983), neste filme não oficial da franquia que é de propriedade da Eon Productions, portanto ele não consta na cronologia oficial, tanto que no catálogo do serviço de streaming do TelecinePlay do qual sou assinante, ele e Cassino Royale, a versão cômica de 1967 não constam entre os catálogos dos filmes da franquia disponíveis no serviço, somente os oficiais da Eon Productions.
Nessa produção que contou com a direção de Irving Kershiner(1923-2010) e lançado no mesmo ano de 007 Contra Octopussy(Octopussy,Reino Unido, EUA, 1983), o 13º filme oficial da franquia então ainda estrelado pelo também já falecido Roger Moore(1927-2017), que marcou como o penúltimo dele no papel. O filme trata-se de uma refilmagem de 007 Contra a Chantagem Atômica (Thunderball, Reino Unido, EUA, 1965), o quarto da franquia oficial da Eon estrelado pelo Connery.
Aqui nesse filme onde ele revisitou o personagem que o tornou famoso mundialmente. O desempenho que Connery demonstrou em cena que ainda mantinha o mesmo charme sedutor do agente, se bem que o mesmo não se pode falar a respeito das coreografias das cenas de ação onde ele já demonstrava estar sentindo o forte peso da idade com 52 anos, e quando ele havia encarado James Bond pela última vez antes em Os Diamantes São Eternos, ele estava com 40 anos. Do elenco dessa versão que assumiu os personagens equivalentes da versão de Thunderball de 1965 e de outros personagens do universo de James Bond na Eon, valem menção ao austríaco Klaus Maria Brandauer, que assumiu o papel do antagonista principal Maximilian Largo, equivalente ao Emilio Largo de Thunderball representado pelo italiano Adolfo Celli. O Sueco Max Von Sydow(1929-2020) foi quem assumiu o papel do Blofield, Edward Fox foi quem assumiu o papel de M. Alec McCowen(1925-2017) foi quem representou o Q. Pamela Salem foi a Miss Moneypenny. A nicaraguense Barbara Carrera, foi quem representou a Fátima Blush, equivalendo a Fiona Volpe papel da italiana Luciana Paluzzi em ThunderBall. Também mencionar a participação do americano Bernie Casey(1939-2017) representando o Felix Leiter, o primeiro de origem afro-americana como ocorreu na franquia oficial da EON posteriormente estrelada por Daniel Craig a partir de 007-Cassino Royale(Reino Unido, EUA, 2006) onde o Leiter foi representado por Jeffrey Wright. Rowan Atkinson que posteriormente ficaria famoso pelo Mr. Bean, cuja presença no papel do Fawcett, um ajudante de 007, que acabou sendo considerado unanimemente pela crítica como o mais desnecessário na história e por fim, há de mencionar a presença de Kim Basinger como Domino, que no clássico Thunderball da EON foi o equivalente ao papel da francesa Claudine Auger, na época ainda bastante desconhecida do grande público e que passaria a figurar como a grande musa de Hollywood nos anos 1980 após estrelar produções como 9 e Meia Semanas de Amor(9½ Weeks, EUA, 1986).
Dava para sentir que a intenção do produtor e roteirista Kevin
McClory(1926-2006) a respeito desse filme era: “produzir um filme muito
superior aos que estavam sendo feitos com Roger Moore. As refinadas, não tão
adequadas, escolhas de elenco e de diretor comprovam este fato. O competente
Irvin Kershner, de “O Império Contra-Ataca”, conduziu o filme de maneira
correta, mas a primeira escolha de McClory havia sido Richard Donner, que
declinou da decisão tempos antes do início da produção. O título do filme nasceu
de uma brincadeira que a esposa de Connery lhe fez, quando o mesmo aceitou
interpretar James Bond pela sétima vez. Ela disse: “Jamais diga nunca
novamente” (Never say Never Again). McClory não pretendia iniciar uma franquia,
prova disso foi o final utilizado na produção, em que o herói intenciona se
aposentar do serviço secreto e ficar ao lado de seu novo amor.”*
*Texto
retirado da matéria do site Devo Tudo ao Cinema de autoria de Octávio Caruso,
publicado em 13 de Agosto de 2013.
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